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Os principais problemas de saúde mental de jovens têm origem na pobreza, na violência e preconceitos de gênero, revela estudo que ouviu adolescentes no Brasil, na Índia e no Quênia. A pesquisa foi feita pela ONG (organização não governamental) Plan International, que defende os direitos das crianças e a igualdade para as meninas. O estudo destacou alguns dos motivos das preocupações com a saúde mental de adolescentes e possíveis soluções, além da relação entre saúde mental e DCNTs (doenças crônicas não transmissíveis). "O dado mais relevante da pesquisa é que os fatores externos que afetam a saúde mental e o bem-estar de jovens estão significativamente relacionados ao gênero", diz a coordenadora do Programa Adolescente Saudável na Plan International Brasil, Angélica Duarte.

"Jovens de ambos os sexos ouvidos pela pesquisa afirmam que meninas são particularmente afetadas pelo baixo status na sociedade, pela falta de autonomia e pelo risco de sofrer violência baseada em gênero. A pressão e as expectativas relacionadas aos meninos também são fontes de sofrimento quando eles não correspondem ao padrão esperado da sociedade”, completou.

O Estudo sobre Saúde Mental e Bem-estar de Adolescentes ouviu 67 adolescentes em grupos focais, sendo 19 no Brasil, 25 na Índia e 23 no Quênia. Entre os jovens de 10 a 19 anos, 15 foram selecionados para fazer entrevistas em profundidade.

A pesquisa é parte do Programa Adolescente Saudável, uma iniciativa de investimento comunitário global da AstraZeneca desenvolvida em parceria com a Plan International. Jovens que responderam à pesquisa disseram que os principais fatores que levam ao sofrimento emocional são externos, causados pelo ambiente em que vivem. Entre os causadores de estresse estão a pobreza, a violência física e/ou sexual e preconceitos de gênero, que impedem as meninas de alcançar suas aspirações, e os meninos, de expressar emoções ou buscar apoio.

Entre as meninas, as restrições enfrentadas pela falta dificuldade de gerenciar o período menstrual, sobretudo pela falta de acesso a produtos para esse ciclo, também contribuem para que elas se sintam isoladas e deprimidas.

"Com os meninos, há uma demanda para serem 'machos'. Desde que são crianças, há essa exigência. Apesar de eu ainda ser criança e ser normal ter a voz fina, as pessoas diziam: 'engrosse essa voz, fale como um homem! Seja homem'. Eles estimulam os meninos assim. Os meninos não podem chorar ou expressar emoções. E isso afeta sua vida adulta. Eu vi pesquisas que dizem que uma grande porcentagem de homens têm dificuldade para expressar suas emoções", diz um dos brasileiros ouvidos na pesquisa.

Segundo Angélica Duarte, apesar das diferenças entre os países, todos os entrevistados disseram que questões externas como pobreza e violência baseada em gênero têm forte impacto na saúde mental e no bem-estar dos jovens.

"Ainda que as violências e desigualdades se manifestem de maneiras diferentes em cada país e cultura, estes são fatores externos que desempenham papel significativo na saúde mental dos jovens." Apoio

A pesquisa também apontou que os jovens não conseguem alcançar uma saúde mental positiva sem o apoio dos adultos que são importantes em sua vida. O estudo destaca que jovens adolescentes não sentem que têm os recursos necessários para lidar com problemas de saúde mental por conta própria. Dependendo do contexto, o apoio vem de pessoas importantes, como mães, pais e professores, além de líderes comunitários.

Um dos participantes da pesquisa lamentou a falta de diálogo em casa. "É difícil. Você pode até sentir vontade de falar, mas os jovens não querem falar. Dizem que você é 'maricas', se quiser conversar. Não tenho com quem conversar, apenas um amigo, que uma vez impediu que eu me matasse. Eu não falo muito com meus pais, porque eles não aceitam muito. Então, eu não falo nada, para a gente não brigar", afirma outro menino participante.

"Muitos jovens falaram sobre a falta de adultos confiáveis para compartilhar problemas, destacando que muitos são incapazes de ouvir sem recorrer ao julgamento ou à violência", ressalta a coordenadora do Programa Adolescente Saudável.

"Pais e responsáveis têm papel fundamental na criação de um ambiente seguro para que os jovens possam expressar sentimentos, problemas e inquietações sem se sentirem julgados ou ameaçados. Familiares também podem procurar apoio em serviços de saúde e orientar os próprios jovens a usar esses recursos, mas estabelecer um espaço de diálogo e acolhimento familiar é igualmente importante na promoção do bem-estar dos jovens", afirma Angélica. Álcool e drogas

A pesquisa revela que comportamentos de risco para as DCNTs, como tabagismo, uso excessivo de álcool, sedentarismo e alimentação pouco saudável, são estratégias para controlar o estresse, a ansiedade, a depressão, a insatisfação e o tédio.

