Neste mês de novembro, a Polícia Rodoviária Federal realiza mais uma edição da campanha ``Policiais contra o Câncer Infantil''. No Piauí a campanha é realizada em parceria com a Rede Feminina de Combate ao Câncer e segue até o dia 16 de novembro.
A ação é realizada pela PRF desde o ano de 2014 em todo o território nacional. A campanha alusiva ao Dia Nacional de Combate ao Câncer Infantil (23 de novembro), é pensada para auxiliar no processo curativo dessas crianças e adolescentes, também buscando alertar a sociedade para os principais sinais e sintomas do câncer infanto-juvenil.
No Piauí, a PRF está recebendo doações de brinquedos, livros e fraldas até o dia 16 de novembro. Qualquer pessoa ou empresa pode ajudar na campanha. As doações podem ser feitas na sede administrativa em Teresina de segunda a sexta das 8h às 17h ou nos Postos Operacionais espalhados pelo estado.
A entrega das doações será feita no dia 17 de novembro para as crianças assistidas pela instituição Casa de Maria. Com um evento pensado para elas, os pequenos contarão com escolta policial da instituição até o local do evento e durante toda a manhã estão previstas atividades recreativas, exposição de viaturas, motocicletas e dos cães farejadores, além de muita festa e alegria para os pequenos.
A SBI (Sociedade Brasileira de Infectologia) divulgou um comunicado nesta sexta-feira (11) com a recomendação de que a população brasileira volte a usar as máscaras de prevenção contra a Covid-19.
O documento foi produzido por meio de Comitê Científico de Covid-19 e Infecções Respiratórias (CCCIR) da SBI e foi distribuído a partir do aumento do número de infectados no Brasil e a constatação que a nova variante BQ.1 está em circulação no país.
"Alertamos para o aumento significativo do número de casos de Covid-19 no Brasil nas últimas semanas, decorrente da circulação da subvariante Ômicron BQ.1 e outras variantes. Pelo menos em quatro estados da federação já se verifica com preocupação uma tendência de curva em aceleração importante de casos novos de infecção pelo SARS-COV-2 quando comparado com o mês anterior", divulgou a sociedade.
Além do uso de máscaras, outras quatro recomendações foram feitas com o pedido de urgência:
Incrementar as taxas de vacinação Covid-19 principalmente no que tange as diferentes doses de reforço de primeira geração à depender da população elegível, que se encontram todas em níveis ainda insatisfatórios nos públicos alvo;
Garantir aquisição de doses suficientes de vacina para imunizar todas as crianças de 6 meses a 5 anos independente da presença de comorbidades;
Promover rapidamente a aprovação e acesso às vacinas Covid-19 bivalentes de segunda geração, que estão atualmente em análise pela Anvisa.
Relembrando a Nota Técnica desse Comitê em 05/10/2022, é essencial que medicações já aprovadas pela ANVISA para o tratamento e prevenção da Covid-19, estejam disponíveis para uso no setor público e privado, medida que ainda não se concretizou após mais de seis meses da licença para esses fármacos no Brasil.
Uma das melhores coisas do fim de semana certamente é poder dormir até acordar naturalmente. O despertar espontâneo, inclusive, é a forma mais indicada por especialistas para ter disposição ao longo do dia.
"Acompanha nosso ritmo biológico, nossa predisposição natural de escolha dos horários de dormir e acordar. Despertar espontaneamente, como habitualmente fazemos nas férias, mantendo horários regulares para deitar e levantar, produz uma sensação de bem-estar e motivação para iniciar o dia", explica Erika Treptow, médica e pesquisadora do Instituto do Sono de São Paulo.
No entanto, na vida real, o acordar espontâneo é raro, e a maioria das pessoas precisa da ajuda de um despertador para sair da cama.
A utilização do aparelho pode assustar quem está dormindo, mas não prejudica efetivamente a saúde de ninguém.
O problema é a tal função soneca, aquela que o usuário coloca o despertador para tocar novamente depois de dez minutos para dormir mais um pouquinho.
Uma pesquisa feita nos Estados Unidos, com 450 pessoas, apontou que 57% dos entrevistados usavam esse tempo a mais na cama. As mulheres, os jovens e as pessoas com os hábitos mais vespertinos foram os grupos que mais recorriam à função soneca.
Devido aos ciclos do sono, que duram de 70 a 120 minutos, dormir um pouco mais e acordar tão rápido tende a aumentar a sensação de cansaço e confundir o organismo humano.
"Nos ciclos do sono passamos por diferentes estágios, desde o sono leve ao profundo e também pelo sono REM, fase na qual sonhamos. Se neste momento apertamos o botão soneca e voltamos a dormir, a tendência é iniciarmos um novo ciclo", orienta Erika.
Porém ao acordar de 5 a 15 minutos após adormecer, o novo período vai ser interrompido.
"Não teremos tido tempo suficiente para completar o ciclo e, consequentemente, podemos apresentar confusão, sem que nosso corpo entenda se é momento de acordar ou continuar a dormir", complementa a médica.
