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A Anvisa (Agência Nacional de Vigilância Sanitária) autorizou, nesta quarta-feira (30), a ampliação da validade da vacina contra a Covid-19 fabricada pela Fiocruz (Fundação Oswaldo Cruz). Agora, o prazo é de nove meses e não mais de seis. A medida foi publicada no DOU (Diário Oficial da União).

vacinafiocruz

O pedido foi protocolado em fevereiro deste ano. "Essa medida é mais um reforço na batalha contra a pandemia", afirmou a reguladora, em nota oficial. Esta não é a primeira vez que a agência amplia o prazo de validade de imunizante contra a Covid a pedido da Fiocruz. Em agosto, a Anvisa também concedeu a autorização para os lotes de vacinas vindas da Índia. Assim como no caso anterior, não houve mudança nas condições de conservação. As doses devem ser conservadas entre 2 a 8°C e não podem ser congeladas nem ficar expostar ao sol. O conteúdo também não deve ser agitado.

Após a abertura do frasco e retirada da primeira dose, a duração do conteúdo é de seis horas em temperatura ambiente ou 48h quando mantida sob refrigeração de 2 a 8 °C.

A nova autorização vale para as vacinas que ainda serão entregues pela Fiocruz. Para os lotes já distribuídos "e com a data de validade de 6 meses impressa na rotulagem deverá ser feito um pedido de excepcionalidade por parte da Fiocruz", detalhou a Anvisa.

R7

Foto: Fiocruz

Pela primeira vez desde julho de 2020, o mapa da Covid-19 no Brasil está em verde, com os 27 estados do país "fora da zona de alerta" para o vírus, segundo o mais recente boletim sobre a pandemia, divulgado nesta sexta-feira (25) pela Fiocruz (Fundação Oswaldo Cruz).

mapacovid

Segundo especialistas do maior centro de pesquisa médica da América Latina, as taxas de infecção em todo o país estão abaixo de 60%, reflexo da tendência de queda que a pandemia vem registrando no Brasil. Com quase 30 milhões de infecções e cerca de 660 mil mortes, o Brasil é uma das nações mais afetadas pelo vírus.

O número de óbitos e casos hoje caiu em relação aos registrados em julho de 2020, quando a Fiocruz começou a monitorar a Covid-19 no país, já que a pandemia começou a ganhar força quatro meses após a chegada do coronavírus. Segundo dados divulgados pelo Ministério da Saúde, nesta quinta-feira (24), foram contabilizados 37.690 casos e 312 mortes, enquanto na mesma data de 2020 se registraram 55.891 infecções e 1.311 mortes. Especialistas afirmam que a queda nos números se deve aos avanços da vacinação no país, onde mais de 74% dos 213 milhões de habitantes possuem o esquema vacinal completo (duas doses) e 34% já receberam a dose de reforço.

No entanto, apesar da queda nos números, pesquisadores da Fiocruz ressaltam que não se deve baixar a guarda – especialmente no uso de máscara, que deixou de ser obrigatório tanto em ambientes abertos quanto em ambientes fechados em várias regiões do país –, uma vez que as taxas de infecção, a incidência e as taxas de mortalidade pelo vírus "ainda são altas".

De acordo com os especialistas, os indicadores epidemiológicos e de vacinação "apontam para uma situação muito promissora". No entanto, eles afirmam que, "sob o princípio da precaução", considera-se prudente "manter o uso de máscaras para determinados ambientes fechados, com grande concentração de pessoas (o que inclui o transporte público), ou mesmo espaços abertos onde há multidões".

O Brasil é o segundo país do mundo com o maior número de mortes por Covid-19 e o terceiro em número de infecções, depois dos Estados Unidos e da Índia.

Agência EFE

Foto: divulgação

Há poucas possibilidades de que uma mulher grávida com Covid-19 transmita a doença para seu bebê, particularmente quando o caso é leve, indicou um amplo estudo publicado nesta quarta-feira (16).

gravda

"A taxa de positividade do Sars-CoV2 é baixa entre os bebês nascidos de uma mulher infectada" com o coronavírus, da ordem de 2%, resumiu este trabalho, publicado no British Journal of Medicine. Este estudo é importante porque é um dos primeiros desta proporção que estabelece a questão da transmissão da Covid-19 por via intrauterina.

