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A hipertensão, conhecida popularmente como “pressão alta”, é uma condição crônica caracterizada pela elevação persistente da pressão arterial. Esta condição representa um dos principais fatores de risco para doenças cardiovasculares, como infarto do miocárdio e acidente vascular cerebral, sendo considerada um problema de saúde pública global devido à sua alta prevalência e impacto significativo na mortalidade e morbidade da população.

Hoje vamos explicar todos os detalhes sobre essa doença que acomete cada vez mais a população mas tem prevenção e cuidados.

A hipertensão é uma condição silenciosa, muitas vezes assintomática, que pode passar despercebida por anos enquanto danifica lentamente órgãos vitais, como o coração, cérebro, rins e olhos. Por isso, requer atenção e cuidado.

O que é Hipertensão? A hipertensão é uma doença crônica em que o sangue exerce uma força excessiva contra as paredes das artérias, o que pode levar ao endurecimento e estreitamento dessas artérias ao longo do tempo.

Isso aumenta o risco de várias complicações cardiovasculares. A pressão arterial é considerada normal quando está abaixo de 120/80 mmHg.

Valores entre 120/80 mmHg e 139/89 mmHg são classificados como pré-hipertensão, indicando um risco aumentado de desenvolver hipertensão no futuro​ segundo a Universidade Americana de Cardiologia.

Diferença entre hipertensão primária e secundária A hipertensão é geralmente classificada em duas categorias:

Hipertensão Primária (ou Essencial): Esta é a forma mais comum de hipertensão, responsável por cerca de 90-95% dos casos. Não possui uma causa identificável específica, mas está associada a fatores genéticos, ambientais e de estilo de vida, como dieta rica em sal, sedentarismo, obesidade e consumo excessivo de álcool. Hipertensão Secundária: Corresponde a 5-10% dos casos e resulta de uma causa subjacente específica, como doenças renais, desordens endócrinas (por exemplo, hiperaldosteronismo), uso de certos medicamentos, apneia obstrutiva do sono ou problemas arteriais. A identificação e tratamento da causa subjacente podem, muitas vezes, controlar ou curar a hipertensão secundária. Níveis de pressão arterial Normal: Pressão arterial abaixo de 120/80 mmHg. Pré-hipertensão: Pressão arterial sistólica entre 120-139 mmHg ou diastólica entre 80-89 mmHg. Hipertensão Estágio 1: Pressão arterial sistólica entre 140-159 mmHg ou diastólica entre 90-99 mmHg. Hipertensão Estágio 2: Pressão arterial sistólica de 160 mmHg ou mais, ou diastólica de 100 mmHg ou mais. Crise Hipertensiva: Pressão arterial sistólica acima de 180 mmHg e/ou diastólica acima de 120 mmHg, necessitando de atenção médica imediata. Estas classificações ajudam os profissionais de saúde a determinar o tratamento mais adequado e a monitorar a progressão da doença em seus pacientes​.

Causas e fatores de risco Agora vamos detalhar quais são as principais causas e fatores de risco para que uma pessoa desenvolva a pressão alta.

Causas comuns A hipertensão é uma condição multifatorial, ou seja, vários fatores contribuem para seu desenvolvimento. Algumas das causas comuns incluem:

Genética A predisposição genética desempenha um papel significativo no desenvolvimento da hipertensão. Estudos mostram que indivíduos com histórico familiar de hipertensão têm maior probabilidade de desenvolver a condição​​.

Idade A pressão arterial tende a aumentar com a idade. Isso ocorre devido à perda de elasticidade das artérias, que se tornam mais rígidas com o tempo, resultando em maior resistência ao fluxo sanguíneo​.

Estilo de Vida Fatores relacionados ao estilo de vida, como dieta rica em sal, consumo excessivo de álcool, sedentarismo e estresse crônico, são contribuintes significativos para a hipertensão.

A ingestão excessiva de sódio, por exemplo, pode levar à retenção de líquidos, aumentando o volume de sangue e, consequentemente, a pressão arterial.

Fatores de risco Os fatores de risco para hipertensão podem ser classificados em dois grupos: modificáveis e não modificáveis.

Fatores de risco modificáveis: Dieta: Consumo elevado de sal, alimentos processados e bebidas alcoólicas. Atividade Física: Sedentarismo aumenta o risco de hipertensão. Peso: Obesidade e sobrepeso são grandes fatores de risco para o desenvolvimento de hipertensão. Tabagismo: Fumar aumenta a pressão arterial e danifica os vasos sanguíneos. Estresse: Estresse crônico pode contribuir para o aumento da pressão arterial. Fatores de risco não modificáveis: Idade: O risco de hipertensão aumenta com a idade. História Familiar: Histórico de hipertensão na família aumenta o risco. Gênero: Homens têm maior risco de desenvolver hipertensão antes dos 55 anos, enquanto mulheres têm maior risco após a menopausa. Etnia: Certos grupos étnicos, como afro-americanos, têm maior prevalência de hipertensão​. Relação entre obesidade e hipertensão A obesidade é um dos principais fatores de risco para hipertensão. O excesso de peso aumenta a demanda de oxigênio e nutrientes pelo corpo, o que eleva o volume de sangue circulando nos vasos sanguíneos.

Além disso, a obesidade está associada a alterações hormonais e inflamatórias que contribuem para o aumento da resistência vascular periférica, levando ao aumento da pressão arterial. A redução de peso, por outro lado, está associada à diminuição significativa da pressão arterial em indivíduos hipertensos​.

Sintomas e diagnóstico A hipertensão é frequentemente chamada de “assassina silenciosa” porque muitas vezes não apresenta sintomas perceptíveis até que atinja um estágio grave ou cause complicações sérias. No entanto, alguns sintomas que podem ocorrer incluem:

Cefaleia (dor de cabeça): Principalmente na região da nuca. Tontura: Sensação de desequilíbrio ou vertigem. Palpitações: Sensação de batimentos cardíacos acelerados ou irregulares. Fadiga: Sensação de cansaço constante. Problemas de Visão: Visão embaçada ou dupla. Esses sintomas, quando presentes, geralmente indicam que a pressão arterial está extremamente alta e requerem atenção médica imediata​​.