Para os adolescentes que responderam à pesquisa, tais comportamentos levam a uma espiral emocional descendente da qual é difícil sair. "Eles fazem isso para desviar a tristeza para outras coisas. Acham que vai ajudar", disse um dos participantes. As normas de gênero também impactam a saúde mental de adolescentes, revelou a pesquisa. Na prática, as meninas têm menos liberdade para fazer o que querem e os meninos não compartilham seus sentimentos, nem buscam ajuda de outros jovens, parentes e profissionais. Há ainda o medo de que uma fraqueza compartilhada com outras pessoas possa ser usada como arma contra eles.

"O estudo mostrou que adolescentes do Brasil classificam a saúde mental positiva como sendo a sensação de se 'sentirem leves' e a saúde mental precária, como os momentos 'em que a pessoa não está se sentindo equilibrada ou quando não consegue lidar com os problemas da vida'. Assim, reconhecem que as pessoas têm problemas diferentes e a forma como lidam com eles lhes trará uma qualidade de vida melhor ou pior", afirma Angélica. Adolescente saudável

Para abordar a saúde mental e a saúde em geral de jovens, desde 2010, o Programa Adolescente Saudável já treinou mais de mil educadores pares no Brasil, divulgando informações de saúde sobre a prevenção de DCNTs e fatores de risco.

Os educadores pares treinados multiplicaram seus conhecimentos para mais de 130 mil jovens com informações de saúde, contribuindo para mudanças comportamentais sustentáveis. O programa também alcançou mais de 4 milhões de jovens por meio de conteúdos em redes sociais e campanhas de conscientização.

O Programa Adolescente Saudável (chamado de PAS no Brasil e de YHP no resto do mundo) é uma iniciativa de investimento comunitário global desenvolvida em ambientes urbanos com foco em jovens de 10 a 24 anos na prevenção das DCNTs mais comuns: câncer, diabetes, doenças cardíacas e respiratórias e saúde mental.

Executado em parceria pela Plan International e pelo Unicef (Fundo das Nações Unidas para a Infância) com base em pesquisas da Escola de Saúde Pública Johns Hopkins Bloomberg, o programa combina ações de âmbito local, pesquisa e advocacy direcionadas aos fatores de risco, como tabagismo, uso nocivo do álcool, sedentarismo, dietas pouco saudáveis e exposição à poluição do ar, que podem levar a DCNTs na vida adulta.

Desde 2010, a Plan International implementa o PAS no Brasil, na Colômbia, no Egito, na Índia, na Indonésia, em Mianmar, no Quênia, no Reino Unido, na Tailândia, no Vietnã e na Zâmbia. Recomendações

Com base nos problemas citados, a pesquisa da Plan International Brasil diz o que os jovens precisam fazer para melhorar a saúde mental:

  • Buscar e receber o apoio necessário, sem estigma e sem vergonha. Os problemas emocionais são comuns e muito debilitantes;
  • Promover discussões abertas sobre saúde mental e bem-estar nas famílias, escolas, instituições religiosas e outros lugares onde jovens se reúnem;
  • Acesso a serviços de apoio, que precisam incluir uma ampla gama de serviços, como planejamento familiar ou tratamento de acne;
  • Proporcionar aos jovens formas saudáveis de lidar com o estresse, como a zumba, para que assim possam fazer mais exercícios, se divertir e fugir do tédio e da tristeza, diz uma das participantes do estudo;
  • Reconhecer que a adolescência e a fase de crescimento são momentos muito estressantes para jovens. 

Agência Brasil

Pesquisa da FGV (Fundação Getúlio Vargas) indica que idade, condições socioeconômicas e falta de atividade física são os principais fatores associados à prevalência da obesidade no Brasil.

obesidade

Dados mais recentes do IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística) apontam que seis em cada dez brasileiros estão com sobrepeso. Já a taxa de obesidade no país atualmente está em 20,1%. Pesquisadores da FGV realizaram uma projeção sobre a evolução da obesidade no país e constataram que, caso a doença permaneça com a taxa de crescimento atual, em 2030, vai atingir 24,5% da população. Dentro dessa taxa de crescimento, segundo a pesquisa, algumas parcelas da sociedade são mais vulneráveis.

