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Os casos do novo coronavírus continuam crescentes em Floriano-PI. Em dezembro passado, de acordo com um levantamento do Piauí Notícias, foram pouco mais de 300 registrados e, em janeiro o número de pessoas infectadas aumentou, passando dos 550 casos confirmados. 

justinomoreira

As informações são do médico Justino Moreira, diretor técnico do Hospital Tibério Nunes, que inclusive já esteve infectado com coronavirus, passou por tratamento e está bem.

O profissional em saúde cita num  a entrevista ao Carlos Iran, sobre a capacidade de pacientes no Hospital nesse momento.

cepaFoi confirmado nessa terça-feira, 02, o primeiro caso de piauiense diagnosticado com a nova cepa da Covid-19. Trata-se de um arquiteto que viajou para a Turquia no fim do mês de janeiro. A informação foi repassada pelo Superintendente do Hospital Universitário da Universidade Federal do Piauí (HU-UFPI), Dr. Paulo Márcio, que já havia confirmado que a variante já estava no Piauí, assim como em todo o Brasil.

“Vou dar até uma informação em primeira mão: chegou a notícia que um arquiteto do Piauí que foi diagnosticado com a nova variante do coronavírus. Ele fez uma viagem para a Turquia e ao chegar lá apresentou os sintomas da doença. E ele ainda é o primeiro paciente da Turquia a apresentar a nova variante. Ele está lá. O diagnóstico foi feito lá e ele está sendo tratado lá”, disse.

O piauiense embarcou para o país antes do dia 23 de janeiro, quando o país suspendeu os voos provenientes do Brasil por conta do aumento de casos com a nova variante. Não há informações sobre quando ele retorna ao Piauí.

Além disso, o Laboratório Central do Piauí (Lacen) informou nesta terça (2) que foi detectado em um paciente que veio de Manaus (AM) fazer tratamento de Covid-19 em Teresina, uma variante genérica P1 do Coronavírus. No entanto, ao chegar em Teresina, o paciente já não transmitia mais a doença, pois apresentou-se com uma forma leve, e já estava com mais de 15 dias do início dos sintomas.

Os órgãos de saúde disseram ainda que foram mantidos todos os procedimentos médicos de isolamento e proteção das equipes de saúde, bem como foram realizados testes na equipe que o atendeu e não foi registrada nenhuma infecção e nem transmissão a terceiros.  O paciente em questão já teve alta médica e já retornou para Manaus.

 

MN

Foto: pixabay

vacinaA vacina russa Sputnik V foi 91,6% eficaz na prevenção de casos sintomáticos da covid-19, de acordo com resultados revisados ​​por pares de um ensaio clínico em estágio final publicado na revista científica The Lancet nesta terça-feira (2).

Os cientistas disseram que os resultados do teste de Fase 3 - a última etapa de testes em humanos - significam que o mundo tem outra arma eficaz para combater a pandemia mortal e justificam, em certa medida, a decisão de Moscou de lançar a vacina antes que os dados finais sejam divulgados.


Os resultados, coletados pelo Instituto Gamaleya em Moscou, que desenvolveu e testou a vacina, estavam de acordo com os dados de eficácia relatados nos estágios anteriores do ensaio, que está sendo executado em Moscou desde setembro.

"O desenvolvimento da vacina Sputnik V foi criticado pela pressa imprópria e pela ausência de transparência", disse o professor Ian Jones, da Universidade de Reading, e a professora Polly Roy, da Escola de Higiene e Medicina tropical de Londres, ambas na Inglaterra, em um comentário compartilhado pelo The Lancet.

"Mas o resultado relatado aqui é claro e o princípio científico da vacinação é demonstrado", disseram os cientistas, que não participaram do estudo. "Outra vacina pode agora se juntar à luta para reduzir a incidência da covid-19."


Os resultados foram baseados em dados de 19.866 voluntários, dos quais um quarto recebeu um placebo, disseram os pesquisadores, liderados por Denis Logunov do Instituto Gamaleya.

Desde o início do ensaio em Moscou, houve 16 casos sintomáticos de covid-19 entre as pessoas que receberam a vacina, e 62 entre o grupo do placebo, de acordo com os cientistas.

 

Isso mostrou que um esquema de duas doses administradas com 21 dias de intervalo da vacina - que é baseada em dois vetores de adenovírus diferentes - tiveram 91,6% de eficácia contra casos sintomáticos de covid-19.

Eficaz para idosos
Havia 2.144 voluntários com mais de 60 anos no ensaio e a vacina demonstrou ser 91,8% eficaz quando testada neste grupo mais velho, sem efeitos colaterais graves relatados que pudessem estar associados ao imunizante, de acordo com o artigo da The Lancet.

A Sputnik V também demonstrou ser 100% eficaz contra casos graves e moderados de covid-19, visto que não houve tais casos entre o grupo de 78 participantes infectados e sintomáticos após 21 da administração da primeira injeção.


Quatro mortes de participantes ocorreram, mas nenhuma foi considerada associada à vacinação, segundo o estudo.

“A eficácia parece boa, inclusive acima dos 60 anos”, disse Danny Altmann, professor de imunologia do Imperial College de Londres. “É bom ter mais uma adição ao arsenal global.”

Os autores do estudo observaram que, como os casos de covid-19 só foram detectados quando os participantes relataram sintomas, mais pesquisas são necessárias para entender a eficácia da Sputnik V em casos assintomáticos e na transmissão do vírus.

