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Um estudo publicado na Nature Cancer nessa segunda-feira (25) apontou a descoberta de um anticorpo que ataca células-tronco cancerígenas, sem danificar as células saudáveis. O Petosemtamab (ou MCLA-158) evita o início da disseminação do câncer para outros órgãos vitais e retarda o crescimento de tumores primários.

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A pesquisa foi feita com camundongos ainda na fase inicial, mas cientistas afirmam que há um efeito promissor. Ela oferece bases para a utilização de organoides, tecidos em 3D derivados de células-tronco, no processo de descoberta de novos medicamentos pela indústria farmacêutica.

“A medicina do futuro começa aqui”, relata Eduard Battle, pesquisador do Instituto de Investigação em Biomedicina de Barcelona (IRB) que participou do estudo. Os cientistas usaram uma espécie de ‘biobanco’ de organoides de pacientes com câncer de cólon e, assim, puderam analisar os anticorpos eficazes, os mais adequados para a maioria dos pacientes e, até mesmo, se eles serão eficazes contra tumores portadores de uma mutação específica. Atualmente, os organoides já são usados para personalizar o tratamento contra o câncer nos estágios iniciais e é útil no procedimento contra a doença.


A empresa holandesa de biotecnologia Merus é a responsável por comandar o estudo, em conjunto com pesquisadores do IRB Barcelona, do Centro de Pesquisa Biomédica da Rede do Câncer (CIBERONC), e pretende divulgar novos dados sobre os resultados clínicos nos próximos meses.

Em outubro do ano passado, a organização divulgou dados preliminares sobre o MCLA-158, como a tolerabilidade e a atividade antitumoral da monoterapia em um tumor maligno fortalecido a partir de células epiteliais.

Na primeira fase do teste, três dos sete pacientes com câncer de cabeça e pescoço (HNSCC) obtiveram respostas parciais. Um atingiu a resposta completa. Todos os setes pacientes tiveram uma redução do tumor. “Esperamos que a atividade antitumoral relatada nos dados preliminares seja confirmada”, finalizou Batlle.

R7

A incidência do diagnóstico de depressão cresceu 40% no Brasil entre o período pré-pandemia e o primeiro trimestre de 2022, segundo o levantamento Covitel, realizado pela Vital Strategies, organização global de saúde pública, e pela UFPel (Universidade Federal de Pelotas), divulgado nesta quarta-feira (27).

A pesquisa ouviu 9.004 pessoas de todas as regiões do país com idade entre 18 anos e 65 ou mais — cerca de 58% dos entrevistados eram mulheres. Segundo a publicação, o percentual de brasileiros que relatavam ter a doença saltou de 9,6% em 2019 para 13,5% no começo deste ano.

O levantamento também indicou maior prevalência dos casos de depressão em mulheres, grupo que registrou um aumento de 39,3% no número de diagnósticos. Além disso, a recorrência da doença foi maior na região Sul do país.

Na ocasião, Brandon Gray, do Departamento de Saúde Mental e Uso de Substâncias da OMS, disse que as dificuldades para responder ao impacto da pandemia na saúde mental foram causadas em grande parte pela falta de investimento constante nos serviços que atendem a essas demandas.

R7

Se você é daqueles que terminam de comer e já estão de olho na sobremesa, saiba que esse é um hábito muito comum, em especial aqui no Brasil. Culturalmente, nossas refeições sempre terminam com algo doce.

doce

Entretanto, algumas explicações fisiológicas são plausíveis para justificar essa vontade de açúcar. A serotonina – neurotransmissor que regula uma série de funções no corpo, inclusive o humor e os movimentos do estômago e intestino – é produzida também com a ingestão de carboidratos, especialmente doces, explica o médico José Antônio Miguel Marcondes, cocoordenador do Centro de Diabetes do Hospital Sírio-Libanês.

Segundo o especialista, uma vez que nosso corpo queima serotonina durante o processo digestivo, devido ao uso nos movimentos digestivos, existe a necessidade de sua reposição.

Os doces, por sua vez, liberam um aminoácido necessário para a produção de serotonina: o triptofano. "Quando começamos a comer, o cérebro emite um sinal no sentido de aumentar a quantidade de serotonina. O nosso corpo precisa do triptofano para produzir serotonina, e os carboidratos são ricos em triptofano. Dos carboidratos, os absorvidos mais rapidamente são os doces. Parece que o cérebro emite um sinal no sentido de procurarmos esses alimentos para repor o estoque de serotonina."

Além disso, a serotonina aumenta a sensação de bem-estar, tranquilidade e felicidade, o que faz com que a experiência de uma refeição seja, para muitos, mais prazerosa com esse empurrãozinho dos doces.

