Foram registrados, no Piauí, 391 casos confirmados e cinco óbitos por Covid-19, segundo dados divulgados pela Secretaria de Estado da Saúde, na noite desta quarta-feira (01).
Dos 391 casos confirmados da doença 212 são mulheres e 179 são homens, com idades entre sete e 99 anos.
Duas mulheres e três homens não resistiram às complicações da Covid-19. Elas eram de Santa Rosa do Piauí (84 anos) e Simplício Mendes (68 anos).Já eles eram de Alegrete (73 anos), Parnaíba (44 anos) e São Julião (83 anos).
Os casos confirmados no estado somam 332.003 em todos os municípios piauienses. Já os óbitos pelo novo coronavírus chegam 7.199 casos e forma registrados em 223 municípios.
Dos leitos existentes na rede de saúde do Piauí para atendimento à Covid-19, 158 estão ocupados, sendo 80 leitos clínicos, 73 UTIS e 05 leitos de estabilização. As altas acumuladas somam 23.796 até o dia primeiro de Dezembro de 2021.
A Sesapi estima que 324.646 pessoas já estão recuperadas ou seguem em acompanhamento (casos registradas nos últimos 14 dias) que não necessitaram de internação ou evoluíram para morte.
A Anvisa (Agência Nacional de Vigilância Sanitária) informou, por meio de nota publicada nesta quarta-feira (1º), que pediu aos laboratórios responsáveis pelas vacinas autorizadas no Brasil informações sobre o impacto da variante Ômicron na proteção oferecida pelos imunizantes.
“As empresas desenvolvedoras farão testes de desempenho das vacinas contra a nova variante Ômicron. A expectativa é que, nas próximas semanas, estejam disponíveis os dados das avaliações iniciais. É preciso observar, porém, que esses estudos demandam tempo, uma vez que é preciso obter informações genéticas e amostras de pacientes para então realizar os testes e a análise.”, diz a nota. Além disso, a Anvisa informou que está trabalhando ativamente com os reguladores internacionais e laboratórios para possibilitar uma atuação rápida diante de potenciais impactos da nova cepa. A agência também garantiu agilidade nos processos caso seja necessário realizar atualizações nas vacinas.
“As vacinas atuais permanecem efetivas na prevenção contra a Covid-19 e desfechos clínicos graves, incluindo hospitalização e morte. O momento é de cautela. A melhor coisa que a população pode fazer é ser vacinada ou receber o reforço do imunizante e manter as medidas de prevenção”, diz a nota.
Acabar com a Aids até 2030 é um dos Objetivos de Desenvolvimento Sustentável da ONU, mas a pandemia de Covid-19 ameaça essa meta. A crise sanitária vivida desde o fim de 2019 interrompeu os esforços de prevenção, conscientização e tratamento da doença causada pelo HIV, alertam especialistas no Dia Mundial de Combate à Aids.
Há 40 anos foram diagnosticados os primeiros casos da doença, relatados nos Estados Unidos, e, embora o Unaids (Programa Conjunto das Nações Unidas sobre HIV/Aids) esteja trabalhando para garantir que ela não atinja meio século, o objetivo de erradicá-la parece estar ficando mais longe de ser alcançado enquanto o mundo se concentra no combate ao coronavírus.
No primeiro ano da pandemia de Covid, 40 países registraram queda na testagem do HIV, vital para prevenir a propagação do vírus. A redução dos programas de prevenção e o fechamento de escolas, onde muitos dos programas de prevenção são desenvolvidos, foram um duro golpe para o Unaids. Nesta década, 7,7 milhões de pessoas ainda podem morrer vítimas de Aids se as medidas de combate não forem retomadas ou mesmo aceleradas, alerta a ONU.
"Não se trata de escolher entre acabar com a pandemia de Aids e se preparar para as outras: temos de alcançar ambos [os objetivos], é a única receita para o sucesso, mas não estamos nem perto de alcançar nenhum dos dois", disse a diretora-executiva do Unaids, Winnie Byanyima.
"Ainda é possível acabar com essa epidemia do HIV antes de 2030, mas isso exigirá o fortalecimento das ações e da solidariedade", acrescentou o secretário-geral da ONU, António Guterres, em sua mensagem para a celebração deste dia internacional.
