O Secretário de Saúde, Florentino Neto anunciou o início da Campanha de Vacinação contra a Gripe no Piauí a partir de 4 de abril nos grupos considerados prioritários. A previsão é que a campanha termine no dia 3 de junho. O Ministério da Saúde informou que serão distribuídas 80 milhões de doses da vacina influenza para todo o país.
A vacinação contra a gripe é uma estratégia do Governo Federal para minimizar a carga do vírus, reduzindo os sintomas, que também podem ser confundidos com os da Covid-19. A campanha quer prevenir o surgimento de complicações decorrentes da doença, óbitos e consequências nos serviços de saúde.
A campanha acontecerá em duas etapas. O dia D de mobilização nacional está previsto para o dia 30 de abril. A primeira etapa será realizada entre os dias quatro de abril e dois de maio para idosos com 60 anos ou mais e trabalhadores da saúde. A segunda etapa acontece entre os dias três de maio e três de junho para crianças de 6 meses a menores de 5 anos de idade (4 anos, 11 meses e 29 dias); Gestantes e puérperas; Povos indígenas e Professores;
Além de pessoas com Comorbidades; Pessoas com deficiência permanente; Forças de segurança e salvamento e Forças Armadas; Caminhoneiros e trabalhadores de transporte coletivo rodoviário de passageiros urbano e de longo curso; Trabalhadores portuários; Funcionários do sistema prisional; Adolescentes e jovens de 12 a 21 anos de idade sob medidas socioeducativas e população privada de liberdade.
O Secretário Florentino Neto reforça que é essencial que a população procure pelo imunizante. “Vacinas são essenciais para melhorar a saúde de nosso povo e salvam vidas”, afirma o gestor.
O ministro da Saúde, Marcelo Queiroga, confirmou nesta terça-feira (15) que o Brasil tem dois casos positivos da variante Deltacron, uma combinação de mutações da Delta e da Ômicron. Os casos, segundo o ministro, foram detectados no Amapá e no Pará.
"Essa é uma variante de importância que requer monitoramento", destacou Queiroga. Por outro lado, o ministro minimizou os possíveis impactos da nova variante no Brasil ao afirmar que a identificação dos casos “é fruto do fortalecimento da capacidade genômica no Brasil”. “Vivemos em um ambiente pandêmico, surgem variantes do vírus, algumas variantes são de importância, outras são de preocupação. Tudo o que acontece nos países nós observamos”, completou. Queiroga afirmou, ainda, que o Brasil vive uma desaceleração de novos casos e que há cidades brasileiras em que a situação epidêmica está sob controle.
Mesmo com a situação epidemiológica mais favorável, o ministro frisou a necessidade de manter a vigilância e a capacidade de resposta do sistema de saúde. Por parte da população, a orientação é clara: “Se eu tiver que indicar uma medida, é a aplicação da dose de reforço. É importante. Então, se você não tomou, procure uma unidade de saúde”, alertou Queiroga.
O câncer do colo de útero pode ser uma doença silenciosa no início, mas ocupa a quarta posição no ranking de tumores que mais matam mulheres no Brasil, segundo o Inca (Instituto Nacional de Câncer). Além disso, com exceção do câncer de pele, é o terceiro mais comum entre as mulheres.
A alta incidência está associada ao HPV, vírus sexualmente transmissível responsável pela infecção que causa o câncer na região, que infecta pelo menos 80% das mulheres com vida sexual ativa, de acordo com o Inca. O ginecologista Alexandre Pupo, do Hospital Sírio Libanês e do Hospital Albert Einstein, de São Paulo, explica que, apesar de ser o principal responsável pela doença, nem todos os tipos de HPV são considerados oncogênicos, isto é, com potencial para causar o câncer.
“Como qualquer vírus, ele inclui seu material genético na célula e utiliza os aparelhos internos da célula para produzir novos vírus. Alguns desses HPVs – existem mais de 200 tipos diferentes – acabam alterando a forma como as células lêem o DNA e essa alteração pode transformá-la em uma célula de câncer que passa a se replicar de maneira desordenada”, explica o médico.
Pupo destaca que o simples fato de ter o vírus no corpo não quer dizer que a mulher possa desenvolver o câncer. Para isso, é necessário, além de que esse HPV seja do tipo oncogênico, que a infecção seja recorrente e persista ao longo de anos. Além disso, se identificada em estágio inicial por meio de exames preventivos como o Papanicolau, a infecção pode ser tratada antes que se transforme em um tumor.
