Aumento da COVID-19 faz a direção do HRTN tomar medidas enérgicas. E a Saúde local o que fez? O repórter Ivan Nunes, do Piauí Notícias, foi procurar a resposta com a secretária Carolina Reis, da Saúde de Floriano-PI.
Somente no Hospital de Floriano, nos últimos 15 dias, foram mais de 70 casos confirmados do novo coronavírus e, a maioria são pessoas que moram no município. Algumas empresas já tomaram medidas e enérgicas e os clientes somente têm a cesso se tiver usando as máscaras.
A equipe de Estratégia de Saúde da Família da Unidade Básica de Saúde Floriano, em parceria com o Núcleo Multiprofissional de Saúde, realizou, na semana passada, atendimento especial na Casa de Acolhimento à Pessoa Idosa "Manoel da Guia", no bairro Manguinha.
Dezenas de idosos foram atendidos e realizaram aferição de pressão arterial, teste de glicemia capilar, além de atendimento psicológico.
A Secretaria de Estado da Saúde (Sesapi), divulga o Boletim Epidemiológico Covid-19 da 49ª Semana, referente ao período de 04 a 10 de dezembro, trazendo uma redução do número de casos. A variação saiu de 524% para 391% dos casos de Covid. Em relação a óbitos, também teve uma redução de 100% para 14%, sendo considerado em estabilidade.
O Boletim Epidemiológico também constatou que houve uma redução no Índice de Transmissibilidade da doença, em comparação aos últimos sete dias de 1,85 para 1,54. A taxa de positividade dos testes RT-PCR caiu de 44,9% para 39%.
Os números de internados em leitos clínicos por Covid-19 passaram de 76 para 84, nos últimos sete dias. E as UTI’s apresentaram um aumento de 13 leitos ocupados para 24. A ocupação dos leitos de estabilização também teve um leve aumento, passando de 2 para 5 internados.
Segundo o Superintendente de Atenção à Saúde e Municípios, Herlon Guimarães, a redução no número de casos e a queda no índice de transmissibilidade são muito animadores. “Significa que os nossos esforços em cumprir as medidas sanitárias estão dando resultado. E é importante concluir o esquema vacinal para que todos possamos ficar mais tranquilos em relação à doença”, afirma.
O secretário de estado da saúde, Neris Júnior afirma que as vacinas são essenciais para que todos fiquem protegidos. “Devemos continuar usando as máscaras para que a gente siga protegido e, muito em breve, vamos estar de volta à rotina sem hospitalização ou morte”, diz Neris.
Não é de hoje que as vacinas enfrentam resistência, envolta em uma série de alegações inverídicas. Mas uma pesquisa conduzida pela Fiocruz (Fundação Oswaldo Cruz) mostra que uma parcela significativa dos brasileiros não confia plenamente nos imunizantes.
Os resultados do estudo "Confiança na ciência no Brasil em tempos de pandemia" chamam atenção para o fato de que 40% dos entrevistados dizem concordar com a afirmação de que "as empresas farmacêuticas escondem os perigos das vacinas". Este é um percentual maior dos que discordam (34,1%). Outros 22,4% não concordam e nem discordam, enquanto 3,4% não souberam ou não responderam.
Quando questionados se as vacinas são necessárias, 69,6% disseram que sim, mas 19,7% discordaram. Para 10,2%, não havia concordância e nem discordância a respeito do tema; e 0,5% não souberam ou não responderam.
Quase metade dos entrevistados (46,4%) acham que as vacinas produzem efeitos colaterais que são um risco; 30,5% discordam; e 21,5% não concordam e nem discordam; 1,5% não souberam ou não responderam.
Há, por outro lado, números mais animadores na pesquisa: 86,7% entendem que as vacinas são importantes para proteger a saúde pública; e 75,7% consideram os imunizantes seguros.
Especificamente em relação às vacinas contra a Covid-19, 73% avaliam que elas ajudam a acabar com a pandemia, e 72% dizem que ela protege de formas severas da doença, internações e mortes.
Para 69%, os imunizantes desenvolvidos contra a Covid-19 são seguros, e 71% os consideram eficazes.
Perguntados se o governo federal forneceu informações falsas sobre a vacina da Covid-19, 47% dizem que sim, ao passo que 30% discordam e 19% não concordam e nem discordam.
A Fiocruz chama atenção ainda para outro dado: 13% dos entrevistados disseram que não pretendem tomar doses de reforço da vacina anti-Covid, e quase 8% dos que têm filhos menores sob sua responsabilidade declararam não ter a intenção de vaciná-los.
"A pesquisa revelou que a hesitação vacinal está em parte associada à escolaridade, à familiaridade com conceitos científicos e ao conhecimento de instituições científicas, sendo fortemente influenciada pelo grau de engajamento dos entrevistados na sociedade civil e na política, pelos posicionamentos econômicos e pelos valores", diz a Fiocruz em comunicado.
Cabe ressaltar que todos os imunizantes em uso no Brasil passam pelo crivo da Anvisa (Agência Nacional de Vigilância Sanitária) antes e depois da aprovação. Todos os eventuais efeitos adversos são obrigatoriamente reportados ao órgão regulador.
Não há notícias de eventos graves em massa com nenhuma vacina em uso no país. Em todas elas, os benefícios (proteção contra doenças) superam os riscos.