Importância do diagnóstico precoce O diagnóstico precoce da hipertensão é crucial para a prevenção de complicações graves, como doenças cardiovasculares, renais e acidente vascular cerebral. Detectar a hipertensão em estágios iniciais permite a implementação de intervenções que podem controlar a pressão arterial e reduzir o risco de danos aos órgãos​.

Métodos de diagnóstico Medição da Pressão Arterial: O método mais comum e direto para diagnosticar hipertensão é a medição da pressão arterial usando um esfigmomanômetro. Medições regulares são necessárias para confirmar o diagnóstico, uma vez que a pressão arterial pode variar ao longo do dia.

Exames complementares Eletrocardiograma (ECG): Para avaliar a função cardíaca e detectar hipertrofia ventricular. Exames de Sangue e Urina: Para verificar a presença de doenças subjacentes, como diabetes e problemas renais. Monitoramento Ambulatorial da Pressão Arterial (MAPA): Monitora a pressão arterial ao longo de 24 horas, proporcionando uma visão mais precisa das variações da pressão arterial durante atividades diárias e sono.

Esses métodos ajudam a estabelecer um diagnóstico preciso e a planejar o tratamento mais adequado para cada paciente.

Complicações da hipertensão A hipertensão pode causar danos significativos a vários órgãos vitais, muitas vezes de forma silenciosa e progressiva:

Coração: A hipertensão força o coração a trabalhar mais intensamente para bombear o sangue, o que pode levar à hipertrofia ventricular esquerda (espessamento das paredes do coração). Isso aumenta o risco de insuficiência cardíaca, arritmias e doença arterial coronariana​.

Rins: A hipertensão pode danificar os vasos sanguíneos nos rins, comprometendo sua capacidade de filtrar resíduos do sangue. Isso pode levar à insuficiência renal crônica, uma condição em que os rins gradualmente perdem sua função.

Cérebro: A pressão arterial elevada pode causar danos aos vasos sanguíneos do cérebro, aumentando o risco de acidente vascular cerebral (AVC). Também pode levar a problemas cognitivos e demência vascular a longo prazo.

Olhos: A hipertensão pode danificar os vasos sanguíneos nos olhos, resultando em retinopatia hipertensiva, que pode causar visão embaçada ou perda total da visão em casos graves​.

Doenças relacionadas A hipertensão é um fator de risco importante para várias doenças graves:

Acidente vascular cerebral (AVC) A pressão arterial elevada pode causar o rompimento ou bloqueio dos vasos sanguíneos no cérebro, levando a um AVC isquêmico ou hemorrágico​ (MDPI)​​ (Nature)​.

Infarto do miocárdio A hipertensão aumenta o risco de formação de placas nas artérias coronárias, que podem se romper e bloquear o fluxo sanguíneo para o coração, resultando em um ataque cardíaco.

Insuficiência renal Danos aos vasos sanguíneos dos rins devido à hipertensão podem levar à insuficiência renal, uma condição grave que pode necessitar de diálise ou transplante de rim​ .

Como a hipertensão pode ser fatal se não tratada Se não for tratada, a hipertensão pode causar complicações fatais. A pressão arterial constantemente elevada pode levar a insuficiência cardíaca, insuficiência renal, AVC e infarto, todos os quais têm potencial para resultar em morte súbita.

A natureza silenciosa da hipertensão torna essencial o monitoramento regular e a adesão ao tratamento para prevenir essas complicações graves​​.

Tratamento da hipertensão Mudanças no estilo de vida são fundamentais conforme observamos nas pesquisas científicas mais recentes. Adotar hábitos saudáveis é fundamental para o controle da hipertensão:

Dieta A dieta DASH (Dietary Approaches to Stop Hypertension) é amplamente recomendada. Ela enfatiza o consumo de frutas, vegetais, grãos integrais e laticínios com baixo teor de gordura, além de reduzir a ingestão de sal, gordura saturada e colesterol​​.

Exercícios A prática regular de exercícios físicos, como caminhada, corrida, ciclismo e natação, ajuda a reduzir a pressão arterial. Recomenda-se pelo menos 150 minutos de atividade física moderada por semana​​.

Controle de peso Manter um peso saudável é crucial. A obesidade está diretamente ligada ao aumento da pressão arterial, e a perda de peso pode resultar em uma redução significativa da pressão​​.

Tratamento farmacológico Os medicamentos são frequentemente necessários para controlar a pressão arterial, especialmente em casos de hipertensão persistente:

Inibidores da Enzima Conversora de Angiotensina (IECA): Reduzem a produção de angiotensina II, uma substância que causa o estreitamento dos vasos sanguíneos. Exemplos incluem enalapril e lisinopril.

Bloqueadores dos Receptores da Angiotensina (BRA): Funcionam de forma semelhante aos IECAs, mas bloqueiam a ação da angiotensina II. Exemplos incluem losartana e valsartana.

Diuréticos: Ajudam a eliminar o excesso de sódio e água do corpo, reduzindo o volume de sangue e, consequentemente, a pressão arterial. Exemplos incluem hidroclorotiazida e furosemida.

Bloqueadores dos Canais de Cálcio: Relaxam os vasos sanguíneos, permitindo que o sangue flua mais facilmente. Exemplos incluem amlodipina e verapamil.

Beta-bloqueadores: Reduzem a frequência cardíaca e a força de contração do coração, diminuindo a pressão arterial. Exemplos incluem propranolol e metoprolol​​.

Importância da adesão ao tratamento A adesão ao tratamento é vital para o controle eficaz da hipertensão. Interrupções no uso dos medicamentos podem levar a um aumento perigoso da pressão arterial e a um risco elevado de complicações graves.

É importante que os pacientes sigam as orientações médicas e façam ajustes no estilo de vida para alcançar um controle sustentável da pressão arterial. Monitorar regularmente a pressão arterial e consultar regularmente o médico são passos essenciais para o manejo eficaz da hipertensão​​.

