A Universidade Federal do Piauí (UFPI) anuncia um processo seletivo simplificado para o preenchimento de 379 vagas para o Hospital Universitário (HU), a fim de abrir a unidade o quanto antes. O total de vagas não contempla as 1.592 anunciadas anteriormente que devem ser preenchidas através de concurso público.
Segundo o reitor Luiz Júnior, o Hospital será aberto até setembro, com essa seleção, que será feito até o final do mês. O objetivo é abrir sete clínicas e 50 leitos, que corresponde a 25% da capacidade do hospital.
“Eles terão um contrato de seis meses, renovável por mais seis. A responsável pela quantidade de especialidades a EBSERH [Empresa Brasileira de Serviços Hospitalares] que geralmente reserva 20% para cargos administrativos e 80% para área de saúde”, destacou o reitor. O reitor viaja a Brasília nesta quarta-feira para se reunir com representantes da EBSERH, onde irá definir o calendário tanto do processo seletivo quanto do concurso. O reitor acredita que ambos devem ser divulgados, nesta sexta-feira ou no início da próxima semana.
O concurso para 1.592 vagas deve ser realizado ainda este ano, a fim de garantir o pleno funcionamento do HU no mês de dezembro ou início de janeiro do ano que vem.
De acordo com informações do reitor, o HU parado consome R$ 4 milhões por ano com manutenção do prédio e de equipamentos e quando estiver funcionando 100%, terá um custo de R$ 123 milhões por ano.
A estudante piauiense Amanda Norberto Celestino, 16 anos, da Fundação Nossa Senhora da Paz, na Vila da Paz, foi selecionada para representar o Piauí, no Parlamento Juvenil do Mercosul 2012. O encontro acontecerá em Bogotá, na Colômbia, nos dias 28 e 29 deste mês de agosto e contará com representantes de todos os países associados ao Mercosul.
O Parlamento Juvenil é um projeto que teve origem no Uruguai, é apoiado por Argentina, Bolívia, Brasil, Chile, Colômbia, Paraguai e Venezuela e este ano traz como tema “O Ensino Médio que queremos”.
De acordo com o diretor da Fundação Nossa Senhora da Paz, Rubens Dantas, a jovem piauiense passou por uma seleção junto com outros 99 estudantes, em Brasília, no mês de julho.
"Destes 100 alunos, apenas 27 irão para Colômbia, tomar posse no parlamento. A partir de agora até 2014, a Amanda participará de todas as reuniões do Ministério da Educação relacionadas ao Ensino Médio e apresentará propostas de como melhorar o sistema", explicou o diretor.
O projeto apresentado por Amanda em Brasília traz propostas de inclusão digital e social no Ensino Médio, assim como a criação de grêmios estudantis. A ideia é fazer o jovem participar de todo o processo de formatação do Ensino Médio de sua escola.
Este é o segundo Parlamento Juvenil do Mercosul e também é a segunda vez que um aluno da Fundação Nossa Senhora da Paz assume a responsabilidade de representar o Piauí.
Supervisores das 21 Gerências Regionais de Ensino (GREs), além de gestores e técnicos da Secretaria Estadual de Educação (Seduc) participaram do Encontro Nacional Jovem de Futuro, realizado em Itupeva – SP de 8 a 10 de agosto. O evento, promovido pelo Instituto Unibanco, reuniu cerca de 250 representantes de sete estados parceiros, para debate sobre Conflito e Negociação no contexto escolar.
O encontro também reuniu especialistas em Educação do país, e serviu como uma valiosa troca de experiências exitosas, onde foram traçadas as políticas públicas para a implantação e busca de resultados positivos nos Estados. O evento marca mais uma etapa do Programa, já implantado no Piauí desde o mês de março, e tem como objetivo aumentar o desempenho escolar dos alunos e diminuir os índices de evasão.
A gerente do Ensino Médio da Seduc, professora Marcoelis Pessoa, participou da solenidade de abertura. No retorno, ela anunciou até 2016 todas as escolas de Ensino Médio da Rede Estadual deverão estar no Programa.
Crença na transformação
A principal crença do Programa Jovem de Futuro é a possibilidade de que qualquer escola pública pode transformar seus resultados em curto prazo, antes de ser implantado macro transformações através de uma intervenção multidimensional de apoio financeiro e técnico, monitoramento, avaliação e incentivo.
Já implantado em 74 escolas piauienses, o projeto encontra-se em fase da capacitação de gestores e técnicos. Nos próximos dias 14 e 15 deste mês, segundo informou a coordenadora do Programa no Piauí, professora Regina Monteiro, acontecerá a formação continuada do módulo Conflito e Negociação, o terceiro dos dez módulos do curso Gestão Escolar para Resultados. O evento deve reunir cerca de 200 gestores de escolas entre diretores adjuntos e coordenadores pedagógicos. A próxima etapa será a formação de professores. Ainda em agosto está previsto o grande lançamento oficial do Jovem de Futuro no Piauí, com a presença do governador Wilson Martins, do secretário Átila Lira e representantes do Instituto. Na oportunidade, mas 175 escolas serão sorteadas para fazer parte do projeto.
“Essas formações como essas têm sido muito receptivas. Sempre há uma troca de experiências muito grande, e isso nós levamos para o nosso estado para adaptação â nossa realidade“, avaliou a coordenadora piauiense.
Paralelo ao Encontro, no dia 9, ocorreu um workshop com jornalistas das secretarias envolvidas no Programa, que tem como ponto central a comunicação.
