Um ensaio clínico preliminar de uma fórmula nasal da vacina anti-Covid desenvolvida pela universidade de Oxford em colaboração com o laboratório anglo-sueco AstraZeneca fracassou, segundo um comunicado divulgado nesta terça-feira (11).

Oxford estima que este estudo é o primeiro a ser publicado sobre uma vacina de vetor de adenovírus por spray nasal. Os pesquisadores observaram uma resposta de anticorpos nas mucosas nasais "em uma minoria de participantes", explicou a universidade de Oxford.

A resposta imunológica "sistêmica à vacinação intranasal também foi mais fraca que uma vacinação intramuscular", acrescentou o comunicado.

"Este spray nasal não funcionou tão bem quanto esperávamos", comentou Sandy Douglas, professora associada da universidade que participou do estudo. Ela ressaltou que um estudo na China obteve bons resultados com um vaporizador mais complexo que lança a vacina mais profundamente nos pulmões e estimou, portanto, que é possível que uma grande parte da vacina testada tenha caído nas vias digestiva com o spray nasal utilizado.

O estudo utilizou o mesmo vetor adenovírus que é usado para a vacina desenvolvida pela Oxford com a AstraZeneca, um dos primeiros soros contra a Covid introduzidos no mercado no auge da pandemia.

"Administrar vacinas pelo nariz e vias aéreas é uma das formas mais promissoras de obter imunidade" e "poderia acabar com infecções leves por Covid e transmissão do vírus de forma mais eficaz do que vacinas injetadas", observou Adam Ritchie, um dos líderes do programa de vacinas da Oxford.

Ela também tem o benefício de "evitar o uso de uma agulha. Muitos pais sabem que sprays nasais já são usados para vacinas contra a gripe oferecidas às crianças em idade escolar em alguns países, incluindo o Reino Unido", acrescentou.

O ensaio envolveu trinta pessoas que não haviam sido vacinadas anteriormente.

AFP

A mudança brusca de rotina que a pandemia do coronavírus causou no cotidiano trouxe impactos também para a saúde mental: mais de 80% da população brasileira se tornou mais ansiosa. Os dados fazem parte de um estudo realizado pela Universidade Federal do Rio Grande do Sul, a UFRGS.

Ciente disso, o médico e escritor Marcio Velasques, criador do método EVR e especialista em pessoas, postou algumas orientações que auxiliam no enfrentamento do problema no dia a dia. A primeira delas é: "Não tente controlar tudo! Compreender que não temos o controle de tudo nos tira uma carga enorme das costas".

Depois, o autor do livro "Emagrecimento da Vida Real: Porque Emagrecer é Fácil, o Que Dificulta é a Vida!", indicou a prática de exercício físico e técnicas de respiração diafragmática e de relaxamento. "Meditar, tomar um pouco de água e sair do ambiente onde apresentou os sintomas podem ajudar a lidar melhor com seus próprios sentimentos", pontuou.

Ademais, o doutor listou outras alternativas, que possibilitam uma amenização nas tensões e angústias. "Aprenda a dizer não", "tente focar no presente", "questione os pensamentos negativos que surgirem", "mantenha uma alimentação saudável" e "pare por alguns minutos e tente identificar quais situações te deixam mais ansioso e o que pode acontecer de pior nessas ocasiões".

3 min de leitura R7

A maioria das pessoas está acostumada com dois sistemas que determinam o tipo de sangue de cada indivíduo: o sistema ABO (tipos A, B, AB e O) e o Rh (positivo ou negativo). Mas existem outros 42 grupos sanguíneos, e uma variação rara do grupo descoberto mais recentemente, o Er, pode ser a causa de algumas mortes de recém-nascidos e fetos pelo mundo.

Cientistas e médicos pesquisadores do departamento de sangue e transplante do NHSBT (Serviço Nacional de Saúde do Reino Unido, na sigla em inglês) e da Universidade de Bristol descobriram recentemente outro sistema de grupos sanguíneos em humanos. Atualmente, a ISBT (Sociedade Internacional de Transfusão de Sangue, na sigla em inglês) identifica 43 classificações de sistemas de grupos sanguíneos em humanos: “(O) termo 'grupo sanguíneo' geralmente se refere à combinação individual de antígenos de superfície de glóbulos vermelhos (RBC). Os antígenos são locais específicos em diferentes proteínas (…) que formam partes da membrana RBC com as quais o sistema imunológico pode interagir”.

Agora deverá ser incluída na lista a classificação Er. Até o momento, existem os seguintes tipos sanguíneos desse grupo: Er a, Er b, Er 3, Er 4 e Er 5. Os dois últimos foram descobertos há pouco tempo; já os três primeiros existem há cerca de 30 anos, mas não foram categorizados em nenhum sistema conhecido.

Identificar corretamente os sistemas de grupos sanguíneos com base nos antígenos é importante para garantir doações e transfusões de sangue seguras. Isso explica por que o sistema imunológico de quem recebe a doação pode reagir violentamente ao sangue do doador se este transportar antígenos diferentes dos encontrados no próprio sangue, o que pode resultar até mesmo em morte.

