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Conforme envelhecemos, um processo natural de mutações nas células cerebrais ocorre. Entretanto, pesquisadores do Brigham and Women's Hospital e do Boston Children's Hospital, nos Estados Unidos, descobriram que em pessoas com a doença de Alzheimer esses erros no DNA ocorrem em maior número e mais rapidamente.

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Em um artigo publicado nesta quinta-feira (21) na revista científica Nature, o grupo de cientistas detalha a análise do sequenciamento do genoma de uma única célula de 319 neurônicos de duas áreas cerebrais – hipocampo e córtex pré-frontal – de pessoas com e sem doença de Alzheimer. O objetivo foi determinar a ligação entre o número e o tipo dessas mutações genéticas com o Alzheimer. Eles entenderam que os erros genéticos ao longo do tempo se dão por uma maior oxidação das células cerebrais.

"Nossos resultados sugerem que os neurônios de quem tem doença de Alzheimer sofrem danos genômicos que causam imenso estresse nas células e criam disfunção entre elas. Essas descobertas podem explicar por que muitas células cerebrais morrem durante o Alzheimer", explica em comunicado o principal autor do estudo, Michael B. Miller, do Departamento de Biologia do Brigham and Women's Hospital.

O estudo fornece, pela primeira vez, pistas concretas que podem ajudar a entender a causa do Alzheimer, até hoje sem clareza.

Segundo o Instituto Nacional de Envelhecimento dos Estados Unidos, a doença envolve uma causa de variáveis como genética, fatores ambientais, estilo de vida e mudanças no cérebro associadas a idade. Este último item que foi destrinchado pelos cientistas. De acordo com a OMS (Organização Mundial da Saúde), dos cerca de 55 milhões de casos de Alzheimer em todo o mundo, entre 60% e 70% são causados pelo Alzheimer.

Estima-se que 10 milhões de novos casos de demência sejam diagnosticados todos os anos, com um número global que deve chegar a 78 milhões em 2030, saltando para 139 milhões até 2050.

O trabalho publicado na Nature é o começo de uma série de aprofundamentos no tema que devem ocorrer nos próximos anos.

A equipe de Miller pretende estudar os neurônios de indivíduos com Alzheimer em estágio intermediário.

“No futuro, estamos ansiosos para elucidar como as mutações observadas nos neurônios de quem tem Alzheimer causam a morte das células neuronais e nos dedicarmos a ajudar na descoberta de novos tratamentos que visam essas vias”, completou o pesquisador.

R7

Foto: Freepik

As pessoas que vivem com o vírus HIV são menos propensas a apresentar anticorpos séricos totais detectáveis ​​contra Sars-CoV-2 do que aquelas que não são imunossuprimidas devido à perda de anticorpos anti-S, os mais envolvidos na proteção contra o vírus causador da Covid-19.

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A constatação foi feita por meio de um estudo da área de doenças infecciosas do Ciber (Ciberinfec), dependente do Instituto de Saúde Carlos 3º (Ministério da Ciência e Inovação da Espanha), liderado por Juan Macías, pesquisador do Hospital Virgen de Valme (Sevilha, sul de Espanha), e o Instituto de Biomedicina de Sevilha (IBiS), e que foi realizado seis meses depois de terem contraído a Covid-19, segundo um comunicado. Para realizar esse estudo, todos os casos de Covid-19 em pessoas com HIV diagnosticados entre 8 de março de 2020 e 30 de março de 2021 (um total de 63) foram incluídos, assim como um grupo paralelo de 108 pacientes sem HIV que também tiveram Covid e foram tratados ambulatorialmente ou em emergências.

Segundo Juan Macías, "até agora, havia dados limitados e controversos sobre a resposta imune em pessoas vivendo com HIV e sobre sua mortalidade, por isso era necessário ter dados que comparassem a cinética de anticorpos após a infecção natural por Sars-CoV -2 nesses pacientes e em pessoas sem HIV".

Após seis meses de acompanhamento, a proporção de pessoas vivendo com HIV com anticorpos séricos totais detectáveis ​​contra Sars-CoV-2 foi de 86%, enquanto no grupo de controle (sem HIV), havia sido de 98%.

Além disso, os títulos de anticorpos anti-S foram significativamente mais baixos para esses indivíduos afetados pelo HIV.

Como explica o investigador da Ciberinfec, “as nossas análises mostram que a infecção pelo HIV esteve independentemente associada à persistência de anticorpos totais anti-Sars-COV-2 e aos níveis de anticorpos anti-S seis meses após a Covid-19”.

Esses resultados podem sugerir que as pessoas que vivem com HIV são mais sujeitas à reinfecção por coronavírus porque mostram que, seis meses depois, são menos propensas a apresentar anticorpos séricos totais detectáveis ​​​​do que pessoas sem HIV.

Da mesma forma, a concentração de anticorpos anti-S, aqueles com maior envolvimento na proteção contra infecção, é menor nesses pacientes.