Prevenção da hipertensão Prevenir a hipertensão é fundamental para reduzir o risco de complicações graves, como doenças cardíacas, acidentes vasculares cerebrais e insuficiência renal. Aqui estão algumas estratégias eficazes para manter a pressão arterial sob controle:

Dicas para manter a pressão arterial sob controle Monitore sua pressão arterial regularmente: Verifique sua pressão arterial em casa ou em consultas médicas regulares para detectar qualquer alteração precocemente​. Reduza a ingestão de sódio: Limite o consumo de alimentos ricos em sal, como produtos industrializados, fast food e salgadinhos. A OMS recomenda consumir menos de 5 gramas de sal por dia. Limite o consumo de álcool: O consumo excessivo de álcool pode elevar a pressão arterial. Homens não devem consumir mais de dois drinques por dia, e mulheres, não mais de um​​. Evite fumar: O tabagismo aumenta a pressão arterial e danifica as artérias, contribuindo para doenças cardíacas​. Gerencie o peso: Manter um peso saudável reduz a carga sobre o coração e ajuda a controlar a pressão arterial​ (Nature)​. Alimentação saudável (Dieta DASH) A Dieta DASH (Dietary Approaches to Stop Hypertension) é uma abordagem alimentar recomendada para prevenir e controlar a hipertensão. Esta dieta enfatiza:

Frutas e Vegetais: Ricos em potássio, que ajuda a equilibrar os níveis de sódio no corpo. Grãos Integrais: Fornecem fibras e nutrientes essenciais que contribuem para a saúde cardiovascular. Laticínios com Baixo Teor de Gordura: Fontes de cálcio e proteína, importantes para a saúde do coração. Proteínas Magras: Como peixes, aves e leguminosas, que são menos propensos a aumentar a pressão arterial. Redução de Gorduras Saturadas e Colesterol: Limitar o consumo de gorduras presentes em carnes gordurosas, produtos lácteos integrais e alimentos fritos​.

Importância da atividade física regular A prática regular de atividade física é uma das formas mais eficazes de prevenir e controlar a hipertensão. Recomenda-se pelo menos 150 minutos de atividade física moderada por semana, como:

Caminhada Rápida Corrida Ciclismo Natação Essas atividades ajudam a fortalecer o coração, melhorar a circulação e reduzir os níveis de pressão arterial​.

Controle do estresse O estresse crônico pode contribuir para o aumento da pressão arterial. Técnicas eficazes de gerenciamento do estresse incluem:

Meditação e Yoga: Técnicas de relaxamento que ajudam a reduzir a pressão arterial e melhorar o bem-estar geral. Respiração Profunda: Exercícios de respiração profunda podem ajudar a reduzir a resposta ao estresse. Atividades Recreativas: Participar de hobbies e atividades que você gosta pode ajudar a aliviar o estresse​. Hipertensão em diferentes grupos populacionais A hipertensão é mais prevalente em idosos devido ao envelhecimento natural das artérias, que se tornam mais rígidas.

Em idosos, é crucial monitorar regularmente a pressão arterial e adaptar o tratamento conforme necessário, pois eles podem ter maior sensibilidade a certos medicamentos e efeitos adversos.

Hipertensão em crianças e adolescentes Embora menos comum, a hipertensão também pode afetar crianças e adolescentes. As causas geralmente incluem obesidade, doenças renais e histórico familiar de hipertensão. É importante diagnosticar e tratar a hipertensão precoce nesse grupo para prevenir complicações a longo prazo​​.

Diferenças de gênero Homens têm maior probabilidade de desenvolver hipertensão antes dos 55 anos, enquanto mulheres têm maior risco após a menopausa. As diferenças hormonais e de estilo de vida entre homens e mulheres podem influenciar esses padrões.

Estudos indicam que as mulheres podem ser mais suscetíveis aos efeitos adversos de certos medicamentos anti-hipertensivos​.

Considerações étnicas e raciais Certos grupos étnicos e raciais, como afro-americanos, têm maior prevalência de hipertensão e risco aumentado de complicações associadas.

Fatores genéticos, socioeconômicos e de acesso a cuidados de saúde desempenham um papel importante nessas diferenças. Intervenções específicas e programas de educação em saúde são necessários para abordar as disparidades na prevalência e tratamento da hipertensão nesses grupos​.

Convivendo com a hipertensão Conviver com a hipertensão requer disciplina e comprometimento com mudanças no estilo de vida e aderência ao tratamento prescrito. Aqui estão algumas estratégias para o manejo diário da hipertensão:

Adote uma dieta saudável Seguir a dieta correta pode ajudar a controlar a pressão arterial. Esta dieta inclui frutas, vegetais, grãos integrais, proteínas magras e laticínios com baixo teor de gordura, além de limitar o consumo de sal, açúcares e gorduras saturadas​.

Pratique atividade física regularmente A atividade física regular, como caminhadas, ciclismo ou natação, pode ajudar a reduzir a pressão arterial. O ideal é praticar pelo menos 150 minutos de exercícios moderados por semana​​.

Controle o peso Manter um peso saudável é crucial para o controle da hipertensão. A perda de peso, mesmo que modesta, pode ter um impacto significativo na redução da pressão arterial​.

Evite o tabagismo e limite o consumo de álcool O tabagismo e o consumo excessivo de álcool podem aumentar a pressão arterial. Parar de fumar e beber com moderação são passos importantes para o controle da hipertensão​.

Dicas para monitoramento em casa O monitoramento regular da pressão arterial em casa é uma ferramenta poderosa para a gestão da hipertensão. Aqui estão algumas dicas para fazer isso de maneira eficaz:

Use um monitor de pressão arterial confiável Certifique-se de que seu dispositivo está calibrado corretamente. Existem muitos monitores disponíveis no mercado, e os digitais são geralmente fáceis de usar​​.

Meça a pressão arterial regularmente Realize medições em horários consistentes, como pela manhã e à noite, e registre os resultados para acompanhar as variações ao longo do tempo.

Siga as instruções de medição Sente-se em um local tranquilo, descanse por 5 minutos antes da medição, mantenha os pés no chão e o braço apoiado na altura do coração. Evite cafeína, exercício físico e tabaco pelo menos 30 minutos antes da medição​​.

