Estudos estimam que cerca de 30% da população adulta sofra de halitose, uma condição que provoca, além de mau hálito, um desconforto social enorme para o indivíduo e para quem convive com ele.
A halitose pode ser causada por diversas razões, como doenças gengivais ou periodontais, tabagismo e consumo de alimentos. Os compostos sulfúricos voláteis provocam esse mau hálito persistente. Eles são produzidos por bactérias bucais como resultado da mistura delas com restos de alimentos, associadas à má higiene dental e gengival.
Atualmente, as opções para reverter esses quadros incluem o uso de enxaguantes bucais, raspagem de língua e toda uma rotina que envolva uma melhora da higiene oral.
Embora essa seja a regra, cientistas descobriram uma série de bactérias boas que podem se tornar aliadas para combater o mau hálito.
Essas bactérias probióticas estão presentes em alimentos fermentados, como iogurte, pão de fermento e sopa de missô. No entanto, o uso contra a halitose deveria ser em formato de suplemento.
Em um artigo publicado no último dia 20, pesquisadores listam as bactérias Lactobacillus salivarius, Lactobacillus reuteri, Streptococcus salivarius, Weissella cibaria como potenciais ajudantes para refrescar o hálito.
O grupo analisou uma série de estudos sobre o tema publicados até fevereiro de 2021. Eles usaram uma escala que mede o odor do hálito a várias distâncias da boca.
Também foram incluídos dados de pesquisas que mediam a saburra lingual (placa branca) e a própria placa bacteriana na boca, porque a língua suja e o acúmulo de tártaro também são considerados causas do mau hálito.
Os indivíduos do estudo que receberam os probióticos tiveram uma redução das pontuações de mau hálito quando comparados aos que não receberam.
Entretanto, não houve alterações positivas na saburra lingual nem na placa bacteriana.
Segundo o artigo, essas boas bactérias ajudam a inibir a decomposição de aminoácidos e proteínas por bactérias anaeróbicas na boca, o que reduz a produção de subprodutos malcheirosos.
Os autores, todavia, dizem que mais estudos, com grupos maiores, são necessários para comprovar a eficácia dos probióticos na atenuação da halitose.
De acordo com dado da Coordenação de Infecções Sexualmente Transmissíveis da Secretaria de Estado da Saúde, em 2022 o estado do Piauí registrou 533 casos de HIV/Aids em adultos. A nota técnica que contém os dados da coordenação aponta ainda que de 2018 a 2022 a faixa etária dos piauienses que mais apresentou novos casos da doença foi a de 20 a 34 anos, com 49% dos casos registrados.
Ainda Segundo os dados, o sexo masculino foi o público mais atingido pelo HIV/AIDS, com 74% dos casos registrados no estado de 2018 a 2022 sendo em homens. O boletim traz ainda as informações sobre os casos de AIDS em gestantes dentro do estado. De acordo com a nota técnica, de 1980 a 2021 o estado registrou 1076 casos de HIV/AIDS em gestantes sendo 2021 o ano com menor registro, apenas 09 casos foram identificados, em 2022 não houve registros.
De 1980 a 2020 o estado registrou 2146 óbitos por HIV, sendo o ano de 2020 aquele onde o maior número foi constatado. Somente em 2020 foram 140 óbitos registrados dentro do estado.
O Secretário de Estado da Saúde, Neris Júnior destaca que os números demonstram uma realidade dentro do estado que precisa ser modificada, e que para isso o estado vem fazendo ações e buscando a conscientização da população sobre prevenção e testagem.
“Nós tivemos neste mês de dezembro ações realizadas em prol da campanha do Dezembro Vermelho, buscamos incentivar o uso de métodos de prevenção como o preservativo em relações sexuais e também a busca por serviços de saúde para testagem e identificação da infecção por HIV ou outras doenças”, destacou o gestor.
Karinna Amorim, coordenadora de ISTs da Sesapi destaca que após a testagem e a identificação positiva do vírus, é de vital importância que a pessoa busque o serviço de saúde para dar início ao tratamento.
