• Hospital Clinicor
  • Vamol
  • Roma

covidastrasenecaA vacina anticovid criada pela AstraZeneca/Oxford ainda apresenta "amplamente" mais benefícios do que riscos, anunciou a OMS (Organização Mundial da Saúde) nesta terça-feira (6).

"Não há evidência de que o balanço risco-benefício deva ser modificado", disse à imprensa o diretor de regulação e pré-classificação, Rogério Pinto de Sá Gaspar.

A fala do representante da organização ocorre no mesmo dia em que um especialista da EMA (Agência Europeia de Medicamentos) admitiu, pela primeira vez, a possibilidade de uma minoria de pessoas vacinadas desenvolverem coágulos.

"Agora podemos afirmar, está claro que há um vínculo com a vacina, que provoca esta reação. Mas ainda não sabemos por quê [...]. Em resumo, nas próximas horas, vamos declarar que existe um vínculo, mas ainda temos que entender por quê acontece", disse Marco Cavaleri, diretor de estratégia de vacinas da EMA.

Há várias semanas foram detectadas suspeitas sobre possíveis efeitos colaterais graves, embora raros, entre as pessoas vacinadas com o fármaco da AstraZeneca. Seriam casos de trombose atípica, incluindo alguns que provocaram a morte.

No Reino Unido foram registrados 30 casos e sete mortes de um total de 18,1 milhões de doses administradas até 24 março.

Para a EMA "não se demonstrou um vínculo causal com a vacina", afirmou há alguns dias a diretora executiva da agência, Emer Cooke.

Para a agência europeia de acordo com os conhecimentos científicos atuais, "não há provas que apoiem a restrição do uso desta vacina em nenhuma população".

Para Paul Hunter, especialista em microbiologia médica da Universidade de East Anglia, entrevistado pela AFP, "a evidência aponta mais para a vacina Oxford-AstraZeneca como causa".

Como precaução, vários países determinaram a aplicação desta vacina a algumas faixas etárias, como França, Alemanha e Canadá.

Para a AstraZeneca os benefícios da vacina na prevenção da covid-19 superam os riscos dos efeitos colaterais. O laboratório anglo-sueco afirmou no sábado que a "segurança do paciente" é sua "principal prioridade".

R7

Foto: MASSIMO PINCA/REUTERS