Importância do apoio social e psicológico O suporte social e psicológico desempenha um papel vital na gestão da hipertensão. O estresse emocional pode contribuir para o aumento da pressão arterial, e ter uma rede de apoio pode ajudar a mitigar esses efeitos. Aqui estão algumas formas de obter esse suporte:

Participe de Grupos de Apoio: Grupos de apoio, tanto presenciais quanto online, podem oferecer suporte emocional e compartilhar estratégias eficazes de manejo da hipertensão​. Considere a Terapia: A terapia cognitivo-comportamental pode ajudar a gerenciar o estresse e a ansiedade associados à hipertensão. Técnicas de relaxamento, como meditação e yoga, também podem ser benéficas​. Envolva a Família e Amigos: Compartilhar sua condição com familiares e amigos próximos pode fornecer uma rede de apoio adicional. Eles podem ajudar a lembrar sobre medicamentos, acompanhar a dieta e incentivar a prática de exercícios físicos​. A hipertensão é uma condição crônica que requer um manejo cuidadoso para prevenir complicações graves. Mudanças no estilo de vida, como dieta saudável, atividade física regular e controle do estresse, são fundamentais para controlar a pressão arterial.

A adesão ao tratamento prescrito e o monitoramento regular são essenciais para o sucesso a longo prazo.

Controlar a hipertensão pode ser desafiador, mas com as ferramentas e o suporte adequados, é possível viver uma vida saudável e ativa. Educar-se sobre a condição e seguir as orientações médicas são passos importantes para tomar o controle da sua saúde.

Para mais informações e suporte sobre a hipertensão, confira os seguintes recursos:

Sociedade Brasileira de Hipertensão (SBH) American Heart Association (AHA) Organização Mundial da Saúde (OMS) Perguntas e respostas sobre hipertensão Veja agora os que mas deixa dúvidas nas pessoas.

  1. Como posso saber se tenho hipertensão? A hipertensão é diagnosticada através da medição regular da pressão arterial, que deve ser feita por um profissional de saúde usando equipamentos calibrados. Além disso, o médico pode realizar uma anamnese detalhada e solicitar exames laboratoriais para confirmar o diagnóstico.
  2. A hipertensão sempre apresenta sintomas? Não, a hipertensão é frequentemente chamada de “assassina silenciosa” porque muitas vezes não apresenta sintomas perceptíveis. Mesmo sem sintomas, a pressão arterial elevada pode causar danos significativos aos órgãos ao longo do tempo, tornando essencial a medição regular da pressão​ ​.
  3. Quais são os principais fatores de risco para desenvolver hipertensão? Os fatores de risco incluem idade avançada, histórico familiar de hipertensão, obesidade, sedentarismo, dieta rica em sal, consumo excessivo de álcool, tabagismo e estresse. Certas condições de saúde, como diabetes e doenças renais, também podem aumentar o risco​​.
  4. Reduzir o consumo de sal é suficiente para controlar a hipertensão? Reduzir o consumo de sal é um passo importante, mas não é suficiente por si só. É necessário adotar um estilo de vida saudável, que inclui controle de peso, prática regular de exercícios físicos e, muitas vezes, uso de medicamentos prescritos. A leitura atenta dos rótulos dos alimentos para evitar a ingestão excessiva de sódio é essencial​.
  5. Posso parar de tomar minha medicação para hipertensão se minha pressão estiver controlada? Não. A hipertensão é uma condição crônica, e a pressão arterial está controlada devido ao uso dos medicamentos. Interromper a medicação sem orientação médica pode levar ao aumento da pressão arterial e ao risco de complicações graves. É importante seguir as recomendações do médico e nunca parar o tratamento por conta própria​.
  6. Quais alimentos ajudam a baixar a pressão arterial? Alimentos como salmão, sementes de linhaça, kiwi, uvas, amêndoas e pimentão vermelho são recomendados para quem tem hipertensão, devido às suas propriedades que ajudam a reduzir a pressão arterial. Leia aqui.
  7. Quais chás são bons para hipertensão? Chás de oliveira, capim-limão, cavalinha, gengibre, cúrcuma, alho, hibisco e camomila são benéficos para o controle da pressão arterial. Esses chás possuem compostos que promovem a dilatação dos vasos sanguíneos e a saúde cardiovascular, veja mais​.
  8. Quem tem hipertensão pode consumir chá de hibisco? Sim, o chá de hibisco pode ser consumido por hipertensos e pode ajudar a reduzir a pressão arterial devido às suas propriedades vasodilatadoras. No entanto, deve-se ter cuidado ao combiná-lo com medicamentos para evitar a hipotensão​, veja mais​.
  9. Frutas que ajudam a controlar a pressão alta? Bananas, morangos, abacates, uvas e kiwis são frutas que podem ajudar a controlar a pressão arterial devido aos seus nutrientes benéficos, como potássio e antioxidantes​, veja mais.
  10. O pepino é bom para pressão alta? Sim, o pepino é benéfico para a pressão arterial devido aos seus compostos bioativos que podem ajudar na dilatação dos vasos sanguíneos. No entanto, deve-se consumir com moderação, especialmente se houver restrição de sódio na dieta​, veja mais​.
  11. Quais chás hipertensos devem evitar? Hipertensos devem evitar chás como ginseng, chá preto, matcha e oolong, pois podem conter compostos que elevam a pressão arterial​, leia mais​.

Essas perguntas e respostas abordam diversos aspectos da hipertensão e podem ser aprofundadas através dos artigos disponíveis no site SaúdeLab.

A cobertura da dTpa, ou tríplice bacteriana acelular, foi de apenas 75% em 2023. Essa é uma vacina aplicada quase exclusivamente em grávidas e deve ser tomada em todas as gestações, justamente para proteger os recém-nascidos da coqueluche. Mas ela também protege a gestante e o bebê contra o tétano e a difteria. Muitas mulheres em fase de gestação, no entanto, não estão se vacinando.

gravvacina

A jornalista e atriz Natália Gadioli, está grávida pela segunda vez e vai tomar a dTpa assim que atingir o tempo recomendado, de 20 semanas de gestação. Ela alerta, no entanto, sobre o que pode estar afastando as gestantes das salas de vacina. “Infelizmente, a gente vê muita fake news, muita desinformação, que tenta assustar as pessoas. E isso acaba prejudicando individualmente e coletivamente. É uma pena, sempre que posso tento combater de alguma forma e defender a vacina para todos. Especialmente nessa fase de gestação, quando é muito importante a gente se cuidar e proteger o bebê”.

O diretor da Sociedade Brasileira de Imunizações, Juarez Cunha, explica que a chamada hesitação vacinal é causada por muitos fatores. O maior deles é a falta de percepção de risco. No auge da pandemia, com 4 mil mortes por dia, todo mundo queria se vacinar contra a covid-19, por exemplo. Hoje, que o número de vítimas é menor, mas ainda soma centenas por semana, é difícil atingir a cobertura das doses de reforço. Cunha chama a atenção para o desafio da comunicação em tempos de infodemia - a pandemia de desinformação. Especialmente porque até profissionais da saúde têm disseminado discurso contra as vacinas, o que tem atingido em cheio as grávidas e os responsáveis por crianças.

