Dados do Boletim Epidemiológico Semanal Covid-19, da 47ª semana (20 a 26 de novembro), apresentam um crescimento, na média móvel dos últimos 14 dias, de 304% nos casos da doença e de 500% no número de óbitos em decorrência das complicações do vírus. Para frear o aumento da doença, o Governo do Estado do Piauí, seguiu a determinação do Comitê de Operações Emergências (COE) e determinou a volta do uso de máscaras em ambientes fechados.

No decreto publicado, está determinado, em todo o Estado do Piauí, o uso obrigatório de máscaras em espaços fechados, públicos ou privados. O documento também mantém a decisão do decreto anterior, sobre a obrigação do uso das máscaras em unidades/consultórios/estabelecimentos assistenciais de atendimento à saúde, públicos ou privados, ambulatorial ou internação (trabalhadores, pacientes/usuários, acompanhantes e visitantes); além de transportes coletivos, públicos ou privados, rodoviário ou ferroviário (trabalhadores e passageiros/usuários), assim como, táxis e transportes por aplicativos.

“O Governo do Piauí sempre esteve atento as recomendações do COE, e com esse crescimento dos números de casos em nosso estado, ficou estabelecido a retomada da obrigatoriedade das máscaras em locais fechados públicos e privados. Pedimos à nossa população, que sempre nos ajudou no combate à pandemia, que siga essas determinações, para que possamos frear o avanço da Covid-19”, destaca o secretário de Estado da Saúde, Néris Júnior.

O decreto ainda estabelece o facultativo o uso de máscaras em espaços abertos e semiabertos, com exceção de idosos e imunossuprimidos, para os quais o uso de máscaras permanece obrigatório em qualquer espaço.

“É muito importante, que a população siga também as outras medidas preventivas para barrar esse avanço da doença. Como a lavagem de mão e evitar as aglomerações, sabemos que estamos em um momento de copa do mundo, e próximo às festas de final de ano, mas é preciso está protegido também colocando o seu esquema vacinal em dia, que é fundamental para a redução das gravidades da doença e claro reduza as hospitalizações e os óbitos pela doença. Por isso procure um posto de vacinação e se proteja”, lembra o superintendente de Atenção à Saúde e Municípios da Sesapi, Herlon Guimarães.

Boletim Epidemiológico Semanal Covid-19, da 47ª semana

Segundo o Boletim Epidemiológico Semanal Covid-19, da 47ª semana, os casos de Covid-19 subiram e 159 na 46ª para 412, com variação nos últimos 14 dias de 304%. Já os óbitos passaram de 03 para 06, passando por uma variação nas duas últimas semanas de 500% de alta.

Outro indicador que também está em alta é a taxa de positividade dos testes de RT-PCR, que saiu de 0,94 na 46ª semana, para 1,38 na 47ª semana. As internações em decorrência da Covid-19 também estão em alta, a ocupação de leitos clínicos saltou de 40 para 49 na última semana, as UTI’s estão com 17 pacientes, na 46ª semana 16 pacientes ocupavam uma unidade, somente os leitos de estabilização apresentaram queda, saindo de 02 pacientes internados para 01.

Sesapi

Pouco mais de cinco meses após a varíola do macaco (mpox) chegar ao Brasil, o país passou terça-feira (29) a marca de 10 mil casos da doença.

O balanço do Ministério da Saúde, divulgado na noite de ontem, mostra 10.007 infecções, em todas as unidades da federação. O Brasil contabiliza 13 mortes pela doença.

Apenas os Estados Unidos, que hoje têm mais de 29 mil diagnósticos confirmados, havia passado de 10 mil casos, segundo dados do CDC (Centros de Controle e Prevenção de Doenças).

Desde o início do surto global, em maio, 80 mil pessoas tiveram a doença em países onde ela não é endêmica.

Países em que a doença avançou rapidamente, como Espanha, Alemanha e Inglaterra, conseguiram conter o avanço do vírus por meio da vacinação, algo que ainda não ocorre no Brasil.

A OMS (Organização Mundial da Saúde) ressaltou na semana passada que as Américas são a região do mundo mais afetada pela varíola do macaco.

Dos dez países com maior número de casos no mundo, seis estão no continente: EUA, Canadá, México, Colômbia, Peru e Brasil. Juntos, eles representam 63,7% do total de infecções por mpox em locais não endêmicos.

O Ministério da Saúde brasileiro conseguiu, por meio da Opas (Organização Pan-Americana da Saúde), cerca de 20 mil doses do imunizante do laboratório dinamarquês Bavarian Nordic, um dos poucos disponíveis.

