Médicos apontaram que cerca de 30% dos pacientes com a Covid-19 possuem lesões na pele A Sociedade Brasileira de Dermatologia (SDB) reuniu dados em uma nota técnica que avaliou estudos realizados em todo mundo. Foram mais de 2 mil artigos científicos revisados, que relacionam questões dermatológicas à Covid-19.
Estima-se que entre 5% e 10% dos pacientes positivados com a doença apresentam manifestações na pele, seja antes dos sintomas recorrentes, durante ou na fase seguinte, chamada de pós-Covid.
“As manifestações cutâneas podem ser mais um fator para agilizar o diagnóstico da Covid-19, especialmente se os sintomas de pele forem anteriores ao quadro geral”, explica a médica dermatologista Camila Seque, do Departamento de Medicina Interna da SBD e autora do levantamento.
O estudo indica que lesões de de pele como primeiros sintomas da doença podem ocorrer em 8 a 17% dos pacientes. Um dos principais sintomas da infecção na cútis é a urticária, caracterizada por coceira de áreas da pele como tronco e braços.
As principais manifestações na pele associadas ao Covid-19
Lesões de mucosas / alteração do paladar: A frequência de apresentação varia entre 5 e 88% em diferentes publicações.
Urticária / coceira intensa: Os quadros associados a Covid não tem predileção por faixa etária e ocorrem em pacientes de baixa gravidade, com baixa mortalidade.
Erupções urticariformes (“dedos de Covid”): São lesões que aparecem nos dedos das mãos e dos pés. Lembram frieiras, mas são assimétricas e duram, em média, 12 dias.
Necrose por obstrução vascular: Causa marcas na pele parecidas com uma rede. Foi observada em 6% dos casos e apareceram em pacientes mais velhos.
Erupções vesico-bolhosas (bolhas na palma da mão e sola do pé): Ocorrem em pacientes com quadro leve a moderado de Covid e pode acometer a região da palma das mãos e solas do pés. Perduram de 7 a 14 dias.
O eflúvio telógeno (queda de cabelo): Observou-se a incidência de casos de queda de cabelo em quase 3 vezes mais em relação à incidência pré-pandemia.
Jetss
Foto: Pixabay
Testes laboratoriais conduzidos no Instituto de Medicina Tropical da Universidade de São Paulo (IMT-USP) sugerem que, na grande maioria dos casos, os anticorpos gerados durante uma infecção pela cepa ancestral do novo coronavírus são capazes de neutralizar também a variante P.1, que emergiu em novembro de 2020 na cidade de Manaus (AM) e é considerada mais transmissível.
Um novo teste de sensibilidade "extrema" desenvolvido em um hospital espanhol é capaz de detectar anticorpos contra o coronavírus SARS-CoV-2 até então invisíveis em pacientes que venceram o vírus e que, aparentemente, não geraram nenhuma imunidade.
A vacina contra a covid-19 evita a forma grave da doença. Isso é o que comprovou um estudo realizado por pesquisadores do King's College London, na Inglaterra. A pesquisa foi realizada com pessoas imunizadas com as vacinas da Pfizer e da AstraZeneca.