A Secretaria de Estado da Saúde (Sesapi) alerta a população piauiense sobre a importância da dose de reforço da vacina contra a Covid-19. Conforme dados do Boletim Epidemiológico Semanal Covid da 22ª Semana, mais de 50% da população elegível acima de 12 anos não tomou a dose de reforço e estão com o esquema vacinal em atraso. Apenas 49,41% da população piauiense elegível já tomou a dose de reforço contra a Covid-19.
De acordo com o Superintendente de Atenção à Saúde e Municípios da Sesapi, Herlon Guimarães, a eficácia da vacina é maior com o esquema vacinal completo. “As pessoas que não receberam a dose de reforço, além de estarem mais suscetíveis à contaminação pelo vírus, podem ainda evoluir para um quadro mais grave da doença,” esclareceu o superintendente.
O superintendente afirma que novas variantes vão surgindo e conseguindo driblar a imunidade das pessoas e, por isso é importante a dose de reforço. O superintendente confirma ainda que aliado ao surgimento de novas variantes, a imunidade da população tem uma queda natural depois de seis meses da vacina. “Com a dose de reforço, a população consegue se manter imune à Covid por mais tempo”, diz.
As pessoas com mais de 60 anos sem a dose de reforço pertencem ao público mais vulnerável para o agravamento da doença, principalmente os que apresentam comorbidades. Segundo o secretário de saúde, Neris Júnior, precisamos da conscientização das pessoas para entenderem que só se vacinando vamos barrar a circulação do vírus. Com a vacina é que vamos reduzir ainda mais o número de contaminações, internações e mortes em decorrência da Covid-19", conclui.
Experimentos com ratos conduzidos na USP (Universidade de São Paulo) sugerem que os rins respondem de forma diferente de outros órgãos a dietas com restrição calórica e, a longo prazo, podem sofrer danos.
A linha de pesquisa é coordenada pela professora do Instituto de Química (IQ-USP) Alicia Kowaltowski, no âmbito do Centro de Pesquisa em Processos Redox em Biomedicina (Redoxoma), um Centro de Pesquisa, Inovação e Difusão (CEPID) da FAPESP.
Resultados recentes foram publicados no American Journal of Physiology-Renal Physiology.
O grupo de Kowaltowski tem se dedicado a entender como alterações na dieta afetam o metabolismo e modulam o risco de doenças associadas à idade. Um dos principais focos é investigar o efeito da restrição calórica sobre as mitocôndrias – as organelas responsáveis por fornecer energia para o funcionamento das células. Em trabalhos anteriores, feitos com camundongos, constatou-se que uma dieta menos calórica melhora o funcionamento do pâncreas e pode proteger o cérebro da morte de neurônios associada a doenças como Alzheimer, Parkinson, epilepsia e acidente vascular cerebral (AVC), entre outras. Também foram observados benefícios para o fígado, a pele e até mesmo estímulo ao crescimento de pelos.
No estudo mais recente, os pesquisadores compararam as mitocôndrias renais de ratos submetidos por seis meses a uma dieta com redução de 40% de calorias (sem desnutrição) com as de um grupo-controle, em que os animais comiam à vontade e permaneciam sedentários, tornando-se obesos.
“Esses 40% de redução parecem muito para um ser humano normal, mas é uma redução em relação a animais mantidos em laboratório, que se alimentam sem limites e são realmente obesos”, diz Kowaltowski.
O experimento mostrou que mitocôndrias renais dos ratos submetidos a restrição calórica geram mais radicais livres – moléculas instáveis que, em excesso, danificam as estruturas celulares. Isso faz com que as organelas não consigam controlar adequadamente a entrada de cálcio em seu interior, comprometendo a síntese de ATP (trifosfato de adenosina, o “combustível” celular) e levando a célula à morte.
O estudo também demonstrou, pela primeira vez, que a restrição calórica regula a captação de cálcio nas mitocôndrias ao modular a proteína MICU2.
“O interessante é que mostramos o mecanismo pelo qual a produção de mais oxidantes faz com que as mitocôndrias sejam menos capazes de reter cálcio e se tornem mais suscetíveis à lesão oxidativa. Corrigindo esse defeito com um antioxidante, as mitocôndrias dos animais em restrição calórica voltam a ficar iguais às dos animais-controle”, conta o químico Julian David Cualcialpud Serna, primeiro autor do artigo e bolsista de doutorado da FAPESP.
