Os benefícios do consumo moderado de café são amplamente conhecidos. Diversos estudos já o associaram a uma melhora da saúde cardiovascular, menor risco de desenvolver doença de Parkinson, melhores níveis de energia, redução do risco de ter diabetes tipo 2 e depressão, entre outros efeitos positivos. Entretanto, neste Dia Nacional do Café, é importante lembrar que essa não é uma bebida que pode ser ingerida em grandes quantidades, especialmente por algumas pessoas que podem sofrer com os efeitos indesejados de um componente específico do café: a cafeína.
A cafeína está presente em outros alimentos e bebidas, como chocolate, chás e refrigerantes, por exemplo. A FDA (Administração de Alimentos e Medicamentos dos EUA) considera seguro o consumo de até 400 mg por dia dessa substância. Para efeito de comparação, uma xícara de café coado tem cerca de 80 mg de cafeína, enquanto um café expresso de máquina pode variar entre 40 mg e 125 mg.
Cabe ressaltar que não existe uma contraindicação absoluta em relação ao consumo de cafeína, mas é importante consultar o seu médico em caso de algum desconforto físico que possa estar associado ao café
Um documento produzido por pesquisadores dos Estados Unidos lista uma série de efeitos adversos da cafeína, que podem depender da dose e do quão sensível o indivíduo é à substância. Efeitos adversos leves incluem: ansiedade, inquietação, insônia, rubor facial, aumento da micção, espasmos ou tremores musculares, irritabilidade, agitação, frequência cardíaca elevada ou irregular, desconforto gastrointestinal.
Com base nisso, pessoas que sofrem de ansiedade severa, por exemplo, devem evitar o consumo de cafeína. A depender da quantidade, esses indivíduos podem experimentar sensações desagradáveis, como tremores, coração acelerado, mãos frias, suores, tontura, entre outras.
Pessoas com úlcera péptica ou doença do refluxo gastroesofágico também podem sentir desconforto após o consumo de café — mesmo descafeinado. Isso ocorre porque o café estimula a secreção de ácidos do estômago e reduz a pressão da contração esofágica. Muitas pessoas com essas condições, todavia, fazem consumo de café sem perceber piora do quadro.
Quem sofre de hipertensão ou arritmia também deve prestar atenção às doses habituais de café. Por ser estimulante do SNC (sistema nervoso central), a bebida pode elevar os batimentos cardíacos e a pressão arterial, o que é um sinal de risco para crises dessas duas doenças.
Quem tem insônia também deve ter cuidado com o café, especialmente a partir do fim da tarde. Mesmo em pequenas quantidades, a bebida pode fazer com que o sono natural chegue mais tarde. Nesses casos, o café descafeinado é uma opção.
Médicos pedem cautela em relação ao consumo de cafeína durante a gravidez. O Colégio Americano de Obstetras e Ginecologistas considera 200 mg diários seguros na gestação. Doses acima de 400 mg/dia podem estar associadas ao menor peso ao nascer devido à restrição do crescimento intrauterino, aumento do risco de aborto espontâneo, mas não ao nascimento prematuro.
R7