O estudo utilizou dados da Pesquisa Nacional em Saúde e da Pesquisa de Orçamentos Familiares, ambas do IBGE. Apesar da crença de que a obesidade está associada ao consumo de determinados alimentos, o levantamento indica este fator como pouco relevante, enquanto o estilo de vida e o modo de trabalho, bem como residir em zonas urbanas, aumentam a probabilidade de excesso de peso. Baixa renda

Ainda que a obesidade tenha crescido em países ricos e pobres, o estudo constatou que há um desequilíbrio entre consumo e gasto calórico nas populações de baixa renda. Segundo os dados, alguns motivos que apontam para uma vulnerabilidade maior nessa parcela da sociedade estão relacionados ao acesso a alimentos mais baratos e pobres em nutrientes, com alta densidade calórica.

Além disso, a baixa escolaridade limita também o acesso a informações nutricionais, impactando nos hábitos alimentares dessa população. Obesidade infantil

O estudo alerta que a obesidade infantil está bastante associada à prevalência da doença ao longo de toda vida de uma pessoa. "Esta relação está muito mais enraizada do que a maioria dos indivíduos imagina, começando desde a amamentação." Segundo a pesquisa, há indícios de que os hormônios presentes no leite materno contribuem para a saciedade do bebê e que essa pode ser uma estratégia para diminuir riscos de doenças crônicas como a própria obesidade.

"Neste cenário, a interrupção precoce do aleitamento materno e o modo de vida associado a meios de transportes, somado a um elevado viés de sedentarismo, são algumas das causas multidimensionais que contribuem para a obesidade infantil." Envelhecimento

O risco de desenvolver obesidade crônica costuma aumentar conforme o indivíduo vai ficando mais velho – a doença atinge cerca de 6% da população entre crianças e adolescentes.

"Porém, uma vez que a obesidade é estabelecida na juventude, fica muito difícil reverter este quadro até a vida adulta." Homens x mulheres

O estudo aponta ainda maior prevalência da obesidade entre mulheres, apesar da prevalência de sobrepeso ser maior entre os homens. Dados da Pesquisa Nacional em Saúde apontam uma taxa de 22% de obesidade em mulheres e de 18% em homens, enquanto o índice de sobrepeso em homens é de 39% e em mulheres de 34%.

A FGV destaca, entretanto, que a obesidade entre mulheres não costuma ser tão grave quanto em homens, já que o aumento de peso no público masculino é ligado à região do abdômen e à possibilidade de doenças cardiovasculares. Outras doenças

A pesquisa também relaciona a obesidade a outras doenças. A prevalência de hipertensão, diabetes e colesterol alto, por exemplo, chega a ser duas vezes maior em pessoas obesas. Os números indicam 41,5%, 13,4% e 21,7% para o aumento de chance de obesos desenvolverem cada uma dessas doenças, respectivamente.

Além disso, enfermidades respiratórias como asma ou bronquite também são mais frequentes entre pessoas consideradas obesas (5,9%) que entre pessoas com peso normal (4,7%). O mesmo ocorre com condições relacionados à mobilidade, como artrite e problemas na coluna ou nas costas, que acometem respectivamente 11,3% e 24,9% dessa parcela da população. Alimentação

De acordo com o estudo, o consumo de leguminosas como feijão e ervilha e de oleaginosas como amendoim e castanhas está associado a menores chances de ganho de peso.

Segundo a FGV, o consumo do prato brasileiro clássico, composto por arroz e feijão, não traz riscos de aumento de peso. Já outro costume do brasileiro, o churrasco, está associado a efeitos gritantes para o excesso de peso e a obesidade, principalmente quando associados a falta de prática de exercícios e ao consumo de bebida alcoólica.

Agência Brasil

Foto: Freepik

A doação de sangue é um processo que ajuda muitas pessoas. Porém, a falta de candidatos gera, com certa frequência, estoques baixos nos bancos de sangue. Para a sua realização, interessados podem se dirigir a hemocentros públicos e de hospitais particulares, mas devem atender a alguns requisitos. Veja a seguir a resposta para todas as dúvidas sobre o que é necessário e como é feita a doação de sangue:

Onde e como posso doar sangue? O sangue pode ser doado nos hemocentros. O Ministério da Saúde possui uma lista dos hemocentros divididos por regiões e estados. Clique aqui e veja a lista. Nesses locais, é possível verificar se você atende a todos os requisitos para a doação, ou se há impedimentos temporários ou definitivos para tal.

