A Secretaria de Saúde do Piauí (Sesapi) alerta a população para a alta de casos de sífilis no estado. Segundo dados do Boletim Epidemiológico da Sífilis 2024, foram contabilizadas 6.172 notificações de casos de sífilis adquirida, 4.364 de sífilis em gestantes e 1.731 notificações de casos de sífilis congênita nos últimos seis anos.
A Sífilis é uma Infecção Sexualmente Transmissível (IST), prevenível, tratável e curável, causada pela bactéria Treponema pallidum e que pode apresentar várias manifestações clínicas e diferentes estágios. A sífilis pode colocar em risco não apenas a saúde do adulto, como também pode ser transmitida para o bebê durante a gestação.
Conforme informações extraídas das notificações compulsórias dos casos de sífilis adquirida, sífilis em gestante e sífilis congênita obtidas por meio do Sistema de Informação de Agravos de Notificação (Sinan). Os dados revelam uma diminuição das notificações em 2020, por conta da redução do acesso ao diagnóstico por conta da pandemia da Covid-19.
“Apesar das ações implementadas para controle da doença no nosso estado, observa-se a tendência constante de persistência de casos. A partir da superação da crise pandêmica já se observa a retomada de aumento dos casos”, pontua Karina Amorim, coordenadora de IST da Sesapi.
Em 2020, foram 708 notificações de casos de sífilis adquirida, 781 de sífilis em gestantes e 253 de sífilis congênita, cenário semelhante aos dados parciais registrados em 2024. Apesar de ainda não estarem fechados no sistema, já são contabilizados 694 casos de sífilis adquirida, 508 de sífilis em gestantes e 189 de sífilis congênita.
Neste sentido, a Sesapi reforça a importância de ações de prevenção para o controle da sífilis e interrupção da cadeia de transmissão, além da intensificação do diagnóstico e tratamento precoce oportuno como imprescindíveis para evitar a transmissão da doença.
“O uso do preservativo é a principal forma de prevenção e o teste rápido para diagnóstico está disponível nos Centros de Testagem e Acolhimento (CTAs) do estado. Além disso, a Sesapi chama atenção para a importância do tratamento adequado em gestantes, para prevenir a sífilis congênita”, enfatiza Karina Amorim.
Claudio Cezar Alves da Silva retomou a qualidade de vida graças ao Sistema Nacional de Transplantes. Em 1994 descobriu uma doença que atacou os rins. Ele precisou ser submetido a sessões frequentes de hemodiálise – tratamento que remove substâncias tóxicas do sangue, funcionando como um rim artificial – até que conseguiu fazer um transplante de rim. Hoje, aos 58 anos, ele é um defensor do Sistema que já o salvou outras vezes. Ele está na fila para receber o terceiro rim.
“Você vê que eu confio bastante, o sistema tem credibilidade”, diz Silva, que é, atualmente, presidente da Associação dos Renais e Transplantados do Estado do Rio de Janeiro. Ele ajuda outros pacientes renais e famílias a acreditarem nos tratamentos, a se cuidarem e a confiarem, nos casos necessários, nos transplantes.
“A hemodiálise te mantém vivo. Graças a Deus, você tem uma máquina, né? Que três vezes por semana, quatro horas por dia, você fazendo a hemodiálise ou fazendo a diálise peritonial em casa, você fica tranquilo, te mantém vivo. Mas nada melhor do que você voltar a ter a tua liberdade. Você sair da máquina, cuidar direitinho de você mesmo. O principal fator para você ter uma qualidade de vida e ter uma durabilidade melhor do seu órgão transplantado, é você mesmo. É com os cuidados que você tem que ter no dia a dia. Com alimentação, com exercícios”, diz.
Foi com surpresa que Silva recebeu a notícia que pacientes que fizeram transplantes no Rio de Janeiro foram infectados por HIV.
“Imagina só, você está numa expectativa, você está numa fila, aí vem esse baque, nossa, você vai murchar. Você não pode deixar isso acontecer. Foi um erro. Erros acontecem. Foi uma falta grave? Foi uma falta grave. Mas vamos embora. Vamos passar por cima e vamos continuar”, ressalta. “Eu vou pro terceiro. É porque eu acredito no sistema. Isso não vai me abalar jamais. Isso vai me dar mais força ainda pra brigar mais e pra incentivar mais as pessoas a saírem dessa fila. Vambora. Vamos voltar a uma vida normal”, defende.
O Sistema Nacional de Transplantes é considerado o maior programa público de transplante de órgãos, tecidos e células do mundo. Ele é garantido a toda a população por meio do Sistema Único de Saúde (SUS), que, por sua vez, é responsável pelo financiamento de cerca de 88% dos transplantes no país, segundo dados do Ministério da Saúde.
O transplante de órgãos pode salvar vidas em caso de órgãos vitais como o coração, bem como devolver a qualidade de vida, quando o órgão transplantado não é vital, como os rins. Com o transplante, é possível ter um prolongamento da expectativa de vida, permitindo o restabelecimento da saúde e, por consequência, a retomada das atividades normais.
