A queda de cabelo em crianças de 9 anos não deve ser considerada normal. Ao contrário, merece uma investigação profissional para descobrir a causa. Ela pode estar relacionada tanto a problemas de ordem física quanto de caráter emocional.
Entre alguns estão infecções específicas por agentes, como fungos; ou alergias, que podem acontecer em decorrência de determinados tipos de xampu. Situações de ordem emocional, como ansiedade, momentos de estresse (caso de separação dos pais, por exemplo) ou o hábito de a própria criança ficar puxando os fios também podem levar à queda de cabelo na infância.
Por isso, o primeiro passo é conversar com o pediatra e seguir as orientações do profissional.
O secretário de Estado da Saúde, Florentino Neto, conclamou uma mobilização dos agentes comunitários de saúde para concretizar a imunização da população piauiense contra a Covid-19. O apelo foi feito durante a Oficina Brasil Previne, que contou com a participação dos secretários municipais de Saúde do Piauí.
Para o gestor esses profissionais tem um papel fundamental nesta etapa da campanha. “Nós queremos pedir um esforço de todos com relação à campanha de vacinação, em todas as etapas. Estamos entrando na terceira dose da população em geral, porém temos que fazer um trabalho de busca ativa relacionada a esses mais de 214 mil piauienses, que precisam voltar para a segunda dose. Pedimos que cada agente de saúde vá até sua comunidade e convoque aqueles que ainda não completaram seu esquema”, enfatiza o gestor. No Piauí 214.353 pessoas precisam voltar aos postos de vacinação para completar seu esquema vacinal, com a segunda dose. Nesta semana o secretário Florentino Neto anunciou ainda que a partir da próxima segunda-feira (22) o Piauí pode iniciar a dose de reforço em indivíduos acima de 18 anos, como foi estabelecido pelo Ministério na Saúde, a expectativa é vacinar 2.388.491 com a terceira dose.
Oficina
A Oficina Brasil Previne realizada pelo Ministério da Saúde, para explicar aos secretários municipais de saúde a nova modalidade de financiamento da Rede de Atenção Primária, está acontecendo ao longo desta quinta-feira(18), de forma híbrida, e conta com a participação da Sesapi, Conselho Nacional do Secretários Municipais de Saúde, Conselho Estadual de Secretários Municipais de Saúde e representantes da atenção primária dos 224 municípios do Piauí.
O objetivo desse encontro é capacitar os estados e municípios quanto à organização do novo financiamento e seus componentes. “A atenção básica foi de suma importância para o avanço da campanha de vacinação contra a Covid-19. E qualificar esses gestores para o fortalecimento dessa rede é de grande essencialidade”, destaca o secretário de Estado da Saúde, Florentino Neto.
O Programa Previne Brasil foi instituído em novembro de 2019 é um novo modelo de financiamento que altera algumas formas de repasse das transferências para os municípios, que passam a ser distribuídas com base em três critérios: captação ponderada, pagamento por desempenho e incentivo para ações estratégicas. o princípio é aumentar o acesso das pessoas aos serviços da atenção primária à saúde e o vínculo entre população e equipe.
A AstraZeneca anunciou nesta quinta-feira (18) que o coquetel de anticorpos monoclonais criado pela farmacêutica contra a Covid-19 oferece proteção por seis meses, reduzindo em 83% os riscos de doença sintomática.
A empresa anglo-sueca também confirmou que um estudo separado, em pacientes com Covid-19 de leve a moderado, mostrou que uma dose mais alta do medicamento reduziu o risco de agravamento dos sintomas em 88%, quando ministrada até três dias após os primeiros sintomas. O tratamento é feito de uma só vez, com a aplicação de duas injeções sequenciais no no braço.
A empresa informa que o medicamento não é uma substituição à vacina, e sim indicado a pessoas que não respondem bem aos imunizantes. Cerca de 2% da população global é considerada em risco aumentado de uma resposta inadequada a uma vacina contra a Covid-19. Isso inclui pessoas com câncer no sangue ou outros tipos da doença em tratamento com quimioterapia, pacientes em diálise, transplantados ou que tomam medicamentos imunossupressores para doenças como esclerose múltipla e artrite reumatoide.
Hugh Montgomery, professor da University College London, no Reino Unido, e investigador principal do medicamento, comemorou o resultado e lembrou que os ensaior clínicos foram feitos no período em que a variante Delta se espalhou na Europa.
“Esses resultados dão confiança de que essa combinação de anticorpos de ação prolongada pode fornecer aos pacientes vulneráveis a proteção duradoura de que eles precisam para, finalmente, retornar à vida cotidiana. É importante ressaltar que seis meses de proteção foram mantidos, apesar do aumento da variante Delta entre os participantes de alto risco que podem não responder adequadamente à vacinação”, afirmou o pesquisador.
Além dos imunocomprometidos, em algum momento um grupo mais amplo pode se beneficiar do medicamento, como militares em serviço ou passageiros de navio de cruzeiro.
Longo prazo
Para o estudo Provent, da AstraZeneca, cerca de 5.200 participantes sem infecção foram divididos aleatoriamente em dois grupos, nos quais um voluntário recebeu, sem saber, um placebo ineficaz, enquanto dois receberam o Evusheld, nome dado pelo laboratório ao coquetel.