Qual a idade exigida para a doação de sangue? O Ministério da Saúde estabelece que os doadores tenham entre 16 e 69 anos. Menores de 18 anos precisam apresentar o consentimento formal do responsável, autorizando a doação de sangue. A primeira doação deve ser feita até os 60 anos de idade, e pessoas entre os 60 e 69 só poderão realizar a doação se já a tiverem feito antes de completar os 60 anos.

Qual o peso mínimo que uma pessoa deve ter para doar sangue? De acordo com o Ministério da Saúde, a pessoa deve ter, pelo menos, 50 kg. A Fundação Pró-Sangue explica: o volume de sangue total a ser coletado é diretamente relacionado ao peso do doador, sendo, no máximo, 9 ml/kg para homens e 8ml/kg para mulheres, no total mínimo de 400 ml de sangue, conforme a quantidade de anticoagulantes presentes na bolsa. Assim, pessoas com peso abaixo de 50 kg não conseguiriam doar a quantidade mínima estabelecida.

Qual a quantidade de sangue doado e em quanto tempo o corpo a recupera? Um adulto tem, em média, 5 litros de sangue em seu corpo. Na doação, são retirados, no máximo, 450 ml. Essa quantidade é padronizada devido ao volume de anticoagulantes presentes na bolsa, que são suficientes para tal dosagem. A recuperação do plasma leva cerca de 24 horas e a dos glóbulos vermelhos, quatro semanas. Entretanto, para atingir os mesmos níveis de ferro anteriores aos da doação, são necessárias oito semanas para a recuperação total entre os homens e 12 semanas para as mulheres.

Qual o intervalo para doação de sangue? Para os homens, o intervalo é de dois meses, podendo realizar a doação, no máximo, quatro vezes ao ano. Já para as mulheres, o intervalo é de três meses, somando três doações anuais.

Quais condições podem ser beneficiadas com a doação e quantas pessoas? André Larrubia, gerente-executivo do banco de sangue da BP - A Beneficência Portuguesa de São Paulo, afirma que pacientes em diversas condições são beneficiados com a doação de sangue. Segundo Larrubia, as transfusões costumam ocorrer em pacientes com doenças oncológicas e hematológicas (como leucemia, talassemia, anemia falciforme), cirurgias de grande porte, pacientes que realizam hemodiálise, recém-nascidos prematuros, entre outros. Cada bolsa de sangue pode beneficiar até quatro pessoas.

Grávidas, puérperas e mulheres que estão amamentando podem doar sangue? Não. Puérperas só podem fazer a doação de sangue a partir de 90 dias após o parto normal ou após 180 dias da realização da cesárea. Mulheres que estiverem amamentando só podem doar 12 meses depois do parto.

Diabéticos podem doar sangue? Não. De acordo com a Fundação Pró-Sangue, diabéticos dependentes de insulina não podem realizar a doação. Isso porque essas pessoas podem ter importantes alterações cardiovasculares e, por isso, apresentar reações que agravem seu estado de saúde durante ou logo após o procedimento.

Quais condições impedem temporariamente a doação de sangue? Segundo o Ministério da Saúde, não podem doar sangue pessoas com gripe, resfriado ou febre, devendo aguardar sete dias após o desaparecimento de sintomas; pessoas que tenham ingerido bebidas alcoólicas menos de 12 horas antes da doação; pessoas que tenham colocado piercing ou feito tatuagens, maquiagens definitivas ou micropigmentação há menos de um ano; pessoas que tenham feito extrações dentárias em menos de 72 horas anteriores à doação; pessoas que tenham passado por cirurgias de hérnias, apendicite, varizes ou amigdalectomia há menos de três meses.

Quais vacinas impedem a doação temporariamente e por quanto tempo? Vacinas compostas de vírus ou bactérias vivos e atenuados (ex.: sarampo, poliomielite oral, febre amarela) devem ter um intervalo de três a quatro semanas para a doação. Já as vacinas compostas de vírus ou bactérias mortas, toxóides ou recombinantes (ex.: tétano, poliomielite salk etc.) precisam de um intervalo mínimo de 48 horas, contanto que o candidato não apresente nenhuma reação decorrente da vacinação. A vacinação antirrábica após exposição animal exige período mínimo de um ano para a doação de sangue.

Quanto tempo após a Covid posso doar sangue? E depois de tomar a vacina contra Covid? Após o diagnóstico de Covid-19, o candidato deve esperar dez dias de sua recuperação completa para doar. Para casos assintomáticos, o tempo deverá ser de dez dias após a realização do teste. Larrubia alega que, para as vacinas contra Covid-19, o tempo varia de 48 horas a sete dias após a aplicação para que possa ser feita a doação.