Em outubro, 9.800 doses chegaram ao país, mas a pasta informou que seriam destinadas "para a realização de estudos".

"O objetivo é avaliar a efetividade da vacina Jynneos/MVA-BN®️ contra a varíola dos macacos na população brasileira, ou seja, se a vacina reduz a incidência da doença e a progressão à doença grave. A população-alvo do estudo será formada por pessoas mais afetadas e com maior risco para a doença", disse o ministério da comunicado à época.

Na segunda-feira (28), a OMS anunciou que a doença passa a ser chamada de "mpox", uma abreviação do nome em inglês, monkeypox. O objetivo é evitar a estigmatização que existe.

R7

A equipe de transição da área da saúde recebeu no último fim de semana informações que indicam uma quantidade de 13 milhões de doses de vacina contra covid-19 que devem ser descartadas pelo governo federal em razão do vencimento do prazo de validade, maior parte desses imunizantes vencem no início de 2023.

vacinadescartada

O jornal valor econômico publicou na última sexta-feira que havia uma estimativa de que o prejuízo com prováveis perdas de vacinas poderia totalizar R$2 bilhões, o que preocupou muito a equipe com esse prejuízo.

O governo eleito receia que essa falta de planejamento do Ministério da Saúde com o vencimento das vacinas, prejudique também os planos de iniciar uma grande campanha de vacinação logo no inicio do governo Lula, em janeiro 2023. Integrantes da equipe técnica da saúde se reuniram com o presidente do Tribunal de contas da União(TCU), Bruno Dantas, e o corpo técnico do TCU está tendo dificuldade para acessar os dados do ministério da saúde, que tem alegado sigilo total dessas informações. O Ministério da saúde ainda não quis se manifestar sobre o assunto, e o jornal valor econômico procurou eles para obter mais informações sobre o caso mas não tiveram respostas.

De acordo com a publicação do valor econômico, essa estimativa foi feita com base no cruzamento de dados parciais obtidos junto à Pasta, e os membros do grupo técnico se reuniram na tarde da última sexta-feira(25), em uma entrevista coletiva com representantes do ministério da saúde, os ex ministros Humberto Costa, José Gomes Temporão e Arthur Chioro na tentativa de obter novos dados sobre o caso e assim poder divulgar, mas eles não informaram o valor estimativo do possível prejuízo e a quantidade total de vacina que irá vencer.

Em vários postos de vacinação de diversas cidades já tiveram que realizar descartes de vacinas diariamente por conta da validade, no Rio para evitar desperdícios a prefeitura pede que moradores com a vacinação em atraso procurem um posto de saúde. Em março, a Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) autorizou a ampliação do prazo de validade da vacina da AstraZeneca contra a Covid produzida pela Fundação Oswaldo Cruz (Fiocruz). A validade passou de seis para nove meses.

3 min de leitura R7

Foto: Reprodução/Blog do Mário Adolfo

Ao dormir menos horas que o necessário ou recorrer a remédios para forçar o sono, milhões de brasileiros põem a própria saúde em risco.

sono

O aumento de 676% das vendas de zolpidem nos últimos dez anos, mostrado pelo R7 nesta segunda-feira (28), é um fator de alerta, considera a neurologista Giuliana Macedo Mendes, presidente da Regional Centro-Oeste da ABS (Associação Brasileira do Sono). "O zolpidem é rápido para induzir o sono, ele é um sedativo, é um sono químico, não é um sono natural da pessoa", adverte a médica.

O crescimento do consumo de medicamentos para dormir é apenas um ingrediente em uma sociedade que não se importa como deveria com o sono.

"As pessoas não valorizam o sono, acham que dormir é perda de tempo, têm maus hábitos, invadem o horário do sono...", afirma a especialista.

A ABS estima que cerca de 73 milhões de brasileiros sofram com insônia, mas não se trata de um único problema com uma única solução.

"Cada um tem uma insônia particular. [...] A grande maioria dos pacientes tem maus hábitos que fazem perpetuar a insônia ao longo da vida", pontua Giuliana.

O zolpidem ou qualquer outro medicamento estão longe de ser o tratamento de primeira linha para a insônia, mas são poucas as pessoas que entendem isso.

"O caminho mais fácil é tomar o remédio, o mais difícil é mudar os hábitos. [...] O ser humano quer o caminho mais fácil. O principal tratamento, padrão-ouro, que mais tem evidência científica, é terapia comportamental para insônia, não é medicamento. Se você não fizer o tratamento comportamental, que envolve mudança de hábitos de vida e várias questões, inclusive com tratamento psicológico associado ao sono, não sairá da insônia crônica", explica a neurologista.

R7

Foto: Freepik