Os voluntários do estudo não foram vacinados, embora os grupos de alto risco tenham sido priorizados nas campanhas globais de vacinação. Qualquer pessoa que optou por ser vacinada durante o estudo foi excluída da análise.
Os voluntários do ensaio serão acompanhados por 15 meses para fornecer evidências de proteção mais duradoura.
O coquetel da AstraZeneca pertence a uma categoria de medicamentos que se baseiam em anticorpos monoclonais, que são proteínas feitas em laboratório que imitam as defesas naturais do corpo. Os anticorpos monoclonais são baseados em anticorpos que o corpo humano produz em resposta à infecção ou vacinação.
O fenômeno das bactérias cada vez mais resistentes aos medicamentos — acelerado pelo consumo excessivo de antibióticos — preocupa as autoridades de saúde mundiais há muitos anos, pois tem consequências letais, embora estas sejam difíceis de calcular com precisão.
"Matam os micróbios, é verdade, mas nem todos morrem", escreveu em 1902 o escritor francês Alphonse Allais. "Os que resistem ficam mais fortes que antes". Era uma piada, mas, várias décadas antes do desenvolvimento dos antibióticos, a frase era visionária.
Allais resumiu bem o mecanismo pelo qual são registradas bactérias cada vez mais resistentes a esses medicamentos.
Os antibióticos, descobertos nos anos 1930-1940 e utilizados em larga escala após a Segunda Guerra Mundial, são moléculas que destroem as bactérias que provocam doenças ou, pelo menos, impedem seu desenvolvimento.
Mas, com o tempo, bactérias resistentes aparecem devido a mutações genéticas. Ao eliminarem as bactérias vulneráveis, os antibióticos têm um efeito perverso, pois permitem que as resistentes invadam o espaço.
Além disso, há outro fenômeno: as bactérias 'teimosas' podem transmitir suas características às vizinhas ainda sensíveis aos antibióticos.
"A maior parte das resistências observadas, principalmente aquelas que se propagam de maneira rápida e problemática, acontece por essa capacidade de serem transferidas, destaca à AFP o microbiologista francês Christian Lesterlin.
Como consequência dos diferentes mecanismos, os antibióticos, que hoje constituem grande parte dos medicamentos em circulação, vão perdendo gradativamente sua eficácia.
A resistência aos antibióticos é um fenômeno natural. Mas está aumentando com o consumo excessivo ou inadequado nos tratamentos, como por exemplo contra a gripe, que tem origem viral, e não bacteriana.
Os países desenvolvidos perceberam o problema há 20 anos e iniciaram campanhas de conscientização, como na França, que tem o slogan "Os antibióticos não são a solução para tudo". O consumo de antibióticos finalmente se estabilizou na década de 2010 em muitos países ricos. Mas as preocupações se voltaram para os países em desenvolvimento, onde o uso aumenta fortemente.
"Essas tendências refletem tanto um melhor acesso aos antibióticos para aqueles que precisam como um aumento do uso inapropriado", resume a CDDEP, organização americana de pesquisa em saúde pública.
A utilização abusiva de antibióticos nos animais também está em jogo, pois alguns agricultores utilizam o medicamento por sua capacidade de acelerar o crescimento do gado.
A União Europeia proibiu, entre outras coisas, esse uso desde 2006.
"A resistência aos antibióticos constitui atualmente uma das ameaças mais graves para a saúde mundial", resumiu em 2020 a OMS (Organização Mundial da Saúde).
Com medicamentos menos eficazes, aumenta o risco de que não se consiga curar uma ampla gama de doenças bacterianas que podem ser fatais, como a tuberculose ou a pneumonia.
Nesse sentido, a resistência aos antibióticos mata. As autoridades de saúde europeias calculam que 25.000 pessoas morrem a cada ano na União Europeia em decorrência desse fato.
Nos Estados Unidos, o número alcança 35.000 mortes por ano.
Mas continua muito difícil obter uma estimativa mundial do fenômeno, e é justamente nos países em desenvolvimento que o problema pode aumentar nos próximos anos.
O tema também é propício para algumas estimativas alarmistas. Uma delas, frequentemente retomada, cita 10 milhões de mortes por ano em 2050. Mas esse número, que procede de um relatório encomendado há alguns anos pelo governo britânico, nada mais é do que uma apreciação feita por duas consultorias, e não o resultado de um trabalho de pesquisadores.
As consequências econômicas também são difíceis de medir, mas provavelmente elevadas: custos de saúde pública e, com o uso de antibióticos nos animais, efeitos nocivos sobre a agricultura e a alimentação.
Os antibióticos devem continuar sendo utilizados de maneira seletiva e não excessiva, embora os médicos às vezes se sintam desprotegidos.
"O medo das complicações e a pressão que os médicos sentem por parte de alguns pacientes os levam a prescrever antibióticos aos pacientes idosos", afirmou o organismo francês de saúde pública com base em uma pesquisa feita entre os médicos.
É necessário encontrar soluções prévias, como por exemplo tentar identificar o mais rápido possível o surgimento de bactérias mais resistentes para evitar sua propagação.
Por fim, a pesquisa se volta para o desenvolvimento de tratamentos alternativos aos antibióticos à base de vírus "bacteriófagos", que atacam as bactérias e as neutralizam.