• prefeutura-de-barao.jpg
  • roma.png
  • vamol.jpg
  • WhatsApp_Image_2025-06-06_at_12.28.35_2.jpeg

Um estudo apresentado no último dia 23 no Congresso Europeu de Microbiologia Clínica e Doenças Infecciosas acende um alerta para a possibilidade de superbactérias serem transmitidas de porcos para humanos, aumentando o problema da resistência dos medicamentos antimicrobianos que já existe atualmente.

Pesquisadores da Universidade de Copenhague e do Statens Serum Institut, na Dinamarca, analisaram amostras da superbactéria Clostridioides difficile em 14 fazendas de porcos no país. Eles descobriram o compartilhamentos entre suínos e humanos de vários genes que indicam a resistência a antibióticos, o que indica que a transmissão dos animais para humanos é possível.

A C. difficile é um tipo de bactéria que afeta o intestino humano, podendo causar forte diarreia e até morte. Atualmente, apenas três antibióticos disponíveis são capazes de eliminá-la.

"C. difficile é a causa mais comum de colite associada a antibióticos e é tipicamente adquirida em hospital, mas casos adquiridos em comunidades estão aumentando. A diarreia induzida por C. difficile ocorre em até 8% dos pacientes hospitalizados, sendo responsável por 20% a 30% dos casos de diarreia adquirida em hospital", descreve o Manual MSD de Diagnóstico e Tratamento. Nos Estados Unidos, cerca de 224 mil pessoas foram infectadas por essa bactéria em 2017, sendo que 12,8 mil morreram. Ela é considerada uma das maiores ameaças de resistência a antibióticos.

“Nossa descoberta de genes de resistência múltiplos e compartilhados indica que a C. difficile é um reservatório de genes de resistência antimicrobiana que podem ser trocados entre animais e humanos. Esta descoberta alarmante sugere que a resistência aos antibióticos pode se espalhar mais amplamente do que se pensava anteriormente e confirma os elos na cadeia de resistência que leva de animais de fazenda a humanos”, afirmou em comunicado o cientista Semeh Bejaoui, um dos autores do trabalho.

A resistência dos antibióticos está diretamente associada ao uso excessivo na medicina e também na produção de proteína animal.

"Este estudo fornece mais evidências sobre a pressão evolutiva relacionada ao uso de antimicrobianos na pecuária, que seleciona patógenos humanos perigosamente resistentes. Isso destaca a importância de adotar uma abordagem mais abrangente para o manejo da infecção por C. difficile, a fim de considerar todas as possíveis vias de disseminação", conclui o pesquisador.

R7

Uso de cocaína provoca mudanças rápidasUma nova pesquisa do Centro Universitário de Genética Humana da Universidade de Clemson (EUA) identificou agrupamentos de células específicas no cérebro da mosca-das-frutas comum afetados pela exposição aguda à cocaína.

cocaina

A novidade estabelece potencialmente as bases para o desenvolvimento de drogas destinadas a tratar ou prevenir o vício em humanos. As descobertas foram publicadas na revista Genome Research. Embora os efeitos neurológicos da cocaína sejam bem conhecidos, a sensibilidade genética subjacente aos efeitos da droga não é. Em populações humanas, a suscetibilidade aos efeitos da cocaína varia devido a fatores ambientais e genéticos, tornando seu estudo um desafio. Aproximadamente 70% dos genes da mosca-das-frutas comum, Drosophila melanogaster, têm homólogos humanos. Isso fornece aos pesquisadores um modelo comparável ao estudar características genéticas complexas.

A pesquisa colaborativa dos geneticistas Trudy Mackay e Robert Anholt descobriu que o uso de cocaína provoca mudanças rápidas e generalizadas na expressão do gene em todo o cérebro da mosca-das-frutas. As diferenças são mais pronunciadas em homens do que em mulheres. Expectativa de terapia

Moscas expostas à cocaína apresentaram atividade locomotora prejudicada e aumento das convulsões. O estudo mostrou que todos os tipos de células cerebrais da mosca foram afetados, especialmente as células Kenyon nos corpora pedunculata da mosca e algumas células da glia. Os corpora pedunculata são centros cerebrais integrativos associados a modificações comportamentais dependentes da experiência.

Essas descobertas podem futuramente levar à terapêutica.

“Esta pesquisa identifica as regiões do cérebro que são importantes”, disse Mackay. “Agora, podemos ver quais genes são expressos quando expostos à cocaína e se há drogas aprovadas pela FDA [a agência americana que regula remédios e alimentos] que poderiam ser testadas, talvez primeiramente na mosca como modelo. Já identificamos vários desses genes. Essa é uma linha de base. Agora podemos aproveitar este trabalho para compreender a terapia potencial.” A pesquisa

No estudo, as moscas machos e fêmeas puderam ingerir uma quantidade fixa de sacarose ou sacarose suplementada com cocaína por não mais do que duas horas.