Uma boa noite de descanso acontece após quatro ou cinco ciclos de sono completos. Por que podemos acordar mais cansados após usar o soneca?
Essa confusão é o que os médicos chamam de inércia do sono, com o comprometimento da transição entre dormir e acordar. A sensação causada pode ser similar aos efeitos de bebidas alcoólicas.
"Ocorre uma lentificação do pensamento e dos movimentos, cansaço, falta de energia, dificuldade de concentração e de 'engrenar' nas atividades diárias. Pode ser comparada com uma sensação de embriaguez ao acordar", alerta Erika.
O tempo desse estado pode variar muito, como acrescenta a pesquisadora. "A inércia do sono costuma durar alguns minutos, mas pode persistir até quatro horas após acordarmos." Como evitar a função soneca?
Existem formas de evitar esse tempo a mais de sono que podem ser naturais. "Pistas ambientais para um despertar mais agradável, como abrir uma fresta da janela e deixar a luz natural entrar, acordar com sons agradáveis", aconselha Erika.
Já existem máquinas que iluminam o ambiente para dar a sensação de amanhecer. "São despertadores que simulam o nascer do sol e proporcionam um acordar mais gradual em comparação aos sons abruptos do despertador."
Alguns aplicativos para celular também podem ser usados. Eles estimam o tempo de cada ciclo do sono, ajustando o alarme para um horário próximo ao que estaríamos acordando naturalmente.
Mas, se você não consegue usar essas técnicas, a dica da pesquisadora é bem prática. "Evite a tentação do botão soneca e deixe o despertador ou o celular longe da cama, para que seja necessário levantar para desligá-lo."
Graças à vacinação em massa desde o início de 2021, a Covid-19 estava praticamente esquecida pela maioria da população nos últimos meses, mas agora começa a dar sinais de um aumento significativo de novos casos.
Historicamente, os primeiros sinais do crescimento das infecções no país começam pela rede privada. Dados da Abramed (Associação Brasileira de Medicina Diagnóstica), cujos associados realizam cerca de 60% de todos os testes da saúde suplementar no país, mostram que a taxa de positividade dos exames saltou de 3,7% no começo de outubro para 23,1% na primeira semana de novembro.
A doença continuará a ser uma preocupação de saúde pública no Brasil nos próximos meses, e as estratégias para enfrentar essa doença, que matou em média 187 pessoas por dia em 2022, precisarão ser revistas, na avaliação de especialistas ouvidos pelo R7.
A principal delas diz respeito à vacinação, já que a obrigatoriedade do uso de máscaras, por exemplo, não existe mais. O médico Renato Kfouri, membro da diretoria da SBIm (Sociedade Brasileira de Imunizações), afirma não ser possível prever quando a vacina contra a Covid-19 estará no Calendário Nacional de Vacinação, mas entende que deve ser necessário "pelo menos um reforço" em 2023 — e não com as vacinas usadas até agora.
"A tendência hoje é que se inclua a variante Ômicron na formulação das vacinas. As bivalentes parecem ser um caminho natural para que a gente faça as doses de reforço já no ano que vem. Mesmo que a vacina [atual] proteja de formas graves [da doença], também é importante que proteja de formas leves, de visitas aos serviços de saúde, faltas ao trabalho. Melhorar a vacina no sentido de voltar a proteger de formas leves é desejado."
Já circula no Brasil a subvariante da Ômicron BQ.1.1, que tem provocado um aumento de infecções no Hemisfério Norte.
No Rio de Janeiro, a Secretaria Municipal de Saúde está pedindo aos moradores que ainda não tomaram o último reforço que procurem os postos de saúde. Existe a suspeita de que o avanço da subvariante da Ômicron, associado à queda da imunidade, esteja relacionado ao aumento de casos.
O vice-presidente da SBI (Sociedade Brasileira de Infectologia), Alexandre Naime Barbosa, que chefia o Departamento de Infectologia da Unesp (Universidade Estadual Paulista) em Botucatu, acrescenta que "as pessoas completamente vacinadas, com três ou quatro doses, não se beneficiam de mais doses" dos imunizantes usados até agora.
Isso porque o coronavírus Sars-CoV-2 utilizado na formulação das vacinas de primeira geração é a cepa descoberta em Wuhan, na China, no fim de 2019. De lá para cá, o vírus sofreu uma série de mutações genéticas significativas, chegando à Ômicron e suas subvariantes.
Pfizer e Moderna desenvolveram nos últimos meses vacinas bivalentes, que mantêm a proteção contra a cepa de Wuhan, mas também induzem imunidade contra a Ômicron. São essas que devem, na avaliação dos especialistas, ser disponibilizadas no SUS.
Barbosa chama atenção para o fato de muitas pessoas dos grupos terem recebido o segundo reforço no começo do ano e, portanto, já tiveram uma perda da imunidade.
É o caso de idosos, indivíduos com doenças crônicas (diabetes, hipertensão e obesidade, principalmente) ou imunossuprimidos (transplantados de órgãos sólidos, pessoas em tratamento quimioterápico e portadores de doenças autoimunes).
