A responsabilidade pelo controle de natalidade muitas vezes está associada à mulher, já que a maioria dos métodos contraceptivos depende do que elas decidem. Por exemplo: tomar pílulas anticoncepcionais, a utilização de DIU (dispositivo intrauterino) ou as injeções contraceptivas.

Uma das possíveis causas para essa situação é que ainda não foi encontrado um método masculino que seja tão eficaz e reversível quantos os produtos femininos. Mas a expectativa é que em 2023 essa história comece a mudar.

"Para ser um bom anticoncepcional é importante que ele seja eficaz, ou seja, não pode gerar gravidez, e deve ter um certo grau de reversibilidade, ou seja, quando o paciente para o método, ele volta ao potencial fértil que tinha anteriormente", explica ao R7 o urologista e especialista em reprodução humana, da Unifesp (Universidade Federal de São Paulo), Matheus Gröner. "Para ser um bom anticoncepcional é importante que ele seja eficaz, ou seja, não pode gerar gravidez, e deve ter um certo grau de reversibilidade, ou seja, quando o paciente para o método, ele volta ao potencial fértil que tinha anteriormente", explica ao R7 o urologista e especialista em reprodução humana, da Unifesp (Universidade Federal de São Paulo), Matheus Gröner.

No mês passado, o Instituto Indiano de Tecnologia divulgou que os estudos para uma injeção contraceptiva masculina estão avançados e, em até 12 meses, o RISUG (inibição reversível do esperma sob controle, na sigla em inglês) deve estar disponível para os consumidores.

A liberação, todavia, vai depender de órgãos reguladores de cada país, como a Anvisa (Agência Nacional de Vigilância Sanitária), no Brasil. Atualmente, os únicos métodos contraceptivos masculinos eficazes e aprovados são a camisinha e a vasectomia. Entretanto, os dois apresentam restrições: os preservativos têm alto grau de insucesso, e a reversão da cirurgia não é garantida – as taxas de sucesso variam de 30% a 80%.

Segundo o especialista, o método que está em estudo na Índia é semelhante à operação de vasectomia, porém a reversão tende a ser mais simples.

"Na vasectomia, fazemos uma ligadura cirúrgica no deferente, canal que leva os espermatozoides do testículo para ejaculação. No caso do RISUG, é feita uma injeção que coloca uma substância espessa dentro desse mesmo canal para evitar que os espermatozoides saiam na ejaculação."

Se o homem quiser reverter, "há como se fosse um antídoto que pode ser aplicado no deferente, no mesmo lugar que fez aplicação anterior, que limparia esse canal e o homem voltaria a ter espermatozoide na ejaculada", detalha o médico.

A injeção é aplicada na região lateral da bolsa testicular. "Normalmente é uma picadinha de injeção bem levinha, como se fosse de formiga. Não é uma coisa extremamente dolorosa, já que não é uma região sensível como o testículo", destaca Gröner. O efeito da aplicação dura cerca de dez anos.

Na fase pré-clínica, pesquisadores testaram em vários modelos animais e obtiveram resultados positivos sobre a reversibilidade do RISUG.

R7

Lauren Nichols, de 34 anos, trabalha como especialista em logística do Departamento de Transportes dos Estados Unidos. Desde que contraiu o Covid-19 na primavera de 2020, a residente de Boston sofreu efeitos colaterais, como diminuição da capacidade de pensar e se concentrar, fadiga, cãibras, dores de cabeça e dores no corpo.

remedio

Em junho, o médico de Nichols recomendou que ela tomasse uma dose baixa de naltrexona. A naltrexona é um medicamento genérico usado para tratar a dependência de álcool e opióides. A especialista em logística, que vive "no nevoeiro" (déficit de raciocínio e memória) há mais de dois anos, disse que "finalmente conseguiu pensar com clareza" depois de tomar a medicação.

Mesmo meses depois de serem infectados com o novo coronavírus, milhões de pacientes sofrem com efeitos colaterais, como dor física, fadiga e lentidão da cabeça. Pesquisadores que procuram uma cura para a doença, também conhecida como Covid longa (sintomas que permanecem após quatro semanas da infecção), estão buscando ver se a naltrexona também funciona para muitos outros pacientes.

O medicamento mostrou algum sucesso no tratamento da Encefalomielite Miálgica/Síndrome da Fadiga Crônica (ME/CFS, nas siglas em inglês), uma síndrome pós-infecção complexa semelhante à Covid longa. Os principais sintomas de ME/CFS incluem pensamento prejudicado e fadiga severa. Pelo menos quatro ensaios clínicos estão atualmente planejados, com base no uso do medicamento para tratamento de ME/CFS e no sucesso de vários ensaios-piloto no tratamento de Covid-19. Eles administrarão naltrexona em centenas de pacientes que sofrem de Covid, de acordo com informações do Banco de Dados Nacional dos EUA e 12 pesquisadores de ME/CFS.

