A pediatra florianense Ana Goretti Kalume foi nomeada diretora do recém-criado Departamento de Imunizações do Ministério da Saúde.
Uma das profissionais mais engajadas na luta pela vacinação no Brasil, a médica Ana Goretti assume o cargo com a missão de tornar as coberturas vacinais brasileiras, mais uma vez, exemplo para o mundo.
A Dra Ana Goretti é tia do médico Marcus Vinícius Kalume, diretor do Hospital Clinicor (Floriano / PI), que aparece ao seu lado na imagem. As informações estão publicadas na coluna Mariano Marques, comunicador de Teresina.
A Anvisa (Agência Nacional de Vigilância Sanitária) aprovou um novo tratamento para pessoas com obesidade ou sobrepeso na última segunda-feira (2). O Wegovy, que usa como princípio ativo a semaglutida, é uma injeção usada em conjunto a uma dieta hipocalórica e à prática de exercício físico intenso para melhorar o controle (perda e manutenção) de peso.
O tratamento é indicado para pessoas com os seguintes IMCs (Índice de Massa Corporal) inicial: – ≥ 30 kg/m2 (obesidade);
– ≥ 27 kg/m2 a < 30 kg/m2 (sobrepeso) com, pelo menos, uma comorbidade relacionada ao peso, por exemplo, disglicemia (pré-diabetes ou diabetes mellitus tipo 2), hipertensão, dislipidemia, apneia obstrutiva do sono ou doença cardiovascular.
O medicamento será comercializado sob prescrição médica, porém, ainda não há um preço definido pela CMED (Câmara de Regulação do Mercado de Medicamentos). Também não há uma previsão exata para a disponibilização da injeção no mercado por questões de logística de distribuição do fabricante e dos revendedores, que influenciam diretamente no prazo de entrega.
"A aprovação de Wegovy (semaglutida 2,4 mg) no Brasil representa importante conquista para as pessoas que convivem com a obesidade e excesso de peso. Trata-se de uma doença crônica, progressiva e multifatorial e que exige uma série de cuidados durante todo o tratamento. Nesse sentido, a Novo Nordisk fica extremamente satisfeita em oferecer para esses pacientes o melhor e mais seguro medicamento já produzido e que é capaz de melhorar a qualidade de vida desses pacientes", diz a diretora médica da Novo Nordisk, Priscilla Mattar, em nota.
O aval concedido pela Anvisa foi baseado nos resultados do programa de ensaios clínicos "Efeito do tratamento com semaglutida em pessoas com obesidade" (STEP, na sigla em inglês), onde foi revelado que pacientes que utilizaram o Wegovy (semaglutida 2,4 mg) atingiram uma perda de peso corporal média de 17%, em 68 semanas, contra 2,4% do grupo controle, que recebeu doses de placebo.
No mesmo estudo, um em cada três pacientes perdeu 20% do peso corporal e 83,5% dos pacientes alcançaram uma redução de 5% ou mais utilizando o Wegovy, comparado a apenas 31,1% dos pacientes do grupo placebo.
Inicialmente, esse tratamento era direcionado apenas a pessoas com diabetes tipo 2, mas era usado off label (sem indicação na receita) também para obesidade e por pessoas que não tinham indicação para uso desse medicamento.
Na época, a caneta aplicadora da injeção do Wegovydoses, que entre 0,25 mg e 0,5 mg, com seis agulhas descartáveis custava cerca de R$ 870.
Nos EUA, o uso desse tratamento já é disseminado e começa com uma injeção de 0,25 mg nas primeiras quatro semanas de aplicação, passa por aumentos de doses mensais de 0,5 mg, 1 mg e 1,7 mg, até chegar à dose de 2,4 mg, ao custo médio mensal de US$ 1.627 (em torno de R$ 8.745 na cotação atual) para quem não tem seguro de saúde.
Um estudo recente, de junho de 2022, analisou em diferentes fases mais de 5.000 pessoas com obesidade ou sobrepeso (a depender da fase, com comorbidade) de todo o mundo. O resultado foi promissor em todas as tentativas e formas de tratamento.
O destaque ficou com a fase 4, onde os participantes iniciaram o tratamento com semaglutida uma vez por semana em doses incrementais (uma dose inicial de 0,25 mg/semana durante as primeiras quatro semanas, seguida por um escalonamento da dose de 12 semanas de 0,5, 1,0 e 1,7 mg/semana cada durante quatro semanas e, por fim, até 2,4 mg/semana até o final da semana 16).
Após a semana 16, os voluntários foram divididos: 2/3 continuaram recebendo 2,4 mg de semaglutida e os demais passaram a tomar placebo por mais 48 semanas.
Ao final, totalizando 68 semanas (um ano e quatro meses) de análise, os participantes que usaram a semaglutida perderam 17,4% de seu peso inicial, com perda de peso maior ou igual a 15% em 64% dos participantes.
No mesmo grupo, também houve uma perda de peso maior ou igual a 20% em quatro a cada dez pessoas. Já aqueles que passaram a receber placebo tiveram apenas 5% de perda.
