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A Atenção Primária à Saúde (APS) a crianças, do SUS (Sistema Único de Saúde), ainda precisa de aprimoramento, de acordo com os responsáveis das crianças que receberam algum atendimento este ano.

Os pais ou responsáveis atribuíram notas aos serviços prestados, e as avaliações mostram que a APS ainda está aquém do considerado satisfatório. Os dados estão na Pnad (Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios) Contínua: Atenção Primária à Saúde 2022, divulgada nesta quarta-feira (21) pelo IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística).

O questionário foi aplicado, no segundo trimestre deste ano, aos responsáveis por crianças menores de 13 anos que tiveram ao menos um atendimento na unidade básica de saúde nos 12 meses anteriores à entrevista. Em escala de 0 a 10, a nota atribuída no Brasil foi 5,7. O escore é inferior a 6,6, considerado, na avaliação, o padrão mínimo de qualidade.

A pesquisa é uma versão adaptada e reduzida do chamado Instrumento de Avaliação da Atenção Primária à Saúde (do inglês Primary Care Assessment Tool - PCATool), também validado no Brasil pelo Ministério da Saúde, cuja metodologia vem sendo adotada por diversos países, o que permite a comparação internacional dos serviços.

A Atenção Primária à Saúde é considerada a porta de entrada do SUS no país. Nessa primeira abordagem, as pessoas que buscam os serviços de saúde são cadastradas e acompanhadas. No Brasil, a APS é desenvolvida em todos os municípios, preferencialmente por equipes de saúde da família, formadas por pelo menos um médico, um enfermeiro e um técnico de enfermagem.

“Ter uma boa atenção primária à saúde traz benefícios gerais à sociedade e específicos ao sistema de saúde, seja na sua gestão, no seu custo, ou em outras frentes que envolvem o sistema de saúde", diz a coordenadora de Pesquisas por Amostra de Domicílios do IBGE, Adriana Beringuy.

As notas variam conforme a localidade, mas nenhuma atingiu a estimativa igual ou superior a 6,6. A Região Sul obteve o maior escore geral, 6, e o Norte, o menor, 5,4. As demais regiões apresentaram escores gerais muito próximos: Nordeste e Centro-Oeste (5,7) e Sudeste (5,6). Já as unidades da Federação com valores iguais ou superiores a 6 foram o Paraná (6), Santa Catarina (6,1), Rio Grande do Sul (6,0), Mato Grosso (6,4) e o Distrito Federal (6,1).

Aperfeiçoamento Outra avaliação divulgada foi o chamado Net Promoter Score (NPS), utilizado pelo setor de saúde no Brasil pelos planos privados de assistência à saúde e também mais recentemente, pelas unidades do SUS. O indicador também foi calculado a partir das respostas dadas pelos responsáveis pelas crianças. O NPS, que varia de -100 a +100, mostra quanto uma pessoa recomendaria ou não determinado serviço.

A Atenção Primária do SUS no Brasil obteve NPS 28, o que significa que esse serviço encontra-se em zona de aperfeiçoamento (de 0 a 50). O escore abaixo de 0 significa que o serviço está na zona crítica, acima, entre 51 e 75, a zona de qualidade, e entre 76 e 100, a zona de excelência. O que mais foi levado em conta para a atribuição das notas, de acordo com a pesquisa, foi a forma como os responsáveis pelas crianças foram recebidos nas unidades de saúde e o trabalho da equipe para a solução do problema.

Segundo Adriana, a pesquisa indica importante alcance do serviço da atenção primária à saúde infantil, uma vez que cerca de 83% das crianças na faixa etária considerada tiveram algum atendimento. “Os responsáveis por essas crianças avaliaram favoravelmente a prestação da atenção primária à saúde. O escore de 28 indica, entretanto, que esse serviço carece de aperfeiçoamento para seu melhor desempenho e satisfação dos usuários”, ressalta.

Perfil das crianças A pesquisa mostra que, no Brasil, 28,4 milhões de crianças, o equivalente a cerca de 75%, fizeram uma consulta médica nos últimos 12 meses anteriores à data da entrevista. Essa proporção é menor na Região Norte (66,6%) e na Região Nordeste (71,8%). No Sudeste, chega a 79,3%. Além da consulta, no total, cerca de 31,5 milhões (82,9%) de crianças menores de 13 anos utilizaram algum serviço de APS nos últimos 12 meses anteriores à entrevista.

