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gremioNa partida que pode ter marcado a despedida do atacante Everton, o Grêmio saiu de campo vaiado pelos mais de 25 mil torcedores presentes na Arena do Grêmio na noite desta quarta-feira ao empatar com o Bahia, por 1 a 1, pela partida de ida das quartas de final da Copa do Brasil.

Os dois times voltam a se enfrentar na próxima quarta, às 19h15, na Arena Fonte Nova, em Salvador. Como gol fora de casa não vale mais como critério de desempate, a decisão vai para os pênaltis em caso de nova igualdade. Quem passar enfrenta o vencedor de Athletico-PR e Flamengo.

Valorizado após ser o artilheiro da Copa América ao lado de Paolo Guerrero, cada um com três gols, Everton recebeu algumas consultados de clubes europeus nos últimos dias, mas seu futuro ainda está em aberto. O atacante tem contrato até dezembro de 2022 e a multa é de aproximadamente R$ 341 milhões.

JÁ ERA PREVISTO

Como já era esperado, o Grêmio começou a partida em cima do Bahia, que procurava se defender e explorar o contra-ataque. Em alta depois de conquistar o título da Copa América pela Seleção Brasileira, Everton estava sendo muito bem marcado.

Aos 23, Alisson fez boa jogada individual e cruzou rasteiro, mas a bola passou por André e ficou com o goleiro Douglas. A resposta do Bahia veio na sequência. Eric Ramires recebeu de Elber e finalizou de primeira, assustando Paulo Victor.

Em um dos poucos espaços que teve, Everton chutou, a bola desviou na zaga e passou raspando a trave. Na cobrança de escanteio, Jean Pyerre bateu de primeira e acertou a trave de Douglas. Aos 37, Alisson ajeitou e André cabeceou para boa defesa do goleiro baiano.

PRESSÃO SURTIU EFEITO

Nos minutos finais do primeiro tempo, o Grêmio esboçou uma pressão. Jean Pyerre chutou de fora da área e Douglas segurou sem dar rebote.

Aos 45, Everton recebeu passe de Jean Pyerre e foi derrubado quando tentou driblar o goleiro. O próprio camisa 11 foi para a cobrança e abriu o placar.

EMPATE RELÂMPAGO

Logo aos três minutos do segundo tempo, a defesa do Grêmio falhou após escanteio cobrado por Artur e Gilberto, livre na segunda trave, completou de cabeça para o gol aberto. Na sequência, Everton recebeu de Jean Pyerre e cruzou rasteiro nas mãos de Douglas. Era uma boa oportunidade para o Grêmio.

A torcida tricolor sentiu o gol e dava os primeiros sinais de impaciência com os passes errados do time. Aos 22, Everton arriscou rasteiro de fora da área e assustou Douglas. Na sequência foi a vez de Luan, que entrou no lugar de Jean Pyerre, chutar por cima.

MUDANÇAS NÃO SURTIRAM EFEITO

Na tentativa de dar uma maior experiência ao meio-campo do Bahia, o técnico Roger Machado promoveu a estreia de Guerra - recém-emprestado pelo Palmeiras - na vaga do jovem Eric Ramires. Aos 33, Artur desceu nas costas de Cortez e bateu rasteiro para defesa de Paulo Victor.

Bastante vaiado pelos torcedores, André deu lugar para Felipe Vizeu na última alteração feita por Renato Gaúcho.

No entanto, pouco depois, o atacante sentiu o joelho após uma dividida com Lucas Fonseca e foi para o vestiário, deixando o Grêmio com um homem a menos nos minutos finais.

E quase que o Bahia se aproveitou da vantagem numérica nos acréscimos. Artur passou por Kannemann, invadiu a área e bateu na saída de Paulo Victor. A bola passou muito próxima ao travessão.

PRÓXIMOS JOGOS

Antes do jogo de volta da Copa do Brasil, os dois times entram em campo no sábado, pela décima rodada do Brasileirão. O Grêmio recebe o Vasco da Gama, às 17 horas, na Arena do Grêmio, em Porto Alegre, enquanto o Bahia tem pela frente o Santos, às 19 horas, no Pituaçu, em Salvador.

 

futebolinterior

danielalvesResponsável por erguer o troféu da Copa América como capitão da seleção brasileira e eleito o melhor jogador do torneio, Daniel Alves dará o primeiro passo para definir seu futuro nesta quarta-feira. Após um breve período de descanso na Bahia, o lateral embarcará para a Europa junto a seu empresário, Fransérgio, com o objetivo de ouvir propostas de dois clubes do Velho Continente.

Em alta pelo desempenho na Seleção, o jogador de 36 anos deseja atuar em uma equipe de primeiro escalão no continente. E tem duas prioridades no momento da escolha: encontrar desafios, por isso o desejo de jogar uma liga competitiva; e a busca por estabilidade, com a exigência de no mínimo dois anos de contrato.

Daniel Alves deseja, desta forma, estar em um cenário que propicie sua presença na seleção brasileira até a Copa do Mundo de 2022 - alvo que ele já deixou claro para a sua carreira. O grande desempenho mostrado na Copa América, como capitão da equipe de Tite, deixou o veterano em alta. Mas antes mesmo do torneio diversas equipes entraram em contato, demonstrando interesse em contar com ele.

