O reforço das vacinas contra a Covid-19 produzidas pela Pfizer e Moderna, ambas com a tecnologia de mRNA, fornecem o maior impulso aos níveis de anticorpos quando administradas entra 10 e 12 semanas após a segunda dose, a novo estudo britânico descobriu.

moderna

O estudo "COV-Boost" foi citado por funcionários britânicos quando anunciaram que a Pfizer e a Moderna eram as preferidas para uso na campanha de reforço do país, mas os dados só foram divulgados publicamente agora. A pesquisa descobriu que seis dos sete reforços examinaram a imunidade aumentada após a vacinação inicial com a vacina da Pfizer-BioNTech, enquanto todos os sete aumentaram a imunidade quando administrados após duas doses da vacina da AstraZeneca.

"Uma terceira dose será eficaz para muitas das vacinas que testamos e em muitas combinações diferentes", disse o professor Saul Faust, imunologista da Universidade de Southampton e líder do estudo.

O estudo, publicado na noite de quinta-feira, descobriu que uma dose completa ou meia dose de Pfizer ou uma dose completa de Moderna deu um forte impulso aos níveis de anticorpos e células T, independentemente de a pessoa ter inicialmente recebido Pfizer ou AstraZeneca.

"Todos os quatro regimes de vacinação mais amplamente implantados no Reino Unido levam essencialmente aos mesmos níveis de imunidade e provavelmente são igualmente eficazes", disse a professora Eleanor Riley, imunologista da Universidade de Edimburgo. Ela acrescentou que uma mudança de política nas lacunas de reforço também foi apoiada pelos dados.

"Esses dados apóiam a decisão do JCVI (comitê de vacina) no início desta semana de antecipar as doses de reforço para 3 meses após a segunda vacinação."

Quando AstraZeneca, Novavax, Janssen e CureVac foram administrados como reforços, eles aumentaram os níveis de anticorpos para ambas as vacinas iniciais, embora em um grau menor, concluíram os pesquisadoreso estudo.

No entanto, embora Valneva (imunizante feita com vírus atenuado ainda em fase de teste na Europa), tenha aumentado os anticorpos em pessoas inicialmente vacinadas com AstraZeneca, ele não forneceu um reforço para a Pfizer.

Reuters

Foto: Johan Nilsson/TT News Agency via Reuters

No final de ano é comum as famílias se reunirem para compartilhar momentos de confraternização em alusão as festividades do período, porém, a ocasião sugere uma maior preocupação dos órgãos de saúde com a disseminação da COVID-19 no Piauí. Para minimizar os riscos, a Secretaria de Estado da Saúde SESAPI/SUPAT/ Diretoria de Vigilância Sanitária do Estado (DIVISA) alerta a população em geral sobre a importância do cumprimento das medidas higienicossanitárias durante os encontros.

A DIVISA reforça as orientações para organização e participação nas festividades de natal e ano novo, contempladas na Recomendação Técnica Nº 024, bem como, ressalta outras medidas que são indispensáveis para a realização de uma ceia mais segura.

A SESAPI/DIVISA destaca inicialmente, a obrigatoriedade do uso de máscaras durante toda a permanência nas confraternizações. “É uma medida que ao longo de todo esse período de pandemia tem sido intensificada pelos gestores e órgãos de saúde, pois é uma maneira eficaz e segura para evitarmos a propagação da doença”, afirmou a diretora da DIVISA, Tatiana Chaves.

A preferência para a realização em locais abertos e o fornecimento de insumos, como por exemplo, pia com água e sabão, papel toalha, lixeiras com tampas e/ou álcool a 70% para a constante higienização das mãos, também são de suma importância nesses momentos.

Outra recomendação pertinente a realização das ceias, refere-se à utilização de utensílios para a manipulação de alimentos como – copos, talheres, pratos, que devem ser individuais, e se possível, fazer uso de luvas de vinil ou plásticas descartáveis ao se servir.

As normas vigentes preconizam que o distanciamento seguro entre as pessoas é de 1,5m, com isso, objetos como mesas e cadeiras, devem estar posicionadas de modo que esse distanciamento seja garantido. “Esse distanciamento também é indicado, por exemplo, ao se formar uma fila com as pessoas que vão se servir. São coisas simples, mas que tem uma eficácia para minimizar a transmissão da doença”, explicou a diretora.

Pessoas com sintomas gripais ou característicos da COVID-19 são orientadas a não participar das festividades. Além disso, é necessário que todos os participantes dos encontros estejam com o calendário de vacinação atualizado com pelo menos duas doses da vacina ou a testagem negativa para a COVID-19.