A naltrexona também está sendo considerada para testes na iniciativa Recover, de US$ 1 bilhão, lançada pelos Institutos Nacionais de Saúde para estudar as causas e curas da Covid-19, disseram consultores.

A naltrexona de baixa dose (LDN, na sigla em inglês) pode ter como alvo a patologia subjacente que causa os sintomas, ao contrário dos tratamentos voltados aos sintomas causados ​​por danos desencadeados pela Covid-19 em órgãos internos, como os pulmões, dizem eles.

A naltrexona é um anti-inflamatório e tem sido usada em baixas doses por muitos anos para tratar fibromialgia, doença de Crohn e esclerose múltipla, disse o diretor do Instituto de Neuroinflamação, Dor e Fadiga da Universidade do Alabama em Birmingham.

Com 50 miligramas, dez vezes a dose baixa prescrita, a naltrexona é usada para tratar a dependência de opióides e álcool. Várias empresas de medicamentos genéricos vendem comprimidos de 50 miligramas, mas doses mais baixas estão disponíveis apenas em farmácias.

Younger, que escreveu uma revisão que reposicionou o medicamento como agente anti-inflamatório, solicitou uma bolsa de pesquisa em setembro para examinar os efeitos do LDN no tratamento de longo prazo da Covid. "É uma prioridade para os ensaios clínicos", disse ele.

Ainda assim, é difícil dizer que o medicamento ajudará a todos com Covid longa, que inclui quase 200 sintomas que variam de dores no corpo a palpitações cardíacas, insônia e comprometimento cognitivo. Em um estudo de 218 pacientes com ME/CFS, 74% dos indivíduos apresentaram melhora na insônia, dor e neuropatia.

"Não é uma panacéia. Essas pessoas não se curaram, melhoraram", disse Jaime Seltzer, pesquisador da Universidade de Stanford e líder de divulgação científica do MEAction, um grupo de defesa de pacientes com ME/CFS. Recomeço da vida

O Dr. Jack Lambert, especialista em doenças infecciosas da Faculdade de Medicina da University College Dublin, prescreveu LDN para tratar a dor e a fadiga associadas à doença de Lyme crônica.

Durante a pandemia, ele recomendou prescrições de LDN a colegas que trabalham com pacientes que apresentavam sintomas persistentes após contrair o Covid-19.

Funcionou tão bem que Lambert conduziu um estudo piloto com 38 pacientes com Covid. Um relatório publicado em julho descobriu que, após dois meses, os pacientes melhoraram a força, a dor, a dificuldade de concentração, a insônia e os sintomas gerais da infecção pelo coronavírus.

Lambert está, agora, planejando experimentos maiores para confirmar a precisão desses resultados. Em relação ao efeito do LDN, ele acredita que ele repara os danos causados ​​pela infecção ao invés de suprimir os sintomas superficialmente. De acordo com uma pesquisa conduzida por Sonja Marshall Gladysnik, do Instituto Nacional Australiano de Neuroimunologia e Doenças Infecciosas Emergentes, os sintomas de ME/CFS e Covid longa são causados ​​por células natural killer, que são responsáveis ​​pela resposta protetora do sistema imunológico ao vírus e outros vírus.

Alguns pesquisadores também acreditam que a infecção faz com que as citocinas sejam produzidas por células imunes chamadas microglia no sistema nervoso central. Esta citocina é uma molécula inflamatória que contribui para a fadiga e outros sintomas observados em ME/CFS e Covid longa. Younger acredita que a naltrexona acalma essas células imunes hipersensíveis.

Zack Porterfield, virologista da Universidade de Kentucky, disse que co-presidiu a força-tarefa Recover e recomendou a inclusão de LDN nos testes da iniciativa.

Outros tratamentos em consideração incluem medicamentos antivirais, como o pakirovid, da Pfizer, anticoagulantes, esteróides e suplementos nutricionais, disseram pessoas familiarizadas com o assunto. Funcionários do Recover disseram que receberam dezenas de propostas e não podiam dizer quais medicamentos seriam testados até que os testes fossem finalizados.

Hector Bonilla, codiretor da Stanford Covid-19 Post-Acute Clinic e conselheiro do Recover, disse que prescreveu LDN para cerca de 500 pacientes com ME/CFS e que cerca de metade deles se beneficiou.

