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Estudo feito por urologistas da Sociedade Brasileira de Urologia (SBU), com base no banco de dados do Sistema Único de Saúde (SUS), do Ministério da Saúde, revelou que a pandemia de covid-19 teve maior impacto sobre cirurgias para tratamento de incontinência urinária por esforço nos estados com Índice de Desenvolvimento Humano (IDH) mais baixo.

incontinemcia

A Região Norte foi a mais impactada, com redução de 72% nas internações, seguida pelas regiões Sul (-69%), Centro-Oeste (-61%), Sudeste (-59%) e Nordeste (-51%). Em 2019, foram realizadas 300 cirurgias de incontinência urinária na Região Norte, no âmbito do SUS, caindo para 97, em 2020, e para 85, em 2021, em dados preliminares.

Nas demais regiões, os números são, na mesma comparação, da ordem de 888, 428 e 436, na Região Nordeste; 3.220, 1.374 e 1.332, na Região Sudeste; 1.736, 658 e 545, na Região Sul; e 591, 235 e 233, no Centro-Oeste. A redução média foi de 61% no número de internações para tratamento cirúrgico de incontinência urinária em 2021, em comparação a 2019: foram 2.631 internações no Brasil com esse objetivo, no ano passado, contra 6.735, em 2019, antes da pandemia. Dia Mundial

Nesta segunda-feira (14), quando se comemora o Dia Mundial da Incontinência Urinária, a entidade alerta sobre a perda involuntária de urina, problema que atinge 45% das mulheres e 15% dos homens acima de 40 anos de idade. A diretora de comunicação da Sociedade Brasileira de Urologia (SBU), Karin Anzolch, destacou, em entrevista à Agência Brasil, que a covid-19 levou hospitais e serviços a priorizarem o atendimento à doença, postergando, ou mesmo cancelando, cirurgias eletivas.

Outro fator para a redução das internações para cirurgias de incontinência urinária foi o receio da contaminação, que levou a população a não procurar acesso para esses procedimentos, que não oferecem risco imediato de morte. Com isso, Karin admitiu que está se criando agora “uma demanda reprimida bastante grande”. Tipos

O tipo mais comum de incontinência urinária é o de esforço, que ocorre, em geral, quando a pessoa ri, tosse, espirra ou faz algum esforço físico, como levantar peso. Em fases iniciais, o tratamento pode ser complementado com fisioterapia pélvica, podendo até evitar a cirurgia. Já em situações que se tornam mais graves, ou que persistem após o primeiro tratamento, a cirurgia é oferecida com ótimos resultados.

“Hoje em dia, tem se feito cada vez mais cirurgias minimamente invasivas”. A médica lembrou que atitudes como perda de peso, uma assistência adequada ao trabalho de parto, evitar o uso de fumo e esforços repetidos que não tenham um bom reforço do assoalho pélvico são medidas importantes que os urologistas consideram na abordagem desse tipo de problema.

Outro tipo de incontinência urinária é o de urgência. A pessoa tem vontade de urinar, mas a bexiga não dá aviso prévio. “O primeiro aviso já vem acompanhado de um desejo forte de urinar e a pessoa, muitas vezes, acaba perdendo urina antes de chegar ao banheiro”. Neste caso, o tratamento geralmente é clínico, incluindo cuidar o tipo e a quantidade de líquido que a pessoa toma, evitar cafeína que também piora esse tipo de sintoma, e a fisioterapia pode entrar no tratamento. Há ainda medicações orais que regulam a bexiga. Os procedimentos cirúrgicos são a última solução, envolvendo toxina botulínica e implante de um tipo de marca-passo para controlar a bexiga. “Mas sempre nas suas fases iniciais é mais fácil o tratamento, porque a gente tem medidas menos invasivas de tratar as doenças”, observou a diretora da SBU. Fatores

Karin Anzolch disse que o envelhecimento é um dos fatores que podem provocar a incontinência urinária, pela perda de colágeno que acaba deixando mais frágil a sustentação da bexiga e da uretra, principalmente nas mulheres. A urologista advertiu que não se deve pensar, no entanto, que esse é um evento natural da velhice. Outros fatores são os partos, histórico familiar. Quanto maior o número de partos, em especial os vaginais, eles podem aumentar a chance da incontinência urinária de esforço, quando forem acompanhados de um aumento de peso exagerado.

