A falta de noites bem dormidas pode gerar ganho de peso, aumento da vontade de comer e diminuição da sensação de saciedade. Segundo alerta do Instituto do Sono, por ocasião do Dia Mundial da Obesidade, celebrado hoje (4), os impactos negativos no organismo decorrentes da falta de sono ocorrem em pessoas de todas as idades, principalmente pela desregulamentação metabólica.

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“Tem se comprovado nos últimos anos, cada vez mais, tanto em crianças ou adolescentes quanto em adultos, que dormir pouco tem suas consequências. E uma delas é o ganho de peso”, destaca a especialista em Medicina do Sono e pesquisadora do Instituto do Sono, Érika Treptow.

“Um dos motivos [para o ganho de peso] é que a gente desregula o organismo. Algumas substâncias começam a ser produzidas de maneira que não é o normal. Por exemplo, há uma substância chamada grelina, que está associada à vontade de comer, e ela aumenta bastante [com a falta de sono]. Apenas uma noite que a gente dorme pouco já é o suficiente para aumentar essa substância”, afirma.

Além da elevação da grelina, a falta de sono pode reduzir a produção da leptina, que é o hormônio associado à saciedade, ressalta a pesquisadora. Estudo publicado em 2022 na revista científica JAMA Internal Medicine, mostrou que o aumento de 90 minutos de sono por noite foi capaz de reduzir em 270 Kcal a ingestão calórica diária, o que, a longo prazo, pode resultar em perda de peso significativa.

Segundo a pesquisadora, o sono insuficiente também encurta o jejum que ocorre quando o corpo está adormecido. “Quem acaba dormindo menos tem tempo maior, oportunidade maior, número maior de horas em que pode se alimentar. O dormir menos também dá muito cansaço, então a pessoa tem dificuldade maior de realizar exercícios, por exemplo”.

Mas não é somente a falta de sono que acaba por gerar ganho de peso. O contrário também pode ocorrer. De acordo com Treptow, o excesso de gordura pode atrapalhar o sono. “Quando a gente ganha muito peso, principalmente dependendo do local onde esse peso se acumula, há tendência ao ronco, à apneia do sono e a um sono de pior qualidade”.

Para melhorar o sono, a especialista recomenda, principalmente, a regularidade dos horários de dormir. “Nosso organismo funciona conforme um ritmo e esse ritmo é ditado, principalmente, pelo nosso horário de dormir, de levantar, pelo horário das nossas refeições e pela luminosidade que a gente recebe durante o dia”.

“Todas as células do organismo funcionam conforme esse ritmo. A partir do momento em que eu durmo a cada dia num horário diferente, essa saída do ritmo provoca maior chance de doenças”, ressalta.

Érika Treptow orienta as pessoas a não se alimentarem, ingerirem bebidas alcoólicas ou estimulantes em horário próximo ao de dormir. O indicado é realizar uma refeição leve no período noturno. “As pessoas não devem também levar os problemas para a cama. Uma dica que a gente dá é ter um diário de preocupações, onde a pessoa anota tudo aquilo com que está preocupada, é como se esvaziasse a cabeça e conseguisse ir pra cama dormir”.

De acordo com a pesquisadora, outra dica importante é sair da cama, caso a pessoa acorde no meio da noite e não consiga mais dormir. “Tome um copo d'água, vá ao banheiro e depois você volta a dormir. Porque ficar fritando na cama, como algumas pessoas dizem, também reduz a chance de trazer qualidade boa do sono”.

Um ambiente adequado também é recomendado. O quarto deve ter pouca luminosidade, pouco barulho, uma temperatura boa. “Isso, agora no verão, a gente vê como prejudica para adormecer”.

Agência Brasil

Foto: Ginecomastia.org/Direitos Reservados

A Regional de Saúde, de Floriano-PI, que responde por vários municípios da região como órgão do Estado recebeu uma nova remessa de vacinas contra o novo coronavírus - COVID 19, que foi enviada pela Secretária de Estado da Saúde - SESAPI.  

As informações são da coordenação do órgão e embalagens chegaram nessa quinta-feira, 03. Segundo a coordemação da Regional, foram mais de 22 mil doses recebidas, sendo que cerca de sete mil devem ficar na cidade florianense, as demais irão ser destinadas as cidades da Regional.

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Da redação

A cada hora nos últimos oito anos, em média, 5.144 caixas de remédios de tarja preta usados para o controle da ansiedade saíram das farmácias e drogarias brasileiras — cerca de 123,5 mil caixas por dia.

Informações do SNGPC (Sistema Nacional de Gerenciamento de Produtos Controlados), da Anvisa (Agência Nacional de Vigilância Sanitária), mostram que entre 1º de janeiro de 2014 e 31 de dezembro de 2021 o Brasil comprou 345,5 mil caixas de cinco dos ansiolíticos (benzodiazepínicos) mais vendidos: alprazolam (Frontal), bromazepam (Lexotan), clonazepam (Rivotril), diazepam (Valium) e lorazepam (Lorax). m 2020, primeiro ano da pandemia de Covid-19, as vendas desses cinco princípios ativos somaram 47,3 milhões, uma alta de 4,26% em relação ao ano anterior.

