O consumo regular e moderado de café pode desacelerar a progressão do Alzheimer. Um novo estudo, publicado recentemente pelo centro de pesquisa francês Lille, indica que a cafeína retarda o declínio cognitivo e influencia os receptores localizados nos neurônios que promovem a perda de sinapses — onde são feitas as ligações e transmissões neurais.
Para melhor análise, os especialistas estão realizando um ensaio clínico com 248 pacientes, em que metade recebe 400 mg do composto e a outra metade um placebo. O objetivo é entender os efeitos da cafeína nas funções cognitivas dos pacientes. Se o resultado for positivo, a ciência tem esperança que este pode ser um caminho para um tratamento da doença.
O ano de 2023 marcou um avanço do Brasil na imunização infantil e fez o país deixar o ranking das 20 nações com mais crianças não vacinadas. A constatação faz parte de um estudo global divulgado nesta segunda-feira (15) pelo Fundo das Nações Unidas para a Infância (Unicef) e a Organização Mundial da Saúde (OMS).
A pesquisa revela que o número de crianças que não receberam nenhuma dose da DTP1 caiu de 710 mil em 2021 para 103 mil em 2023. Em relação à DTP3, a queda entre os mesmos anos foi de 846 mil para 257 mil. A DTP é conhecida como a vacina pentavalente, que protege contra a difteria, o tétano e a coqueluche.
Com a redução na quantidade de crianças não vacinadas, o Brasil, que em 2021 era o sétimo no grupo dos países com mais crianças não imunizadas, deixou a lista negativa. O Brasil apresentou avanços constantes em 14 dos 16 imunizantes pesquisados.
A chefe de Saúde do Unicef no Brasil, Luciana Phebo, destacou que o comportamento da imunização infantil no país é uma retomada após anos de queda na cobertura de vacinação. Ela ressalta a importância de o país seguir em busca de avanços, inclusive levando a vacinação para fora de unidades de saúde, exclusivamente.
“É fundamental continuar avançando ainda mais rápido para encontrar e imunizar cada menina e menino que ainda não recebeu as vacinas. Esses esforços devem ultrapassar os muros das unidades básicas de saúde e alcançar outros espaços em que crianças e famílias - muitas em situação de vulnerabilidade - estão, incluindo escolas, Cras [Centro de Referência de Assistência Social] e outros espaços e equipamentos públicos”, assinala.
No mundo O resultado de avanço do Brasil está na contramão do cenário global, no qual houve aumento no número de crianças que não receberam nenhuma dose da DTP1, passando de 13,9 milhões em 2022 para 14,5 milhões em 2023.
O número de crianças que receberam três doses da DTP em 2023 estagnou em 84% (108 milhões). A DTP é considerada um indicador chave para a cobertura de imunização global.
Em 2023 havia no mundo 2,7 milhões de crianças não vacinadas ou com imunização incompleta, em comparação com os níveis pré-pandemia de 2019.
Ao todo, o levantamento do Unicef e da OMS traz dados de 185 países.
Efeito da não vacinação Uma forma prática de entender a importância da vacinação é por meio da observação de certas doenças, como o sarampo, que apresentou surtos nos últimos cinco anos.
A cobertura vacinal contra o sarampo estagnou, deixando cerca de 35 milhões de crianças sem proteção ou com proteção parcial. Em 2023, apenas 83% das crianças em todo o mundo receberam a primeira dose do imunizante. Esse patamar fica abaixo da cobertura de 95% necessária para prevenir surtos, mortes desnecessárias e alcançar as metas de eliminação do sarampo.
Nos últimos cinco anos, surtos de sarampo atingiram 103 países – onde vivem aproximadamente três quartos dos bebês do mundo. A baixa cobertura vacinal nessas regiões (80% ou menos) foi um fator importante. Por outro lado, 91 países com forte cobertura vacinal não experimentaram surtos.
HPV em meninas Um dado positivo, porém, insuficiente no levantamento, é a vacinação de meninas contra o papilomavírus humano (HPV), causador do câncer do colo do útero. A proporção de adolescentes imunizados saltou de 20% em 2022 para 27% em 2023.