“Se eu chego a ter 70%, 75% [de cobertura], significa que tenho ali uns 20% hesitantes. E é com esses hesitantes que a gente tem que falar. Por isso, é preciso preparar muito bem os profissionais da rede, que têm que saber responder, têm que estar bem informados. Se um médico te diz que não deve fazer de jeito nenhum e você chega a uma unidade de saúde e repassa essa informação, como é que o profissional vai questionar isso? Ele tem que estar muito bem informado”, afirma Cunha.

A última vez que o Brasil teve um surto de coqueluche foi em 2014, mas o Ministério da Saúde alertou, na semana passada, que vários países têm registrado aumento de casos e essa onda pode chegar por aqui. Até o começo de abril, foram 31 infecções comprovadas, e mais de 80% delas em bebês de até seis meses. O Sistema Único de Saúde (SUS) também vacina os bebês contra a coqueluche, mas apenas a partir dos dois meses de idade, completando o esquema aos seis meses. Ou seja, as maiores vítimas da coqueluche dependem totalmente da vacinação na gravidez para não adoecer.

Para a ginecologista Nilma Neves, os profissionais que acompanham o pré-natal devem não somente prescrever as vacinas, mas também conferir se elas foram tomadas e questionar as grávidas sobre suas dúvidas e receios. Até porque muitas têm medo de tomar qualquer substância ou remédio e acabar afetando o bebê. Nilma é vice-presidente da Comissão de Vacinas da Federação Brasileira das Associações de Ginecologia e Obstetrícia (Febrasgo) e chama a atenção para outro grande problema que tem afetado as coberturas vacinais

“As salas de vacinas dos postos de saúde não abrem aos sábados e muitas gestantes trabalham. Ela não consegue ir durante a semana. E até mesmo quando vão fazer o pré-natal, acontece de alguns postos só terem a técnica de enfermagem especializada em vacinas, de manhã ou só à tarde. Então, isso dificulta o acesso da gestante para tomar as vacinas”.

No caso da vacina contra a gripe, nem o chamado Dia D, com aplicação aos sábados, consegue fazer com que a meta de cobertura seja alcançada. Atualmente, as regiões Nordeste, Centro-Oeste, Sul e Sudeste estão em campanha. Mais de 1,7 milhão de grávidas fazem parte do público alvo e nem um quarto delas se vacinou. O imunizante protege contra três cepas do vírus Influenza. Ao contrário do que muitos pensam, não é só um resfriadinho. A influenza é um dos principais causadores da Síndrome Respiratória Aguda Grave, que pode levar à morte, especialmente de pessoas vulneráveis, como bebês e grávidas.

Outro grande causador da síndrome é a covid-19, que também pode provocar inflamação em diversas partes do corpo. Há evidências de relação entre a covid e efeitos como aborto espontâneo, restrição de crescimento no útero e parto prematuro. A Fundação Oswaldo Cruz (Fiocruz) já identificou que o número de mortes entre grávidas ou pessoas que acabaram de dar à luz nos dois primeiros anos da pandemia foi quase 70% a mais do que o habitual. Ainda assim, a vacina contra a covid-19 encontra grande resistência. Gestantes e puérperas devem tomar a nova vacina monovalente xbb da Moderna, que está sendo aplicada pelo SUS.

A diretora médica de vacinas da América Latina da Adium, farmacêutica que distribui o imunizante no Brasil, Glaucia Vespa, explica por que elas não devem ter medo. “Quando a gente desenvolve uma vacina, temos etapas. A primeira é o que chamamos de pré-clínica, que é quando fazemos as pesquisas no laboratório, aí começamos com a fase clínica que é onde a vacina é estudada em seres humanos. Concluído o desenvolvimento clínico, é feito um dossiê submetido às agências regulatórias. Quando o produto chega [à população], continuamos acompanhando. Por isso, as vacinas não mentem: sua eficácia e segurança são comprovadas em estudos”.

De acordo com o Ministério da Saúde, desde o início da vacinação contra a doença em 2021, quase 2,3 milhões de mulheres se vacinaram. Mas esse número é inferior à previsão de gestantes e puérperas que devem se vacinar somente este ano, cerca de 2,24 milhões. O gerente médico de vacinas da Farmacêutica GSK, Marcelo Freitas, destaca a importância do envolvimento familiar para que a estratégia vacinal das gestantes avance. Quando a família toda se vacina, é mais difícil que um indivíduo fique para trás, além de formar um círculo de proteção para o bebê. No caso da coqueluche, é inclusive recomendada a estratégia Coccoon, ou casulo.

“A coqueluche é uma infecção altamente contagiosa, e sabemos que as pessoas em volta da criança, que convivem mais com ela, têm papel fundamental na transmissão. Coccoon é justamente você cercar a criança de pessoas vacinadas, bloquear a transmissão. É preciso lembrar que as vacinas têm efeito muito importante individualmente - reduzem infecção, impedem a progressão para quadros graves, a hospitalizações e óbitos, mas também têm papel fundamental coletivamente, o de redução de transmissão de doenças em surtos e epidemias".

O calendário básico de vacinação do SUS também recomenda que as gestantes recebam a vacina contra a hepatite B, caso não tenham sido imunizadas anteriormente, ou completem o esquema de três doses se ele estiver incompleto. Também é preciso iniciar ou completar a imunização com a DT, que protege contra tétano e difteria em três doses, com reforço a cada dez anos.

Nilma Neves reforça que o ideal é que antes mesmo de engravidar, as famílias confiram o cartão de vacinas da gestante. "É muito importante que ela receba a tríplice viral, por exemplo, que protege contra sarampo, caxumba e rubéola, e não pode ser tomada na gestação".

Por Tamara Freire - Repórter do Radiojornalismo/Agência Brasil

Foto: Reuters/Carla Camiel/Direitos Reservados

A catarata é uma condição ocular comum e progressiva que pode impactar significativamente a qualidade de vida das pessoas afetadas. Caracteriza-se pela opacificação do cristalino, a lente natural do olho, prejudicando a visão.

