A Secretaria de Estado de Saúde (Sesapi) informa aos municípios que possuem o Programa Mais Médicos, que na última quarta-feira (15), o Ministério da Saúde lançou novo edital para a reposição de vagas em aberto do programa. No Piauí ao todo são 61 vagas distribuídas em 45 cidades de norte a sul do estado.
Nesta etapa é necessário que os gestores municipais renovem a adesão ao programa através do sistema presente na plataforma E-gestor. As vagas são voltadas para profissionais que atuam diretamente na atenção primária à saúde. O prazo para realizar a adesão vai até o dia 22 de maio.
Idvani Braga, coordenadora estadual do Programa Mais Médicos, destaca que o programa é essencial para garantir o acesso da população ao profissional de saúde capacitado, levando um atendimento de qualidade a população.
“Após a adesão dos municípios as vagas em aberto, o Ministério da Saúde lançará novo edital voltado para os profissionais médicos se inscreverem nas vagas, então, pedimos que os municípios validem seus interesses nas vagas, para que elas sejam disponibilizadas e os profissionais de saúde possam ser selecionadas para o trabalho”, explica a coordenadora.
“Chamamos a atenção também para que possamos garantir o acesso dos nossos piauienses a atendimentos qualificados. O programa ajuda a fortalecer a atenção básica e ter profissionais qualificados no âmbito da atenção primária fortalecendo a saúde do estado como um todo”, destaca a superintendente de Atenção Primária a Saúde e Municípios da Sesapi, Leila Santos.
Atualmente o Piauí conta com 158 municípios cadastrados no programa Mais Médicos para levar profissionais de qualidade para a atenção primária.
O Brasil já vive uma epidemia de dependência em remédio para dormir. Essa é a opinião da neurologista e especialista em medicina do sono Rosa Hasan, coordenadora do Laboratório do Sono do Hospital das Clínicas, em São Paulo.
“Nós estamos vendo nos últimos anos, não só aqui como no mundo todo, um aumento expressivo de casos de abuso e de uso em grandes quantidades de remédio. Casos que a gente precisa internar o paciente porque não é seguro suspender a medicação”, diz Hasan.
A Anvisa (Agência Nacional de Vigilância Sanitária) endureceu as regras para a venda do zolpidem, um medicamento para dormir. O órgão regulador estabeleceu que, a partir de 1º de agosto, qualquer dosagem desse remédio exigirá receita tipo B (azul), a mesma necessária para calmantes, como clonazepam e alprazolam, por exemplo.
“A medida foi adotada a partir do aumento de relatos de uso irregular e abusivo relacionados ao uso do zolpidem. A análise conduzida pela Anvisa demonstrou um crescimento no consumo dessa substância e a constatação do aumento nas ocorrências de eventos adversos relacionados ao seu uso”, diz a agência em nota. Os efeitos colaterais do zolpidem incluem sonambulismo e alucinações, podendo ser potencialmente perigosos, pois colocam os usuários em situações de risco em alguns casos.
O zolpidem é um remédio da classe dos hipnóticos e tem a venda autorizada no Brasil desde 2007, mas começou a se popularizar a partir de 2011, ano em que 1,7 milhão de caixas haviam sido vendidas. No ano seguinte, houve uma alta de 41,7%, chegando a 2,4 milhões.
Em 2021, último ano em que há dados disponíveis, foram dispensadas nas farmácias brasileiras mais de 19 milhões de caixas.
Atualmente, somente o zolpidem acima de 10 mg exige a apresentação de receita azul. A Anvisa diz que durante a análise, “foi possível ainda identificar que não há dados científicos que demonstrem que concentrações de até 10 mg do medicamento mereçam um critério regulatório diferenciado”.
O que é o zolpidem Desenvolvido na década de 1980, o zolpidem tornou-se nos últimos anos um medicamento substituto dos benzodiazepínicos — categoria que inclui Rivotril (clonazepam), Valium (diazepam) e Frontal (alprazolam) — para indivíduos que se queixam de dificuldade para dormir.
Trata-se de um fármaco sedativo-hipnótico que começou a ser vendido nos Estados Unidos em 1993, sob o nome comercial Ambien, após cinco anos de uso na Europa.