Para se ter ideia, 67% dos 55.136 mortos por Covid-19 entre 1º de janeiro e 29 de outubro tinham mais de 70 anos, segundo o boletim epidemiológico mais recente do Ministério da Saúde. Em números, 36.824 pessoas com mais de 70 anos perderam a vida para a Covid.
"Eles têm a duração da imunidade menor, porque não respondem igual [aos imunizantes], não têm a mesma capacidade de fabricação de anticorpos, em ativação de resposta imune celular. A intensidade é menor e a duração é menor", explica o infectologista da SBI.
Em São Paulo, a primeira morte de uma pessoa com Covid-19 causada pela BQ.1.1 foi justamente de uma idosa de 72 anos que vivia acamada.
“Era uma paciente que já tinha comorbidades. Não temos o detalhamento neste momento da condição vacinal, mas a vigilância epidemiológica está analisando as informações”, declarou na terça-feira (8) o secretário de Estado da Saúde de São Paulo, Jean Gorinchteyn.
Tramita desde agosto na Anvisa (Agência Nacional de Vigilância Sanitária) um pedido da Pfizer para registro da vacina bivalente. Não há previsão de quando o processo será concluído.
O imunizante já foi liberado para ser usado como reforço nos Estados Unidos, União Europeia, Japão, Chile, Israel, Costa Rica e Honduras.
Em nota enviada ao R7, a Pfizer diz que espera que a duração da imunidade conferida pelo novo imunizante "seja maior do que as vacinas originais".
Com oferta limitada, já que o imunizante da Moderna não está no radar para uso no Brasil até o momento, espera-se que o da Pfizer seja destinado inicialmente aos grupos mais vulneráveis, com maior risco de complicações causadas pela Covid-19.
"A ideia é que a vacina bivalente, quando aprovada no Brasil, seja aplicada nesses grupos que são mais vulneráveis. E também um segundo grupo seriam as pessoas mais expostas, como profissionais de saúde", complementa Barbosa, ao dizer que isso deveria ser feito "o quanto antes".
Outra grande fornecedora de vacinas anti-Covid para o Ministério da Saúde é a Fiocruz (Fundação Oswaldo Cruz), que firmou um acordo de transferência tecnológica com a farmacêutica AstraZeneca para a produção nacional do imunizante desenvolvido pela Universidade de Oxford. Não há, entretanto, planos para atualização dessa fórmula.
"Essa é uma cobrança que o Ministério da Saúde deve fazer à Fiocruz e à AstraZeneca, de atualizar a vacina. Até onde eu vi posicionamentos da AstraZeneca não havia avanços nesse sentido. Eles continuam achando que proteger contra formas graves da doença é suficiente, o que não é a opinião da maioria dos especialistas. A maioria entende que contemplar a Ômicron na vacinação traria benefícios", avalia Kfouri.
O R7 questionou o Ministério da Saúde sobre os planos de vacinação contra a Covid-19 no país e eventual compra de vacinas atualizadas.
Em nota, a pasta disse que "acompanha com atenção os estudos e inovações tecnológicas nos tratamentos relacionados à Covid-19" e informou que o contrato atual com fornecedores já "contempla a entrega de vacinas com cepas atualizadas, desde que aprovadas pela Anvisa". Novas ondas
A Europa prevê uma nova onda de Covid-19 nas próximas semanas, impulsionada principalmente pelas subvariantes da Ômicron BQ.1 e BQ.1.1, que já foram identificadas em pelo menos cinco países do continente.
Segundo o ECDC (Centro Europeu de Prevenção e Controle das Doenças, na sigla em inglês), a BQ.1 pode se tornar predominante no fim de novembro ou início de dezembro. O órgão sanitário não afirma se ela está associada a casos mais graves de Covid-19, mas diz que “sabe-se que tem alta capacidade de evitar a imunidade obtida por vacinação ou contágio natural, inclusive pela Ômicron”.
Aqui no Brasil, a questão principal é se haverá efeito significativo dessas subvariantes nas taxas de transmissão do vírus e, principalmente, nas hospitalizações.
Já houve ondas de Covid-19 do Hemisfério Norte que se reproduziram no Brasil, mas outras não tiveram impacto aqui.
Para Kfouri, "nem sempre essas mutações se traduzem em novas ondas".
"Isso vai depender muito da quantidade de vacinados naquela população, do quão recente foi a última onda... A gente já passou por várias variantes aqui e tivemos três ou quatro ondas importantes. Tivemos mais variantes do que ondas", finaliza.
Leia o comunicado do Ministério da Saúde na íntegra:
"As vacinas Covid-19 fornecidas pelo Ministério da Saúde são as últimas versões aprovadas pela Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa). A pasta acompanha com atenção os estudos e inovações tecnológica nos tratamentos relacionados à Covid-19. O atual contrato com os fornecedores contempla a entrega de vacinas com cepas atualizadas, desde que aprovadas pela Anvisa."