À medida que a população envelhece, a prevalência da catarata aumenta, tornando-se uma preocupação crescente, especialmente para indivíduos com mais de 60 anos.

Este artigo do SaúdeLAB visa fornecer uma visão abrangente sobre a catarata, abordando desde sua definição e causas até a prevalência, sintomas, diagnóstico, tratamento e prevenção. Ao final da leitura, você terá uma compreensão clara dessa condição, permitindo tomar decisões informadas sobre sua saúde ocular.

O que é Catarata? A catarata é uma opacificação progressiva do cristalino do olho, que é a lente natural situada atrás da íris e da pupila.

Em condições normais, o cristalino é transparente e permite a passagem da luz de maneira clara para formar uma imagem nítida na retina. No entanto, quando o cristalino se torna opaco, a passagem da luz é bloqueada ou dispersa, resultando em visão turva ou distorcida.

Essa opacificação pode ocorrer em diferentes graus e, se não tratada, pode levar à cegueira.

Tipos de catarata Existem diversos tipos de catarata, cada um com causas e características específicas:

Catarata Congênita: Presente ao nascimento ou desenvolvida durante a infância. Geralmente, é causada por fatores genéticos ou infecções intrauterinas, como a rubéola. Catarata Senil: A forma mais comum de catarata, associada ao envelhecimento natural. Normalmente, desenvolve-se de forma gradual após os 60 anos, afetando a maioria das pessoas à medida que envelhecem. Catarata Traumática: Resulta de uma lesão ocular. Pode ocorrer imediatamente após o trauma ou desenvolver-se anos depois devido a danos internos ao cristalino. Catarata Secundária: Desenvolve-se como consequência de outras condições médicas, como diabetes, ou devido ao uso prolongado de medicamentos como corticosteroides. Outras causas podem incluir inflamações oculares e cirurgias oculares prévias. Compreender os diferentes tipos de catarata e os fatores de risco é essencial para a detecção precoce e o tratamento adequado. Isso garante uma melhor qualidade de vida e preservação da visão, permitindo que as pessoas continuem a realizar suas atividades diárias sem limitações visuais significativas.

Causas e fatores de risco Alguns estudos científicos apontam as principais causas e fatores de risco para o desenvolvimento da catarata, veja quais são.

Idade A idade é o principal fator de risco para o desenvolvimento de catarata. A condição é especialmente prevalente em indivíduos acima dos 60 anos devido ao processo natural de envelhecimento do cristalino.

À medida que envelhecemos, as proteínas do cristalino começam a se degradar e a se aglutinar, formando áreas opacas que comprometem a passagem da luz.

Estudos indicam que, aos 80 anos, mais da metade das pessoas terá desenvolvido catarata ou se submetido à cirurgia para removê-la. A progressão da catarata pode variar de pessoa para pessoa, mas o risco aumenta significativamente com a idade.

Outros fatores de risco Além da idade, diversos outros fatores podem contribuir para o desenvolvimento da catarata:

Histórico familiar A genética desempenha um papel importante no risco de desenvolver catarata. Se há casos de catarata na família, as chances de uma pessoa também desenvolver a condição são maiores. Isso ocorre porque algumas formas de catarata podem ser hereditárias.

Diabetes Pessoas com diabetes estão em maior risco de desenvolver catarata, frequentemente em idade mais jovem. Níveis elevados de glicose no sangue podem levar à formação de catarata, pois o excesso de açúcar pode se transformar em sorbitol no cristalino, causando inchaço e opacidade.

Exposição excessiva à luz solar A exposição prolongada à radiação ultravioleta (UV) do sol pode danificar as proteínas do cristalino, aumentando o risco de catarata. O uso de óculos de sol que bloqueiam os raios UV pode ajudar a reduzir esse risco.

Uso prolongado de corticosteroides Medicamentos corticosteroides, utilizados para tratar inflamações, doenças autoimunes e outras condições, podem aumentar o risco de catarata quando usados por longos períodos. Esses medicamentos podem alterar o metabolismo das proteínas no cristalino, contribuindo para a opacificação.

Tabagismo Fumar cigarros é um fator de risco significativo para o desenvolvimento de catarata. Substâncias químicas presentes no tabaco podem causar danos oxidativos ao cristalino, acelerando o processo de formação de catarata.

Consumo excessivo de álcool O consumo excessivo de álcool também está associado a um maior risco de catarata. O álcool pode interferir no metabolismo das proteínas e antioxidantes no cristalino, levando à sua opacificação.

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Sintomas da catarata A catarata é uma condição progressiva que afeta a visão, e seus sintomas podem variar em intensidade e rapidez de desenvolvimento. É crucial estar atento aos sinais, especialmente se você estiver em um grupo de risco, como pessoas acima de 60 anos. A seguir, descrevemos os principais sintomas associados à catarata:

Principais Sintomas Visão Turva: Um dos primeiros e mais comuns sintomas da catarata é a visão turva ou embaçada. Os pacientes frequentemente descrevem essa sensação como se estivessem olhando através de uma janela suja ou embaçada. Este sintoma tende a piorar com o tempo à medida que a opacidade do cristalino aumenta. Dificuldade para Enxergar à Noite: A catarata pode dificultar a visão em condições de pouca luz, como à noite. A diminuição da clareza visual durante a noite pode afetar atividades como dirigir, tornando-as perigosas. Sensibilidade à Luz: Pessoas com catarata frequentemente relatam uma sensibilidade aumentada à luz intensa, como a luz solar ou faróis de carros à noite. Esse sintoma, conhecido como fotofobia, pode causar desconforto significativo. Necessidade de Luz Mais Forte para Ler: À medida que a catarata progride, pode ser necessário mais luz para atividades como leitura ou trabalhos manuais. Mesmo com iluminação adicional, a clareza pode permanecer comprometida. Visão Dupla em um Olho: A catarata pode causar visão dupla (diplopia) em um olho. Este sintoma ocorre porque a luz que passa através do cristalino opaco é refratada de maneira irregular, resultando em múltiplas imagens. Mudança Frequente nas Prescrições de Óculos ou Lentes de Contato: Outro sinal comum é a necessidade de atualizar frequentemente as prescrições de óculos ou lentes de contato. À medida que a catarata avança, as alterações na visão exigem correções constantes. Reconhecer esses sintomas é fundamental para a detecção precoce e tratamento eficaz da catarata, prevenindo a progressão para a cegueira.