No Brasil, o zolpidem foi autorizado pela Anvisa (Agência Nacional de Vigilância Sanitária) em 2007.
O medicamento de referência é o Stilnox, produzido pela farmacêutica Sanofi. Mais recentemente, surgiram dezenas de genéricos e similares. O zolpidem faz parte de uma família de drogas chamadas de Z-hipnóticos, que inclui também outros medicamentos, como o zaleplon e a zopiclona.
Eles entram na categoria de não benzodiazepínicos, por não possuírem em suas formulações anéis de benzeno e diazepina fundidos. Na prática, essa diferença química faz com que as drogas Z tenham uma particularidade na indução ao sono.
Os benzodiazepínicos causam sonolência, mas também têm propriedades ansiolíticas, relaxantes musculares e anticonvulsivantes, que costumam fazer com que as pessoas acordem grogues pela manhã.
Rivotril, Valium, Frontal e outros, na verdade, são ansiolíticos e não devem ser usados para induzir ao sono. São remédios que se destinam ao alívio de crises agudas de ansiedade ou, em alguns casos, para convulsões.
No caso dos Z-hipnóticos, mantém-se a indução ao sono com quase nenhuma das outras três características dos benzodiazepínicos.
O zolpidem, particularmente, tornou-se popular por fazer a pessoa dormir rapidamente sem causar sonolência no dia seguinte, desde que ela durma ininterruptamente de sete a oito horas. Seu efeito adverso mais perigoso é a parassonia — o indivíduo entra em um estado de sonambulismo.
De acordo com as bulas aprovadas pela Anvisa, o zolpidem “é destinado ao tratamento da insônia (dificuldade para dormir), que pode ser ocasional (eventual), transitória (passageira) ou crônica (que dura há muito tempo)”.
Especialistas, porém, defendiam nos últimos anos que a venda desse remédio fosse mais restrita no Brasil.
Um estudo realizado na Universidade da Califórnia, nos Estados Unidos, descobriu uma característica que pode ser sinal de demência.
De acordo com os pesquisadores, pessoas com um tipo de doença neurodegenerativa chamada demência frontotemporal (DFT) podem não perceber o sarcasmo e a mentira nos diálogos.
Ter conhecimento sobre esse aspecto e percebê-lo pode ajudar a se chegar ao diagnóstico mais cedo.
Detalhes sobre o estudo A descoberta veio depois que os participantes foram convidados a assistir a vídeos de interações.
O estudo, que envolveu 175 participantes – 103 dos quais tinham algum tipo de demência e 72 dos quais não tinham. Eles precisavam avaliar vídeos com diálogos.
As pessoas que tinham essas conversas eram muitas vezes obviamente sarcásticas. Depois de receberem perguntas de sim ou não sobre o que viram, os pesquisadores mediram as respostas dos participantes em relação a mapas de sua estrutura cerebral.
Descobertas Os cientistas descobriram que tanto as pessoas com Alzheimer quanto com demência frontotemporal (DFT) tinham dificuldade para captar o sarcasmo.
No entanto, pessoas com DFT tendiam a ter ainda mais dificuldade para discernir o sarcasmo.
O que é demência frontotemporal? A demência frontotemporal (DFT) é um tipo de demência que afeta principalmente as áreas do cérebro conhecidas como lobo frontal e lobo temporal.
Essas áreas desempenham papéis importantes no comportamento, personalidade e linguagem.
De acordo com Alzheimer Society, no estágio inicial da demência frontotemporal, alterações de comportamento ou problemas com a fala podem aparecer separadamente.
No entanto, à medida que a doença progride, esses sintomas se sobrepõem cada vez mais.
Ao contrário da doença de Alzheimer, as pessoas com demência frontotemporal geralmente permanecem conscientes do tempo (por exemplo, em que ano estamos), e a memória não é motivo de preocupação nos estágios iniciais.
Nos estágios posteriores, surgem sintomas gerais de demência, incluindo confusão e esquecimento. As habilidades motoras são perdidas e ocorrem dificuldades de deglutição.