Quatro décadas desde os primeiros casos
Há 40 anos, em 5 de junho de 1981, o Relatório Semanal de Morbidade e Mortalidade relatou cinco casos de pneumonia de um fungo então chamado de Pneumocystis carinii, ligado a uma supressão do sistema imunológico, em cinco jovens em Los Angeles, considerado o primeiro registro oficial de pacientes com Aids.
Desde então, essa doença levou quase 35 milhões à morte (sete vezes mais do que as mortes causadas até agora pela Covid-19). Embora a mortalidade tenha caído há cerca de 20 anos, alguns recordes de mortes e novos pacientes foram registrados nesse período.
O ano 1998 foi o que registrou mais infecções por HIV, 2,8 milhões de pessoas, e em 2004 ocorreu o pico de mortes, com a perda de 1,8 milhão de doentes. No ano passado houve a notificação de 1,5 milhão de novos infectados e 680 mil óbitos.
A queda é resultado do alto índice de pessoas com acesso a antirretrovirais, que passou de apenas 560 mil, no começo deste século, para mais de 28 milhões, atualmente.
A África segue sendo o continente com a maior parcela de pessoas soropositivas (25,3 milhões) e mortes relacionadas à Aids (460 mil), seguida pela Ásia (5,7 milhões de portadores de HIV e 140 mil mortes), de acordo com dados de 2019.
Discriminação trabalhista
O HIV/Aids não está apenas ligado a questões de saúde, mas também a questões sociais, uma vez que, apesar de décadas de conscientização, as pessoas soropositivas continuam a sofrer discriminação em áreas como o emprego.
Nesse sentido, uma pesquisa publicada pela OIT (Organização Internacional do Trabalho), em colaboração com a Gallup International, revela que cerca de 40% dos entrevistados dizem não concordar com a integração das pessoas com HIV/Aids em seu local de trabalho.
Ainda mais, 60% apoiam o teste obrigatório do HIV no trabalho, segundo a pesquisa realizada com 55 mil pessoas, em 50 países, também por causa do Dia Mundial de Combate à Aids. Essas atitudes estigmatizantes e discriminatórias são alimentadas pela ignorância sobre a transmissão do vírus, uma vez que um percentual preocupante, de mais de 70%, acredita que a infecção pode acontecer com um simples abraço ou aperto de mão.
"É chocante que, após 40 anos da epidemia de HIV e Aids, mitos e equívocos ainda sejam tão difundidos", disse Chidi King, chefe da Seção de Gênero, Igualdade, Diversidade e Inclusão (Gedi, na sigla em inglês) da OIT.
O estudo mostra que as regiões onde o estigma em relação ao HIV mais persiste são a Ásia e o Norte da África, onde quase metade de sua população é contra a integração de pessoas com HIV no local de trabalho.
A força-tarefa montada pela Secretaria de Estado da Saúde (Sesapi) para monitorar a situação da Covid-19,nas cidades com alta incidência da doença, está essa semana no território Vale dos Rios Piauí e Itaueira, que compõe 19 municípios piauienses. Foram enviadas para a região equipes do Centro de Informações Estratégicas em Vigilância em Saúde (CIEVS), Vigilância Sanitária do Estado (Divisa), Atenção Básica e FioCruz.
Os técnicos da Sesapi estão reunidos com os gestores municipais de saúde para discutir a situação epidemiológica e o índice de cobertura vacinal dos municípios. “O foco é verificar as dificuldades enfrentadas para controle da doença e a partir desses dados traçarem as estratégias para barrar a transmissibilidade da doença nas cidades com maior incidência de casos”, explica o secretário Florentino Neto.
De acordo com o gestor, o objetivo da Sesapi é apoiar as equipes municipais na aplicação de medidas de combate ao coronavírus e, assim, conter o avanço da doença na região. “Nossas equipes estão realizando o alinhamento das ações, prestando todo o apoio necessário para adoção de medidas sanitárias e de incentivo à vacinação”, destaca o secretário. As reuniões realizadas pela força-tarefa acontecem, até esta quarta-feira (01), em Floriano e São José do Peixe. O secretário Florentino Neto destaca a importância do trabalho estratégico de orientação com o objetivo de ajudar o município a identificar e implementar ações eficazes contra o avanço do coronavírus. “ A nossa preocupação é que a alta de contágio e a resistência à vacinação são favoráveis ao aparecimento de novas variantes, como a Delta e Ômicron, por exemplo”, finaliza.