Um estudo realizado por pesquisadores da Universidade de Minnesota (EUA) mostrou que pessoas com depressão e ansiedade são mais propensas a apresentar sintomas relacionados ao alcoolismo, quando comparadas às que não receberam tais diagnósticos, mesmo ingerindo as mesmas quantidades.
A pesquisa, publicada no periódico científico Alcohol: Clinical & Experimental Research, analisou 26 mil adultos que participaram da Pesquisa Nacional Epidemiológica sobre Condições Relacionadas ao Álcool, nos Estados Unidos. A partir dessa análise, os estudiosos compararam os sintomas comuns de transtornos relacionados ao uso de álcool em pessoas com ou sem as questões de saúde mental. Eles levaram em conta, entre os fatores, a ingestão de álcool desses participantes.
Além da constatação de que as pessoas com tais condições teriam maior propensão de apresentar descontrole relacionado à bebida e seus efeitos, os pesquisadores perceberam que as consequências se aplicavam, também, às pessoas que receberam o diagnóstico no passado.
Foi percebido, ainda, que o vício, a depressão e a ansiedade têm os processos compartilhados no cérebro.
“Nossas descobertas mostram que, aqueles com ansiedade e depressão, apresentam mais sintomas relacionados ao transtorno do uso de álcool. Se o vício fosse uma competição, aqueles com ansiedade e depressão teriam uma vantagem significativa”, afirma Matt Kushner, autor do estudo.
Existem diversas histórias que circulam de geração em geração entre famílias. Uma delas, que retorna de forma recorrente, é a de que deitar logo após almoçar ou jantar, ou seja, "de barriga cheia", faz mal à saúde.
Comuns são as broncas, principalmente de parentes mais velhos, quando alguém vai ao quarto descansar na cama depois de comer. No entanto, trata-se de um mito ou uma verdade?
Segundo o médico gastro-hepatologista Rogério Alves, da BP (A Beneficência Portuguesa de São Paulo), é um mito.
"Na verdade, mal não faz. O que pode acontecer é ocasionar um refluxo gastroesofágico. Para alguns pacientes que já têm refluxo, isso piora muito — costuma voltar o alimento do estômago para o esôfago e pode dar até uma sensação de afogamento", explica Alves.
Portanto, apenas quem deve, de fato, evitar comer e deitar são pessoas diagnosticadas com refluxo. Se não há uma condição previamente detectada, mas o indivíduo sente sintomas de refluxo, o melhor é se manter, na medida do possível, na posição ortostática (em pé).
"Quanto mais inclinado pela gravidade, menor o risco de [a comida] voltar. Se [a pessoa] estiver em um ângulo de 180 graus [na cama, por exemplo], existe um risco maior de o alimento voltar do que se ela estiver sentada, inclinada ou em pé", diz o especialista.
Alves finaliza dizendo que, de forma geral, não há contraindicações após as refeições fartas, mas, como elas exigem um maior aporte de sangue para o trato digestivo para realizar a digestão, ele aconselha evitar exercícios de alto impacto ou corridas, por exemplo, que podem gerar desconfortos.
A Secretaria de Saúde do Piauí (Sesapi) está intensificando, por meio da Vigilância Ambiental, o trabalho de combate ao “inseto-barbeiro”, vetor de transmissão da doença de chagas. Apesar do inseto ser considerado endêmico em todo o estado, ações são focadas sobretudo em municípios localizados na região do semiárido piauiense onde há focos de infestação da doença.
Em parceria com os municípios, as equipes fazem o trabalho de busca ativa supervisionando áreas que registram alta incidência do inseto. Além da realização de testes sorológicos, também é feita a coleta do “bicho-barbeiro” quando encontrado durante a inspeção desses locais e a capacitação dos técnicos municipais para dar continuidade às ações de combate à doença de chagas.
"Essa é uma ação importante para combatermos o barbeiro, que é o transmissor da doença de chagas. Combatendo o vetor estaremos combatendo os casos da doença. É uma doença que tem uma incidência muito grande e que pode ocasionar vários problemas cardíacos e que inclusive podem levar à morte", explica Walterlene Carvalho, coordenadora da Vigilância Ambiental.