“Por isso, é importante o acompanhamento pré-natal”. Em termos de histórico familiar, Karin lembrou que tem mulheres que sofrem desse problema, que a menopausa pode piorar. Problemas de próstata e problemas neurológicos, como doença de Parkinson, esclerose múltipla, acidente vascular cerebral, estão ligados à incontinência urinária.

Alguns medicamentos, como os diuréticos, podem contribuir para esses sintomas, porque aumentam a sensação de urgência para urinar, além de pessoas que fazem atividades físicas de alto impacto. No caso das mulheres, Karin ponderou que elas têm que trabalhar o assoalho pélvico para prevenir esse tipo de ocorrência. “Não é só trabalhar a musculatura externa, mas aprender a trabalhar a musculatura que fecha em baixo o assoalho pélvico, que dá sustentação da bexiga e da uretra”. O presidente da SBU, Alfredo Canalini, salientou que esses recursos servem para tratar ou, pelo menos, diminuir a intensidade da perda, melhorando a qualidade de vida dos pacientes. Conscientização

Ao longo do mês de março, a Sociedade Brasileira de Urologia vai alertar a população sobre a importância de se identificar os sintomas e tratar a incontinência urinária. Nas redes sociais (@portaldaurologia), a partir de hoje (14), haverá postagens, lives (transmissões ao vivo) e vídeos com especialistas esclarecendo dúvidas sobre o tema.

Na Rádio SBU, haverá também programas especiais, com vocabulário acessível para o público em geral, inclusive sobre a incontinência urinária em crianças. Segundo Karin Anzolch, ainda há muito desconhecimento e, também, preconceito, em relação ao problema da incontinência urinária. Muitas vezes, uma pessoa que sofre desse incômodo, acaba convivendo com ele por longos anos, porque ignora que existem opções de tratamento ou por vergonha de admitir a questão perante outras pessoas.

A diretora da entidade esclareceu que, para as crianças, o tratamento não é o mesmo que o dos adultos. Por um período, admite-se como normal a falta de controle da criança, ligada ao amadurecimento do sistema neurológico, principalmente quando a perda de urina, ou de fezes, ocorre em períodos noturnos. A partir de uma determinada idade, porém, começa-se a suspeitar que a incontinência precisa de algum tratamento. “Porque a perda urinária acaba sendo bastante limitante para a vida social dessas crianças, que acabam passando por situações de constrangimento, deixando de dormir na casa de algum coleguinha”.

Sabe-se que algumas crianças podem ter esse problema por causa genética. “Incontinência urinária em criança é muito ligada à questão familiar. Se já tem alguém na família que fez xixi na cama, essa criança tem mais chance de ter o problema também”, afirmou Karin. Ressaltou também que, muitas vezes, o hormônio antidiurético que deveria ser produzido à noite não funciona. Entretanto, isso pode ser solucionado com medicamentos simples, com treinamento da bexiga, fisioterapia e alarmes, para a criança aprender a educar a sua bexiga. Problemas na medula ou ligados à formação do trato urinário necessitarão de tratamentos específicos, para cada faixa etária e situação, indicou.

“A incontinência urinária não é uma situação que se trata sempre da mesma forma. Ela deve ser abordada individualizando os tipos, pelas faixas etárias, pelas causas mais comuns, para que seja levado ao controle dessa situação”, disse a especialista. Qualidade de vida

Pesquisa publicada na Europa em 2021, envolvendo quase 17 mil pessoas entre 40 e 74 anos de idade, revelou que muitos pacientes lidam com o problema reduzindo a ingestão de líquidos e usando absorventes; quase dois terços dos pacientes apresentam a incontinência urinária há pelo menos dois anos quando procuram tratamento; cerca de 30% dos pacientes que procuram avaliação médica não recebem tratamento; quase 80% sequer são examinados. “Precisamos mudar esse jogo”, destacou Ailton Fernandes, diretor do Departamento de Disfunção Miccional da Sociedade Brasileira de Urologia.