Desde 2020, a preocupação de todo mundo é o coronavírus, durante esses três anos de pandemia foram criadas e testadas diversas vacinas, no decorrer desses anos pesquisadores da Universidade Estadual do Ceará (Uece) iniciaram a busca por uma vacina “da casa”, criada especificamente em solo cearense. A vacina chamada de 2H120 Defense, contra a Covid-19, já passou pela fase dos testes pré-clínicos, em hamsters e camundongos, e teve resultados promissores, segundo os pesquisadores envolvidos no desenvolvimento. Os testes já feitos foram aprovados pela Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa).
O reitor e professor da Ueceo Hildebrando Soares cedeu ao Diário do Nordeste a respeito do imunizante sendo questionado sobre: o que falta para a vacina cearense contra a Covid ser finalizada? O reitor explica que há duas fases extremamente necessárias para que uma vacina desenvolvida chegue ao mercado: a pré-clínica, que envolve os estudos laboratoriais e testes iniciais; e a clínica, que tem o objetivo de testar o imunizante em seres humanos durante um período definido.
“Fizemos dois testes pré-clínicos robustos, apoiados com recursos da Funcap (Fundação Cearense de Apoio ao Desenvolvimento Científico e Tecnológico, do Governo do Estado), e agora precisamos de parceria para dar um passo à frente”, diz o reitor a respeito do imunizante.
Segundo o site Diário do Nordeste para prosseguir as fases de testes em humanos, um lote experimental da vacina precisa ser produzido e submetido à autorização da Anvisa. é necessário também que a Uece consiga uma empresa parceira para produção industrial das doses, 1.250 pessoas devem receber a vacina durante as três fases de teste exigidas, segundo estimativa dos pesquisadores da Uece. Após conseguir estabelecer essa parceria e obter investimento necessário por parte dessa empresa é que a Universidade pode se preparar para iniciar o teste em massa do imunizante.
Em 2022, a Uece chegou a firmar um termo de cooperação com a Fundação Oswaldo Cruz (Fiocruz), para que esta “ajudasse no desenvolvimento do IFA”, como relembra Hildebrando. Entretanto, a parceria ainda não foi consolidada, e o diálogo deve ser retomado em 2023.
O imunizante produzido pela Universidade Estadual do Ceará segue sem previsão de chegada.
O Ano-Novo é tido por muitas pessoas como o momento ideal para encontrar familiares distantes ou viajar para novos lugares. No entanto, aqueles que passaram por um procedimento cirúrgico recentemente devem evitar essa situação.
Indivíduos que foram submetidos a cirurgias prolongadas — mais de quatro ou cinco horas de procedimento — têm de aguardar para fazer essas viagens mais longas. Entende-se como longa, de avião ou de carro, aquelas que duram mais de cinco horas. "Na duração dessa viagem, você vai ficar sentado. E esse posicionamento vai fazer com que você tenha uma estase venosa, que é o acúmulo do sangue na região das pernas e, querendo ou não, isso pode aumentar o risco de eventos tromboembólicos (tromboses)", explica o cirurgião plástico e professor de medicina da Uniara (Universidade de Araraquara) Guilherme Vantine.
E acrescenta: "A trombose pode evoluir para tromboembolismo pulmonar, que é realmente uma complicação grave que não queremos ter". Além disso, o rompimento de pontos com o excesso de movimentação, idas à piscina ou à praia, por exemplo, também é uma realidade a ser evitada. "Além da tensão de a pele estar mais fragilizada, porque foi cortada e suturada, você tem um risco maior de acontecer uma deiscência, que é uma abertura dos pontos", diz Vantine.
A parte estética também necessita de uma atenção especial. Segundo o cirurgião, todo o procedimento cirúrgico gera algumas equimoses — manchas roxas — na pele, que, se submetidas à exposição solar, podem virar manchas permanentes.
Portanto, é fundamental evitar, no mínimo, durante os primeiros 15 dias de pós-operatório, exposição solar e idas a piscinas ou praias.
"Se for [ter exposição solar], use protetor solar de, pelo menos, um fator superior a 30 fps. Temos o hábito de pensar ’está fechadinho [o local dos pontos], já cicatrizou’. Depois de uma semana realmente está fechado, ótimo, a cicatriz está boa, só que tem que ter cuidado, já que a fase de cicatrização é longa e pode chegar a até 12 meses", relata Vantine.
Fora esse cuidado, determinadas pessoas não podem cogitar viajar durante o pós-cirúrgico. Entre elas estão: pacientes com antecedente de trombofilia, doença hematológica, doenças autoimunes, como lúpus eritematoso sistêmico, e doenças de circulação.
"São algumas doenças para as quais realmente temos que ampliar o nosso cuidado, porque são situações que podem aumentar o risco de complicações", alerta o cirurgião. Recomendações gerais
Os procedimentos cirúrgicos exigem cuidados operatórios continuados, como uso de malha elástica ou botas pneumáticas, que devem ser respeitados.
"A depender da cirurgia, também fazemos a profilaxia com medicamento, justamente para blindar o paciente em relação a complicações pós-operatórias", conta Vantine.