Os principais motivos para o atendimento médico foram: consulta de rotina, como revisão, check-up, acompanhamento do crescimento e desenvolvimento, que corresponderam a 39,1% dos atendimentos; problemas respiratórios ou de garganta, gripe, sinusite, amigdalite, faringite, asma, bronquite (30,9%); e outros motivos, como febre, diarreia, vômito ou outros problemas gastrointestinais; acidentes, fraturas, lesões, machucados; alergias e outros (30%). Essas crianças foram atendidas principalmente em Unidade Básica ou Unidade de Saúde da Família (46,1%).

De acordo com Adriana, como os dados se referem aos atendimentos feitos entre o segundo trimestre de 2021 e de 2022, a pandemia de covid-19 pode ter impactado o serviço. “A pandemia pode ter dificultado o acesso das crianças ao serviço de atenção primária no período de referência. Mesmo diante desse cenário, os dados indicam que o SUS permaneceu ofertando algum serviço de atenção primária para mais de 80% da população infantil do país”, diz.

Em relação ao perfil das crianças, os resultados mostram que há um equilíbrio entre crianças do sexo masculino (51,1%) e feminino (48,9%). A maioria é de crianças com até 6 anos (61,3%), seguidas pelo grupo de 7 a 12 anos (38,7%). A cor ou raça da criança informada pelo responsável foi predominantemente preta ou parda (59,7%), seguida da branca (39,4%). Entre os cuidadores, a maior parte (42,9%) não completou o ensino fundamental ou o ensino médio (40,1%). Apenas 17,1% têm nível superior completo.

Esta é a primeira vez que Pnad Contínua traz um módulo específico sobre atenção primária à saúde. O serviço passou a constar na Pesquisa Nacional de Saúde (PNS) em 2013 e, em 2019, foi avaliada na mesma pesquisa.

Agência Brasil

Uma nova vacina está sendo desenvolvida pelas farmacêuticas Moderna e Merck Sharp and Dohme (MSD). Ainda em fase de testes, a vacina tem o propósito de diminuir os riscos de morte ou regresso de câncer de pele em pessoas que estão tratando a doença.

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O câncer de pele é o mais popular entre os brasileiros, correspondendo por 33% de todos os diagnósticos dessa doença no país. Ela também representa a primeira causa de morte por doença entre crianças e adolescentes de 1 a 19 anos de acordo com Instituto Nacional do Câncer (Inca).

Os resultados iniciais da vacina já foram divulgados este mês e mostram que pessoas que receberam uma dosagem da vacina junto a Keytruda, tiveram um aumento a capacidade do sistema imune do corpo, os pacientes também tiveram 44% menos chances de morte e de retorno da doença. O novo medicamento utiliza a tecnologia de RNA mensageiro (mRNA) a mesma utilizada na imunização contra a covid-19.

Até o momento os testes vêm sendo realizados em pacientes com estágio 3 e 4 de melanoma, 157 pessoas já receberam uma dose da nova vacina, em 2023 ela chegara a última fase teste, essa fase terá um grupo maior de pacientes e dura em torno de dois a três anos. Após esse período, se for comprovado a eficácia e segurança da vacina, ela começará a ser comercializada.

As indústrias farmacêuticas utilizaram como base um exame de biopsia do paciente, onde são detectados os antígenos daquele tumor e desenvolvem a vacina personalizada, de acordo com Stéphane Bancel diretora-geral da farmácia Moderna, a aprovação da vacina em teste pode ser uma iniciativa para a utilização dessa tecnologia para outros tipos de câncer.

Ela ainda afirma que as farmácias Moderna e Merck Sharp and Dohme (MSD), estão bastante ansiosos para divulgar os dados completos e resultados em uma próxima conferência.

3 min de leitura R7

Foto: Reprodução/gov.br

 

O Centro de Informações Estratégicas de Vigilância em Saúde (CIEVS), da Secretaria de Estado da Saúde do Piauí (Sesapi), foi notificado pelo Instituto de Doenças Tropicais Natan Portela, sobre dois pacientes que estariam com suspeita de febre maculosa (doença do carrapato). Eles são da cidade de Teresina.

De acordo com o relato do hospital para o CIEVS, o paciente do sexo masculino tem histórico de ter sido picado por dois carrapatos em mata ciliar, há mais de um mês, nas duas pernas, com inflamação séria no membro direito e ferimento não cicatrizado no membro inferior esquerdo. O homem relatou ainda ter histórico de contato com capivaras.

“Este paciente estava com quadro sintomático de febre, linfadenopatia e exantema, mas não aceitou ficar internado. O hospital colheu material para realização de hemograma, uréia, creatinina, glicemia, sorologia para febre maculosa. As amostrar serão enviadas para a FioCruz no Rio de Janeiro, para confirmação ou não da doença”, explica a coordenadora do CIEVS, Amélia Costa.