Agência Brasil

Foto: Mauricio Bazilio/Governo do RJ

O relaxamento de medidas protetivas contra a covid-19, como o uso de máscaras em locais fechados de forma irrestrita, é prematuro, revela boletim do Observatório Covid-19, divulgado hoje (11), no Rio de Janeiro, pela Fundação Oswaldo Cruz (Fiocruz). Os pesquisadores afirmam que as próximas semanas serão fundamentais para entender a dinâmica de transmissão da doença e que ainda não é possível avaliar o efeito das festas e viagens no período do carnaval.

mascara

"Flexibilizar medidas como o distanciamento físico (controlado pelo uso do passaporte vacinal) ou o abandono do uso de máscaras de forma irrestrita colabora para um possível aumento, e não nos protege de uma nova onda", afirma o boletim. "Atualmente, o ideal é voltarmos ao padrão do início da pandemia, quando recomendávamos fortemente o uso de máscaras, higienização de mãos e evitar as aglomerações", destaca.

O texto afirma, ainda, que as medidas de mitigação tomadas até então para controlar a pandemia ocorreram de forma tardia, quando as ondas de contágio já haviam se instalado, e não de forma proativa, para impedir que se formassem.

"Isto significa dizer que o custo humano para chegarmos ao patamar atual foi a perda de 650 mil pessoas, desnecessariamente. Dito isso, reforçamos que o relaxamento prematuro das medidas protetivas, assim como não investir na motivação da população sobre a vacinação, significa abandonar a história de tantas vidas perdidas", destacam os pesquisadores. "Portanto, é importante garantir que as medidas de relaxamento sejam adotadas em tempo oportuno, sob risco de retrocesso nos ganhos obtidos no arrefecimento da pandemia".

O potencial de transmissibilidade da variante Ômicron, que tem uma capacidade muito maior de escapar dos anticorpos produzidos por infecções ou duas doses das vacinas, ressaltou a importância da dose de reforço para todos os adultos, enfatiza a Fiocruz.

"Durante a onda da Ômicron, os países que têm maiores parcelas da população com dose de reforço apresentaram uma redução substancial das hospitalizações em relação aos casos confirmados de covid-19. No Brasil, a dose de reforço já foi aplicada em 31,2% da população. O esquema em duas doses se encontra em um patamar de 73%. É fundamental, portanto, avançar na cobertura vacinal com as três doses para a população elegível até o momento (adultos acima de 18 anos)", acrescenta o boletim.

Os pesquisadores citam, também, um estudo recente que sugere que o uso de máscaras deve ser mantido por duas a dez semanas após a meta de cobertura vacinal ser atingida, entre 70% e 90%. Com o surgimento da variante Ômicron e sua maior capacidade de escape dos anticorpos, o boletim afirma que as máscaras ficaram ainda mais importantes.

"A vacinação por si só não é suficiente para controlar a pandemia e prevenir mortes e sofrimento, é fundamental que se mantenha um conjunto de medidas combinadas até que o patamar adequado de cobertura vacinal da população alvo seja alcançado", acrescenta a publicação. Casos e óbitos

O cenário atual é de descida nas curvas de casos e óbitos após o pico da variante Ômicron no Brasil. A Fiocruz alerta, porém, que a redução da incidência após o pico sempre ocorre de forma mais lenta que a subida da curva.

O boletim informa, também, que os dados registrados entre 20 de fevereiro e 5 de março mostram uma queda de 48% nos novos casos e de 33% na média móvel de mortes, na comparação com a quinzena anterior. Mesmo assim, ainda são registradas, em média, 570 vítimas de covid-19 no país por dia.

