O Encontro Acadêmico de Letras (ENAL) entra no seu segundo dia nesta terça-feira, 13, na Universidade Estadual do Piauí (Uespi). Além dos minicursos promovidos no evento, a mesa redonda "Cem anos de Jorge Amado: espaços, vozes, identidades", movimentou o campus Clóvis Moura, situado em Teresina.

O debate com a participação dos professores Ricardo Nonato Almeida de Abreu Silva da Universidade Federal da Bahia (UFBA), Sueleny Ribeiro Carvalho da Universidade Estadual do Maranhão (UEMA)  e Maria Aurinívea Sousa de Assis da Uespi e UFBA.

Sueleny comentou dissertou sobre o tema "Identidade e estereotipia: o personagem negro entre sexualidade e desejo em Jorge Amado". Ela mencionou que é difícil não cair no esteriótipo quanto à constituição negra voltada para o erótico e que acaba sendo esteriotipado na obra amadiana. "Ele se tornou instrumento midiático por adotar uma linguagem e estrutura que se aproximava do popular e assim caiu no gosto do povo", observou.

Aurinívea afirmou que a participação de professores de outras instituições é engrandecedora. "É  uma configuração diferente, com uma programação variada e ressalta a grande quantidade de inscritos. E a proximidade com os professores de outros estados facilitou na suas vindas para contribuir com o evento", pontuou.

"Jorge Amado teve e tem uma grande representação cultural, pois valorizava muito a cultura negra", falou o professor Ricardo, que fez suas pesquisas junto a Miriam Fraga, diretora executiva da Fundação casa de Jorge Amado, na Bahia, onde ele reside. O professor também citou sobre a importância dos arquivos e acervo contido na fundação, sobre Jorge Amado.

Abílio Neiva Monteiro é acadêmico do 6º bloco de Letras Português da Uespi, considera muito boa a participação de professores de outros estados, pois assim há uma interação e conhecimento com outras formas de didática, falou ainda, que o evento está somando muito na sua produção acadêmica. Já Núbia Paula Alves dos Santos, estudante do último período de Letras também da UESPI, ressalta que com o evento ela está percebendo que já ver com o olhar da análise os posicionamentos dos professores convidados por ter certeza de que valeu a pena tudo que aprendeu durante o curso. É gratificante esta contribuição dos professores, a troca de informações é muito válida. Estou impressionada com a organização do ENAL, disse Núbia Paula.

Uespi.br e CCom

O auditório da Associação Piauiense de Municípios (APPM) foi palco para a 4ª Formação do Programa Palavra de Criança, executado em 150 municípios do Piauí. O evento foi na manhã desta terça-feira, 13, uma realização da Secretaria de Estado da Educação e Cultura (Seduc), em parceria com o Instituto ProBem.

O objetivo do encontro foi capacitar os coordenadores municipais sobre a 2ª Provinha Brasil e para a avaliação de 3º ano do ensino fundamental, para que os trabalhos desenvolvidos tenham resultados. A expectativa é que a criança aos 8 anos de idade já saiba ler, escrever e interpretar textos.

O gestor de programas do Unicef, Rui Aguiar, esteve presente e destacou o desempenho do Estado no Palavra de Criança. “Esse evento é super importante, porque ele mostra  que o que está sendo feito no Piauí é viável e pode ser feito em qualquer município do Semiárido”, afirma.

Parceiro da Seduc na capacitação, o Instituto ProBem foi o responsável pelo desenvolvimento e articulação das atividades, seus técnicos ofereceram tecnologias e informações necessárias aos representantes das cidades sobre como trabalhar o programa de forma mais eficaz.