“Não somente começar a tratar como também manter é uma das nossas principais chamadas de atenção para a população. Uma vez que seja iniciado o tratamento, se a pessoa mantiver todos os procedimentos e etapas de maneira correta, ela pode atingir um nível de carga viral quase nula, que não irá interferir em seu dia a dia. Por isso, destacamos que é necessário o uso de preservativo durante a relação, além de testagem para identificação de doenças, que a pessoa faça a manutenção do tratamento, para que ele renda frutos e não evolua para um problema de saúde mais avançado”, destacou a coordenadora.
A nota técnica sobre os casos de HIV/AIDS dentro do estado do Piauí pode ser encontrada na aba de avisos e informes do site da Secretaria de Estado da Saúde.
O Natal e as festas de fim de ano são momentos em que família e os amigos se reúnem em celebração, e uma coisa não pode faltar na mesa: um bom assado. Frango e peru são as opções mais populares, e ambas necessitam de cuidados especiais para prevenir o contágio de outros alimentos com salmonela.
A salmonela é uma enterobactéria que se aloja no intestino de diversos animais, principalmente aves, como o frango. Há duas espécies mais comuns, a Salmonella enterica e a Salmonella typhi.
"A Salmonella enterica, a famosa salmonelose, é transmitida pelo alimento e pode causar desde uma infecção mais leve, uma indigestão, até quadros mais sérios, inclusive graves. É muito raro levar à morte, com um diagnóstico adequado, mas tem potencial", explica o médico João Prats, infectologista da BP — A Beneficência Portuguesa de São Paulo.
As aves compõem o principal grupo de contágio, segundo Prats, muito porque elas acabam tendo contato com as próprias fezes e facilitam a contaminação da carne. Nos humanos, a infecção acontece após a ingestão desses alimentos contaminados. A principal forma de prevenir essa situação envolve o processo de cocção do frango até que ele deixe de ter aparência translúcida, já que o calor elimina a bactéria. É preciso estar atento ainda ao tamanho da ave, pois vai exigir mais tempo de forno até que as partes internas também estejam assadas.
Mas não basta colocar a ave no forno, é preciso manuseá-la com os cuidados devidos antes disso. A lavagem dessas carnes é desnecessária, já que o calor é suficiente para matar agentes nocivos.
"Se você for lavar o frango, lave-o separado e com muito cuidado, não deixe que a água, ou qualquer material que seja, que entrou em contato com frango cru tenha contato com outros alimentos", alerta o infectologista.
Esse contato pode causar a denominada contaminação cruzada, que é a transferência de patógenos de um alimento para outro. O cuidado se torna ainda mais necessário quando se trata de alimentos que não vão passar por um cozimento.
"Se é o calor que mata a bactéria e evita os problemas, temos que ter cuidado para, justamente, não ter contato com o frango cru e essa água. [É preciso evitar que] esses sucos do frango tenham contato com outro alimento que não vai ser cozido", diz Prats.
E acrescenta: "Se você colocar um monte de salada perto do frango e lavá-lo, a água que bate nesse frango, se tiver salmonela ali, vai se espalhar para o alimento, esse alimento que não vai ser cozido".
A forma correta é higienizar a ave de maneira separada, em uma tábua exclusiva e com um recipiente na pia para colocá-la. A lavagem das mãos também deve ser constante durante o processo.
Após a limpeza e preparo do assado, todo o espaço da cozinha deve ser higienizado, inclusive os potes de tempero, apontados por um estudo realizado nos EUA como acumuladores de microrganismos prejudiciais à saúde, até mais do que, por exemplo, tampas de lixeira da cozinha.
Caso ocorra a ingestão de alimentos contaminados com essa bactéria, qualquer sintoma é um alerta para a busca de ajuda. A salmonela pode causar quadros de diarreia e vômito, e os mais graves podem evoluir para febre associada a diarreia com sangue.