Diagnóstico O diagnóstico de catarata é um processo detalhado que envolve uma série de exames oftalmológicos para avaliar a saúde dos olhos e determinar a presença e a gravidade da catarata. Aqui estão os principais métodos de diagnóstico utilizados:

Exame Oftalmológico Um exame oftalmológico completo é essencial para diagnosticar a catarata. Durante este exame, o oftalmologista realiza várias avaliações para examinar a estrutura e a função dos olhos. As etapas comuns incluem:

Histórico Médico O oftalmologista começa revisando o histórico médico e familiar do paciente para identificar fatores de risco e sintomas relatados.

Teste de Acuidade Visual Este teste mede a clareza da visão do paciente usando um gráfico de Snellen, que apresenta letras de tamanhos variados. O paciente lê as letras a diferentes distâncias, ajudando a determinar o impacto da catarata na acuidade visual.

Testes Específicos Para confirmar o diagnóstico de catarata e avaliar sua severidade, são realizados testes específicos:

Exame com Lâmpada de Fenda: Utilizando um microscópio especial chamado lâmpada de fenda, o oftalmologista examina de perto as estruturas frontais do olho, incluindo a córnea, íris e cristalino. Este exame detalhado permite visualizar a opacidade do cristalino e identificar a presença de catarata. Exame de Retina: O oftalmologista dilata a pupila com colírios para examinar a retina e o nervo óptico na parte posterior do olho. Este exame ajuda a avaliar se há outras condições oculares presentes que podem estar contribuindo para os sintomas visuais. Teste de Refração: Este teste determina a prescrição exata para óculos ou lentes de contato e avalia o grau de distorção visual causado pela catarata. Esses exames combinados permitem ao oftalmologista diagnosticar a catarata de forma precisa e planejar o melhor curso de tratamento, seja ele a atualização de prescrições ópticas ou a consideração de cirurgia de catarata.

O diagnóstico precoce é crucial para gerenciar a condição de maneira eficaz e manter a qualidade de vida dos pacientes.

Tratamento A boa notícia é que a catarata tem tratamento e cura, conheça agora quais as melhores opções.

Óculos e lentes de contato Nos estágios iniciais da catarata, a visão pode ser significativamente melhorada com o uso de óculos ou lentes de contato. Esses dispositivos de correção ajudam a compensar as alterações visuais causadas pela opacificação do cristalino, proporcionando uma visão mais clara.

Os oftalmologistas podem ajustar a prescrição para otimizar a visão do paciente enquanto a catarata ainda está em desenvolvimento. No entanto, essa solução é temporária e, à medida que a catarata progride, pode ser necessário considerar opções de tratamento mais definitivas.

Cirurgia de catarata A cirurgia de catarata é o tratamento mais eficaz para remover a catarata e restaurar a visão. É um procedimento amplamente realizado e seguro, com altas taxas de sucesso. Durante a cirurgia, o cristalino opaco é removido e substituído por uma lente intraocular (LIO) artificial. As técnicas cirúrgicas mais comuns incluem:

Facoemulsificação Esta é a técnica mais utilizada para a remoção de catarata. Um pequeno corte é feito na córnea, e um dispositivo de ultrassom é utilizado para fragmentar o cristalino em pequenas partículas, que são então aspiradas.

A facoemulsificação é minimamente invasiva, requerendo uma incisão muito pequena, o que resulta em uma recuperação rápida e menos desconforto pós-operatório.

Inserção de Lentes Intraoculares (LIO) Após a remoção do cristalino opaco, uma lente intraocular é inserida no olho. As LIOs são projetadas para substituir o cristalino natural e restaurar a visão clara. Existem vários tipos de LIOs disponíveis, cada uma com suas próprias vantagens e indicações.

Tipos de Lentes Intraoculares (LIOs) Durante a cirurgia de catarata, a escolha da lente intraocular (LIO) é crucial para determinar a qualidade da visão pós-operatória. Os tipos mais comuns de LIOs incluem:

LIO Monofocal: Estas lentes são projetadas para proporcionar boa visão em uma única distância (geralmente visão à distância). Pacientes que optam por LIOs monofocais podem ainda precisar de óculos para leitura ou outras atividades de visão próxima. LIO Multifocal: Estas lentes possuem múltiplas zonas de foco, permitindo que o paciente veja bem em várias distâncias (perto, intermediária e longe). Elas podem reduzir ou eliminar a necessidade de óculos após a cirurgia, mas podem causar alguns problemas de brilho ou halos ao redor das luzes. LIO Tórica: Estas lentes são projetadas para corrigir o astigmatismo, além de melhorar a visão em uma única distância. As LIOs tóricas são ideais para pacientes que têm astigmatismo significativo. LIO Acomodativa: Estas lentes mudam de posição ou forma dentro do olho para permitir a focalização em diferentes distâncias, imitando mais de perto o comportamento natural do cristalino humano. Elas podem proporcionar uma boa visão em várias distâncias com menos dependência de óculos. Valores das Lentes Intraoculares Os custos das lentes intraoculares variam amplamente, dependendo do tipo e das características específicas da lente. A seguir estão as faixas de preços estimados para cada tipo de LIO:

LIO Monofocal: Geralmente, a opção mais acessível, com preços variando entre R$ 1.000 e R$ 3.000 por olho. LIO Multifocal: Estas lentes têm um custo mais elevado devido à tecnologia avançada, com preços que variam entre R$ 4.000 e R$ 10.000 por olho. LIO Tórica: Também mais caras que as monofocais devido à correção adicional de astigmatismo, com preços que variam entre R$ 3.000 e R$ 7.000 por olho. LIO Acomodativa: Estas lentes podem ser bastante caras, com preços variando entre R$ 5.000 e R$ 12.000 por olho, dependendo da tecnologia e do fabricante. A escolha da LIO deve ser feita em consulta com um oftalmologista, considerando as necessidades visuais específicas, o estilo de vida e o orçamento do paciente. É importante discutir todas as opções disponíveis e os benefícios e limitações de cada tipo de lente para tomar uma decisão informada.