Além da queda nos casos, a Fiocruz mostra que também há uma ligeira redução no índice de positividade dos testes RT-PCR para covid-19. Devido a isso, a expectativa é que as próximas semanas mantenham a redução dos indicadores que mais preocupam a população e os serviços de saúde: a mortalidade e a internação em Unidade de Terapia Intensiva (UTI) por covid-19.

Os leitos de unidade de terapia intensiva para pacientes com a doença estão fora da zona de alerta em todas as unidades da federação, exceto Santa Catarina. Isso significa que nenhum outro estado há mais de 60% das vagas ocupadas com pacientes graves. Já no Sistema Único de Saúde catarinense, o percentual está em 79%. Quarta dose

O boletim ressalta que metade dos óbitos ocorre atualmente em pessoas com no mínimo 78 anos, o que indica sua maior vulnerabilidade às formas graves e fatais da covid-19. Diante disso, os pesquisadores defendem a necessidade de aplicação de uma quarta dose neste grupo, seis meses após a aplicação da dose de reforço.

Além disso, a Fiocruz aponta um crescimento na proporção de crianças com covid-19 em relação ao total de infectados. "A maior vulnerabilidade das crianças, provocada principalmente pela baixa adesão deste grupo à vacinação, compromete igualmente o grupo que se encontra no extremo oposto da pirâmide etária", dizem os pesquisadores.

O boletim da Fiocruz levantou que 12 estados apresentam mais de 80% da população vacinada com a primeira dose, 15 têm mais de 70% da população com segunda dose e, em 11 estados, a vacinação de terceira dose está acima de 30%.

O Piauí é o estado com a vacinação mais avançada em primeira dose com 91%. Já na segunda e na terceira doses, o estado de São Paulo apresenta os maiores percentuais: 82% e 45%.

Agência Brasil

Foto: Rovena Rosa/Agência Brasil

40 municípios do Piauí já registraram casos de micose pulmonar somente neste ano. Já são mais de 100 casos. O Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos Naturais Renováveis (Ibama) fez um alerta para que a população não coma carne de tatu.

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Em um estudo publicado em junho de 2018 na revista PLoS Neglected Tropical Diseases, pesquisadores da Universidade Federal do Pará (UFPA) indicaram que 62% dos tatus-galinha recolhidos do estado apresentaram sinais de exposição à bactéria que causa a hanseníase.

Além disso, o estudo constatou que os indivíduos que ingerem carne de tatu-galinha com mais frequência apresentam maiores concentrações de anticorpos contra a hanseníase no sangue, o que aponta para uma forte correlação entre a caça, o manejo, a ingestão desses animais silvestres e a proliferação da enfermidade.

É importante ressaltar que no Piauí ainda não há registros comprovados de casos de hanseníase que tenham ligação com o manejo e consumo do tatu.

Outro perigo para a população é que o animal silvestre também é um dos reservatórios da doença de Chagas.

Comércio ilegal

Em algumas regiões do Brasil é comum o comércio ilegal de tatu. O manejo e o consumo do animal são crimes ambientais e podem transmitir diversas enfermidades para os seres humanos.

“Não temos ainda pesquisas conclusivas nesta área. Mas estamos fazendo esse alerta justamente para que possamos nos prevenir para que casos venham acontecer”, diz Fabiano Pessoa, médico veterinário e responsável pelo Centro de Triagem de Animais Silvestres (CETAS) do Ibama.

O Instituto alerta ainda sobre a existência de mais de 150 zoonoses que podem ser transmitidas de animais para seres humanos e vice-versa, quando adquirido do tráfico e levado para dentro das residências.

Micose pulmonar

Micoses são causadas por fungos. A sua apresentação física pode aparentar apenas uma lesão superficial que acomete a camada mais externa da epiderme até infecções graves, sendo capaz de levar uma pessoa ao óbito, quando não diagnosticada e tratada adequadamente.

