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vacO Instituto de Tecnologia em Imunobiológicos (Bio-Manguinhos) da Fundação Oswaldo Cruz (Fiocruz) vai envasar nesta sexta-feira (12) o primeiro lote de vacinas contra a Covid-19 produzidas no Brasil pela instituição, fabricadas em parceria com a Oxford/ AstraZeneca . A fabricação foi finalizada com insumos vindos da China que chegaram ao Rio de Janeiro no último sábado (6).

O diretor de Bio-Manguinhos, Maurício Zuma, explicou que esses primeiros lotes de sexta (12) e sábado (13), preveem o envasamento de 400 mil doses, que serão importantes para as próximas fases de validação da vacina.


Segundo ele, há a possibilidade de uso comercial das vacinas dessa fase de pré-validação, caso passem em um controle de qualidade. Caso sejam aprovadas, serão distribuídas pelo Programa Nacional de Imunização.

“São dois lotes de teste que vão estabelecer todo o processo de produção daqui em diante. E esse lote, indo tão bem como está indo, nos vamos poder aproveitar esse lote para entrega comercial”, disse Zuma.
De acordo com o cronograma da Fiocruz, a primeira etapa de envase da vacina pode chegar a até 700 mil doses diárias, se todos os insumos estiverem disponíveis. A ideia é atingir esta marca no mês de março.

Como a vacina é envasada
Nesta etapa, o líquido da vacina entra no frasco transparente, que é fechado para a próxima fase, com três lotes de validação, prevê a produção de 350 mil doses em cada um, chegando a 1,05 milhão de doses.

Até o dia 19 de março, a Fiocruz prevê a primeira entrega para o Ministério da Saúde: 1 milhão de doses da vacina de Oxford produzidas no Brasil.

Depois disso, a capacidade de envase da produção da Fiocruz está prevista para aumentar para até 1,3 milhões de doses por dia. A incorporação tecnológica para a produção está programada para ser iniciada em abril e consolidada no segundo semestre.

 

G1

Foto: Douglas Lima/TV Globo

sintomascovidUm estudo feito por pesquisadores do Reino Unido envolvendo aproximadamente 1 milhão de pessoas, entre junho de 2020 e janeiro de 2021, identificou que cerca de 60% dos diagnosticados com covid-19 não apresentaram qualquer sintoma nos sete dias anteriores ao teste.

Os resultados ainda devem ser revisados por cientistas independentes, mas uma versão pré-impressão foi divulgada nesta quinta-feira (11) pelo BMJ (British Medical Journal).
Um dos desafios no controle da pandemia é justamente a transmissão do vírus por pessoas chamadas pré-sintomáticas.

São indivíduos que demoram alguns dias até adoecer, mas continuam espalhando o vírus a outros.

Um estudo anterior, divulgado no começo do mês, identificou que cerca de 25% das pessoas com diagnóstico comprovado de covid-19 eram completamente assintomáticas.

Outros 40% não tinham nenhum sintoma clássico usado para determinar se alguém precisa ser testado no Reino Unido: febre, tosse seca persistente ou perda de paladar ou olfato.

Sintomas diferentes em jovens
A pesquisa ainda identificou que jovens de cinco a 17 anos têm menos probabilidade de relatar sintomas comuns entre adultos, como febre, tosse persistente e perda de apetite.

Este grupo, apontam os cientistas, têm mais frequentemente dores de cabeça. Os sintomas mais comuns de covid-19 entre adultos de 18 a 54 anos foram perda de apetite e dores musculares. Calafrios foram relatados em todas as faixas etárias.

 

R7

Foto: JOHN SIBLEY/REUTERS

vacioxfordO Grupo Consultivo Estratégico de Especialistas (SAGE, na sigla em inglês), que emite recomendações sobre o uso de vacinas à OMS (Organização Mundial da Saúde), aconselhou nesta quarta-feira (10) que o imunizante contra a covid-19 desenvolvido pela AstraZeneca seja usado em idosos, apesar das dúvidas anteriores sobre a eficácia nesta faixa etária.

"A vacina pode ser administrada a partir dos 18 anos, sem limite de idade máxima, motivo pelo qual também pode ser inoculada a maiores de 65 anos", informou o presidente do SAGE, Alejandro Cravioto, em entrevista coletiva organizada pela OMS.


Cravioto reconheceu os testes clínicos desta vacina, desenvolvida em parceira com a Universidade de Oxford, contaram com uma participação pequena de maiores de 65 anos, mas que as análises do grupo concluem que "os resultados nessas pessoas não são diferentes dos mais jovens".

Sobre as dúvidas a respeito de uma possível menor eficácia da vacina da AstraZeneca contra novas variantes do coronavírus SARS-CoV-2 (causador da covid-19), Cravioto afirmou que isso foi notado principalmente em casos leves e moderados da doença, mas que "há evidências indiretas de que ainda protege em casos graves".