A imunização completa é fundamental, uma vez que comprovada por meios de estudos científicos, existe uma redução da eficácia das vacinas após 5 meses de aplicação da segunda dose e as alterações imunológicas observadas no envelhecimento entre os idosos, requer cuidados adicionais, necessitando de uma dose de reforço. Ainda existe também uma preocupação com crianças menores de 12 anos, que ainda não estão contempladas no calendário de vacinação contra a COVID-19.

Durante o preparo dos alimentos é necessário que se mantenha a higiene do local, utensílios e as mãos também devem estar sempre limpas. Se a família optar por encomendar sua ceia, é de extrema importância verificar as condições do local, bem como seu licenciamento sanitário.

Todas essas medidas citadas, visam proteger a saúde da população, pois com o aparecimento da nova variante Ômicron, os cuidados preventivos são essenciais para minimizar o avanço do vírus.

Para outras informações complementares ou dúvidas sobre o assunto, a Vigilância Sanitária do Estado estará disponível por meio do contato telefônico (86) 3216 3662 ou pelo e-mail Este endereço de email está sendo protegido de spambots. Você precisa do JavaScript ativado para vê-lo..

Ascom Sesapi

A Organização Mundial da Saúde (OMS) alertou, nesta quarta-feira (1º), que os baixos índices de vacinação anticovid e testes provocam um "coquetel tóxico", com a variante ômicron se espalhando e chegando ao Brasil e Estados Unidos e levando a União Europeia a refletir sobre a vacinação obrigatória.

O surgimento da nova variante, aparentemente mais transmissível e com várias mutações, gerou uma reação de pânico em muitos governos.

A OMS considera elevada "a probabilidade de que a ômicron se espalhe a nível mundial". No total, 24 países reportaram casos.

“Temos, mundialmente, um coquetel tóxico com baixa cobertura vacinal e pouquíssimos testes, uma combinação ideal para a reprodução e aumento de variantes” do coronavírus, declarou o secretário-geral da OMS, Tedros Adhanom Ghebreyesus.

"O fim da pandemia não é uma questão de sorte, mas de escolha", destacou em entrevista coletiva.

Nesta quarta-feira, a Comissão Europeia pediu aos países da União que reflitam desde já sobre a obrigatoriedade da vacinação contra o coronavírus.

"Acredito que é compreensível e adequado liderar este debate agora, como podemos estimular e potencialmente pensar na vacinação obrigatória dentro da União Europeia", expressou a presidente da Comissão, Ursula von der Leyen.

A Áustria já anunciou que a vacinação será obrigatória a partir de fevereiro. A Alemanha está analisando essa possibilidade e a Grécia afirmou no domingo que a vacina será obrigatória para os maiores de 60 anos.

A Organização para a Cooperação e o Desenvolvimento Econômicos (OCDE) alertou neste mesmo dia que a ômicron pode ser uma ameaça para a recuperação econômica global e reduziu suas projeções para o crescimento mundial em 2021.

Segundo a organização, a economia mundial poderia crescer 5,6% este ano, uma redução de 0,1 pontos em comparação com suas previsões anteriores, feitas em setembro.

- Casos na América -

O primeiro caso confirmado da ômicron nos Estados Unidos foi detectado em uma pessoa na Califórnia que chegava da África do Sul, disse a agência federal dos Centros para o Controle e a Prevenção de Doenças (CDC) nesta quarta-feira.

Até o momento, o único país latino-americano onde a variante ômicron foi detectada é o Brasil, que na terça-feira anunciou dois casos em passageiros vindos da África do Sul e um terceiro nesta quarta, em um homem de 29 anos que veio da Etiópia.

Os três casos foram detectados no aeroporto de Guarulhos, no estado de São Paulo, segundo a Secretaria de Saúde do estado.

Na Argentina, o Ministério da Saúde anunciou que, para prevenir a variante ômicron, determinou o isolamento em alto mar de um navio procedente de Cabo Verde após a detecção de um caso.

O navio "Hamburg" teria chegado na sexta-feira a Buenos Aires com 170 passageiros e 156 tripulantes, mas agora está em alto mar a cerca de 280 km ao sul da capital.

A África do Sul - onde essa variante foi detectada pela primeira vez na semana passada - registrou um "aumento exponencial" de casos diários, devidos "em grande parte à nova variante", que já é dominante, explicou a médica Michelle Groome, do Instituto Nacional de Doenças Contagiosas (NICD).

O NICD anunciou nesta quarta-feira 8.561 novos casos nas últimas 24 horas. A média há uma semana era de mil casos diários, passando para 3.500 esta semana.