Há também a possibilidade de ela desencadear infecções intestinais mais perigosas e diarreias que podem ser invasivas e causar bacteremia — passagem de bactérias do intestino para a corrente sanguínea. Semelhante a um efeito cascata, essa situação pode causar sepse, infecção generalizada e até a morte, embora não seja comum.
"A maioria dos casos é intestinal, mas eles podem ser graves. Óbito é raro, mas gravidade não é", adverte Prats.
Além disso, quando uma pessoa está com salmonela, de acordo com o infectologista, "não consegue ingerir líquidos, não consegue ingerir alimentos". Essa situação pode levar a uma desidratação.
"A desidratação vai dar pressão baixa, moleza e mal-estar. Nos quadros mais graves, geralmente, febre e diarreia com sangue vão ser alguns dos sinais mais alarmantes, e eles podem ser mais graves em pessoas idosas, que estão mais suscetíveis à desidratação, e em imunossuprimidos", complementa o especialista.
Nesses casos, a procura por auxílio médico é fundamental e deve ser feita de forma rápida, para que os sintomas não progridam.
No entanto, o infectologista deixa claro que, "basicamente, é só a gente cozinhar bem [a ave] que vai ser suficiente" para evitar a infecção pela bactéria.
A venda do medicamento Lagevrio (molnupiravir), utilizado no tratamento da Covid-19, para farmácias e hospitais particulares do país foi aprovada por unanimidade pela Anvisa (Agência Nacional de Vigilância Sanitária).
A decisão, tomada nessa quinta-feira (22), autoriza o fornecimento do medicamento para o mercado privado, com a rotulagem em inglês, porém com entrega da bula e folheto informativo aos pacientes abordando as informações referentes à gravidez e lactação, em português.
A bula em português também estará disponível nos sites institucional da MSD Brasil e no global, também será possível escanear o código QR no rótulo do produto que direcionará para o site global da empresa com acesso às bulas. A venda em farmácias deve ser realizada, sob retenção de receita médica e uma via da Receita de Controle Especial deve ficar retida no estabelecimento, com dispensa e orientação pelo farmacêutico ao paciente sobre o uso correto do medicamento.
“A aprovação levou em consideração a venda do medicamento ao mercado privado em outros países com autoridades internacionais de referência, como Estados Unidos, Japão e Reino Unido. A medida também considerou o cenário epidemiológico atual, com a circulação das novas subvariantes da Ômicron e o aumento de casos da doença no país”, justificou a Anvisa em nota.
Segundo a diretora relatora, Meiruze Freitas, a venda no mercado privado irá aumentar a facilidade de acesso ao tratamento da Covid-19, visto que o medicamento deve ser tomado dentro de cinco dias após o início dos sintomas.
"Para ajudar a prevenir a progressão da doença, internações hospitalares e mortes, os medicamentos antivirais para infecções respiratórias agudas devem ser usados o mais cedo possível após o correto diagnóstico da infecção", afirmou a diretora.
Ela reiterou que o tratamento não substitui a vacinação.
"Reafirmo e enfatizo que os benefícios esmagadores da vacinação na proteção contra as formas graves e óbitos ocasionados pela Covid-19, superam em muito o risco das raras reações adversas relacionadas as vacinas aprovadas pela Anvisa", acrescentou Meiruze Freitas.
Essa informação se faz ainda mais necessária após um estudo recente, liderado por pesquisadores da Universidade de Oxford, apontar que o medicamento acelera a recuperação, mas não reduz a hospitalização ou a morte em adultos vacinados.
Os testes iniciais feitos pela fabricante do remédio constataram que ele era cerca de 30% eficaz para hospitalização, mas em pacientes não vacinados.
Isso significa que a proteção oferecida pela vacina é tão forte que não há benefício claro do medicamento em termos de redução adicional de hospitalização e mortalidade de imunizados (com esquema vacinal completo).
No entanto, o medicamento não deixa de ser um aliado, já que foi eficaz na redução da carga viral e pode ajudar a acelerar a recuperação do paciente em cerca de quatro dias, de acordo com estimativas baseadas em dados do estudo.
Com informações do Agência Brasil e Reuters com R7