O médico nutrólogo Daniel Magnoni, presidente do Imen (Instituto de Metabolismo e Nutrição), por sua vez, diz que não há evidências científicas de que precisamos de doces após as refeições.

Para ele, a principal razão é psicológica, mas também há uma busca por contrapor elementos gustativos em alguns casos.

"Se há uma ocupação das papilas gustativas com sal, com comidas mais secas, isso pede mais hidratação. Então, a pessoa pode sentir vontade de mais água e mais doce à medida que [a comida] tenha alta dosagem de sal e pouca hidratação." Fugindo das armadilhas

O açúcar tem um potencial de vício semelhante ao da cocaína, o que faz com que sociedades médicas recomendem o consumo moderado.

Dessa forma, é preciso estar atento para que sobremesas com excesso de açúcar não virem um hábito ou até um exagero.

A Organização Mundial da Saúde recomenda que não se ultrapasse a ingestão de 25 g de açúcar por dia. Todavia, estima-se que no Brasil esse consumo seja de mais de 50 g, em média.

Uma das recomendações de Marcondes é seguir uma dieta equilibrada que inclua alimentos ricos em triptofano, mas não necessariamente doces.

Alguns deles são:

  • ovos;
  • • leite;
  • • frango e peru;
  • • oleaginosas (especialmente amendoim);
  • • aveia;
  • • chocolate com alto teor de cacau (acima de 70%), em pequenas quantidades;
  • • frutas (com destaque para a banana).

"Se você introduz esses alimentos na refeição, um arroz integral, por exemplo, e uma fruta como a banana na sobremesa, de certa forma satisfaz esse mecanismo. Não necessariamente você precisa comer um doce, o que pode ser um problema."

R7

Foto: Freepik

O mundo vive uma ameaça constante de um tipo de vírus da gripe que já causou a morte de milhões de aves e pode ser transmitido para seres humanos. O alerta foi feito em um texto assinado pelos cientistas Michelle Wille (Universidade de Sydney, Austrália) e Ian G. Barr (Instituto Peter Doherty para Infecção e Imunidade/Universidade de Melbourne, Austrália), publicado nesta terça-feira (26) na revista científica Science.

O agente infeccioso em questão é o H5N1, uma cepa do HPAIv (vírus da gripe aviária de alta patogenicidade, na sigla em inglês), que tem causado um "surto sem precedentes", de acordo com os autores. O vírus é normalmente carregado por aves selvagens sem que necessariamente represente um grande risco a elas. Todavia, quando há migração ou interação com aves domésticas ou destinadas ao abate, existe risco de adoecimento e morte de grandes populações destas últimas, segundo o CDC (Centros de Controle de Doenças dos Estados Unidos).

Embora o H5N1 já tenha se tornado endêmico em alguns países do mundo (Bangladesh, China, Egito, Índia, Indonésia e Vietnã), foram registrados surtos recentes no Canadá e nos Estados Unidos.

Segundo os autores do artigo na Science, este tipo de vírus da gripe, ainda restrito somente a animais, está rapidamente se tornando uma preocupação global. "A onda em curso de 2021-2022 da gripe aviária H5N1 é sem precedentes em sua rápida disseminação e frequência extremamente alta de surtos em aves e aves selvagens, e é uma ameaça potencial contínua para os seres humanos", destacam.

Os cientistas chamam atenção para 15 milhões de aves abatidas ou mortas devido a infecções pelo HPAIv somente entre 2020 e 2021.

"Talvez o mais preocupante seja a capacidade do vírus de infectar humanos. Embora as infecções de aves para humanos tenham sido raras nas últimas duas décadas, e a transmissão sustentada de humano para humano ainda não tenha sido documentada, os vírus da gripe aviária altamente patogénicos representam um potencial risco pandêmico."

No Reino Unido, um caso de infecção por vírus de gripe aviária H5N1 em humano foi reportado em janeiro deste ano.

"A pessoa adquiriu a infecção por contato muito próximo e regular com um grande número de aves infectadas, que manteve dentro e ao redor de sua casa por um período prolongado de tempo", informou na ocasião a Agência de Segurança da Saúde do Reino Unido, acrescentando que a população jamais deve ficar em contato com aves doentes ou mortas.

Quanto mais um vírus circula, especialmente se estiver em contato com outras espécies, maior é a capacidade dele de sofrer mutações que lhe confiram eficiência na infecção de outros animais ou até de humanos.

Michelle Wille e Ian G. Barr sugerem medidas para minimizar os riscos do vírus da gripe aviária H5N1.

A principal delas é tratar com mais seriedade os surtos do vírus, especialmente em ambientes onde humanos estão envolvidos, além de investimentos em vigilância de aves e aves selvagens.

R7