O Secretário de Estado da Saúde, Florentino Neto, anunciou na manhã desta segunda-feira (06) que o Governo do Piauí vai exigir a comprovação do esquema vacinal completo contra a Covid-19 para acesso aos estabelecimentos públicos no estado. A medida já foi acertada com o governador Wellington Dias e está sendo elaborada pela Secretaria de Governo (Segov). O decreto com as regras de cumprimento entra em vigor ainda esta semana.

A apresentação obrigatória do comprovante de vacinação para entrada em estabelecimentos públicos vinculados à administração estadual deve reforçar o incentivo à vacinação de todos os piauienses contra a doença. Segundo Florentino, a imunização completa é necessária para evitar novas ondas da doença. “A Fiocruz atesta que o Piauí tem 240.376 pessoas que ainda não retornaram aos postos de saúde para completar o esquema vacinal contra a Covid-19”, afirma o gestor.

“Os locais com maiores índices de pessoas vacinadas estão registrando menos mortes. Nos estados com menor percentual de vacinação há o registro de mais mortes e mais hospitalização. Os dados atestam a eficácia da vacina no combate à doença. É inaceitável que a população não complete o ciclo de imunização para sairmos dessa pandemia”, diz o secretário.

O secretário ainda explicou que os municípios vão poder reduzir o prazo para aplicar a dose de reforço na população. “A orientação vai ser para aplicar a terceira dose com quatro meses depois de ser administrada a segunda dose. Tudo para acelerar a proteção da população”, diz Florentino.

Até esta segunda-feira (06), foram aplicadas em todo o estado 4.834.690 sendo 2.529.231(77,08%) de primeira dose, 2.052.553 (64,06%) de segunda dose. A informação está disponível no site http://www.saude.pi.gov.br.

Sesapi

Uma futura nova pandemia ameaça ser "pior" do que a atual, advertiu nesta segunda-feira (6) a cientista britânica Sarah Gilbert, uma das criadoras da vacina contra a Covid-19 Oxford/AstraZeneca, que pediu mais investimentos em pesquisas para que o planeta esteja mais bem preparado para a possibilidade.

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"Esta não será a última vez que um vírus ameaçará nossas vidas e meios de subsistência. A verdade é que o próximo pode ser pior. Pode ser mais contagioso, ou mais mortal, ou as duas coisas", afirmou Gilbert de acordo com trechos de um discurso que será exibido nesta segunda-feira à noite na BBC, canal de tv britânico.

O discurso é parte da Conferência Richard Dimbleby, que conta todos anos com discursos de personalidades do mundo das ciências, artes e empresarial. Esta professora da Universidade de Oxford, que ajudou a criar uma vacina contra a Covid-19 que atualmente é aplicada em mais de 170 países, pediu que os avanços científicos conquistados na luta contra o coronavírus não sejam "perdidos" por falta financiamento.

"Não podemos permitir uma situação na qual, depois de passar por tudo que passamos, descubramos que as enormes perdas econômicas que sofremos significam que ainda não há fundos para a preparação a uma pandemia", ela deve afirmar. Gilbert também falau sobre a variante Ômicron, contra a qual o Reino Unido intensificou a campanha de vacinação e retomou a obrigatoriedade do uso de máscaras nos transportes públicos e no comércio.

Ela explicou que a variante "contém mutações já conhecidas que aumentam a transmissibilidade do vírus" e que "os anticorpos induzidos pelas vacinas, ou pela infecção com outras variantes, podem ser menos eficazes para prevenir o contágio da Ômicron".

"Até que saibamos mais, nós devemos ser prudentes e adotar medidas para frear a propagação desta nova variante", recomenda.

Para frear a propagação, o governo britânico anunciou no fim de semana que os viajantes com destino ao Reino Unido terão de apresentar teste negativo para Covid-19 antes de embarcar.

Também devem ser submetidos a um teste de PCR nos dois dias seguintes à chegada, com isolamento até a divulgação do resultado.

O Reino Unido, um dos países mais afetados da Europa pela Covid-19, com mais de 145.500 mortes desde o início da pandemia, anunciou no domingo que tem 246 casos confirmados da variante ômicron, contra 160 no sábado.

