Nesta terça-feira (13), a Prefeitura de Floriano estará iniciando a vacinação em crianças de 3 e 4 anos com e sem comorbidades. O processo de vacinação será realizado na UBS Floriano (antiga FUNASA) das 8h às 13h.
Serão disponibilizadas 190 doses. Não esqueça de levar a caderneta de vacinação do seu filho, cartão do SUS ou CPF.
A ação começa nas primeiras horas da manhã e deve se encerrar por volta do meio-dia. O Dr. Marcus Vinícius, diretor clínico do Hospital, é quem passa a mensagem.
Ninguém quer passar os dias de sol e calor doente, por isso, nesse período do ano, o ideal é aumentar a prevenção e os cuidados com a saúde para poder aproveitar o que há de melhor da estação. Essa é a época em que surgem mais casos de hepatite e de dengue. Por isso, conhecer um pouco mais sobre as doenças, as formas de contágio e os tratamentos indicados são de grande valia para todos.
A hepatologista, Fernanda Canedo, do Pilar Hospital, que integra a Hospital Care, explica que as hepatites virais são inflamações causadas por vírus que são classificados por letras do alfabeto em A, B, C, D (Delta) e E. No Brasil, mais de 70% (23.070) dos óbitos por hepatites virais são decorrentes da Hepatite C, seguido da Hepatite B (21,8%) e A (1,7%).
Cotidianamente ouvimos falar mais da hepatite B e C, mas a doença também pode acometer devido ao intenso uso de medicamentos, e a versão autoimune, que é a desenvolvida pelo próprio corpo. “A hepatite traz alguns transtornos para a vida dos pacientes, e não é só pelo fato de não mais poder doar sangue, por exemplo, mas também porque quando não tratada pode evoluir para uma cirrose e também para o câncer de fígado, o hepatocarcinoma”, relata a especialista.
Nos casos de hepatite viral aguda (como a A, B e C), a maioria dos pacientes apresenta poucos sintomas e a doença pode passar despercebida, mas é importante ficar atento a alguns sinais, como a mialgia, que são dores musculares, náuseas, vômitos, dores de cabeça (cefaleia), febre, icterícia (quando a pele ganha uma cor mais amarelada), e a coluria, que é a urina mais escura. Com esses sinais o corpo está pedindo socorro e, por isso, é preciso rapidamente procurar um Pronto Atendimento.
A hepatologista conta que as formas de contágio são inúmeras, indo desde consumir alimentos mal lavados e más condições de higiene, como banhar-se em água e mar contaminados, como também pelo compartilhamento de seringas e agulhas, relações sexuais desprotegidas e, até mesmo, a transmissão vertical, que é aquela passada da mãe para o feto.
Dengue -- conhecer para não se enganar
No verão é bem possível confundir os sintomas da gripe com os da dengue. Assim, a hepatologista dá algumas orientações para auxiliar a diferenciar as doenças. “Ao apresentar um quadro de febre de 39º a 40ºC, com duração máxima de 7 dias, e pelo menos mais alguns sintomas juntos, como cefaleia, dor ao redor dos olhos, erupções cutâneas, abatimento físico, dores intensas pelo corpo e nas articulações, o paciente deve procurar um médico para uma avaliação mais completa, principalmente, se esteve em viagem nos últimos 14 dias para um local onde esteja ocorrendo transmissão de dengue ou tenha a presença do mosquito Aedes aegypti”, diz.
Dra. Fernanda comenta que o tratamento para a dengue clássica é feito de acordo com os sintomas do paciente, que vai desde o uso de analgésicos e antipiréticos, associado à hidratação vigorosa, que nos casos mais leves é realizada de forma via oral através da ingestão de água, sucos e chás. “Nestes casos, o paciente poderá ficar em casa durante o tratamento, devendo retornar para reavaliações após 48 a 72 horas do início dos sintomas ou procurar um médico antes dos sinais de alarme. O tratamento dura em média de 7 a 10 dias e, além disso, é contraindicado o uso de medicações com derivados do ácido acetilsalicílico e anti-inflamatórios não hormonais, pois eles aumentam o risco de hemorragias”, afirma.
Um grupo de pesquisadores da Austrália apresentou uma solução para quem quer se manter saudável sem gastar muito tempo. Em um estudo publicado nesta quinta-feira (8) na revista Nature Medicine, eles mostraram que exercícios físicos intensos e com duração de um a dois minutos podem ser capazes de prolongar a vida.
Como exemplo, os autores do estudo citam até mesmo correr atrás do ônibus, brincar com crianças no quintal, tarefas domésticas e caminhadas rápidas. A ideia é que a chamada "atividade física vigorosa intermitente no estilo de vida" (Vilpa, na sigla em inglês) seja repetida três ou quatro vezes durante o dia.
Eles estimam que essa prática seja capaz de reduzir em 40% a mortalidade por todas as causas, incluindo as associadas ao câncer. Em relação especificamente às doenças cardiovasculares, a queda é de 49%.
O principal autor do trabalho, o professor Emmanuel Stamatakis, do Centro Charles Perkins da Universidade de Sydney, entende que os "benefícios semelhantes ao do treinamento intervalado de alta intensidade podem ser alcançados por meio do aumento da intensidade de atividades incidentais feitas como parte da vida diária".
O estudo
Para chegar às conclusões, os pesquisadores coletaram dados de rastreadores de pulso de 25 mil indivíduos que estavam no UK Biobank, um banco de dados biomédicos do Reino Unido. Todos se classificavam como "não praticantes de exercício físico".
Entendeu-se, então, que qualquer atividade registrada por essas pessoas seria incidental, como correr para não perder o ônibus ou subir uma escada em ritmo acelerado porque está atrasado.
Os participantes foram acompanhados ao longo de sete anos. Constatou-se que 89% deles fizeram alguma Vilpa.
Desse total, 93% praticaram essas atividades por até um minuto, sendo que, diariamente, fizeram oito sessões.
Aqueles que fizeram o máximo de 11 sessões por dia chegaram a uma redução de 65% do risco de morte cardiovascular e de 49% de óbito associado ao câncer, em comparação com os que não praticavam.
"Aumentar a intensidade das atividades diárias não requer comprometimento de tempo, preparação, filiação a clubes nem habilidades especiais. Trata-se simplesmente de aumentar o ritmo ao caminhar ou fazer as tarefas domésticas com um pouco mais de energia”, comentou Stamatakis em comunicado.
Embora os estudos sejam observacionais e não permitam estabelecer a relação causa e efeito, os pesquisadores adotaram medidas estatísticas rigorosas para minimizar a possibilidade de que os resultados variassem em função do estado de saúde dos participantes.