No entanto, esse nível de cobertura está bem abaixo da meta de 90% para eliminar esse tipo de câncer como um problema de saúde pública. Em países de alta renda, o nível é de 56%, e nos de baixa e média, 23%.
Será que quem toma vitamina D precisa tomar sol? A vitamina D é um nutriente essencial para a saúde, desempenhando um papel crucial na manutenção de ossos fortes, na função imunológica e em vários outros processos corporais.
Apesar de sua importância, muitas pessoas ainda enfrentam a deficiência desse nutriente vital, o que levanta a questão: quem toma vitamina D precisa tomar sol? Vamos entender melhor essa questão e descobrir a melhor forma de manter níveis adequados de vitamina D no corpo.
O que é a Vitamina D? A vitamina D é uma vitamina lipossolúvel que ajuda na absorção de cálcio, promove o crescimento e a remodelação óssea, e desempenha funções importantes no sistema imunológico.
Ao contrário de outras vitaminas, a vitamina D pode ser sintetizada pelo corpo humano quando a pele é exposta à luz solar, especificamente aos raios UVB.
Funções no corpo Saúde óssea: A vitamina D é essencial para a absorção de cálcio no intestino, o que é crucial para a formação e manutenção de ossos e dentes saudáveis. Deficiências podem levar a condições como osteoporose e raquitismo.
Função imunológica: A vitamina D modula a resposta imunológica, ajudando a prevenir infecções e doenças autoimunes.
Funções musculares: Auxilia na função muscular, reduzindo o risco de quedas e fraturas, especialmente em idosos.
Saúde cardiovascular: Estudos sugerem que a vitamina D pode ajudar a regular a pressão arterial e prevenir doenças cardíacas.
Leia também: Vitamina D: entenda sua importância e como afeta sua vida
Fontes de Vitamina D Embora a principal fonte de vitamina D seja a exposição solar, ela também pode ser obtida através de alimentos. Alguns dos alimentos ricos em vitamina D incluem:
Peixes gordurosos (salmão, sardinha, atum) Óleo de fígado de bacalhau Gemas de ovos Fígado de boi Laticínios e sucos fortificados Cogumelos expostos à luz UV Suplementos Para aqueles que não conseguem obter vitamina D suficiente através da dieta e da exposição solar, os suplementos são uma opção viável. Existem dois tipos principais de suplementos de vitamina D:
Vitamina D2 (ergocalciferol): Derivada de fontes vegetais e menos potente em comparação à vitamina D3. Vitamina D3 (colecalciferol): Derivada de fontes animais e considerada mais eficaz na elevação dos níveis sanguíneos de vitamina D. As dosagens comuns variam de 600 a 2000 UI por dia, mas podem ser ajustadas conforme a necessidade individual e recomendação médica.
A importância da exposição solar A pele humana tem a capacidade de sintetizar vitamina D quando exposta à luz solar, especialmente aos raios ultravioleta B (UVB). Quando os raios UVB penetram na pele, eles convertem o 7-dehidrocolesterol em pré-vitamina D3, que posteriormente se transforma em vitamina D3.
Além da síntese de vitamina D, tomar sol traz outros benefícios para a saúde, como:
Melhoria do humor: A exposição ao sol aumenta a produção de serotonina, um neurotransmissor que ajuda a melhorar o humor e combater a depressão. Regulação do sono: A luz solar ajuda a regular o ritmo circadiano, promovendo um sono melhor e mais reparador. Fortalecimento do sistema imunológico: A luz solar estimula a produção de células T, que são fundamentais para a resposta imunológica. Neste contexto, entender a relação entre a suplementação de vitamina D e a necessidade de exposição solar é crucial para manter uma boa saúde e prevenir doenças associadas à deficiência dessa vitamina.
Veja mais: Frutas ricas em vitamina D: Conheça as 5 opções mais poderosas
Quem toma Vitamina D precisa tomar sol? Não, quem toma vitamina D não necessariamente precisa tomar sol.
Suplementos de vitamina D podem ser eficazes para manter níveis adequados da vitamina no sangue, especialmente em casos de deficiência ou em situações onde a exposição ao sol é limitada.