Dos 18 pacientes com Covid longa que ele examinou, 11 mostraram melhora. Bonilla disse acreditar que testes maiores e mais formais nos permitirão concluir se o LDN realmente funciona.

Embora a LDN não tenha curado todos os sintomas relacionados ao coronavírus, Nichols agora pode trabalhar um dia inteiro sem pausas frequentes e aproveitar sua vida pessoal.

"Graças ao LDN, sinto que recomecei minha vida", disse ela, com um sorriso.

Reuters

Foto: reprodução/Reuters

Um estudo feito pelo Instituto Lado a Lado Pela Vida, conseguiu entrar em contato com 1.800 homens de 18 a 65 anos no Brasil, no México, na Colômbia e na Argentina, afirmando que 73% só procuram um especialista ou médico quando sentem “sintomas insuportáveis”.

homemmedico

A presidente e fundadora do Instituto, Marlene Oliveira, ainda reafirmou a importância de se falar do câncer de pênis que, segundo a especialista, faz acontecer 1.600 amputações ao ano, com aplicação de maior número nas regiões Norte e Nordeste.

A campanha nacional de Novembro Azul de 2021 tem como fundamental a frase “Cuide do que é seu” e serve como um aviso à população masculina que 11% dos homens vão manifestar o câncer de próstata e, por isso, é necessário a prevenção e fazer exames frequentemente.

Além de que, 43% dos homens sinalizaram que fazem parte dos grupos de risco e que precisam tomar mais ainda atenção e cuidados.

Foi indicado que 70% dos brasileiros e metade dos latino-americanos entendem que o caminho certo para a saúde é manter seus exames anuais em dia, quase nenhum homem evita de fato ir ao médico quando necessário, mas os profissionais só são procurados quando os sintomas são graves, mas caso não seja necessário, mais de metade da população, sendo 53% dos brasileiros preferem recorrer ao “Dr. Google”.

O Dia do Homem, comemorado em 15 de julho, foi criado com a intenção de alertar sobre essas questões apontadas na pesquisa e conseguir chamar atenção da população. É um dia que serve para conscientizar os homens e os incentivar a ter mais atenção e cuidado com a sua saúde. Então, se você identificar alguns sintomas não comuns, lembre-se de visitar seu médico ou especialista regularmente e tenha mais preocupação com o seu corpo e aos sintomas que ele está apresentando.

3 min de leitura R7

Foto: Reprodução pexels

Pesquisa realizada pela Organização Mundial da Saúde (OMS), aponta que doenças cardiovasculares são as principais causas, mundialmente, de mortes. A cada ano, cerca de 18 milhões de vidas são levadas. De acordo com os Centros de Controle e Prevenção De Doenças (CDC) nos Estados Unidos, também aponta o mesmo cenário, uma pessoa morre de doença cardiovascular a cada 34 segundos nos EUA.

sono

Em junho de 2022, a American Heart Association adicionou a duração de uma boa noite de sono, na lista de verificação de saúde cardiovasculares, conhecida como “Lifes´s Esssential”. Nesse cenário, as diretrizes baseadas nos estudos científicos foram criadas para ajudar os norte-americanos a ter uma saúde cardíaca melhor. As orientações também ajudam a sociedade brasileira a melhorar, que registra cerca de 400 mil mortes por ano pela doença.

Nesta quarta- feira (19) fui publicada no jornal científico da American Heart Association, a pesquisa dos cientistas da Escola de saúde Pública Mailman da Universidade de Columbia, analisaram as diretrizes de pacientes com problemas cardiovasculares. A saúde das pessoas que se encontram nessas condições são mais eficazes para promover o risco de doença cardíaca de um indivíduo se incluir no sono.

Os pesquisadores conseguiram analisar os registros de sono de 2000 adultos de meia idade ou mais velhos nos Estados Unidos, devido às doenças cardiovasculares e fatores de riscos. “Estudo multiétnico de Aterosclerose”. Os pacientes voluntários pela pesquisa, preencheram um questionário de sono, usaram um dispositivo que foi avaliado por sete dias e conseguiram realizar um estudo noturno no qual os cientistas puderam observar a maneira como dormiam.

Segundo as pesquisas , os hábitos de sono são onipresentes entre os norte- americanos, entre os participantes, cerca de 63% dos voluntários dormiam menos de sete horas por noite e 30% menos de seis horas por noite. A duração de sono ideal para um adulto é entre sete e nove horas por noite.

3 min de leitura

Foto: reprodução Instagram