Durante as décadas de 1980 e 1990, aconteceu essa incompatibilidade, mas não deveria. Dois fetos morreram porque o sangue deles era incompatível com o das mães, e isso desencadeaou uma resposta imune do corpo das mães contra os próprios bebês ainda não nascidos, e os levou à morte. Embora os médicos, naquele momento, percebessem que as mães carregavam um tipo de sangue ultrarraro, eles não conseguiram progredir efetivamente.

Entre 1982 e 2022, cientistas do NHSBT identificaram um total de 13 casos em que as amostras de sangue não se enquadravam em nenhuma classificação dos sistemas de grupos sanguíneos existentes. Isso os levou a estudar as características dessas amostras por meio de sequenciamento de DNA.

Os cientistas observaram que, em todas as 13 amostras, houve uma alteração específica na codificação do gene de uma proteína chamada Piezo1, o que levou a uma proteína alternativa encontrada na superfície das células sanguíneas desses indivíduos.

Ao usar o software de edição de genes para primeiramente remover e depois adicionar Piezo1 de volta à codificação genética das amostras, os pesquisadores concluíram que a proteína alterada nessas amostras de sangue era diferente de outros sistemas de grupos sanguíneos.

Com base nas diferentes alterações da proteína Piezo1, os pesquisadores identificaram cinco grupos diferentes no sistema: Er a, Er b e Er 3, que os cientistas já conheciam; e Er 4 e Er 5, duas variantes completamente novas.

O pesquisador da Universidade de Bristol e um dos principais autores do estudo, Timothy Satchwell, comemora o fato de a tecnologia estar sendo usada também em questões antigas, que ainda não tinham solução.

"As novas tecnologias podem ser combinadas com abordagens mais tradicionais para tratar de questões de longa data às quais foi impossível responder, por muitos anos", diz Satchwell.

A descoberta é essencial para entender com precisão as complicações decorrentes da incompatibilidade sanguínea do sistema Er. As implicações são imensas, e os médicos podem agora criar tratamentos exatos para evitar a morte de fetos em razão desse conflito.

Além disso, pode ser criado um repositório dessa amostra de sangue para uso em emergências.

R7

A meningite é uma inflamação (inchaço) das membranas protetoras que cobrem o cérebro e a medula espinhal. Uma infecção bacteriana ou viral do líquido que envolve o cérebro e a medula espinhal geralmente causa o inchaço. No entanto, lesões, câncer, certos medicamentos e outros tipos de infecções também podem causar meningite.

Ter meningite nem sempre significa que a pessoa tem doença meningocócica. Além disso, ter doença meningocócica não significa necessariamente que alguém tem meningite. Essa condição é qualquer doença causada por um tipo de bactéria chamada Neisseria meningitidis. Estas doenças são graves e incluem meningite e infecções da corrente sanguínea (septicemia).

É importante conhecer a causa específica da meningite porque o tratamento difere dependendo da causa. São tipos da doença:

Meningite bacteriana: causada por bactérias, pode ser mortal e requer atenção médica imediata. Vacinas estão disponíveis para ajudar a proteger contra alguns tipos de meningite bacteriana.

Meningite viral: causada por vírus, é grave, mas muitas vezes é menos grave do que a meningite bacteriana. Pessoas com sistemas imunológicos normais que têm meningite viral geralmente melhoram por conta própria. Existem vacinas para prevenir alguns tipos de meningite viral.

Meningite fúngica: causada por fungos, é rara, mas as pessoas podem obtê-la inalando esporos fúngicos do ambiente. Pessoas com certas condições médicas, como diabetes, câncer ou HIV, têm maior risco de meningite fúngica.

Meningite parasitária: vários parasitas podem causar meningite ou podem afetar o cérebro ou o sistema nervoso de outras maneiras. No geral, a meningite parasitária é muito menos comum do que a meningite viral e bacteriana.

Meningite amebiana: a meningoencefalite amebiana primária (PAM) é uma infecção rara e devastadora do cérebro causada por Naegleria fowleri, uma ameba microscópica de vida livre que vive em água morna e solo.

Meningite não infecciosa: às vezes, cânceres, lúpus eritematoso sistêmico (lúpus), certos medicamentos, lesão na cabeça e cirurgia cerebral podem causar meningite.

Os primeiros sintomas de meningite podem imitar a gripe (influenza) e podem se desenvolver durante várias horas ou durante alguns dias. Os possíveis sinais e sintomas em qualquer pessoa com mais de dois anos incluem: febre alta repentina; torcicolo; dor de cabeça severa que parece diferente do normal; dor de cabeça com náuseas ou vômitos; confusão ou dificuldade de concentração; convulsões; sonolência ou dificuldade em acordar; sensibilidade à luz; falta de apetite ou sede; erupção cutânea (às vezes, como na meningite meningocócica).

A meningite bacteriana é grave e pode ser fatal dentro de dias sem tratamento antibiótico imediato. O tratamento tardio aumenta o risco de danos cerebrais permanentes ou morte.

Também é importante conversar com um médico se um membro da família ou alguém com quem mora ou trabalha tiver meningite. A pessoa pode precisar tomar medicamentos para evitar a infecção.

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