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coronaO Ministério da Saúde informou nesta segunda-feira (6) que os 25 lotes das vacinas covid-19 da Coronavac interditados cautelarmente no último sábado (4) estão bloqueados no Sistema de Insumo Estratégico da pasta. O objetivo da medida do Ministério da Saúde é evitar que as doses sejam movimentadas até que a agência reguladora finalize a investigação sobre o caso.

A orientação está em nota técnica divulgada nesta segunda-feira (6). No documento, o Ministério da Saúde solicita ainda que os lotes interditados sejam separados dos demais e que sejam mantidos em quarentena na temperatura de +2 °C a +8 °C. Segundo o Ministério da Saúde, as doses da Coronavac já distribuídas ou aplicadas estão sendo rastreadas pelas equipes técnicas responsáveis e serão monitoradas e controladas até a decisão final da Anvisa (Agência Nacional de Vigilância Sanitária).

Quem foi vacinado com doses desses lotes deve ser acompanhado, durante 30 dias, pelos gestores locais do Sistema Único de Saúde (SUS). Eles serão responsáveis por avaliar possíveis eventos adversos.

Ao todo, são 12,1 milhões de doses produzidas pela Sinovac, na China, em fábrica não inspecionada e aprovada pela agência na Autorização de Uso Emergencial do imunizante. O local também não foi inspecionado por outras agências reguladoras internacionais.

Por isso, no último sábado (4), a Anvisa determinou a interdição de 25 lotes da vacina Coronavac, que imuniza contra a Covid-19. A medida vale por até 90 dias. As doses foram enviadas pela Sinovac, parceira do Instituto Butantan no desenvolvimento e produção da Coronavac.

A Anvisa foi notificada em reunião iniciada às 16 horas de 3 de setembro de 2021. Posteriormente, de acordo com a agência, foi recebido ofício encaminhado às 20h44 do mesmo dia, com a comunicação do fato pelo Instituto Butantan.

Após a entrega das doses para o Ministério da Saúde, os lotes passaram por todo o processo rígido do controle de qualidade, inclusive a análise e liberação pelo Instituto Nacional de Controle de Qualidade em Saúde da pasta.

R7

Foto: Amanda Perobelli/Reuters

A 10º Coordenação Regional de Saúde, em Floriano-PI, recebeu uma nova remessa do de imunizantes contra o novo coronavírus.

Se trata da 37ª remessa que visa combater a COVID-19 que chegou no final da manhã dessa sexta-feira. Os produtos foram recebidos pelo Chico Alves, coordenador da Regional.

chicoalves

Foram recebidas 9.177 doses, sendo que deste número 2.519 devem ficar em Floriano e as demais serão distribuídas entre as cidades que compõem e regional.

Os imunizantes sao da  ASTRAZENECA D2/23, BUTANTAN D1 E PFIZER D2/23.

Da redação

covidnarizUma vacina em forma de spray nasal de fácil aplicação, baixo custo, proteção duradoura inclusive contra variantes e capaz de bloquear a ação do novo coronavírus ainda no nariz, onde começam as infecções. Esse é o objetivo de um projeto que está sendo desenvolvido por um grupo de pesquisadores da USP (Universidade de São Paulo), em parceria com a Unifesp (Universidade Federal de São Paulo) e a Fiocruz (Fundação Oswaldo Cruz).

O novo imunizante, ainda em fases iniciais de estudo, foi apresentado na segunda-feira (30) durante o Ciclo ILP-Fapesp de Ciência e Inovação. O evento, uma parceria entre a Fapesp (Fundação de Amparo à Pesquisa do Estado de São Paulo) e o ILP (Instituto do Legislativo Paulista), está disponível na íntegra no YouTube .

“Uma das vantagens da imunização nasal é que ela gera uma imunidade local no nariz, na orofaringe [parte da garganta logo atrás da boca] e nos pulmões. É exatamente o ‘território’ ideal para impedir a consolidação de uma infecção pelo SARS-CoV-2. Vacinas injetáveis são muito boas para induzir imunidade sistêmica e também nos pulmões, mas não são especialmente boas para gerar uma resposta protetora na região nasal e orofaringe”, explicou Edécio Cunha Neto, professor da Faculdade de Medicina e pesquisador do InCor (Laboratório de Imunologia do Instituto do Coração).

O projeto, do qual ele é um dos pesquisadores principais, tem apoio da Fapesp e é coordenado por Jorge Elias Kalil Filho, professor da FM-USP e chefe do Laboratório de Imunologia Clínica e Alergia do Hospital das Clínicas.