A esse respeito, Juan A. Pineda, signatário do trabalho, sustenta que "embora tenha sido relatado que a resposta às vacinas é semelhante entre pessoas com HIV e pessoas saudáveis ​​no curto prazo, são necessários dados após um acompanhamento mais longo" e acrescenta que "se a cinética dos anticorpos plasmáticos após a vacinação refletir o que acontece na infecção natural, esses pacientes podem ter um risco maior de infecção apesar de estarem vacinados, portanto, doses de reforço e acompanhamento são recomendados mais prolongados".

EFE

A empresa de biotecnologia estadunidense Moderna disse nesta terça-feira (19) que sua nova versão da vacina contra a Covid-19 está gerando uma resposta imune maior contra variantes recentes do coronavírus em comparação com o produto atualmente em uso, segundo dados preliminares.

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A companhia disse em comunicado que a versão em estudo, chamada mRNA-1273.211, gerou uma resposta imune superior contra variantes Beta, Delta e Ômicron um mês após sua administração em uma dose de reforço de 50 microgramas. A imunização oferecida por esta versão, testada em 300 pacientes em dose de reforço de 50 microgramas, continuou "durante seis meses após a administração contra as variantes Beta e Ômicron" e teve efeitos adversos semelhantes aos do produto aprovado que está atualmente em uso.

A empresa destacou que, de acordo com dados preliminares, esta nova versão, que combina o soro da vacina original com um específico contra a variante Beta, gerou uma resposta imune geralmente melhor do que a atual.

A Moderna, assim como outros fabricantes de vacinas contra a Covid-19, vem desenvolvendo soros que incluem mutações presentes nas novas variantes, mas, por enquanto, aposta em outro produto como candidato às doses de reforço que em breve oferecerá no hemisfério norte. O candidato preferido da Moderna é o mRNA-1273.214, protótipo que está em fase avançada de estudo e combina o soro da vacina original com outro específico contra a variante Ômicron, cujos dados divulgará ao publicar seus resultados do segundo trimestre deste mês.

EFE

Foto: NARENDRA SHRESTHA/EPA/EFE

As carências nutricionais na fase infantil são um problema cada vez mais comum no Brasil. Uma pesquisa realizada pelo Ministério da Saúde, divulgada em fevereiro deste ano, aponta que uma a cada 10 crianças com até cinco anos de idade, no país, está com excesso de peso. Esse índice é alarmante e mostra a necessidade de cuidados com a alimentação dos pequenos.

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A consequência dos quilos extras na balança é o prejuízo do crescimento físico ideal, o que pode aumentar o risco de infecções e promover alterações no sistema nervoso, acarretando problemas mentais e intelectuais. Desequilíbrios funcionais e morfológicos, além de doenças crônicas graves ao longo da vida do indivíduo, são outros efeitos comuns em crianças que não desenvolvem hábitos alimentares saudáveis desde cedo.

“Este período é fundamental para estabelecer uma relação sadia com a alimentação. A criança precisa aprender a ingerir boas fontes nutricionais, o que contribui para consumir alimentos de forma mais consciente”, explica o coordenador do curso de Nutrição da Faculdade Unime, Tarcisio Santana. Ao ir ao supermercado, o nutricionista recomenda analisar atentamente os rótulos das embalagens, prática pouco comum, porém essencial. “Muitas pessoas não têm o hábito de ler a embalagem dos produtos que colocam no carrinho de compras, mas esta prática é importante. A partir daí, temos mais condição de avaliar o que vamos oferecer para as crianças”, orienta.

Lancheira saudável Para montar uma lancheira saudável não precisa de muita teoria. Frutas, legumes e verduras da estação são excelentes opções, pois possuem mais sabor e maior densidade nutricional do que os itens cultivados fora da temporada. Esses alimentos costumam estar mais frescos, por serem colhidos no clima e ambiente adequados. Outra vantagem: podem ser mais acessíveis economicamente.

Na lancheira ideal com o intuito de oferecer os principais micronutrientes para o desenvolvimento infantil não deve faltar uma proteína acompanhada da tríade de um líquido, para reposição das perdas em atividades físicas, uma fruta e uma fonte de carboidrato, para fornecer energia.

“As melhores opções são sucos sem adição de açúcar, água de coco e chás. Além das frutas, que devem sempre ser bem higienizadas. A lancheira infantil também pode conter pães, iogurtes e bolachas, de preferência sem recheios. A dica é sempre manter a alimentação o mais natural possível. É muito importante oferecer itens frescos, vindos da natureza, que têm propriedades nutricionais adequadas para nossa saúde”, reforça o nutricionista.

Segundo Tarcisio, a comida industrializada deve ser evitada, já que contribui para aceleração de problemas de saúde, e deve dar espaço para cereais, frutas e hortaliças. “Precisamos evitar alimentos industrializados, ao máximo. Os ultraprocessados têm quantidade excessiva de sódio e não fornecem nutrientes suficientes para o desenvolvimento saudável das crianças”, conclui o profissional.

Fonte: Agência Educa Mais Brasil

Foto: Adobe Stock