Técnicos da FDA (Administração de Medicamentos e Alimentos), órgão regulador equivalente à Anvisa (Agência Nacional de Vigilância Sanitária) nos Estados Unidos, afirmaram nesta quarta-feira (15) que pode não ser necessário aplicar um reforço em todos indivíduos que receberam a vacina anticovid da Pfizer/BioNTech.
A discussão surge no momento em que a OMS (Organização Mundial da Saúde) pede para que países ricos e com excesso de vacinas, como é o caso dos Estados Unidos, colaborem para a imunização de nações pobres em detrimento de uma terceira dose. A agência admite que uma terceira dose em quem já recebeu duas injeções do mesmo imunizante anteriormente atendeu às condições pré-especificadas que o regulador estabeleceu para mostrar que a injeção estava gerando uma resposta imunológica.
Mas a FDA não foi conclusiva em relação à necessidade de uma terceira dose ampla para todos os que tomaram Pfizer/BioNTech.
"Alguns estudos observacionais sugeriram um declínio da eficácia da Comirnaty [nome comercial da vacina] ao longo do tempo contra a infecção sintomática ou contra a variante Delta, enquanto outros não. No entanto, em geral, os dados indicam que as vacinas covid-19 atualmente licenciadas ou autorizadas pelos EUA ainda oferecem proteção contra covid-19 grave e morte nos Estados Unidos", disseram membros da FDA em nota. Caberá a um comitê externo de especialistas, na sexta-feira (17), analisar e votar sobre a recomendação de uma terceira dose, e para quais grupos.
A Pfizer afirmou que os testes clínicos de fase 3 da vacina apontam uma queda de cerca de 6% do nível de anticorpos conferidos pelo produto a cada dois meses.
A farmacêutica também acrescentou que a parcela maior de indivíduos com covid-19 estava entre os que haviam tomado as injeções mais cedo.
Segundo a Pfizer, em um ensaio clínico com cerca de 300 participantes, a terceira dose gerou uma resposta imunológica melhor do que a segunda.
A empresa também apontou para dados do programa de reforço recentemente iniciado em Israel para mostrar que uma terceira dose restaura altos níveis de proteção contra o vírus.
O presidente dos Estados Unidos, Joe Biden, pressionou por doses adicionais em face do aumento de hospitalizações e mortes causadas pela variante Delta, altamente contagiosa, e estabeleceu a data de 20 de setembro para começar a administrar 100 milhões de injeções de reforço no país.
Algumas autoridades americanas esperam que os reforços possam prevenir casos leves e reduzir a transmissão do vírus, bem como reduzir infecções graves, o que poderia acelerar a recuperação econômica.
R7 com Reuters
Foto: Lucy Nicholson/Reuters
Pelo menos três em cada dez crianças e adolescentes entre 5 e 19 anos de idade na América Latina e no Caribe estão acima do peso, uma condição que tem aumentado nos últimos anos, advertiu o Unicef (Fundo das Nações Unidas para a Infância) na segunda-feira (13).
Após interromper temporariamente a entrega de novas doses da vacina da AstraZeneca por falta de insumos, a Fiocruz (Fundação Oswaldo Cruz) volta a liberar o imunizante ao Ministério da Saúde. Segundo a fundação, o primeiro lote está passando pelo controle de qualidade e deve ser entregue nesta terça-feira (14).
Um estudo conduzido por pesquisadores da Universidade do Chile revelou nesta sexta-feira que a vacina Pfizer/BioNTech mantém a positividade de seus anticorpos IgG acima de 90% após 20 semanas de sua aplicação, enquanto com a CoronaVac uma queda progressiva em torno de 40% é observada neste período.