O governo do Piauí, por meio da Secretaria de Saúde do Estado do Piauí (Sesapi), investiu R$ 4,3 milhões na reforma da estrutura e aquisição de novos equipamentos para o Laboratório Central de Saúde Pública Dr. Costa Alvarenga, o Lacen-PI.
Só em equipamentos foram R$ 2,8 milhões. Os investimentos incluem a revitalização de setores cruciais que estavam inativos desde o início da pandemia de COVID-19, como o setor de produtos, onde são realizadas análises fiscais de medicamentos, agrotóxicos, alimentos e qualidade da água para consumo humano.
“Destacamos a aquisição de equipamentos como o UFLC para análises de medicamentos e agrotóxicos, e o minividas para análises de alimentos. Com esses investimentos, a previsão é que até agosto deste ano, o Lacen será autossuficiente em análises fiscais, fornecendo suporte vital para as atividades de vigilância sanitária em nosso estado”, afirma o diretor do Laboratório, Fabrício Amaral.
Outra melhoria realizada no Lacen foi a reforma completa do setor de microbiologia médica, responsável pelo diagnóstico de doenças causadas por bactérias, fungos e micobactérias, como a tuberculose.
“Até o fim deste mês iniciaremos as operações do mais avançado equipamento de diagnóstico de doenças microbianas do mundo, o Mald Tof, elevando assim o Lacen ao status de referência em diagnóstico microbiológico”, destaca a superintendente de atenção aos municípios da Sesapi, Leila Santos.
O laboratório está passando por reforma para modernizar suas instalações, elevando mais ainda a qualidade dos serviços oferecidos.
“Estamos trabalhando na modernização das instalações e equipamentos, só na parte estrutural estamos investindo R$ 1,5 milhão e R$ 2,8 milhões na aquisição de novos equipamentos para o Lacen, laboratório de grande importância e referência para a nossa saúde pública”, disse o secretário de saúde, Antonio Luiz.
A secretária de Vigilância em Saúde do Ministério da Saúde, Ethel Maciel, disse que, no “pior dos cenários”, os casos de dengue do país devem chegar a 4,2 milhões. Nesta terça-feira (9), os casos se aproximam dos 3 milhões, com 2,965 milhões de casos. 1.117 mortes foram confirmadas como sendo causadas por dengue e outras 1.806 estão sendo investigadas.
Ethel pontua que essa previsão foi feita baseada em cenários que são relacionados com chuvas, temperaturas e clima no geral, o que significa que pode haver variação. “Se isso mudar, os números também podem mudar”, explica.
A secretária reforça que, apesar da diminuição de casos de dengue e do pico da doença já ter passado, “não podemos ter a ideia de que acabou”. Segundo o Ministério, a prevenção da doença e o combate ao mosquito são essenciais.
Guilherme Werneck, diretor do departamento de articulação estratégica de vigilância em Saúde, afirma que as “boas notícias não podem significar desmobilização”. “Chegamos até aqui, trazendo notícias melhores, porque todos estão mobilizados”, explica.
São Paulo é a unidade da federação com mais mortes por dengue, com 220, seguido pelo Distrito Federal (205), Minas Gerais (175), Paraná (107) e Goiás (94). Somadas, essas cinco UFs acumulam 72% das mortes do país.
Segundo dados do painel de dengue do Ministério da Saúde, o Distrito Federal é a unidade da federação com maior taxa de incidência de casos prováveis, com 7.297,3 casos por 100 mil habitantes. O DF é seguido por Minas Gerais, Espírito Santo, Paraná e Goiás, que, juntos, representam quase 57% do número absoluto de casos do país.
A faixa etária que mais registra casos de dengue é de 20 a 29 anos, com mais de 556 mil casos, o que representa quase um em cada cinco casos. Na separação por gênero, as mulheres são a maioria a contrair a doença (55,3%).
Diminuição da doença De acordo com dados divulgados nesta terça-feira (9), o 9 unidades da federação apresentam tendência de queda nos números da dengue, 13 estados estão com tendência de estabilidade e 5 com tendência de aumento.
As UFs em queda são Acre, Roraima, Amazonas, Tocantins, Goiás, Distrito Federal, Piauí, Minas Gerais e Espírito Santo.
Os únicos estados que apresentam aumento são Alagoas, Bahia, Maranhão, Pernambuco e Sergipe. Os demais estados estão em estabilidade.
Encarada muitas vezes como uma reação normal ao estresse, medo ou preocupação, a ansiedade pode ser uma condição incapacitante, que afeta significativamente a qualidade de vida e o funcionamento diário. Nesses casos, eles podem estar sofrendo de distúrbios de ansiedade, uma condição séria que exige acompanhamento médico e tratamento adequado.
De acordo com os dados mais recentes da Organização Mundial da Saúde (OMS), o Brasil lidera a lista de países com a maior prevalência de ansiedade patológica, com 9,3% da população afetada. Um estudo da Covitel em 2023 sugere que a prevalência pode ser ainda maior, com uma estimativa de 26,8%.
O que é o Transtorno de Ansiedade? Condição onde o indivíduo sente ansiedade recorrente, mesmo sem a presença de um gatilho identificável, o transtorno de ansiedade pode causar sérios prejuízos para a vida quotidiana dos indivíduos, interferindo tanto no desempenho profissional quanto pessoal.
Sintomas da ansiedade A condição pode se manifestar de várias formas e os sintomas podem variar de uma pessoa para outra. No entanto, alguns sinais comuns incluem preocupação excessiva, insônia, taquicardia e outros. Diferente da ansiedade normal, o transtorno de ansiedade faz com que esses sintomas apareçam frequentemente e sem um gatilho aparente, indicando a necessidade de buscar ajuda profissional.