Quais condições impedem definitivamente uma pessoa de doar sangue? Pessoas com piercings em cavidade oral ou região genital; quem teve hepatite após os 11 anos; pessoas que usam drogas ilícitas injetáveis; malária; e pessoas que apresentem exames que comprovem doenças transmissíveis pelo sangue, como hepatites B e C, Aids (vírus HIV), doenças associadas ao vírus HTLV I e II e doença de Chagas.

Como é o esquema de doações? Qual tipo sanguíneo pode ir para qual? Larrubia explica: o grupo O é doador universal, podendo oferecer sangue a todos os outros tipos, mas recebendo apenas do mesmo grupo. O tipo AB é receptor universal (recebe de todos), mas só pode oferecer ao mesmo grupo. Doadores do tipo A podem doar para pacientes A e AB; e doadores do tipo B podem doar para pacientes B e AB.

Como é o preparo no dia para a doação? Ao chegar ao banco de sangue, o doador faz a ficha de cadastro e apresenta um documento original com foto. Em seguida, o candidato é encaminhado para a pré-triagem, onde são medidos os sinais vitais, assim como a pressão arterial, frequência cardíaca, temperatura e se ele apresenta anemia. Aprovado, ele passa para a etapa de triagem, em que enfermeiros realizam uma entrevista com um questionário longo, que aborda todos os requisitos necessários. Por fim, o doador vai para a doação, onde é feita a punção, com duração de seis minutos, e é explicado que uma amostra será avaliada para verificar a tipagem sanguínea e se há alguma doença ou infecção. O processo total, desde a abertura de ficha à finalização, leva cerca de 40 minutos.

Como é armazenado o sangue doado? As bolsas de sangue são divididas entre glóbulos vermelhos, plaquetas e plasma. Os glóbulos vermelhos são armazenados em geladeira, à temperatura entre 2ºC e 6ºC. As plaquetas são conservadas em temperatura ambiente entre 20ºC e 24ºC. Já o plasma é congelado em uma temperatura de 18ºC negativos.

Como é o pós-doação? O gerente-executivo do Banco de Sangue da BP afirma que, após a doação, não costumam ocorrer desconfortos nem intercorrências. No final, o candidato recebe um lanche, que é feito no local. É recomendado que o doador beba bastante água, não faça esforço com o braço que foi utilizado para a doação, evite esforço físico, fumar e ingerir bebidas alcoólicas por 12 horas. Ele ressalta que, caso o doador apresente qualquer alteração após deixar o banco de sangue, é recomendado que retorne ou entre em contato por telefone e relate a queixa.

Quais as principais dificuldades hoje enfrentadas pelos hemocentros? Larrubia afirma que a maior dificuldade, atualmente, é manter os estoques de sangue nas quantidades ideais. Períodos de férias, inverno e períodos de chuva são as épocas em que os bancos costumam ter queda nas reservas sanguíneas.

O Ministério da Saúde anunciou nesta segunda-feira (24) que pessoas a partir de 18 anos, em todo o país, poderão reforçar a imunização contra a Covid-19 com a vacina bivalente. Segundo a pasta, ao menos 97 milhões de brasileiros devem ser atendidos.

bivalente

A orientação para receber a vacina bivalente vale para quem já foi imunizado, pelo menos, com duas doses de vacinas monovalentes (CoronaVac, AstraZeneca ou Pfizer) como esquema primário ou como dose de reforço, respeitando-se um intervalo de quatro meses da última dose. Quem ainda não completou o ciclo vacinal e está com alguma dose de reforço em atraso deve procurar as unidades de saúde.

A vacina bivalente passou a ser aplicada no Brasil em fevereiro deste ano. A partir daí, ela era oferecida a pessoas de grupos prioritários, ou seja, que correm o risco de evoluir para casos graves da doença, como idosos a partir de 60 anos, pessoas que vivem e trabalham em instituições de longa permanência, imunossuprimidos, indígenas, ribeirinhos e quilombolas, gestantes e puérperas e pessoas com deficiência, entre outros.

Com a ampliação do público-alvo, o governo espera aumentar a cobertura vacinal contra a Covid-19. Segundo a secretária da Secretaria de Vigilância em Saúde e Ambiente do Ministério da Saúde, Ethel Maciel, aumentar as coberturas vacinais contra a Covid-19 é prioridade. "A vacinação é fundamental para minimizar a carga e prevenir o surgimento de complicações decorrentes da doença."

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Foto: Karina Zambrana/OPAS

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