- "Estigmatização que não se justifica" -

Desde que a África do Sul soou o alarme, muitos países fecharam suas fronteiras para pessoas procedentes do sul do continente africano, gerando indignação na região.

A detecção de um segundo caso da ômicron no Japão (um homem que chegou do Peru) levou o governo a pedir às companhias aéreas que não aceitem novas reservas para voos de entrada no país até 1ª de dezembro.

Nesta quarta-feira, o secretário-geral da ONU, Antonio Guterres, reiterou que os fechamentos das fronteiras impostos a países ou regiões específicas devido à nova variante da covid-19 são "injustos" e "ineficazes".

O presidente da Comissão da União Africana, Moussa Faki Mahamat, também denunciou hoje, em coletiva de imprensa com Guterres, a "estigmatização que não se justifica" do continente africano.

"Por ter sido transparente (...), o conjunto do sul da África sofreu sanções", criticou, referindo-se ao fechamento de fronteiras para seus cidadãos.

A falta de eficácia das restrições foi comprovada quando a Holanda reportou que a variante ômicron estava presente em seu território antes que a África do Sul informasse o primeiro caso, em 25 de novembro.

A preocupação aumentou ainda mais depois que o CEO do laboratório americano Moderna, Stephan Bancel, afirmou que pode acontecer uma "redução significativa" da eficácia das atuais vacinas contra a ômicron.

Até agora, a pandemia de covid-19 provocou mais de 5,2 milhões de mortes desde a detecção do coronavírus no fim de 2019 na China, segundo um balanço da AFP.

Com a pandemia ainda longe do controle, os 194 Estados integrantes da OMS iniciaram nesta quarta-feira negociações para alcançar um acordo que melhore a prevenção e o combate de futuras pandemias.

burs-dbh/bl/mb/grp/jvb/aa/ic

AFP

O nível de colesterol alto é algo comum, muitas pessoas têm o problema ou conhecem alguém que passa por isso. Porém, mesmo sendo uma condição frequente e que pode causar danos sérios a saúde, nem todo mundo se preocupa com o fato.

criançacolesterol

Não pense que assunto merece atenção só entre os adultos, as crianças também estão no grupo de alerta desse problema. Tanto é que a SBP (Sociedade Brasileira de Pediatria) recomenda que os exames para identificar os níveis de colesterol devem ser feitos ainda na infância. No caso de crianças obesas ou que tenham sido diagnosticadas com diabetes tipo 1 na faixa de 2 a 8 anos, e em todas na faixa de 9 a 12 anos de idade.

O cardiologista Hélio Castello relaciona a importância da realização de exames na infância com a facilidade das crianças mudarem hábitos. "As crianças são mais suscetíveis quando se institui mudanças nos hábitos e estilo de vida, sendo assim, este é o primeiro e mais importante tratamento para as crianças e adolescentes", diz ele.

Segundo o Ministério da Saúde, o colesterol é um conjunto de gorduras naturais, mas que precisam ser ingeridas de forma equilibrada para não causar o excesso do “colesterol ruim” presente no corpo, que pode levar ao desenvolvimento de doenças cardiovasculares. A OMS (Organização Mundial da Saúde), estima que cerca de 75 milhões de crianças terão excesso de gordura corporal até 2025. Na América Latina, a Unicef (Fundo das Nações Unidas para a Infância) estima que três em cada dez crianças e adolescentes, entre 5 e 19 anos, estão com sobrepeso.

Porém o cariologista ressalta: “Nem toda criança obesa tem colesterol alto e crianças magras também podem apresentar a condição, mas a obesidade infantil é um dos fatores que contribuem para o aumento dos níveis de gordura no sangue em crianças.”

O alerta feito pela OMS influenciou a SBP a recomendar os exame já na infância. “As mudanças nas condutas ocorrem periodicamente de acordo com novos achados científicos e mudanças no estilo de vida da população. Hoje esta recomendação está valendo e ela pode ser modificada com o passar do tempo”, pontua Castello.

Apesar de importante, o médico lembra que o exame de colesterol não deve ser feito em todas as consultas ao pediatra, mas pelo menos uma vez ao ano conforme a orientação do especialista. Descobrir o problema na infância pode evitar doenças graves na vida adulta.

“Manter cronicamente o nível de colesterol alto no sangue é um fator de risco para as doenças cardiovasculares, tanto em crianças como em adultos. Quando a elevação ocorre precocemente há maior risco de termos adultos doentes no futuro”, observa o médico.

R7

Foto: Pixabay