Motivos da ansiedade As causas do transtorno de ansiedade ainda não são totalmente compreendidas. No entanto, vários fatores – genéticos, ambientais ou psicológicos – podem aumentar a probabilidade de alguém desenvolver o transtorno.
Além disso, comportamentos prejudiciais à saúde, como consumo excessivo de álcool, tabagismo e sedentarismo, também podem contribuir para o desenvolvimento desta condição.
Tratamento O tratamento do transtorno de ansiedade passa necessariamente por uma abordagem personalizada, considerando a gravidade dos sintomas e a presença de outras condições coexistentes. Isso pode envolver medicamentos ansiolíticos ou antidepressivos, além de atendimento psicoterapêutico. Também podem ser adotados ajustes no estilo de vida, como exercícios físicos regulares e alimentação saudável.
Embora não exista uma maneira garantida de prevenir a ansiedade, algumas estratégias podem ser úteis, como a prática de atividades relaxantes, manutenção de relacionamentos saudáveis e gestão do estresse.
As mortes por hepatites virais estão aumentando em todo o mundo e a doença já responde como a segunda principal causa infecciosa de morte no planeta, contabilizando 3,5 mil óbitos por dia e 1,3 milhão por ano – mesmo total de mortes causadas pela tuberculose, que ocupa o primeiro lugar no ranking. O alerta foi feito nesta terça-feira (9) pela Organização Mundial da Saúde (OMS).
Estudo divulgado pela entidade destaca que, apesar de melhores ferramentas para diagnóstico e tratamento disponíveis, além da queda no preço desses produtos, a testagem e a quantidade de pacientes em tratamento estagnaram. “Mesmo assim, atingir a meta de eliminação das hepatites virais até 2030, proposta pela OMS, ainda é algo possível, desde que medidas rápidas sejam tomadas agora”.
Os dados mostram que as mortes por hepatites virais registradas em 187 países passaram de 1,1 milhão em 2019 para 1,3 milhão em 2022. Desse total, 83% foram causadas pela hepatite B e 17%, pela hepatite C. Para o diretor-geral da OMS, Tedros Adhanom Ghebreyesus, os óbitos aumentaram porque pouquíssimas pessoas com a doença têm acesso ao diagnóstico e tratamento adequado.
Casos A estimativa da entidade é que 254 milhões de pessoas viviam com hepatite B e 50 milhões com hepatite C em 2022 – mais da metade das infecções foram registradas entre adultos com idade de 30 a 54 anos e 12%, entre crianças e adolescentes menores de 18 anos. Homens respondem por 58% de todas as infecções.
Apesar de uma leve queda no número de casos entre 2019 e 2022, a incidência da doença no mundo, segundo a OMS, permanece alta. Em 2022, foram contabilizadas 2,2 milhões de novas infecções, contra 2,5 milhões em 2019. “Mais de 6 mil pessoas estão sendo infectadas por hepatites virais todos os dias”, destacou o estudo.
Tratamento Os números mostram que, em todas as regiões do mundo, até o fim de 2022, cerca de 13% das pessoas que viviam com infecção crônica por hepatite B haviam sido diagnosticadas, enquanto 3% recebiam terapia antirretroviral indicada para tratar a doença. No caso da hepatite B, 36% foram diagnosticadas e 20% recebiam tratamento contra a infecção.
“Ambos os resultados estão bem abaixo da meta global de tratar 80% das pessoas vivendo com hepatite B crônica e com hepatite C até 2030. Entretanto, eles indicam uma leve, mas consistente melhora no diagnóstico e na cobertura de tratamento da doença desde o último balanço, em 2019”, destacou a OMS.
Os diagnósticos de hepatite B aumentaram de 10% para 13% no período, enquanto o acesso ao tratamento passou de 2% para 3%. Entre as infecções por hepatite C, o diagnóstico aumentou de 21% para 36% e o acesso ao tratamento, de 13% para 20%.
Disparidades O estudo ressalta que os dados variam drasticamente de região para região. O Continente Africano responde por 63% das novas infecções por hepatite B. Ainda assim, só 18% dos recém-nascidos na região foram imunizados contra a doença após o parto. Já a região do Pacífico Ocidental responde por 47% das mortes por hepatite B, e apenas 23% das pessoas diagnosticadas têm acesso ao tratamento.
Bangladesh, China, Etiópia, Índia, Indonésia, Nigéria, Paquistão, Filipinas, Rússia e Vietnã, juntos, respondem por quase dois terços do fardo global das hepatites B e C. “Alcançar o acesso universal à prevenção, ao diagnóstico e ao tratamento nestes dez países até 2025, juntamente com esforços intensificados na região africana, é essencial para colocar a resposta global de volta no caminho certo e cumprir os Objetivos de Desenvolvimento Sustentável”.
Recomendações Dentre as recomendações publicadas pela OMS, com o objetivo de acelerar o combate às hepatites virais, estão ampliar o acesso à testagem e ao diagnóstico; ofertar tratamento equitativo; ampliar os esforços de prevenção na atenção primária; e mobilizar financiamentos inovadores.
“O financiamento para as hepatites virais, tanto em nível global como no âmbito dos orçamentos de saúde de cada país, não é suficiente para satisfazer as necessidades. Isso resulta de uma combinação de fatores, incluindo a consciência limitada de intervenções e ferramentas que podem salvar vidas, bem como prioridades concorrentes nas agendas globais de saúde”, concluiu a entidade.