“As vacinas que existem hoje são excelentes, desenvolvidas em tempo recorde, mas agora precisamos de um imunizante de segunda geração capaz de contornar problemas que apareceram no decorrer da imunização [escape imune ou efeitos adversos, por exemplo] e servir como reforço às injetáveis”, disse Cunha Neto.

Segundo o pesquisador, o objetivo é criar uma vacina que gere anticorpos neutralizantes duradouros e também estimule de forma robusta a imunidade celular – aquela mediada pelos linfócitos T, que reconhecem o patógeno e destroem células infectadas.

Além disso, a nova vacina deve proteger contra variantes de preocupação. Para isso, os pesquisadores estão desenvolvendo um antígeno que pode conter a região da proteína S (spike, presente na superfície do vírus) que se liga às células humanas (RBD) de três ou quatro variantes ao mesmo tempo.

O antígeno vai conter ainda pedaços de proteínas que estimulem a resposta celular, mais duradoura do que aquela mediada pelos anticorpos neutralizantes. Por isso, deve incluir os chamados linfócitos T CD8+ citotóxicos, que matam células infectadas, e os linfócitos T CD4+, que ajudam na produção de anticorpos e nas respostas citotóxicas.

Atualmente, a equipe está testando 25 combinações diferentes de proteínas, que serão encapsuladas em nanopartículas de cerâmica recobertas com um polímero para garantir a adesão do imunizante ao ambiente nasal.

Testes preliminares com duas doses de protótipos do antígeno levaram à geração de altas quantidades de anticorpos neutralizantes em camundongos. Cunha Neto ressalta que o produto esperado deverá ainda ser estável em temperatura ambiente, além de seguro, com baixo custo e domínio de todo o processo de fabricação no país.

A expectativa é que os testes clínicos sejam realizados em 2022.

Agência Fapesp

Foto: reprodução Freepik

antibioticCientistas da Universidade de Umeå, na Suécia encontraram indícios claros da relação entre o consumo de antibióticos e o risco aumentado do desenvolvimento de câncer de cólon nos próximos cinco a dez anos.

Os resultados foram publicados nesta quarta-feira (1º) no Jornal do Instituto Nacional do Câncer, da Oxford University Press.

A pesquisa analisou dados de 40 mil casos de câncer de cólon e identificou um risco de 17% maior de desenvolver este tipo de tumor entre indivíduos que fizeram uso de antibióticos por mais de seis meses.

O risco aumentado, no entanto, foi observado no cólon ascendente — a primeira parte a ser alcançada pelos alimentos após o intestino delgado. Não houve risco maior no cólon descendente nem no reto.

De acordo com os autores do estudo, o aumento do risco deste tipo de câncer foi observado até mesmo entre pessoas que fizeram um único tratamento de antibióticos.

A principal suspeita dos pesquisadores é de que o medicamento, embora fundamental para o tratamento de uma série de doenças, tenham impacto na microbiota do intestino.

Para entender como os antibióticos aumentavam o risco de câncer de cólon, os cientistas utilizaram dois tipos de tratamento em diferentes pacientes com infecção urinária: antibiótico e outra droga bactericida não antibiótica que não afeta a microbiota.

Ao final, eles perceberam que esta outra droga não aumentou o risco de câncer, o que deixou mais clara a relação do antibiótico com os tumores.

“Os resultados reforçam o fato de que há muitos motivos para restringir os antibióticos. Embora em muitos casos a terapia com antibióticos seja necessária e salve vidas, no caso de doenças menos graves que podem ser curadas de qualquer maneira, deve-se ter cuidado. Acima de tudo, para evitar que as bactérias desenvolvam resistência, mas, como mostra este estudo, também porque os antibióticos podem aumentar o risco de câncer de cólon futuro ”, explica em comunicado Sophia Harlid, pesquisadora de câncer na Universidade de Umeå.

No Brasil, os tumores de cólon e reto representavam cerca de 9% de todos os novos casos em 2020, totalizando 41 mil diagnósticos naquele ano.

A pesquisadora, todavia, diz que não há motivo para que pessoas que tenham feito uso de antibióticos se preocuparem.

"O aumento do risco é moderado e o efeito sobre o risco absoluto para o indivíduo é bastante pequeno."

O estudo sueco confirma os achados de um trabalho realizado anteriormente no Reino Unido.

Os cientistas concluíram, em 2019, que foram receitados antibióticos a 70% (20.278) dos pacientes com câncer intestinal e retal e a 68,5% (93.862) entre as pessoas que não tinham câncer. Para quase seis em cada dez participantes da pesquisa foi prescrito mais de um tipo de antibiótico.

R7