Os Correios ingressaram nessa quinta-feira, 13, com dissídio coletivo no Tribunal Superior do Trabalho (TST), em Brasília. A ação é de natureza mista: revisional, jurídica e de greve. A primeira pede a revisão do acórdão vigente, fruto do dissídio de greve de 2011 e que tem validade por quatro anos. A segunda é para esclarecer dúvidas sobre a cláusula que trata do vale-refeição/alimentação extra, fornecido pela empresa a todos os trabalhadores em dezembro. A terceira pede a intermediação do TST, em vista da greve e do esgotamento das negociações. O objetivo da ação é tentar garantir a normalidade do atendimento à população.
No início de setembro, a Empresa de Correios e Telégrafos ofereceu reajuste de 5,2% nos salários e benefícios. Os trabalhadores dos Correios rejeitaram a proposta do governo e decidiram prorrogar o indicativo de greve para o próximo dia 19. A categoria decidiu também unificar-se ao movimento de paralisação dos bancários e petroleiros.
Reivindicações
O Sindicato dos Trabalhadores dos Correios do Piauí (SINTECT-PI) reinvindica um reajuste de 43,7%; sendo 33,7% correspondente a reposição das perdas salariais e 10% ao aumento real. Além disso, a categoria deseja R$ 200,00 de aumento linear, vale alimentação/refeição no valor de R$ 35,00 por dia, entrega de correspondências pela manhã e segurança nas agências.
A empresa argumenta que oferece aos trabalhadores vale transporte, assistência médica, hospitalar e odontológica para empregados e seus dependentes (inclusive na aposentadoria) e adicionais de atividade. Segundo eles, nos últimos nove anos os trabalhadores tiveram até 138% de reajuste salarial, sendo 35% de aumento real.
Assembleia
Na próxima terça-feira, 18, a categoria fará uma assembleia onde os servidores vão decidir sobre a greve
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