As micoses pulmonares (ou sistêmicas) são causadas por fungos leveduriformes, geralmente encontrados no solo. Os indivíduos, ao entrarem em contato com micro nichos de fungo, em seu habitat natural, se contaminam e podem adoecer.

A paracoccidioidomicose é a principal micose sistêmica no Brasil, que representa uma das dez principais causas de óbito por doenças infecciosas e parasitárias, crônicas e recorrentes no país.

O diagnóstico depende da avaliação clínica e laboratorial. A confirmação laboratorial é realizada pela análise da presença do fungo em secreções e tecidos, em forma de levedura com ou sem gemulação e cultura específica.

A realização da sorologia e da histopatologia também são necessárias na confirmação diagnóstica da paracoccidioidomicose. Exames complementares, como hemograma, provas bioquímicas e exames de imagem podem ajudar no diagnóstico.

Com informações do PebMed

Foto: divulgação

Infarto do miocárdio? Uma doença masculina. Depressão? Uma doença feminina. Os estereótipos ligados ao gênero afetam a forma como as mulheres, e os profissionais da saúde, enfrentam os problemas de saúde.

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A princípio ela tinha dores nas pernas. O médico acreditava que era um problema de gota, ou talvez sintomas de gravidez. Durante sete anos, suportou as dores porque ela mesma duvidava do diagnóstico, até que acabou em uma emergência. E novamente recebeu a informação de que o mal-estar era devido ao bebê que acabara de ter: cardiopatia pós-parto tóxica.

Finalmente um reumatologista identificou a origem do problema: lúpus.

Esse é o testemunho da historiadora feminista Elinor Cleghorn, que publicou no ano passado, em inglês, Mulheres doentes: uma viagem através da medicina e do mito em um mundo feito pelo homem (Unwell women: a journey through medicine and myth in a man-made world). A tese do livro é que a saúde das mulheres tem sido constantemente mal compreendida e interpretada ao longo da história. Tabus

"A natureza das mulheres e as representações que fizeram delas como criaturas frágeis impregnaram durante muito tempo a medicina", confirma a neurobiologista francesa Catherine Vidal.

Em um relatório apresentado recentemente à agência francesa para a igualdade entre homens e mulheres, a pesquisadora explica que "os códigos sociais vinculados aos gêneros feminino e masculino influenciam a expressão dos sintomas, a relação com o corpo, a decisão de pedir ajuda".

Entre os profissionais de saúde, os preconceitos relacionados com o gênero podem interferir na interpretação dos sintomas clínicos e nos cuidados.

Por exemplo, as mulheres são na realidade mais vulneráveis que os homens às doenças cardiovasculares: 56% morrem por causa delas, contra 46% entre os homens.

E, no entanto, o infarto do miocárdio permanece subdiagnosticado entre as mulheres e mais relacionado ao estresse no trabalho dos homens. As mulheres sofrem de depressão em média duas vezes mais que os homens. Mas o principal motivo não são os hormônios, como se imaginou por muito tempo. As pesquisas demonstraram que as diferenças de gênero na prevalência de depressão variam de acordo com a situação socioeconômica.

E outras doenças, relacionadas com a saúde sexual e reprodutiva das mulheres, também são diagnosticadas de modo equivocado. Esse é o caso da endometriose, muito subestimada durante longo tempo porque está vinculada ao tabu da menstruação.

Na França, um estudo mostrou que as mulheres ligam para os serviços de emergência 15 minutos mais tarde do que os homens quando sofrem um ataque cardíaco.

"Elas se sentem menos preocupadas com a saúde, muitas vezes põem a família ou o trabalho à frente", lamenta a cardiologista Claire Mounier-Vehier.

Os sinais de um problema cardíaco são muitas vezes mais sutis entre as mulheres. Surgem com um cansaço persistente ou problemas digestivos.

"Temos que parar de acreditar que quando um homem desmaia ele tem um infarto, mas quando acontece com uma mulher é um simples desmaio", afirma Mounier-Vehier.

AFP