O outro caso que deu entrada no Instituto de Doenças Tropicais Natan Portela,é de uma paciente do sexo feminino,que teve início dos sintomas no dia oito de dezembro com quadro de febre, vômito, náusea,linfadenopatia, cefaleia e exantema. Ela afirmou ter tido contato com carrapato que ficou aderido na pele há 10 dias. A mulher atendimento mas já recebeu alta médica. “O CIEVS já entrou em contato com a vigilância epidemiológica do município de Teresina e as investigações sobre os casos encontram-se em andamento. Esta paciente ficou internada, mas já teve alta médica”, disse a coordenadora.

A febre maculosa é uma doença possivelmente fatal que costuma ser causada pela picada de um carrapato infectado com bactérias da família Rickettsia. Os sintomas incluem febre, dor de cabeça e dores musculares. Pode haver erupções, geralmente com pele escura ou crosta no local da picada de carrapato. A febre maculosa responde bem ao tratamento imediato com antibióticos.

Nos últimos dez anos o Piauí notificou, no Sistema Nacional de Atendimento Médico (Sinan), cinco casos suspeitos de febre maculosa, nas cidades de Floriano (01), Jaicós(01) e Teresina (03). “É muito importante que as vigilâncias epidemiológicas dos municípios notifiquem o CIEVS estadual sobre os pacientes suspeitos da doença, para podermos ter o controle dos casos no Piauí”, lembra Amélia Costa.

Sesapi

No mês de dezembro, as atenções das autoridades em saúde se voltam para a prevenção das Infecções Sexualmente Transmissíveis (ISTs), principalmente do vírus da Aids. Segundo estimativa da ONU, o Brasil tem cerca de 960 mil pessoas vivendo com HIV, sendo que 50 mil novos casos foram registrados apenas no ano passado.

Apesar do registro recente do Ministério da Saúde em relação à diminuição de casos no país entre 2019 e 2021, existe uma preocupação com os jovens de 15 a 24 anos, faixa-etária que apresentou aumento no número de infectados. Quem faz o alerta é o infectologista do Hospital IGESP, Marcos Antônio Cyrillo.

“É preocupante o dado referente aos jovens. Precisamos falar sobre prevenção e melhorar a abordagem sobre orientação sexual, assunto que ainda é polêmico principalmente nas famílias”, afirma. “Hoje temos mecanismos eficazes na política de combate ao HIV, como os testes rápidos, a medicação preventiva e a distribuição de preservativos masculinos e femininos. Tudo é oferecido de forma gratuita na rede pública de saúde, mas é fundamental saber como atingir a população jovem”, acrescenta.

Além do vírus da Aids, a Campanha Dezembro Vermelho alerta ainda para o combate a outras Infecções Sexualmente Transmissíveis, como sífilis, herpes genital, gonorreia, tricomoníase, infecção pelo Papilomavírus Humano (HPV) e hepatites virais B e C. Todas elas preocupam, pois, se não forem diagnosticadas e tratadas, podem levar a complicações, como a infertilidade e até a morte. O infectologista do Hospital IGESP alerta que as ISTs podem se manifestar por meio de sintomas como feridas, corrimentos, verrugas e ardência ao urinar, mas que algumas podem não apresentar sinais. “As pessoas sexualmente ativas devem sempre observar possíveis alterações no corpo, que podem indicar uma IST. Além disso, em caso de relação sexual desprotegida, é importante procurar o serviço de saúde e realizar avaliação com profissional por meio de exames específicos”, conclui Cyrillo.

Todos os anos, cerca de 360 milhões de casos de ISTs são registrados no mundo, e infecções como sífilis e gonorreia ainda estão presentes em grande número, sendo importante combater a transmissão destas especialmente aos recém-nascidos. Sobre o HIV/AIDS, com os novos tratamentos disponíveis as pessoas estão vivendo mais e com maior qualidade de vida.

Importante saber

Há dez anos, estão disponíveis nas redes de saúde medicamentos preventivos, capazes de reduzir o risco de adquirir o vírus HIV por meio de relações sexuais. Entre os mais eficientes, está a Profilaxia Pré-Exposição (PrEP), voltada a pessoas não infectadas, que envolve a utilização de um medicamento antirretroviral.

A PrEP é indicada a públicos específicos, que tenham maior risco de entrar em contato com o HIV, como trabalhadores(as) do sexo, pessoas com mais de um parceiro e sem costume de usar camisinha e ainda para quem apresente episódios frequentes de ISTs.

Não confunda

A PrEP é a Profilaxia Pré-Exposição, mas existe também a PEP (Profilaxia Pós-Exposição), medicação antirretroviral que deve ser utilizada até 72 horas após situação em que exista o risco de contato com o vírus HIV. O tratamento é via oral e deve ser seguido por 28 dias ininterruptos.

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