Após ser infectado pelo novo coronavírus ( COVID-19) o Dr. Justino Moreira, diretor técnico do Hospital Regional Tibério Nunes, em Floriano-PI, está de volta as suas atividades no referido órgão.
Um esquema da Organização Mundial da Saúde (OMS) para proporcionar remédios contra Covid-19 a países pobres está apostando em tratamentos experimentais de anticorpos monoclonais e esteroides, mas rejeitando a terapia com o remdesivir, da Gilead Science, mostraram documentos internos.
Visto pela Reuters, o esboço de documento de 30 de outubro da OMS diz que as prioridades são garantir anticorpos monoclonais em um mercado disputado e aumentar a aquisição e a distribuição do esteroide dexametasona, dos quais já reservou quase três milhões de conjuntos de tratamento para países mais pobres.
Os anticorpos monoclonais são cópias fabricadas de anticorpos criados pelo organismo para combater infecções. O documento, que delineia pela primeira vez como o esquema gastaria o dinheiro dos doadores, não cita o remdesivir entre os remédios prioritários -- uma omissão considerável, já que, ao lado da dexametasona, o antiviral é a única outra medicação aprovada para tratar a Covid-19.
A Gilead, empresa norte-americana que desenvolveu o remdesivir, disse que o programa da OMS não financiou seus testes de Covid-19 e que este nunca abordou a farmacêutica para a possível inclusão do remédio em seu portfólio.
O esquema de suprimento de medicamentos é um dos quatro pilares do chamado ACT Accelerator, um projeto liderado pela OMS que também almeja garantir vacinas contra Covid-19, exames de diagnósticos e equipamento de proteção para países mais pobres arrecadando mais de 38 bilhões de dólares até o início de 2022.
"As prioridades imediatas para o pilar [de terapias] são esforços crescentes para os anticorpos monoclonais e ao mesmo tempo o aumento do uso da dexametasona", diz o documento da OMS, que ainda está sujeito a mudanças e deve ser publicado na sexta-feira (6) ou na semana que vem. O esquema de suprimento de remédios, coliderado pela instituição de caridade Wellcome Trust e pela Unitaid, uma parceria de saúde capitaneada pela OMS, precisa urgentemente de 6,1 bilhões de dólares, sendo 750 milhões de dólares até fevereiro, de um total de 7,2 bilhões de dólares.
Apesar de estar com poucos fundos, o esquema da OMS quer "transformar o cenário dos tratamentos", diz o documento, e distribuir centenas de milhões de conjuntos de medicamentos contra Covid-19 a países mais pobres até 2022.
Conclusões preliminares de um teste patrocinado pela OMS revelaram em outubro que o remdesivir teve pouco ou nenhum efeito em pacientes de Covid-19, contradizendo testes positivos anteriores.
O HIV é uma infecção que só se manifesta quando está em estágio avançado. Isso faz com que a pessoa infectada não receba tratamento e continue a contagiar outros indivíduos. Descubra neste artigo como ela é transmitida e quais são os seus sintomas.
Os sintomas do HIV, ou vírus da imunodeficiência humana, são variados, pois no início esta é uma infecção que se esconde no sistema imunológico humano. Portanto, é difícil detectá-la a tempo, embora tenhamos observado grandes progressos na qualidade dos laboratórios que a registram.
Conhecer os possíveis sinais da doença é a chave para a sua detecção precoce. Com base nisso, é possível estabelecer tratamentos que melhoram muito a qualidade de vida dos pacientes e os ajudam a enfrentar as complicações da patologia.
O que é o vírus HIV? O vírus HIV pertence a uma família especial de vírus chamada Retrovírus, uma vez que contém uma única cadeia de ácido ribonucleico, ou RNA, dentro deles. Possui um núcleo com essa informação genética e uma capa lipídica com diversos receptores.
São esses receptores que permitem ao vírus entrar nas células humanas, especificamente nos linfócitos CD4 +, que são as células de defesa do organismo responsáveis pela organização do sistema imunológico.
Se esta partícula viral ataca essas células, elas não podem cumprir sua função e o organismo perde a sua capacidade de defesa contra outras infecções.
A estigmatização de pacientes com sintomas de HIV levou a falsos mitos sobre o seu contágio. Pensava-se que a transmissão poderia ocorrer através do ar ou pela água, por mosquitos e outros insetos, ou pelo contato com o suor. Mas a verdade é a seguinte:
O vírus não sobrevive por muito tempo fora do corpo humano e não pode se reproduzir sem um hospedeiro. Portanto, é impossível que seja transmitido através da água ou pelo ar.
Certos fluidos corporais, como sangue ou sêmen são os transmissores do HIV, mas é falso que o suor, as lágrimas ou a saliva possam transportá-lo. Dar um abraço, um aperto de mão, compartilhar o banheiro ou dar um beijo social em uma pessoa infectada não é arriscado. Como o vírus é realmente transmitido? Os fluidos corporais que devem ser considerados para a transmissão são os seguintes:
Sêmen e líquido pré-ejaculatório: é importante saber que a única maneira de impedir o contágio é através de medidas profiláticas. Depois do contato, não há forma de evitar a doença. Ou seja, não se pode voltar atrás. Apenas o uso de medidas profiláticas, como o preservativo, é eficaz. Secreções vaginais e retais: o muco dessas áreas.