Como gestor e entusiasta da melhoria do Ensino Médio no Piauí, o secretario Átila Lira avaliou o Encontro como da grande importância para a construção dessa nova escola que está sendo implantada. "O Jovem de Futuro é uma ação de gestão escolar para resultados que oferece às escolas públicas do Ensino Médio apoio técnico e financeiro. A meta é mudar a realidade dessas escolas em apenas três anos. Vamos ver esses resultados", diz confiante, o secretário da Educação.
Conflito e Negociação
O Tema “Conflito e Negociação” foi discutido durante os três dias do Encontro, mas o debate foi aberto pelo superintendente do Instituto Unibanco, Ricardo Henriques. Ele alertou que as questões relacionadas ao conflito e a negociação se tornam ainda mais complexas em uma sociedade que passou a considerar uma enorme desigualdade como algo natural, ao mesmo tempo em que não reconhece o valor e a força das diferenças.
Para o superintendente, a escola pública é o mais poderoso local de onde esta importante inversão pode surgir, com esforços para a redução da desigualdade. Henriques acredita que o conflito pode ser positivo, já que representa um desejo de mudança, diferentemente do confronto, que é sempre negativo e surge da perda da tolerância e da anulação do outro.
“O papel do gestor escolar deve ir além do simples gerenciamento das divergências. Ele deve se tornar um fomentador de um ambiente de convivência, com a criação de mecanismos permanentes de promoção de diálogo, adotando uma escuta ativa e atuando no dia a dia para evitar a ocorrência de situações limites que podem se transformar em tragédias.", disse.
O que é o Projeto Jovem de Futuro?
Trata-se de uma ação concebida pelo Instituto Unibanco, e desenvolvida em parceria com governos, para escolas públicas de Ensino Médio, com o objetivo de aumentar o desempenho escolar dos alunos e diminuir os índices de evasão. Para atingir esses objetivos, as escolas participantes recebem apoio técnico e financeiro para a concepção, implantação e avaliação de um Plano de Melhoria de Qualidade, com duração de três anos, ou seja, o ciclo das três séries do Ensino Médio.
As escolas públicas participantes recebem apoio técnico para a elaboração de um plano estratégico, utilizando a metodologia do Marco Lógico, assistência técnica para uma “gestão para resultados” e R$100,00 (cem reais) por aluno do Ensino Médio/ ano, para a implantação desse plano. Em contrapartida, comprometem-se a melhorar substancialmente o desempenho de seus alunos no SAEB - Sistema de Avaliação da Educação Básica – na 3ª série do Ensino Médio, em Língua Portuguesa e em Matemática e a diminuir seus índices de evasão.
Essas escolas têm autonomia para decidir sobre prioridades na alocação dos recursos - já que a comunidade escolar deve ser a protagonista das transformações que considera necessárias - desde que priorizem estratégias de incentivo a professores (fundo de apoio a projetos pedagógicos, capacitação, premiação por frequência e rendimento dos alunos), incentivos para alunos (programa de monitoria, fundo para atividades, premiação por desempenho, fundo para necessidades especiais, acesso à cultura) ou melhoria da infraestrutura.
O Projeto Jovem de Futuro: Melhoria da Qualidade do Ensino Médio baseia-se no princípio de que um pequeno investimento de recursos técnicos e financeiros, colocado à disposição de qualquer escola pública, o qual respeite a autonomia e o protagonismo da comunidade escolar, pode trazer um impacto significativo nos resultados, desde que esteja direcionado para que a comunidade escolar se mobilize em torno de metas e estratégias pactuadas; reforce a gestão para resultados e ofereça incentivos para professores e alunos.
O Governo do Estado do Piauí está cada vez mais investindo em pesquisa através da Universidade Estadual do Piauí (Uespi). A iniciativa tem como objetivo melhorar a qualificação dos professores e dos alunos através do investimento anual de R$ 640 mil em manutenção de bolsas de pós-graduação, mestrado e doutorado, destinadas aos docentes da Uespi. O benefício contempla atualmente a 30 professores, que recebem auxílio financeiro para custear suas despesas enquanto durar o curso.
O número de bolsas oferecidas pela Fundação de Amparo à Pesquisa do Piauí (Fapepi), principal órgão de incentivo à pesquisa do estado, dobrou o número de bolsas concedidas para pós-graduação em mestrado e doutorado em apenas um ano. "Com a Fapepi fortalecida, a pesquisa ganha um espaço de destaque no Estado, com incentivos reais, especialmente em relação a Universidade Estadual do Piauí", garante Bárbara Melo, presidente do órgão.
Além de concorrer aos editais de concessão de bolsas envolvendo todas as universidades do Piauí, os professores da Uespi tem à sua disposição um programa de fomento à qualificação exclusivo para os seus docentes. Mensalmente, os professores contemplados recebem bolsas de R$ 1.200 para mestrado e R$ 1.800 para doutorado.
Os professores da Uespi também recebem incentivo da Fapepi através de editais que têm como objetivo auxiliá-los na participação e criação de eventos. “Quando você dá condições para o professor de se aprimorar dá também para o aluno aprender melhor, ter mais qualidade no que vai aprender são ações que dão um salto de qualidade e melhora o nível da educação”, ressalta Bárbara Melo.
Alunos
Cerca de 300 alunos vulneráveis socialmente também recebem bolsas para pesquisar, trabalhar e desenvolver atividades de extensão, como participação em Coral e Corpo de Dança. Os recursos são custeados pelo Tesouro Estadual e repassados diretamente à Uespi.