AFP

Foto: divulgação

 

Neste sábado, 04, foi realizada a primeira edição da Balada da Vacina que acontece no estacionamento do Floriano Shopping. Segundo o secretário de Saúde de Floriano, James Rodrigues, a ação foi considerada um sucesso com a participação ativa de pais e responsáveis por crianças e adolescentes de 09 a 14 anos, público alvo da campanha. Foram quase 100 doses de vacinas aplicadas, algumas crianças e adolescentes receberam duas imunizações. 

O objetivo principal da ação foi ampliar a vacinação de crianças e adolescentes de 09 a 14 anos que ainda não tinham tomado a vacina contra o vírus HPV e na oportunidade também poderia ser imunizado contra meningite. 

vacina

Embora o HPV (Papilomavírus humano) seja uma doença sexualmente transmissível, a prevenção pode começar bem antes da vida sexual, como explica Pollyane Pires, diretora de Imunização.  “O ideal é que elas fossem tomadas antes da iniciação sexual, quando ainda não houve contato com o vírus. A eficácia da vacina é alta: 95% de sucesso no combate às principais cepas causadoras de câncer”, explica.

O HPV se destaca como uma das doenças sexualmente transmissíveis mais comuns no mundo. Oito entre dez mulheres sexualmente ativas contraem pelo menos um tipo do papilomavírus ao longo da vida. O Ministério da Saúde registra 137 mil novos casos no país a cada ano. Hoje, o desenvolvimento da doença é responsável por 90% dos casos de câncer de colo de útero.

Já a vacina meningocócica é responsável pela imunização contra a Meningite e possui uma alta taxa de procura nos laboratórios. Isto se justifica devido a gravidade da doença, que pode provoca lesões mentais, motoras e auditivas.

 A Meningite é causada pela bactéria Neisseria Meningitidis, também conhecida como Meningococo, que provoca uma infecção nas Meninges, as membranas que envolvem a medula espinhal e cerebral. A bactéria possui 12 sorogrupos diferentes. Atualmente, 5 destes sorogrupos (A, B, C, Y e W) são responsáveis por quase todos os casos de Meningite no Brasil.

O Meningococo é transmitido por meio de secreções respiratórias (tosse, espirro) e da saliva, durante contato próximo ou demorado com o portador, especialmente entre pessoas que vivem na mesma casa.

A ação contou ainda com mobilização das equipes de saúde da família das unidades de saúde Jasmina Bucar e Camilo Filho. Foram ofertados ainda, para maiores de 18 anos, testagem gratuita para infecções sexualmente transmissíveis (HIV, Sífilis e Hepatites B e C), onde foram realizados 124 exames através do Centro de Testagem e Aconselhamento. O Núcleo Multiprofissional de Saúde participou com psicólogas e nutricionistas que realizaram atividades lúdicas voltadas para o público alvo da ação.

Ascom

A emergência da variante ômicron do coronavírus é a "última prova" do perigo das desigualdades na vacinação mundial, afirmou o presidente da Cruz Vermelha, Francesco Rocca, nesta sexta-feira (3).

"Os cientistas alertaram a comunidade internacional várias vezes sobre o risco do surgimento de variantes muito novas em lugares onde a taxa de vacinação é muito baixa", disse à AFP em entrevista em Moscou Francesco Rocca, presidente da FICR (Federação Internacional de Sociedades da Cruz Vermelha e Crescente Vermelho).

Segundo as estatísticas da ONU (Organização das Nações Unidas), cerca de 65% dos habitantes dos países mais desenvolvidos receberam ao menos uma dose da vacina contra a Covid-19, contra apenas 7% nos países menos desenvolvidos.

Os países ocidentais foram acusados de fazer reservas de vacinas e a OMS pediu a eles que não se precipitassem em oferecer terceiras doses quando milhões de pessoas no mundo sequer receberam a primeira ainda.

"É uma atitude egoísta de parte da comunidade ocidental e também uma atitude cega", afirmou Francesco Rocca.

R7