“A Seduc é nossa grande parceira, pois ela aderiu ao programa, acreditou nos municípios e deu a oportunidade dos municípios de preparar os alunos para obter melhores resultados”, é o que afirma Carmem Portela, consultora do Instituto ProBem.

 govpi

No último domingo a Colégio Pequeno Príncipe que tem sede no bairro Sambaíba em Floriano-PI, celebra os seus 21 anos de fundação. Hoje referência no estado do Piauí o Colégio reúne cerca de 900 alunos em três turnos.  Como se trata de uma unidade onde as professoras e alunos estão sempre envolvidas com ações culturais, essa data não poderia passar em branco e logo todos se reuniram para festejar. São vinte e um anos de conquistas com muita luta, disse a professora Socorro Carvalho, que dirige a escola.

Numa entrevista nessa manhã ao piauinoticias.com a educadora que as manifestações colocadas em prática foram organizadas pelo pessoal do pré-escolar, como exemplo, um bolo totalmente enfeitado e que chamou atenção de todos.  Competições esportivas, danças e uma gincana cultural estão inseridas na programação envolvendo os estudantes de ambos os sexos.

A programação não é somente esta semana, disse a professora, mas durante o mês todo, estão envolvidos em ações e manifestações como o lançamento de um livro, um sarau e ainda uma cidade comercial – uma atividade onde os alunos montam uma cidade com várias empresas e instituições financeiras-, onde eles colocam em prática situações de compra e venda, já para se ter uma ideia de como funcionam alguns negócios que são feitos no dia a dia.

“Este ao será a segunda edição da ‘Cidade Comercial’ onde os alunos estarão vendendo e comprando e com isso colocando em prática tudo que eles apreenderam durante o ano”, explica. Nos seus 21 anos, o Colégio Pequeno Príncipe conta com o ensino médio, preparatórios para vestibular e iniciou com apenas 48 alunos no seu quadro de discente, hoje são cerca de 900 estudantes.

Da redação

IMAGENS: piauinoticias.com

O governo federal vai investir R$ 2,7 bilhões até 2014 na formação dos professores de classes de alfabetização em escolas públicas. A 360 mil alfabetizadores em todo o país serão concedidas bolsas para cursos de formação. Além disso, o governo oferecerá prêmios em dinheiro a professores e escolas que obtiverem os melhores resultados.

Os recursos se estenderão à compra de livros didáticos e de literatura e à avaliação do aprendizado das crianças nos três primeiros anos do ensino fundamental.

Essas iniciativas fazem parte do Pacto Nacional pela Alfabetização na Idade Certa (Pnaic). “Nosso objetivo é fazer com que todas as crianças do nosso país, sem exceção, sejam alfabetizadas até os oito anos de idade”, disse a presidenta da República, Dilma Rousseff. “Isso quer dizer que, com essa idade, toda criança vai ter de saber ler, escrever, interpretar um texto simples e, também, somar e subtrair e ter noções de multiplicar e dividir.”

Segundo a presidenta, 15% das crianças com oito anos de idade não conseguem interpretar um texto ou fazer as contas básicas. “Por causa dessa dificuldade, elas não conseguem aprender as outras matérias ensinadas nos anos seguintes, e muitas são reprovadas; algumas até abandonam a escola”, afirmou.

O pacto pela alfabetização na idade certa foi lançado pela presidenta na quinta-feira, 8, em cerimônia no Palácio do Planalto, com a presença do ministro da Educação, Aloizio Mercadante.

Dilma ressaltou ainda que o aprendizado será avaliado. “Todos os anos, as crianças do segundo e terceiro anos do ensino fundamental vão fazer uma prova, que vai verificar se elas realmente estão aprendendo”, afirmou. “Se a prova mostrar que alguma criança está ficando para trás, ainda haverá tempo de ajudar essa criança a aprender na idade certa.”

O objetivo de todo o esforço do governo federal com o pacto, segundo a presidenta, é atrair para a alfabetização os melhores professores das escolas públicas. “Vamos premiar os melhores resultados”, salientou. “Já reservamos R$ 500 milhões para essa premiação, pois achamos que o Brasil deve reconhecer e valorizar as melhores práticas educacionais, os melhores professores e as escolas mais bem-sucedidas.”

Ascom/Mec