No ano passado, os dados da Anvisa mostram vendas de 38,1 milhões de caixas. Entretanto, os relatórios de outubro, novembro e dezembro estão incompletos, o que não permite uma análise fiel de 2021 até o momento.

Em nota, a Anvisa ressalta que "possíveis informações não escrituradas pelo farmacêutico responsável técnico não estarão contidas no banco de dados do SNGPC e não estarão disponíveis para consulta nas ferramentas dos Dados Abertos e Painéis de Consulta aos Dados de Venda ao Consumidor para os Medicamentos Sujeitos à Escrituração no SNGPC".

Os números também não levam em conta os ansiolíticos distribuídos nas farmácias do SUS. Em janeiro de 2019, um trabalho feito pela OMS (Organização Mundial da Saúde) mostrou o Brasil como o país com maior número de pessoas ansiosas em todo o planeta: 18,6 milhões (9,3% da população).

Com a chegada da pandemia, especialistas falam sobre um aumento de pacientes com transtorno de ansiedade nos consultórios, o que explicaria a alta das vendas em 2020.

Porém, para o psiquiatra Guido Boabaid May, do corpo clínico do Hospital Israelita Albert Einstein, é possível muitos brasileiros que usam esses fármacos não precisam deles ou estejam consumindo da forma errada.

"Via de regra, esses medicamentos devem ser de curto prazo, por 12 semanas. Às vezes a gente precisa usar por mais tempo. Mas o mais importante é que eles sejam utilizados como parte de uma estratégia de tratamento – e não é o que acontece na maioria das vezes. É como se a pessoa ficasse tomando Tylenol [paracetamol] o tempo todo para amidalite sem tomar antibiótico. Eles são para tratar sintoma, mas na grande maioria das vezes não vão atacar a causa."

Ele ressalta ainda que a maioria das pessoas que fazem uso de benzodiazepínicos não o faz com acompanhamento psiquiátrico. As receitas são médicos de outras especialidades.

Transtornos de ansiedade e síndrome do pânico, por exemplo, são tratados com o uso de antidepressivos, que atuam na regulação de neurotransmissores. Os benzodiazepínicos entram, geralmente, no início, para uso específico em situações de crise.

R7

 

Com o avanço da vacinação, o brasileiro finalmente está mais tranquilo para retomar o contato com amigos, parentes e até mesmo no ambiente de trabalho. Embora a vacina seja eficaz na prevenção de casos graves, ela não impede que as pessoas contraiam a Covid-19, o que sinaliza a importância de continuar usando máscaras.

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A máscara cria uma barreira que dificulta a entrada do vírus nas vias respiratórias. Desse modo, o indivíduo tem menos chances de ser contaminado e transmitir a doença àqueles de seu convívio. O governo brasileiro recomenda que o objeto seja utilizado principalmente em ambientes coletivos, sobretudo no transporte público e em eventos. Além disso, pontua que o uso correto da máscara envolve cobrir a boca e o nariz.

Sobre o modelo, o mais indicado é a PFF2 - ou N95 -, pois filtram mais do que as máscaras cirúrgicas ou de pano. Se ajustada conforme as regras, ela fica firme e confortável no rosto; lembrando que o equipamento não precisa ser trocado diariamente e não é lavável. Durante uma conversa com especialistas, o G1 apurou que o recomendado é deixar o material descansando por, no mínimo, 3 dias, e, quando possível, 7. Outra alternativa é separar uma máscara para cada dia da semana e numerá-las.

Em dezembro de 2021, um estudo realizado pelo Instituto Max Planck, na Alemanha, concluiu que as máscaras PFF2 oferecem quase 100% de proteção contra as partículas infecciosas. Os pesquisadores informaram que se uma pessoa infectada e outra que não está contaminada usarem máscaras PFF2 de forma adequada, o risco máximo de infecção após 20 minutos raramente passará de um por mil, mesmo que estejam próximas.

Na falta do modelo, a máscara cirúrgica pode ser uma opção. O ideal é sobrepor uma máscara de pano no modelo cirúrgico, pois, assim, a de pano auxilia no ajuste e a cirúrgica filtra as micropartículas - embora com menor eficácia se comparada à PFF2. Caso o indivíduo resolva utilizar somente as máscaras de pano, especialistas aconselham colocar duas unidades no rosto. No entanto, contra a variante Ômicron, as máscaras de pano são menos eficazes, porque a variante é altamente contagiosa.

Sempre que possível, a busca por materiais que oferecem mais segurança deve ser incentivada.

R7/ 3 min de leitura