O secretário de Estado da Saúde, Neris Júnior, esteve reunido com o representante do Ministério de Saúde, Romeu Mendes, nesta segunda-feira(17), e na oportunidade foi solicitado à pasta o envio de vacinas para a imunização de crianças 03 a 04 anos e que agilizem a compra dos imunizantes para o público infantil a partir de 06 meses de idade, que já teve a vacina liberada pela Agência Nacional de Vigilância Sanitário (Anvisa).

Para imunizar às crianças a partir de 03 anos de idade o estado do Piauí, recebeu do Programa Nacional de Imunização, 30 mil vacinas CoronaVac para a primeira dose- no final do mês de agosto - e um lote com 15 mil imunizantes para a segunda dose – no início de outubro. Para a vacinação daqueles acima de 06 meses, com a Pfizer, não há previsão de chegada dos imunizantes por parte do Ministério da Saúde.

“Estivemos em reunião com o diretor substituto do Departamento de Gestão Interfederativa e Participativa, do Ministério da Saúde, Romeu Mendes, onde deliberamos sobre o envio de novas doses da vacina CoronaVac. Estamos com mais de 70% desse publico sem vacinar com a primeira dose e as crianças que receberam a D1, mais de 50% aguardam pela segunda dose e até o momento não há previsão por parte do ministério do envio de novas doses. Também pedimos a compra das vacinas para as crianças acima de 06 meses, uma vez que estes imunizantes já estão liberados pela Anvisa”, disse o secretário.

Na ocasião, Néris Júnior também pediu ao Ministério da Saúde, a atualização da frota dos veículos do SAMU. E ainda foram debatidos a implementação da Rede Materna Infantil (RAMI) e o planejamento regional integrado.

“Solicitamos ao representante do ministério, que a frota do SAMU seja renovada, para que possamos prestar um serviço de mais qualidade e efetividade a nossa população. Também deliberamos sobre a portaria que implementa a Rede Materna Infantil, já que os estados através do Conselho Nacional de Saúde, tem opinião diferente dessa publicação. Foi uma reunião muito importante e esperamos que nossas demandas sejam acatadas pelo Ministério da Saúde,” destaca o secretário de Estado da Saúde.

Sesapi

Assim como os humanos, primatas também são vítimas do vírus Monkeypox, causador da varíola do macaco. E foi nesses animais que cientistas do USAMRIID (Instituto de Pesquisa Médica de Doenças Infecciosas do Exército) dos EUA encontraram o vírus nos testículos, o que reforça a possibilidade já aventada no surto atual de que a transmissão pode ocorrer também por relações sexuais.

O artigo foi publicado nesta segunda-feira (17) na revista científica Nature Microbiology.

Em comunicado, o autor sênior do estudo, Xiankun (Kevin) Zeng, explica os achados.

“Nós detectamos o vírus da varíola do macaco em células intersticiais e túbulos seminíferos dos testículos, bem como no lúmen do epidídimo, que são os locais de produção e maturação de espermatozoides.”

Em junho e julho, pesquisadores da Itália e da Espanha já haviam detectado o DNA do vírus Monkeypox no sêmen de pacientes infectados. A OMS (Organização Mundial da Saúde) chegou a admitir a possibilidade de infecção pelo sexo.

Tradicionalmente, sabe-se que a transmissão ocorre pelo contato da pele com lesões de alguém infectado e também de mucosas.

“A compreensão da biologia da infecção dos testículos por varíola do macaco e da eliminação do vírus no sêmen tem implicações substanciais para a saúde pública”, afirmam os pesquisadores.

Usando análise histológica para analisar microscopicamente o curso da doença em amostras de tecido, a equipe do USAMRIID descobriu que, embora o vírus da varíola do macaco tenha sido eliminado da maioria dos órgãos — e de lesões cutâneas curadas — durante a convalescença, ele pode ser detectado nos testículos dos macacos até 37 dias após a exposição.

“Nossos dados fornecem evidências de que o vírus da varíola do macaco pode ser derramado no sêmen durante os estágios agudos e de convalescença da doença em macacos comedores de caranguejo [a espécie usada no estudo]”, complementou Zeng, e salientou que “parece plausível, portanto, que a transmissão humana em pacientes do sexo masculino convalescentes possa ocorrer pelo sêmen”.

Os autores salientam que, embora os achados sejam o primeiro passo para alguns entendimentos mais aprofundados sobre a doença, são necessários mais estudos sobre essa possível transmissão do vírus Monkeypox pelo sêmen.

Um dos motivos é porque o comportamento da doença nos macacos usados no estudo se mostrou diferente do observado na maioria dos humanos.

“Os animais demonstram uma doença mais grave e letal do que a observada em humanos, e o período de incubação nos animais é menor. Além disso, este estudo utilizou amostras de animais expostos a isolados virais diferentes da cepa atualmente circulante”, observam no comunicado.

Por precaução, autoridades sanitárias recomendam que homens infectados pelo vírus Monkeypox utilizem preservativo nas relações sexuais de dois a três meses após estarem curados.

R7

Em reunião na última sexta-feira (14), o diretor do Centro de Controle de Zoonoses, Thales Rodrigues, juntamente com gerentes de unidades de saúde, reafirmaram as metas que vão nortear a integração ativa dos agentes de combate a endemias do município. Segundo a direção, foram elencados alguns pontos estruturantes.

endemia

O primeiro deles diz respeito à promoção da integração das equipes nas unidades básicas de saúde. A partir daí, estes profissionais também são inclusos no processo de planificação do SUS, metodologia que já vem sendo empregada junto às equipes de Estratégia de Saúde da Família nas unidades de saúde. “Além disso é preciso reforçar o papel do agente de combate a endemias na vigilância ambiental, epidemiológica e sanitária”, explica Thales.

Além do trabalho realizado em campo, os agentes de combate a endemias desenvolvem um importante trabalho na Educação em saúde, principalmente voltado para a conscientização e prevenção de doenças como Chagas, Leishmaniose, Dengue, contaminação de água e ampliação da vacina antirrábica.

Os agentes de endemias também estão sendo qualificados para a inserção de seus dados cadastrais e de área no Prontuário Eletrônico do Cidadão (PEC).

Ascom