No entanto, a exposição solar continua sendo uma maneira natural e benéfica de obter vitamina D.
A questão de tomar sol enquanto se faz suplementação de vitamina D é frequentemente discutida no campo da saúde. A exposição solar é a maneira natural e mais eficiente de obter vitamina D, pois permite que o corpo produza a vitamina de forma endógena.
No entanto, a suplementação pode ser necessária em casos de deficiência grave, condições médicas específicas, ou em regiões com pouca luz solar durante o ano.
Melhor horário para tomar sol O melhor horário para tomar sol e maximizar a produção de vitamina D é entre 10h e 15h. Durante esse período, os raios UVB estão mais intensos, o que aumenta a eficiência da síntese de vitamina D na pele.
A quantidade de tempo necessário para produzir vitamina D suficiente varia de acordo com a cor da pele, a localização geográfica e a estação do ano:
Pele clara: 10 a 15 minutos de exposição solar direta são geralmente suficientes. Pele média: 15 a 30 minutos. Pele escura: 30 minutos a 1 hora. Cuidados e prevenção É importante tomar sol de forma segura para evitar queimaduras solares e reduzir o risco de câncer de pele:
Evite a exposição prolongada: Limite o tempo sob o sol direto e busque sombra após o período recomendado.
Use proteção solar: Aplicar protetor solar após o período inicial de exposição sem proteção.
Roupas adequadas: Use chapéus, óculos de sol e roupas que protejam a pele se precisar ficar mais tempo ao sol.
A vitamina D é essencial para a saúde óssea, imunológica e geral. Embora a exposição solar seja a forma mais natural de obter vitamina D, a suplementação pode ser necessária em casos específicos.
A exposição solar moderada, especialmente entre 10h e 15h, é recomendada, mas deve ser feita com cuidado para evitar danos à pele. Consultar um profissional de saúde para orientação personalizada sobre a suplementação e exposição solar é crucial para manter níveis adequados de vitamina D e promover a saúde geral.
Embora a maioria das pessoas com câncer de fígado não apresentem sinais e sintomas nos estágios iniciais, em alguns casos, é possível notar algumas alterações precoces da doença.
Pesquisas recentes sobre o tema indicam que esses sinais podem surgir tanto no início, nas células do fígado (câncer de fígado primário) como em quadros de metástase, quando a a doença avança para outras partes do corpo e posteriormente se espalhado para o órgão (câncer de fígado secundário).
O sinal, considerado precoce por especialistas, pode ser notado no momento das refeições diárias: a falta de apetite. Ainda de acordo com estudos, a pessoa também pode se sentir indisposta para comer devido ao condições como o desconforto abdominal e náuseas. Apesar de mudanças no apetite indicarem sinais de alerta para o câncer de fígado, o problema pode sinalizar muitas outras condições de saúde. Por isso, é importante se atentar a outros possíveis sintomas da doença e procurar um médico ao notar qualquer alteração.
Outros sinais de câncer de fígado De acordo com a American Cancer Society, os sintomas de câncer de fígado incluem:
perda de peso sentir-se muito satisfeito após uma refeição muito leve náuseas ou vômitos fígado aumentado baço aumentado dor abdominal inchaço ou acúmulo de líquido no abdômen icterícia (pele e mucosas amareladas) veias da barriga dilatadas e visíveis através da pele hematomas ou hemorragias agravamento da hepatite crônica ou cirrose Como é feito o diagnóstico? Testes e procedimentos usados para diagnosticar câncer de fígado incluem:
Exames de sangue – podem revelar anormalidades da função hepática.
Exames de imagem – que incluem ultrassom, tomografia computadorizada e ressonância magnética.
Além disso, o diagnóstico pode acontecer por meio de remoção de uma amostra de tecido hepático para teste – às vezes, é necessário remover um pedaço de tecido hepático para exames laboratoriais, a fim de fazer um diagnóstico definitivo de câncer hepático.
Durante uma biópsia hepática, o médico insere uma agulha fina na pele e no fígado para obter uma amostra de tecido. No laboratório, os médicos examinam o tecido ao microscópio para procurar células cancerígenas. A biópsia hepática apresenta risco de sangramento, hematomas e infecção.