O “bicho-barbeiro” tem hábitos noturnos e pode se esconder em paredes, frestas, camas e colchões das casas, podendo infectar humanos e animais mamíferos. A transmissão da doença ocorre principalmente após o “barbeiro” picar a pessoa, provocando irritação. Ao coçar a área, o protozoário contido nas fezes acaba se espalhando e entra na corrente sanguínea pelo local da picada.
A infecção causada pelo inseto pode provocar diversos problemas cardíacos e intestinais que, se não tratados, podem se tornar sequelas crônicas sem a possibilidade de cura e inclusive levar à morte. Segundo dados do Sistema de Informações de Mortalidade (SIM) da Sesapi, o Piauí registrou 46 óbitos pela doença de chagas em 2022.
A OMS (Organização Mundial da Saúde) declarou encerrada, nesta sexta-feira (5), a ESPII (Emergência de Saúde Pública de Importância Internacional) da Covid-19, que estava em vigor desde 30 de janeiro de 2020.
Neste período, o mundo registrou 765 milhões de casos e 6,92 milhões de mortes, embora a organização estime que este número seja "várias vezes maior".
"Ontem, o Comitê de Emergência se reuniu pela 15ª vez e recomendou que eu declare o fim da Emergência de Saúde Pública de Preocupação Internacional. Aceitei esse conselho. Portanto, é com grande esperança que declaro o fim da Covid-19 como uma emergência global. No entanto, isso não significa que a Covid-19 acabou como uma ameaça global à saúde. Na semana passada, a Covid-19 matou alguém a cada três minutos, e isso é apenas o que sabemos, enquanto falamos, milhares de pessoas em todo o mundo lutam por suas vidas em unidades de terapia intensiva. Milhões continuam a viver com os efeitos debilitantes da condição pós-Covid-19. Esse vírus está aqui para ficar", afirmou o diretor-geral da OMS, Tedros Adhanom Ghebreyesus.
Tedros disse ainda que "este é um momento de comemoração", que só foi possível "graças à incrível habilidade e dedicação altruísta dos profissionais de saúde e assistência ao redor do mundo".
Para a organização, não existe uma declaração formal de pandemia, razão pela qual a OMS não usa oficialmente o termo "fim da pandemia". No entanto, a Covid-19 só ganhou o status pandêmico após a declaração de emergência.
A OMS levou em conta que o mundo está mais preparado para lidar com a doença. Os especialistas avaliam que é o momento de os países fazerem uma transição do modo de emergência para o gerenciamento da Covid-19 junto a outras doenças infecciosas.
"Por mais de um ano, a pandemia está em tendência de queda, com a imunidade da população aumentando devido à vacinação e infecção. A diminuição da mortalidade e a pressão sobre os sistemas de saúde nesta tendência permitiram que a maioria dos países voltasse à vida como a conhecíamos antes da Covid-19", afirmou Tedros nesta sexta-feira. O chefe da OMS ressaltou que mortes continuam ocorrendo no mundo, razão pela qual decidiu usar uma disposição do Regulamento Sanitário Internacional nunca utilizada antes, "para desenvolver recomendações permanentes de longo prazo para os países sobre como gerenciar a Covid-19 de forma contínua".
O chefe do Comitê de Emergências, professor Didier Houssin, listou três razões que levaram à decisão do fim da pandemia.
A primeira delas é justamente a mencionada por Tedros: a redução da mortalidade devido à imunidade induzida pela vacina ou pela própria doença em boa parte da população mundial, além do acesso mais fácil a diagnóstico e tratamentos.
Em segundo lugar, ele considerou que a ferramenta da emergência precisa ser trocada, razão pela qual a OMS adotará uma abordagem permanente em relação à Covid.
Por fim, a OMS se diz convencida de que já é capaz de transmitir mensagens de que o fim da emergência não é um motivo para baixar a guarda, mas que é "um forte sinal" para tirar lições e reforçar a proteção contra vírus emergentes.