“Com o tempo, esse HPV causa uma pequena alteração celular, muitas vezes identificada pelo Papanicolau, que é uma lesão não visível a olho nu. Em um primeiro momento, não é necessário fazer nada, apenas acompanhá-la e esse quadro pode se reverter sozinho. Se isso não acontecer em um prazo de um a dois anos, é possível cauterizar ou de alguma forma fazer uma destruição dessas células”, explica o ginecologista.
No entanto, se nada for feito para tratar essa lesão ou mesmo se ela passar despercebida pelos exames preventivos, ela pode evoluir ainda para dois estágios antes de se transformar em um tumor maligno com potencial para invadir outras células.
“O [terceiro estágio] já é considerado um carcinoma e é obrigatoriamente cirúrgico. O médico deve remover o fragmento do colo do útero que está doente e examinar no laboratório para confirmar se não há outro lugar em que a célula já não esteja invadindo”, explica Pupo. Sintomas e tratamento
Os principais sintomas do câncer de colo do útero são sangramento durante e após a relação sexual, e corrimento com odor fétido e de aspecto sanguinolento. No entanto, antes dessas manifestações, as pequenas lesões causadas pelo HPV são possíveis de identificar por meio do exame de Papanicolau.
Caso o diagnóstico seja feito de forma tardia e a lesão já tenha se transformado em um câncer, o tratamento vai depender da evolução do tumor e do tamanho em que ele se encontra. Além da remoção da parte adoecida do colo – ou mesmo de todo o útero – por meio da cirurgia, também pode ser necessário que a paciente passe por tratamentos quimioterápicos.
“Há os estadiamentos do câncer, que vai de um a quatro. No estágio três, ele está indo para o sistema linfático, no quarto ele já está acometendo órgãos ao redor, como a bexiga, o reto e os ligamentos que seguram o útero no lugar. Conforme o câncer cresce nessa região e se espalha, ele se torna não operável, a cirurgia é menos eficaz do que usar o tratamento com quimio e radioterapia”, ressalta Pupo. Prevenção
A principal forma de prevenir este tipo de câncer é a vacina contra o HPV, disponível pelo SUS (Sistema Único de Saúde) para meninas de 9 a 14 anos, e meninos na faixa etária entre 11 e 14 anos. O imunizante protege contra os tipos 16 e 18 do HPV, responsáveis por 70% dos casos de câncer do colo do útero, segundo o Inca.
“Quem é vacinado tem o risco praticamente próximo de zero em relação ao desenvolvimento de câncer do colo do útero. Então a vacinação é fundamental e é uma campanha mundial, porque se todo mundo se vacinar é possível erradicar este tipo câncer”, afirma o ginecologista.
O Inca destaca que o tabagismo e o uso prolongado de pílulas anticoncepcionais também podem aumentar o risco de desenvolvimento do câncer. Além disso, o uso de preservativo durante as relações sexuais também é importante para frear a circular e a contaminação pelo HPV.
Somado a isto, o Ministério da Saúde recomenda a realização dos exames ginecológicos preventivos, como o Papanicolau, para mulheres a partir dos 25 anos de idade.
“Abaixo dessa idade é um período ainda muito precoce para que o HPV cause alguma alteração que leve ao câncer. Temos casos esporádicos de pacientes que evoluem para uma lesão cancerígena antes dos 25 anos, como mulheres imunossuprimidas, seja por transplantes, seja por tratamentos quimioterápicos, seja por HIV, por exemplo, então é importante iniciar o acompanhamento mais cedo nesses casos”, explica Pupo. Para este grupo citado pelo médico, a vacina também é recomendada até os 45 anos.
O medicamento risdiplam, para tratamento de Atrofia Muscular Espinhal (AME) tipo I, está incorporado a partir desta segunda-feira (14) ao Sistema Único de Saúde (SUS).
A portaria da Secretaria de Ciência, Tecnologia, Inovação e Insumos Estratégicos em Saúde do Ministério da Saúde, determinando a inclusão do medicamento, está publicada no Diário Oficial da União de hoje.
Segundo Ministério da Saúde, a AME é uma doença genética que interfere na capacidade do corpo de produzir uma proteína considerada essencial para a sobrevivência dos neurônios motores. Sem ela, os neurônios morrem e as pessoas vão perdendo controle e força musculares, ficando incapacitados de se moverem, engolirem ou mesmo respirarem. O quadro é degenerativo e não tem cura.
A Atrofia Muscular Espinhal possui quatro subtipos, distintos conforme a idade de início dos sintomas. O tipo 1 é o mais grave da doença. A sua incidência é de um caso para cada seis a 11 mil nascidos vivos.