A Sputnik V foi aprovada por 15 países, incluindo Argentina, Hungria e Emirados Árabes Unidos, e chegará a 25 até o final da próxima semana, disse Kirill Dmitriev, chefe do Fundo Russo de Investimento Direto (RDIF).


Dmitriev tanmbém afirmou que a vacinação com a Sputnik V começará em uma dúzia de países, incluindo Hungria, Bolívia, Emirados Árabes Unidos, Venezuela e Irã.

No entanto, grandes remessas da vacina só foram enviadas até agora para a Argentina, que recebeu doses suficientes para vacinar cerca de 500 mil pessoas, e para a Bolívia, que recebeu 20 mil vacinas.

A produção para exportação será realizada principalmente pelos parceiros de fabricação do RDIF no exterior.

Dmitriev disse que a produção começou na Índia e na Coréia do Sul, e será lançada na China neste mês. Doses experimentais também foram produzidas por um fabricante no Brasil.

A Rússia também está conduzindo um ensaio clínico em pequena escala de uma versão de dose única da vacina, que os desenvolvedores esperam ter uma taxa de eficácia de 73% a 85%.

 

Reuters

Foto: SERGEY PIVOVAROV/REUTERS

 

voltaaulasO risco de contágio da covid-19 em escolas não aumenta desde que protocolos de segurança sejam rigorosamentes seguidos, segundo médicos. É mais frequente crianças se infectarem fora do ambiente escolar do que dentro, ressalta o pediatra infectologista Marco Sáfadi, do Hospital Infantil Sabará, em São Paulo.

"Um dos argumentos para o não retorno às aulas é que representa risco de infecção. Mas estudos feitos em escolas que retornaram as aulas durante a pandemia e rastrearam a origem das transmissões mostraram que era mais frequente crianças se infectarem fora do que dentro da escola. É uma equívoco muito grande não levar crianças à escola, pois elas frequentam outros ambientes que não têm todos os cuidados que a escola implementa e as chances de infecção são maiores", afirma.


Como exemplo de outros ambientes, ele cita restaurantes, clubes e igrejas. "As fontes de infecção, de modo geral, são locais com acúmulo de pessoas, pessoas sem máscara, pouca ventilação e onde ficam por muito", explica. "Qualquer atividade é de risco, algumas de maior outras de menor. A escola não é de maior risco para infecção. Na maioria das vezes, a infecção não ocorre dentro do ambiente escolar", ressalta.


O pediatra Juarez Cunha, presidente da SBIm (Sociedade Brasileira de Imunizações) explica que as experiências que têm sido relatadas por países que já retornaram às aulas é o que risco de contágio não aumenta desde que os protocolos de segurança sejam rigorosamentes seguidos.

"Se as medidas para evitar a transmissão não forem seguidas, como uso de máscara a partir dos dois anos, distanciamento de 1,5m a 2m entre as crianças, lavagem de mãos e evitar aglomeração, o risco de contágio vai existir. O que tem sido relatado é que, quando isso é colocado em prática, a transmissão é evitada, não apenas entre crianças", diz.

Cunha ressalta que, enquanto as aulas não retornam, as crianças estão se infectando como "todas as outras pessoas". "O que temos observado é que, infelizmente, a população não está obedecendo às regras que são básicas e muito simples para evitar a transmissão: uso de máscara, lavagem das mãos, distanciamento social e evitar aglomerações".

Sáfadi explica que a maior transmissão da covid-19 não se dá entre crianças, mas sim a partir de adultos, principalmente de adultos jovens. "A maior transmissão se dá em aqueles que não obedecem às regras, independemente do grupo etário, mas é mais comum a transmissão de adulto para adulto", complementa Cunha.

Risco das novas variantes
As novas variantes do coronavírus do Reino Unido e da África do Sul, já em circulação no Brasil, são mais transmissíveis que o vírus padrão - a do Amazonas ainda está em estudo. No entanto, não há comprovação científica de que sejam mais contagiosas em crianças, reforça Sáfadi. "São interpretações precipitadas".

Cunha destaca que, mesmo assim, as variantes são uma preocupação porque as regras que valiam para o vírus padrão podem não valer mais para as nova variantes, conforme vão sendo estudadas. "Crianças continuam não sendo o grupo de maior risco de doença grave e morte, mas isso não significa que não aconteça com elas", diz.

Mortes em crianças e adolescentes correspondem a 0,6 do total de mortes, apesar de esse grupo representar 25% da população até 19 anos, explica Sáfadi. "Quando há muitos casos e mortes esse número acaba respigando nas crianças. Existe um aumento de mortes onde há mais casos, mas esse aumento está ocorrendo dentro da mesma proporção em crianças", esclarece. Durante um ano de pandemia, houve cerca de 1.200 mortes entre crianças e adolescentes no país, segundo o infectologista.

Cunha frisa que os protolocos de segurança devem ser seguidos no volta às aulas não apenas para proteger as crianças, mas também os profissionais que trabalham na escola. "São grupos que estão na estratégia de vacinação, mas vai demorar para serem vacinados. Esse retorno tem que ser seguro para professores e outros trabalhadores da escola", finaliza.

 

R7

Foto: IBRAHEEM ABU MUSTAFA/REUTERS