Segurança O caso do Rio de Janeiro é inédito. Assim que foi noticiado, prontamente entidades médicas e de outras categorias ligadas à saúde, Secretaria de Estado de Saúde do Rio de Janeiro (SES) e Ministério da Saúde saíram em defesa do Sistema Nacional de Transplantes.
Entre as entidades estão a Sociedade Brasileira de Córnea (SBC) e o Conselho Brasileiro de Oftalmologia (CBO). “É um sistema que funciona há décadas e que tem possibilitado a recuperação da visão de milhares de pessoas no país inteiro. O nosso sistema de transplante, no caso de córnea, ele é reconhecidamente um dos melhores do mundo”, diz o presidente da entidade, José Álvaro.
Segundo Álvaro, um dos pacientes recebeu o transplante de córnea de um dos doadores infectados por HIV. Como não se trata de um órgão vascularizado, ele não foi infectado.
A córnea é uma estrutura transparente localizada na parte anterior do globo ocular. Álvaro explica que algumas doenças podem fazer com que ela fique opaca e isso prejudica a visão das pessoas, podendo levar à cegueira. O transplante oferece a chance de os pacientes voltarem a enxergar.
Para ele, o caso do Rio de Janeiro é “seríssimo” e está sendo devidamente investigado, mas não deve comprometer a confiança em um sistema que “salvou a vida de milhões de pessoas e devolveu a visão a milhares de pessoas”, ressalta.
Segundo dados do Ministério da Saúde, em todo o país, 44.777 pessoas esperam por transplante de órgão. A maior parte, 41.395, estão na fila por um rim. O fígado aparece em segundo lugar, com uma fila de 2.320 pessoas, seguido pelo coração, com 431. São Paulo é estado com o maior número de pessoas que aguardam um transplante, 21.564. O Rio de Janeiro aparece em quinto lugar, com 2.167 pessoas na lista de espera.
A OMS (Organização Mundial da Saúde) anunciou a ampliação da vacina contra a varíola mpox, para adolescentes entre 12 e 17 anos, na última terça-feira (08). A dose de imunização, produzida pela Bavarian Nordic, da Dinamarca, já estava disponível para maiores de idade desde setembro.
As vacinas, chamadas de Jynneos e Imvanex, estão na lista de pré-qualificadas. Dessa forma, podem ser distribuídas em países de baixa renda e com uma necessidade mais urgente, para reduzir a transmissão e ajudar a conter o surto.
De acordo com a OMS, a imunização tem eficácia de 82% e deve acontecer em duas doses, com um espaço de quatro semanas entre cada.
Segundo o portal Reuters, a decisão da ampliação acontece após a aprovação da União Europeia, em setembro.
A Bavarian Nordic se prepara para realizar um ensaio clínico para avaliar a segurança da vacina em crianças de dois a 12 anos. Os testes estão previstos para começar ainda neste mês de outubro.
Outra vacina contra a mpox, chamada LC16 e produzida pela KM Biologics, do Japão, já pode ser utilizada em crianças, de acordo com órgão regulador japonês.
O Governo brasileiro detalhou no último informe semanal sobre a doença, no dia 17 de setembro, que o Brasil possui 1.106 casos notificados e nenhuma morte.
Até o momento, a ANVISA (Agência Nacional de Vigilância Sanitária) autoriza apenas a vacinação em maiores de idade.
Uma nova pesquisa realizada pela Northwestern University, nos Estados Unidos, revelou que diversas comunidades de vírus habitam os chuveiros e as escovas de dente de muitas casas. Mas, acredite, isso é uma boa notícia.
A microbiologista Erica Hartmann, que liderou o estudo, afirmou que o número de vírus encontrado foi surpreendente. Boa parte das espécies identificadas no estudo são bacteriófagos. Isso significa que eles infectam bactérias prejudiciais aos seres humanos. Essas comunidades podem até ajudar no combate a infecções bacterianas e contribuir ambientes mais saudáveis, sem a necessidade de produtos químicos agressivos.
Publicado, recentemente, na revista Frontiers in Microbiomes, o estudo mostrou que os americanos passam dois terços de suas vidas em casa. Por isso, entender quais organismos compartilham esses espaços do dia-a-dia é importante, já que eles podem avaliar a qualidade de vida nos lares.
O estudo ainda sugeriu que essas comunidades virais são únicas em cada ambiente. Com isso, algumas possibilidades foram levantadas, como a de que os bacteriófagos identificados poderiam ser usados para limpar sistemas de encanamento de forma natural. Isso também alerta para o fato de que o uso excessivo de produtos antimicrobianos pode aumentar a resistência das bactérias.
A pesquisa utilizou amostras de chuveiros e escovas de dente coletadas em diversos estados dos Estados Unidos. De acordo com os pesquisadores, foram encontradas mais de 600 espécies virais diferentes.