Em atualização recente, o CDC (Centro de Controle e Prevenção de Doenças), dos Estados Unidos, ressaltou a importância de ambientes arejados, até mais do que a desinfecção de superfícies, como forma de combater o coronavírus.
Segundo a agência de saúde norte-americana, a cada contato com uma superfície contaminada pelo SARS-CoV-2 uma pessoa tem menos de 1 em 10.000 chances de ser contaminada.
“A higiene das mãos pode reduzir substancialmente o risco de transmissão de SARS-CoV-2 de superfícies contaminadas (...) Na maioria das situações, limpar as superfícies com sabão ou detergente, e não desinfetar, é suficiente para reduzir o risco”, diz a atualização.
A recomendação do CDC é de que a desinfecção seja feita em ambientes comunitários fechados onde houve um caso suspeito ou confirmado de covid-19 nas últimas 24 horas. Além disso, a agência destaca que o risco de contágio pode ser reduzido aumentando a ventilação do espaço.
“O risco de infecção ao entrar em um espaço onde uma pessoa com covid-19 esteve é baixo após 24 horas. Durante as primeiras 24 horas, o risco pode ser reduzido aumentando a ventilação e aguardando o máximo possível antes de entrar no espaço”, avalia a agência.
O risco de contágio pelo novo coronavírus também pode ser reduzido por meio do uso de máscara e higiene constante das mãos.
A farmacêutica Merck e a Ridgeback Biotherapeutics anunciaram nesta quinta-feira (15) o avanço dos estudos de um antiviral oral destinado a pacientes com covid-19 que não tenham sido hospitalizados. As duas empresas têm planos de solicitar o uso emergencial da droga no segundo semestre deste ano nos Estados Unidos.
Em comunicado, a empresa afirmou que vai começar a recrutar os voluntários da última fase de testes do molnupiravir entre o fim de abril e o início de maio. Os dados finais dessa parte do estudo deve estar disponíveis entre setembro e outubro. Até agora, o molnupiravir se mostrou promissor no tratamento de casos ambulatoriais. A fase 3 (parte 2) vai avaliar uma dose de 800 mg do medicamento duas vezes ao dia.
Os resultados anteriores mostraram que pacientes diagnosticados com covid-19 que receberam o molnupiravir apresentaram menos chance de serem hospitalizados ou de morte, na comparação com aqueles que tomaram placebo.
O laboratório conduzia outro estudo em pessoas que já tinham sido internadas com covid-19, mas decidiu descontinuá-lo, alegando que os dados "indicam que é improvável que o molnupiravir demonstre um benefício clínico em pacientes hospitalizados, que geralmente apresentavam sintomas de maior duração antes do início do estudo".
Sendo assim, a indicação da droga, caso venha a ser aprovada, deve ser nos moldes de como ocorre hoje com o antiviral oseltamivir (Tamiflu), usado em pacientes com gripe.
A administração ocorre precocemente após o início dos sintomas ou confirmação por exame diagnóstico com objetivo de evitar o agravamento da doença.
O antiviral também apresentou resultados de segurança satisfatórios. "Não houve eventos adversos relacionados ao medicamento que levaram à descontinuação nos participantes que receberam molnupiravir", salienta o laboratório.
O Instituto Butantan confirmou, nesta quarta-feira (14), em publicação nas redes sociais, que deverá receber da China mais 3 mil litros do IFA (Ingrediente Farmacêutico Ativo), insumos equivalentes a 5 milhões de doses da vacina contra a covid-19, no dia próximo dia 19.
Com os imunizantes, a instituição acreditar ser possível concluir a entrega das 46 milhões de imunizantes contra o novo coronavírus referentes ao primeiro contrato com o Ministério da Saúde. O Butantan promete entretar, até o fim de agosto, 100 milhões de doses ao governo federal.
Confirmado: o Butantan vai receber da China, no dia 19/4, mais 3 mil litros do Ingrediente Farmacêutico Ativo (IFA), insumos equivalentes a 5 milhões de doses da vacina contra a Covid-19.
— Instituto Butantan (@butantanoficial) April 14, 2021 Atualmente, 3,2 milhões de vacinas encontram-se em processo de inspeção de controle de qualidade no complexo do instituto e devem ser entregues até o dia 19 de abril.
Cerca de 1,5 milhão de brasileiros estão com a segunda dose da vacina contra a covid-19 atrasada. O dado foi trazido nesta terça-feira (13) pelo ministro da Saúde, Marcelo Queiroga, durante um café da manhã com jornalistas, em Brasília. Segundo ministro, a pasta vai divulgar uma lista, por estado, de pessoas que estão com a segunda dose atrasada.
A complementação do esquema vacinal, ressaltou, será feito com o apoio do Conselho Nacional de Secretários de Saúde. Aos que estão com a segunda dose atrasada, o Ministério da Saúde, orienta que não deixem de ir a um posto de vacinação para completar a imunização.
Intervalos Desde que começou a vacinação da população contra a covid-19, duas vacinas são aplicadas no Brasil: a da farmacêutica CoronaVac, produzida pelo Instituto Butantan, em São Paulo, e da farmacêutica AstraZeneca, em parceria com a Universidade de Oxford, produzida pela Fundação Oswaldo Cruz, Fiocruz. No caso da CoronaVac, estudos apontam melhor eficiência quando a segunda dose é aplicada num intervalo de 21 a 28 dias. Já a vacina da AstraZeneca, deve ter a segunda dose aplicada em intervalo maior, três meses.
Medida Provisória Ainda no café da manhã com os jornalistas, ao dizer que o programa de vacinação é a prioridade número um do ministério, Queiroga adiantou que o governo deve publicar nos próximos dias uma medida provisória para criar uma secretaria específica para ações contra a covid-19. A atual coordenadora do Programa Nacional de Imunização, da pasta, Franciele Francinato deverá comandar a nova secretaria.
Transporte No encontro com os jornalistas, o ministro da Saúde cobrou disciplina e uso de máscaras pelos usuários de transporte público como forma de evitar ainda mais a disseminação do novo coronavírus. Queiroga adiantou que haverá uma campanha nacional para prevenir a contaminação, em parceria com o Ministério do Desenvolvimento Regional, mas lembrou que cabe às prefeituras disciplinar regras para trens e ônibus. Segundo o secretário-executivo da pasta, Rodrigo Cruz, uma portaria conjunta com o Ministério do Desenvolvimento Regional deverá ser apresentada na próxima quinta-feira (15).
Lockdown Sobre um possível lockdown nacional, o ministro da Saúde descartou a hipótese e disse que "uma medida homogênea para o país inteiro não vai funcionar". Ele acrescentou que tomará medidas "para evitar que o país chegue a cenários extremos".
Vacinas Sobre vacinas, Queiroga disse que falou ontem com o presidente do Instituto Butantan, Dimas Covas, e a previsão é manter o calendário de vacinação. “Quando a Fiocruz e o Instituto Butantan receberem mais matéria-prima para fabricarem vacinas, a situação vai melhorar ", garantiu. O ministro lembrou que o governo brasileiro investiu R$ 150 milhões no consórcio Covax Facility para receber vacinas e admitiu que esperava mais doses. "Temos buscado com o diálogo. Estou procurando diminuir a temperatura da fogueira para avançar", disse.
Ao falar da aprovação de imunizantes e medicamentos que possam ajudar no tratamento do novo coronavírus, Queiroga avaliou que a Anvisa tem feito o trabalho dela “de maneira apropriada". O ministro garantiu que o ministro da Economia, Paulo Guedes, disse que não vai faltar dinheiro para a saúde.