"Considerando esses fatores, não há razão para desaconselhá-la, nem em países que tenham a circulação das novas variantes do coronavírus", comentou Cravioto.


Essa questão causou preocupação na África do Sul, que adquiriu um milhão de doses da vacina da AstraZeneca, mas analisou que a eficácia do imunizante pode cair, segundo alguns estudos, de 62% para 22%.

"É melhor não comparar vacinas nem esperar que cheguem outras melhores. Qualquer uma disponível é melhor do que esperar", afirmou a cientista-chefe da OMS, Soumya Swaminathan.

De acordo com a diretora de imunização da OMS, Kate O'Brian, os estudos na África do Sul que alertaram para a falta de eficácia da vacina da AstraZeneca apresentam resultados limitados e "não conclusivos", focados apenas em casos leves e moderados.

"A vacina da AstraZeneca mostrou eficácia e segurança, é importante para o mundo dada a limitada disponibilidade de doses que temos no momento", ressaltou.

Para a OMS, a vacina da AstraZeneca é de especial importância porque deve ser a primeira a ser distribuída, no final deste mês, a países com menos recursos, através do programa Covax.

Além disso, é uma das mais baratas e pode ser conservada em um frigorífico normal, sem a necessidade de sistemas de ultrafrio como os requeridos pelos imunizantes de Pfizer e Moderna.

"Será muito útil para muitos países, é mais fácil de ser utilizada", resumiu Swaminathan.

 

R7

Foto: banco de imagem

cafeBeber uma ou mais xícaras de café puro por dia pode ser bom para o coração. Pois, de acordo com uma análise de estudos feita pela American Heart Association, o consumo de café está associado a um risco reduzido de insuficiência cardíaca em longo prazo.


Em comparação com os que não bebem café, a análise constatou que o risco de insuficiência cardíaca diminuiu entre 5% e 12% para cada xícara de café consumida diariamente.

“Café e cafeína são frequentemente considerados pela população em geral como ‘ruins’ para o coração porque as pessoas os associam a palpitações, pressão alta etc. A relação consistente entre o aumento do consumo de cafeína e a redução do risco de insuficiência cardíaca vira essa suposição do avesso”, disse o autor sênior Dr. David Kao, diretor médico do Colorado Center for Personalized Medicine da University of Colorado School of Medicine em um comunicado.

Mas o benefício não se estendeu ao café descafeinado. Em vez disso, a análise encontrou uma associação entre o café descafeinado e um risco aumentado de insuficiência cardíaca.

A insuficiência cardíaca ocorre quando um coração enfraquecido deixa de fornecer às células do corpo sangue suficiente para obter o oxigênio necessário para manter o funcionamento adequado do corpo. Pessoas com insuficiência cardíaca sofrem de fadiga e falta de ar e têm dificuldade para andar, subir escadas ou outras atividades diárias.

O estudo, publicado na revista AHA Circulation: Heart Failure, analisou informações dietéticas auto-relatadas do Framingham Heart Study original. Esse estudo, que começou em 1948, envolveu mais de 5.000 pessoas sem nenhuma doença cardíaca diagnosticada que viviam em Framingham, Massachusetts. O estudo acompanhou essas pessoas e seus descendentes por 72 anos ao longo de três gerações.

Ao todo, os estudos forneceram informações dietéticas para mais de 21.000 americanos adultos.

Em comparação com pessoas que não bebiam café, a análise descobriu que o risco de insuficiência cardíaca diminuiu entre 5% e 12% para cada xícara de café consumida todos os dias nos estudos Framingham Heart e Cardiovascular Health.

O risco de insuficiência cardíaca permaneceu o mesmo por não beber café ou tomar uma xícara por dia no Estudo de Risco de Aterosclerose em Comunidades. Mas quando as pessoas bebiam duas ou mais xícaras de café preto por dia, o risco diminuía em cerca de 30%, descobriu a análise.

“A associação entre a cafeína e a redução do risco de insuficiência cardíaca foi surpreendente”, disse o Dr. David Kao.

Tem que ser café puro, mesmo!
Todos esses estudos foram feitos tomando café preto. No entanto, muitas pessoas adicionam laticínios, açúcares, sabores ou cremes não lácteos que são ricos em calorias, açúcar e gordura. Isso provavelmente anula quaisquer benefícios para a saúde do coração, avisa a AHA.

Além disso, a cafeína pode ser perigosa se consumida em excesso por certas populações, mostraram as pesquisas. Altos níveis de consumo de café (mais de 4 xícaras) durante a gravidez foram associados a baixo peso ao nascer, parto prematuro e natimortos em um estudo de 2017. Para mulheres com maior probabilidade de fraturas ósseas, o café aumentou esse risco; o mesmo não acontecia com os homens.

Estudos anteriores também sugeriram que pessoas com problemas de sono ou diabetes não controlada deveriam consultar um médico antes de adicionar cafeína à dieta.

 

GoOutside

Foto: Fornecido por Go Outside