Resultado inesperado
Os rins precisam de muita energia para filtrar o sangue e, devido à grande atividade metabólica, têm muitas mitocôndrias. No entanto, segundo Kowaltowski, há poucas pesquisas sobre os efeitos da restrição calórica nesse órgão.
“Nosso grupo tem olhado para a restrição calórica e o que ela faz para as mitocôndrias em termos de produção de radicais livres e também em termos de suas funções centrais, como a fosforilação oxidativa, que é gerar ATP, e o transporte de cálcio. Alguns anos atrás, vimos que a restrição calórica muda o transporte de cálcio no cérebro e no fígado. Agora resolvemos olhar para o rim e tivemos uma surpresa com os resultados”, comenta a professora.
O que surpreendeu os cientistas foi que, ao contrário do que acontece em outros tecidos, as mitocôndrias renais de animais magros geram mais radicais livres. Nelas, a captação mais rápida de cálcio foi acompanhada pelo aumento da produção de peróxido de hidrogênio, um potente oxidante. Segundo os autores, maior liberação de peróxido de hidrogênio aumenta a propensão à transição de permeabilidade induzida por cálcio, pois o processo está associado à oxidação de tiol proteínas da membrana. O efeito foi revertido com o uso do antioxidante ditiotreitol.
Conhecido principalmente por fazer parte de nossa estrutura óssea, o cálcio desempenha diversas funções e é fundamental para o funcionamento do nosso organismo, sendo encontrado na forma solúvel nos fluidos corporais, dentro e fora das células. Trata-se de um importante sinalizador em processos como contração muscular, diferenciação celular e inflamação, entre outros. Além disso, é um regulador central de funções celulares, controlando o metabolismo em vários aspectos, por exemplo, ao regular a produção de ATP, a quebra de glicogênio e a via glicolítica. As mitocôndrias captam e armazenam cálcio, mantendo sua concentração intracelular em níveis fisiológicos.
“A mitocôndria pode responder ao que está acontecendo no entorno dela de várias maneiras e uma delas é por sinais de cálcio. Captado em pequenas quantidades e por períodos de tempo curtos, o cálcio ativa as mitocôndrias. Mas, em excesso, leva à lesão mitocondrial. E, se a mitocôndria se lesa, ela para de funcionar, para de produzir energia para a célula”, explica Serna.
Nas mitocôndrias, a captação de cálcio para a matriz mitocondrial ocorre pelo canal uniporter mitocondrial (MCU, na sigla em inglês) e é impulsionada pelo potencial de membrana mitocondrial interna, que atrai espécies positivamente carregadas. O MCU é um complexo formado por várias proteínas. Uma delas é a MICU2, que se comporta como um regulador negativo. Ou seja, na ausência dessa proteína, o cálcio entra mais rapidamente nas mitocôndrias.
“O que a gente observou é que nos bichos em restrição calórica essa proteína está diminuída e há maior captação de cálcio. Isso é novidade, nunca se viu uma dieta mudar essa proteína em um contexto fisiológico”, diz o pesquisador.
Assim, as mitocôndrias renais de animais em restrição calórica captam cálcio mais rápido do que as de animais-controle, mas se lesam primeiro, pois a habilidade para estocar esses íons está reduzida. Isso quer dizer que animais em restrição calórica vivem mais, são mais saudáveis em vários sentidos, mas, numa situação de propensão a lesão renal por outros motivos, ter um peso um pouco maior talvez seja mais favorável.
O Dr. Justino Moreira, do Hospital de Tibério Nunes, de Floriano, foi o primeiro a se manifestar numa solenidade que houve naquele órgão em saúde, na tarde dessa sexta.
Veja as imagens onde houve ainda os pronunciamentos do Dr. Neris Júnior e da governadora Regina Sousa, do Piauí. Veja:
O Dr. Neris Júnior, secretário estadual da Sáude, está em Floriano fazendo parte da caravana da Regina Sousa, governadora do Piauí.
O odontólogo, hoje responsável pela Saúde do Estado, concedeu uma entrevista ao Piauí Notícias e, além de ter citado investimentos para Floriano citou outras ações da sua pasta em varias cidade do Estado.
Néris estava na companhia do ex-vereador Lauro César, de Floriano, que também é profissional da área da saúde. A entrevista foi pelo Youtube e Facebook do Piauí Notícias.