Sangue: o vírus pode ser contraído por meio de transfusões, mas atualmente sua incidência por essa causa é insignificante, pois os testes de transfusão são rigorosos. Por outro lado, compartilhar seringas, no caso de viciados em drogas intravenosas, representa um problema crescente. Esses fluidos corporais devem entrar em contato com as membranas mucosas ou tecidos lesados da outra pessoa, ou ser injetados na corrente sanguínea para que a transmissão ocorra. Em outro nível, as mulheres com HIV podem transmitir o vírus a seus bebês durante a gravidez, durante o parto ou através do leite materno.
Sintomas do HIV Os sintomas do HIV não aparecem até os estágios avançados, nos quais as pessoas infectadas contraem outras infecções oportunistas ou desenvolvem neoplasias. Isso cria uma ampla janela sem oportunidade de detecção precoce, o que piora o prognóstico.
Inicialmente, quando o vírus entra em nossa corrente sanguínea e se replica, ele causa sintomas semelhantes aos de uma gripe, com febre, cansaço e dores nas articulações. No entanto, a maioria das pessoas infectadas confunde os sintomas com os de um resfriado comum.
Este quadro semelhante ao da gripe se autolimita e a pessoa fica bem novamente após algumas semanas ou dias. No entanto, o vírus não desaparece, mas permanece latente nos linfócitos e nódulos linfáticos. Depois de alguns anos, embora isso dependa de cada pessoa infectada, o vírus sai do estado de hibernação e começa a se replicar.
Como a pessoa fica sem defesas, outros vírus, bactérias e fungos aproveitam essa situação para poder infectar. Os mesmos micro-organismos que não causam problemas em uma pessoa saudável levam a infecções graves no HIV. Esses tipos de patologias são chamadas de oportunistas.
Exemplos de patologias oportunistas Pneumocystis jiroveci: causa pneumonia grave, afetando ambos os pulmões, sem expectoração ou dor no peito. A pessoa tem febre constante e sensação de asfixia.
Pneumococo recorrente. Tuberculose pulmonar e extrapulmonar: a maioria das pessoas expostas a essa bactéria consegue estancar a infecção e prevenir a sua evolução, mas no caso do HIV as defesas não são suficientes para que isso aconteça.
Toxoplasmose cerebral: o toxoplasma é um parasita encontrado na carne crua e nas fezes de gato. A maior parte da população já entrou em contato com o parasita, mas a doença nunca se desenvolve. No entanto, em situações de imunossupressão, ela ressurge e se aloja no cérebro. Cândida digestiva: um dos sintomas do HIV no sistema digestivo é a gastroenterite causada por fungos raros, como a candidíase.
Em um paciente com HIV, qualquer infecção se espalha pelo corpo e é muito grave, pois não há defesas suficientes para controlá-la. A mortalidade não provém tanto do próprio vírus, mas de infecções oportunistas.
Existem também neoplasias que se desenvolvem de forma característica em pacientes com HIV. São cânceres que não são tão frequentes em outras pessoas e que se multiplicam pela deficiência do sistema imunológico em identificar células anormais. O mais comum é o sarcoma de Kaposi.
O que fazer ao detectar sintomas de HIV? Atualmente, qualquer pessoa que tenha marcadores positivos para o HIV inicia o tratamento antirretroviral precocemente. A importância de usar esses medicamentos o mais rápido possível é evitar a disseminação e melhorar a expectativa de vida do paciente.
Já é sabido que pacientes com câncer que se exercitam geralmente têm um prognóstico melhor do que aqueles inativos. Agora, pesquisadores do Karolinska Institutet, na Suécia, encontraram uma explicação do poder do exercício para impedir o crescimento da doença num estudo com camundongos publicado na revista “eLife”. A atividade física altera o metabolismo do sistema imunológico de células T citotóxicas – que são ativadas para matar células infectadas – aumentado sua eficiência para atacar o câncer.
“A biologia por trás dos efeitos positivos do exercício nos fornece conhecimento sobre como o organismo mantém a saúde, assim como nos ajuda a aperfeiçoar os tratamentos contra o câncer”, afirma Randall Johnson, professor da biologia molecular da instituição. Como ainda não se conhece bem o mecanismo através do qual a atividade física age no sistema imunológico, os cientistas dividiram as cobaias em dois grupos: um se exercitava naquelas rodas giratórias para roedores e o outro se mantinha inativo. O câncer se desenvolvia mais lentamente e a mortalidade era menor no grupo de animais submetidos ao treinamento.
O passo seguinte foi comprovar a importância das células T citotóxicas no processo. Os pesquisadores injetaram anticorpos que eliminavam essas células nos dois grupos e os efeito positivo do exercício foi neutralizado. Eles também transferiram células T citotóxicas de camundongos que se exercitavam em cobaias que eram sedentárias, e essas passaram a ter um prognóstico melhor. Por fim, os cientistas isolaram células, sangue e tecidos após uma sessão de treino e mediram os níveis de metabólitos (moléculas resultantes do metabolismo) produzidos no músculo e excretados. Alguns deles, como o lactato, aumentavam a atividade das células T, o que levou a equipe a investigar se o mesmo ocorria com humanos. O teste foi feito através de um exame de sangue em um grupo de homens depois de 30 minutos pedalando, ratificando a descoberta. “Esperamos que esses resultados contribuam para o entendimento sobre o impacto do estilo de vida em nosso sistema imunológico e o desenvolvimento de novas imunoterapias contra o câncer”, disse Helene Rundqvist, pesquisadora do Karolinska Institutet.