Tratou-se de uma meta-análise, que compilou os resultados de centenas de estudos pré-existentes, e que permite a priori tirar conclusões firmes.

Não se descarta que uma mulher grávida possa transmitir a doença para seu bebê, mas este é um fenômeno raro. O percentual de 2% deve ser tomado com precaução porque apresenta variações em função das circunstâncias. É mais frequente que um bebê seja infectado quando a mãe sofreu a forma grave da covid, em particular quando há necessidade de hospitalização.

Nos casos de covid grave, os especialistas recomendam que os bebês sejam sistematicamente submetidos a exames. Mas rejeitam por considerar pouco adequada "a separação do bebê e da mãe no nascimento" simplesmente porque a mãe testou positivo.

Tampouco há risco de transmissão do coronavírus pelo leite materno.

"Em seu conjunto, as conclusões deste estudo parecem tranquilizadoras", avalia, em editorial publicado na mesma revista, a cientista Catherine McLean Pirkle, que não participou do estudo.

Os dados deste mega-estudo são consideráveis, mas de qualidade desigual, adverte a pesquisadora. Em particular, não permitem esclarecer até que ponto os casos raros de covid em bebês representam um risco grave para sua saúde.

AFP

Foto: Agência Câmara de Notícias

O Piauí é o segundo estado que mais vacinou crianças contra a covid-19 no Brasil. Até esta quarta-feira (16), às 15h30, a Secretaria de Estado da Saúde (SESAPI) contabilizou a aplicação de 285.917 doses de vacina contra covid-19 em crianças com idade entre 5 e 11 anos. Desse total, 248.107 crianças receberam uma dose e 37.810 tomaram as duas doses. A população elegível no estado para receber a vacina pediátrica é de 332 mil crianças.

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A vacinação infantil contra a covid-19 foi iniciada em 15 de janeiro, quando a SESAPI enviou aos 224 municípios piauienses o primeiro lote do imunizante pediátrico produzido pela Pfizer. Posteriormente, foi autorizada a utilização da vacina Coronavac em crianças sem comorbidades com idade a partir de seis anos, com uma dose menor que a indicada para adultos, o que acelerou a vacinação de crianças Brasil.

O secretário de Saúde, Florentino Neto, lembra que o Piauí foi o segundo estado a protocolar junto a Anvisa, ainda no ano passado, o pedido de aprovação de vacina para crianças. O estado também foi um dos pioneiros na solicitação da vacinação para os adolescentes.

“A condução da pandemia no Piauí desde o início é baseada no conhecimento científico, seja na utilização de medidas de prevenção, seja na vacinação da população no enfrentamento ao coronavírus. Por isso, a Sesapi fez um planejamento minucioso junto aos municípios para que as doses chegassem em tempo hábil ao braço dos piauienses”, destaca o gestor.

Hoje, os números da vacinação no estado são animadores e devem servir de incentivo para os pais que ainda não vacinaram seus filhos. O Piauí é o segundo estado brasileiro que mais vacinou crianças, atrás apenas de São Paulo, e sem registros de eventos adversos graves. “As reações à vacina são iguais a qualquer outra que tomamos, desde o momento do nosso nascimento e não devem servir de entrave para a proteção de nossas crianças contra esse vírus tão letal”, reforça Florentino.

De acordo com o secretário, a vacinação protege a população contra as formas graves da doença e óbitos, e isso inclui também o público infantil. “Todos os municípios dispõem de doses pediátricas para ampliar o número de crianças vacinadas e avançar no esquema vacinal completo”. Florentino lembra que as crianças de 5 a 11 anos devem estar acompanhadas dos pais ou responsáveis na hora de tomar a vacina. “A apresentação do cartão é indispensável para que o profissional de saúde verifique se a criança não recebeu qualquer outro imunizante no intervalo mínimo de 15 dias”.

Sesapi

Foto: Myke Sena/MS