Prevenção A prevenção é uma parte crucial na manutenção da saúde ocular e na redução do risco de desenvolvimento de catarata. Aqui estão algumas estratégias eficazes para prevenir a catarata:

Proteção Solar O uso de óculos de sol que bloqueiam 100% dos raios ultravioleta (UV) é essencial para proteger os olhos dos danos causados pela exposição ao sol. A radiação UV pode acelerar o processo de opacificação do cristalino, aumentando o risco de catarata.

Ao escolher óculos de sol, certifique-se de que eles oferecem proteção UV completa. Além disso, usar um chapéu de abas largas pode proporcionar proteção adicional contra a exposição solar direta.

Dieta Saudável Uma dieta rica em antioxidantes pode ajudar a proteger os olhos dos danos oxidativos que contribuem para o desenvolvimento de catarata. Vitaminas C e E são particularmente importantes para a saúde ocular.

Alimentos ricos em vitamina C incluem frutas cítricas, morangos, pimentões e brócolis. Fontes de vitamina E incluem nozes, sementes, espinafre e abacate. Outros nutrientes benéficos incluem carotenoides (como luteína e zeaxantina), encontrados em vegetais de folhas verdes escuras, que ajudam a proteger o cristalino e a retina.

Estilo de Vida Evitar fumar e limitar o consumo de álcool são medidas importantes para a prevenção da catarata. O tabagismo aumenta significativamente o risco de catarata devido aos danos oxidativos e inflamatórios que provoca nos olhos.

Reduzir ou eliminar o consumo de álcool também pode diminuir o risco de desenvolvimento de catarata, já que o álcool pode afetar o metabolismo das proteínas do cristalino.

Exames Regulares Realizar check-ups oftalmológicos regulares é fundamental, especialmente para pessoas com mais de 60 anos. Exames periódicos permitem a detecção precoce de catarata e outras condições oculares, possibilitando um tratamento oportuno.

Consultas regulares com o oftalmologista também ajudam a monitorar a saúde geral dos olhos e a ajustar prescrições de óculos ou lentes de contato conforme necessário.

Prevalência da catarata A catarata é a principal causa de cegueira no mundo, responsável por cerca de 51% dos casos de cegueira, de acordo com a Organização Mundial da Saúde (OMS).

Estima-se que aproximadamente 20 milhões de pessoas sejam cegas devido à catarata, com a maioria dos casos ocorrendo em países de baixa e média renda, onde o acesso a cuidados oftalmológicos é limitado.

A prevalência da catarata aumenta significativamente com a idade, afetando principalmente pessoas com mais de 60 anos. Estudos mostram que a incidência global de catarata está aumentando devido ao envelhecimento da população.

Prevalência no Brasil No Brasil, a catarata também é a principal causa de cegueira tratável. De acordo com dados do Conselho Brasileiro de Oftalmologia (CBO), cerca de 120 mil novos casos de cegueira por catarata são registrados anualmente no país.

Estima-se que mais de 2 milhões de brasileiros convivam com a catarata, com uma prevalência maior em regiões com menor acesso a serviços de saúde.

Campanhas de conscientização e mutirões de cirurgias têm sido realizados para reduzir o impacto da catarata na população brasileira, especialmente em áreas rurais e comunidades carentes.

A prevalência de catarata no Brasil reflete a necessidade de políticas públicas eficazes e maior acesso a tratamentos oftalmológicos para a população idosa.

A catarata é uma condição ocular comum, especialmente entre idosos, que pode levar à perda de visão se não tratada. Compreender as causas, fatores de risco, sintomas e opções de diagnóstico e tratamento é fundamental para gerenciar a condição de maneira eficaz. A prevenção através da proteção solar, dieta saudável, estilo de vida equilibrado e exames regulares é essencial para manter a saúde ocular e prevenir a progressão da catarata.

Perguntas Frequentes (FAQ) Aqui estão algumas das perguntas mais comuns sobre catarata, respondidas para esclarecer dúvidas frequentes:

A catarata pode voltar após a cirurgia? A catarata em si não pode voltar após a cirurgia, pois o cristalino opaco é removido e substituído por uma lente intraocular.

No entanto, algumas pessoas podem desenvolver uma condição chamada opacificação da cápsula posterior (OCP), onde a membrana que sustenta a LIO se torna turva. Isso pode ocorrer meses ou anos após a cirurgia e é tratável com um procedimento rápido e indolor chamado capsulotomia a laser.

Quanto tempo leva para se recuperar da cirurgia de catarata? A recuperação da cirurgia de catarata é geralmente rápida. Muitos pacientes notam uma melhora significativa na visão dentro de 24 a 48 horas após o procedimento. No entanto, a cura completa do olho pode levar algumas semanas.

Durante esse período, é importante seguir as instruções do oftalmologista, usar os colírios prescritos e evitar atividades que possam exercer pressão sobre os olhos.

Adotar hábitos saudáveis, como proteger os olhos da exposição solar, manter uma dieta rica em antioxidantes, evitar fumar e limitar o consumo de álcool, pode fazer uma grande diferença na preservação da visão. Cuide bem dos seus olhos para desfrutar de uma visão clara e saudável ao longo da vida.

Saúde Lab

O Hospital Getúlio Vargas (HGV) deu mais um passo na melhoria da qualidade do atendimento aos pacientes com a implantação da Equipe Multiprofissional de Terapia Nutricional (EMTN). Nesta quinta-feira (6), a diretora-geral do HGV, Nirvania Carvalho, deu posse aos membros da equipe por meio da portaria nº 037/2024.

Para Nirvania Carvalho, a implantação da equipe vai fazer uma diferença na qualidade do atendimento. “Com a atuação da equipe vamos poder melhorar a qualidade da assistência aos pacientes, além de reduzir tempo de internação e custos com dietas. A equipe será composta por médico, enfermeiro, nutricionista e farmacêutico”, explica a gestora.

A nutricionista Liduína Soares, que faz parte da equipe, explica que a implantação da EMTN é regulamentada pela RDC 23/2021 e que o HGV já realiza o atendimento, mas que agora avança com a implantação de uma equipe exclusiva.

“É um avanço muito grande, pois teremos uma equipe exclusiva para identificar os pacientes com riscos nutricionais, executar a avaliação e prover uma terapia nutricional eficaz para que atinjam uma meta calórica e proteica satisfatórias, melhorando o cuidado”, explica a nutricionista.

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