Com contrato encerrado com o PSG no fim da temporada passada, o lateral já foi procurado por dois clubes depois da competição, encerrada no último domingo. E a viagem para a Europa é justamente para ouvir o projeto dessas equipes, que, segundo o estafe do jogador, integram o primeiro escalão do continente.

 

GE

Foto: AFP

neneO São Paulo pretende rescindir amigavelmente o contrato de Nenê, que vence em dezembro deste ano, o que geraria uma economia de R$ 3 milhões e deixaria o meia de 37 anos livre para acertar com um novo clube. O acordo para a saída do jogador do Tricolor Paulista está por detalhes.

​Assim que quebrar seu vínculo atual, Nenê estará livre para negociar com outro clube sem a participação do São Paulo. O Fluminense, que já tentou contratá-lo outras vezes ao longo deste ano, é quem esta mais perto de um acordo, tendo inclusive já acertado as bases salariais e o tempo de contrato, dezembro de 2020.

​O Flu não fechou com Nenê antes porque não tinha como arcar com o valor integral de seus salários e o São Paulo não se dispôs a arcar com parte do valor. Agora livre no mercado, a tendência é de que o armador aceite reduzir a quantia, adequando-se à realidade do novo clube.

Nenê não se reapresentou com o elenco são-paulino após a Copa América. Como estava fora dos planos de Cuca, ele foi liberado das atividades para procurar um novo clube. Mesmo assim, pediu para usar as instalações do CT da Barra Funda e continuou treinando. Jucilei e Bruno Peres, outros que foram liberados pela diretoria, ainda não definiram seus destinos.

 

Lançe

Foto: Rubens Chiri/saopaulofc.net

"É um processo dolorido, porque todos sabem das dificuldades financeiras que temos, dos atrasos salariais. E isso acaba refletindo não só na gente, mas nas nossas famílias, nas pessoas que dependem da gente. Mas mesmo assim precisamos querer estar nesse momento no Vasco. Precisamos querer fazer parte disso."

É essa a lúcida e sincera opinião do capitão Fernando Miguel sobre o momento do Vasco.

Fora da zona de rebaixamento do Campeonato Brasileiro por um ponto, o Cruz-Maltino tenta, também fora de campo, se reerguer - trocar o pneu com o carro andando, como diz o ditado popular. O elenco tem, atualmente, um mês de salário (CLT) e um de direitos de imagem atrasados.

Cabe a Fernando Miguel, 34 anos, carregar a braçadeira de capitão do Vasco num momento de reestruturação. Com passagens por 11 clubes, o goleiro titular do Cruz-Maltino tem bagagem suficiente, não só como jogador, para dizer com propriedade que o título que essa geração pode conquistar não é palpável, mas de ficar na história por ter feito parte de um momento de virada de chave.

- Talvez hoje a gente não vá ser reconhecido por um grande título, mas o reconhecimento por esse trabalho e essa entrega, essa lealdade, também vai render frutos. O importante nisso tudo é querer fazer parte - completa.

Os principais troféus da vida de Fernando Miguel, inclusive, também não são palpáveis - e são esses que mais orgulham o goleiro. No álbum de fotos, tem as conquistas do Campeonato Baiano (2016 e 2017) e da Copa Federação Gaúcha de Futebol (2012). Faltaria, por exemplo, um Campeonato Brasileiro, uma Copa do Brasil... Mas isso está bem longe de ser um problema ou tirar o sono do experiente goleiro. O maior título para o pai de duas meninas, de dois e oito anos, é o caráter.

- Eu sou um cara muito agradecido por tudo. Eu trabalho muito. Tenho muito sonho ainda. Muito objetivo para alcançar. E tenho muita disposição e vigor para chegar até eles ainda, mas se minha história se encerrasse aqui hoje eu falaria para ti que eu seria um atleta realizado. Porque a história que eu trilhei, o caminho que eu trilhei, é um bom caminho. Um caminho da verdade, lealdade, parceria, crescimento, avanço com o que você faz as coisas. O restante é o resultado de tudo isso. Tenho vivido bons momentos, marcantes. Aqui no Vasco não tem sido diferente - relembra.

- Graças a Deus tenho uma família que ajuda muito, uma esposa equilibrada. Tenho uma esposa que me ajuda muito. Tentamos passar isso para as nossas filhas. A gente entende que é o fundamental para avançar na vida. Sem equilíbrio, sem convicção, a gente não vai a lugar algum.
Satisfeito com o que tem, mas com uma "gula" por mais, Fernando Miguel tem, há oito anos, mais motivos para não desistir em momentos difíceis, manter o equilíbrio diante dos problemas e não abrir mão de princípios. Os sonhos, ele prefere deixar em segredo.

- Sonho a gente não conta, não sai espalhando por aí. Mas ao mesmo tempo que tenho muitos sonhos, tenho os pés muito bem plantados no chão. E convicto de que preciso trabalhar bem todos os dias da minha vida, para que eu consiga ter o dia de amanhã melhor do que foi hoje. É assim que eu vou continuar levando minha vida, minha profissão, e é assim que eu quero ser visto pelas minhas filhas, uma de oito e uma de dois anos. Como um pai que não desiste. Quero que minhas filhas me vejam um pai que não desiste. Só isso.

 

GE