Os pesquisadores observaram seu comportamento após a ingestão de cocaína. Eles encontraram evidências de que a exposição à droga resulta em efeitos fisiológicos e comportamentais, incluindo convulsões.

Para avaliarem os efeitos do consumo de cocaína na expressão genética do cérebro, os pesquisadores dissecaram os cérebros das moscas e os dissociaram em células individuais. Foi usada uma tecnologia de sequenciamento de última geração a fim de fazer bibliotecas dos genes expressos para células individuais. Cada célula possui milhares de transcrições.

O estudo analisou 88.991 células. Técnica ultrapoderosa

Por meio de análises estatísticas sofisticadas, os pesquisadores puderam agrupá-los em 36 grupos de células distintos. A anotação de aglomerados com base em seus marcadores de gene revelou que todos os principais tipos de células – neuronais e gliais –, bem como tipos de neurotransmissores da maioria das regiões do cérebro, incluindo corpora pedunculata, estavam representados.

“Descobrimos que os efeitos da cocaína no cérebro são muito difundidos e há diferenças distintas entre homens e mulheres. Há um dimorfismo sexual substancial”, disse Anholt, professor de genética e bioquímica. “Construímos um atlas de expressão gênica modulada por cocaína sexualmente dimórfica em um cérebro modelo, que pode servir como um recurso para a comunidade de pesquisa.”

A técnica de célula única é ultrapoderosa e oferece vantagens impressionantes sobre os estudos de perfil de expressão gênica padrão.

“Se um cérebro inteiro for usado e houver heterogeneidade na expressão do gene, de modo que ele esteja acima em uma célula e abaixo em outra, você não verá nenhum sinal. Mas com a análise de uma única célula, conseguimos capturar detalhes muito, muito refinados que refletem a heterogeneidade na expressão gênica entre diferentes tipos de células. É muito emocionante aplicar esta tecnologia avançada aqui”, explicou Mackay.

Msn

Foto: Freepik

A Secretaria de Estado da Saúde (Sesapi) aprovou durante reunião desta sexta-feira (22) junto à Comissão Intergestores Bipartite do Piauí (CIB) a manutenção do atendimento de pacientes com câncer através do SUS/FMS (Fundação Municipal de Saúde) e APCCAA (Associação Piauiense de Combate ao Câncer Alcenor Almeida-Hospital São Marcos). 

O atual contrato venceria dia 30 deste mês e agora foi prorrogado até 31 de dezembro de 2022. Pelo atual contrato, a Sesapi é o órgão interveniente e se responsabiliza por uma complementação de 33, 6% da tabela do SUS limitada a um teto de R$ 1.500,000,00, cujos valores servirão para complementar os procedimentos elencados na tabela SUS.

Na reunião CIB desta sexta-feira (22), também foram aprovados a Implantação de Equipe Multiprofissional de Atenção Especializada em Saúde Mental nos municípios de Prata do Piauí- Tipo II, em Vera Mendes, Tipo I e em Assunção do Piauí-Tipo I; Alteração do Plano de Trabalho referente ao apoio financeiro para o custeio das ações de saúde de Piripiri; Alteração da Proposta de Emenda Parlamentar de aquisição de um veículo pick-up por dois carros de passeio na cidade de Lagoa do Sítio. 

Além da Expansão do SAMU Estadual com implantação de uma Unidade de Suporte Básica para o município de Dom Expedito Lopes; apresentação de atestado de conclusão de reforma e ambiência do Hospital Local de Guadalupe; proposta de aquisição de Unidade Móvel de Saúde em Floriano; construção de uma Unidade Básica de Saúde Porte I.

Sesapi

O maior produtor de vacinas do mundo, o Serum Institute of India, interrompeu a produção de sua versão local da vacina anti-Covid da AstraZeneca devido à queda na demanda, informou seu CEO nesta sexta-feira (22).

vacina

O Serum Institute produziu mais de 1 bilhão de doses de Covishield – sua versão da vacina AstraZeneca – e é o maior fornecedor do programa global Covax para os países mais pobres. Essa situação contrasta com o que aconteceu há um ano, quando a Índia - conhecida como a "farmácia do mundo" - teve que restringir suas exportações para combater uma terrível onda de contaminação em seu território, levando a uma situação extrema para o sistema de saúde desta nação de 1,4 bilhão de pessoas. As exportações de vacinas foram retomadas em novembro passado. "Temos 200 milhões de doses em reserva", disse o CEO do Serum, Adar Poonawalla.

"Paramos a produção em dezembro. Até sugeri que sejam doadas para quem quiser levá-las", disse ele em um fórum econômico organizado pelo grupo Times Network.

"Não sei o que fazer com o produto. Por isso tive que dizer para eles pararem de produzir. Se não, vão expirar", acrescentou.

AFP

Foto: Feepik