A Pfizer anunciou nesta sexta-feira (10) que os Estados Unidos autorizaram um novo tratamento contra a enxaqueca, com a particularidade de ser um spray de via nasal.
Comercializado com o nome de Zavzpret, o tratamento recebeu autorização da FDA (Food and Drug Administration, equivalente à Anvisa nos EUA), para o tratamento da enxaqueca grave em adultos.
Em um grande teste clínico, publicado no mês passado pela revista científica Lancet Neurology, o remédio mostrou efeitos positivos para o alívio da dor, superiores aos de um placebo, às vezes em um curto período de tempo - cerca de 15 minutos após a aplicação de uma dose.
Citada em um comunicado da Pfizer, Kathleen Mullin, do Instituto de Neurologia e Dores de Cabeça da Nova Inglaterra, afirmou que "uma das características mais importantes de uma opção de tratamento grave é a rapidez de seu funcionamento".
"Como um spray nasal de rápida absorção, o Zavzpret oferece uma opção alternativa de tratamento, para aqueles que precisam de alívio e não podem tomar medicamentos orais devido a náuseas ou vômitos", acrescentou.
As enxaquecas podem ter um efeito significativo na rotina e as dores de cabeça são frequentemente acompanhadas de distúrbios visuais ou intolerância à luz.
A Pfizer disse que o tratamento estará disponível em julho de 2023 nas farmácias dos EUA.
A endometriose afeta 8 milhões de mulheres no Brasil e 200 milhões no mundo todo, porém ainda é pouco falada fora dos consultórios médicos. Diante da falta de informação, a condição costuma levar anos para ser descoberta, dificultando o tratamento.
Dentre os seus sintomas, dois afetam de forma severa a vida da mulher: as cólicas e a dificuldade em engravidar, um sonho entre boa parte da população feminina. Estimativas da Sociedade Brasileira de Endometriose (SBE) apontam que entre 30% e 40% das mulheres diagnosticadas com a condição também enfrentam a infertilidade.
“Para que mais mulheres tenham a oportunidade de conhecer melhor seus corpos, além do diálogo aberto com os médicos, é primordial que falemos mais sobre a endometriose, que haja mais informação e conscientização sobre o tema. Por meio da informação e da escuta, é possível antecipar o diagnóstico, fator que impacta muito o sucesso do tratamento e a qualidade de vida da mulher”, destaca o Dr. Patrick Bellelis, ginecologista especialista em endometriose.
Por que a endometriose pode causar infertilidade
O útero é revestido pelo endométrio, um tecido que descama e é eliminado durante o ciclo menstrual, caso a mulher não esteja grávida. Quando a endometriose está presente, esse tecido cresce fora do útero, em diferentes partes do aparelho reprodutivo feminino, mudando a anatomia desses órgãos conforme a inflamação vai se agravando. É exatamente por conta dessa alteração que a infertilidade pode aparecer, além das cólicas de forte intensidade.
A endometriose pode causar também dor durante a relação sexual, dor e sangramento ao urinar ou evacuar, dores nas costas, entre outros sintomas. “Ao perceber qualquer coisa fora do normal durante o ciclo menstrual, é importante buscar atendimento e orientação de um ginecologista, para que o quadro seja investigado e se dê início a um tratamento o quanto antes. O diagnóstico precoce previne que a endometriose atinja níveis mais graves”, reforça Bellelis.
O Dia Mundial do Rim é celebrado nesta quinta-feira (9) e carrega a mensagem sobre a importância de estar atento a doenças renais, especialmente no que diz respeito à prevenção, ao diagnóstico precoce e ao tratamento adequado.
Segundo a SBN (Sociedade Brasileira de Nefrologia), o enfoque deste ano é "cuidar dos vulneráveis e estar preparado para os desafios inesperados". Pensando nisso, o R7 listou sete sintomas que são um sinal claro de doença renal crônica.
Porém, antes, é fundamental entender a relevância dos rins para o corpo humano.
De acordo com Milena Vasconcelos, médica nefrologista da BP – A Beneficência Portuguesa de São Paulo, esses órgãos desempenham funções fundamentais, como filtrar todo o sangue do corpo e eliminar toxinas do organismo.
"Eles atuam na manutenção dos eletrólitos do nosso corpo, como sódio, potássio, cálcio, magnésio, fósforo, bicarbonato etc. Fazem a manutenção da água, excretam algumas substâncias, como medicações, e liberam um hormônio chamado eritropoetina, que é responsável pela produção de células vermelhas no nosso corpo, como a hemoglobina", explica Milena.
E acrescenta: "Eles também são responsáveis pela produção do calcitriol, que é a vitamina D ativa, que responde pela saúde óssea do nosso corpo. E, juntamente com o coração, eles desempenham um papel primordial no controle da nossa pressão arterial".
A DRC (doença renal crônica) é a condição mais comum, que afeta uma em cada dez pessoas no mundo, segundo dados da SBN. No entanto, ela é considerada uma doença extremamente silenciosa.
"Nas fases iniciais, não há sintoma nenhum, é uma doença completamente silenciosa e progressiva. Você começa a ter sintomas quando o rim já perdeu 50% da sua funcionalidade", alerta a nefrologista.
No Brasil, de acordo com a estimativa recente (de 2022) da SBN, o número de pacientes com DRC avançada é crescente e, atualmente, mais de 140 mil pacientes realizam diálise no país.
Há também outras condições comuns que acometem o rim, como cálculos (pedras) e glomerulonefrite.
Em qualquer um dos casos, há grupos específicos que não podem ignorar nenhum indício de problema renal, pois são mais propensos a desenvolvê-los. São eles:
hipertensos;
diabéticos;
pessoas com histórico familiar de doença renal crônica;
indivíduos diagnosticados com obesidade;
quem tem histórico de doença do aparelho circulatório (doença coronariana, acidente vascular cerebral, doença vascular periférica, insuficiência cardíaca);
fumantes.
De forma geral, os sete sintomas que ninguém, mas principalmente os grupos de risco, deve ignorar, porque podem indicar uma DCR, são:
urina espumosa (é tanto um sinal de uma doença renal crônica quanto de uma glomerulonefrite, conhecida como nefrites);
sangue na urina;
glicose alta;
pressão frequentemente acima de 140 mmHg por 90 mmHg (alta) — popularmente, 14 por 9;
alteração do nível de consciência (em razão da ureia elevada);
nível de triglicerídeos no sangue elevado;
anemia (acompanhada de fraqueza e cansaço).
Outros possíveis sinais são inchaço (principalmente nas pernas), cãibras e sonolência. Prevenção
A melhor forma de prevenir a doença, segundo Milena, é manter alguns hábitos saudáveis, como ingerir, no mínimo, de 2 a 3 litros de água por dia, evitar anti-inflamatórios (é a medicação mais tóxica para o rim) e o tabagismo, além de reduzir o consumo de açúcar.
Pessoas com histórico familiar de doença renal crônica ou do grupo de risco devem fazer o exame de creatinina (avalia a saúde renal) de forma mais precoce e anualmente. Já a população em geral deve tornar o teste anual após os 40 anos.
"As duas maiores causas da doença renal são a pressão alta e a diabetes, então a prevenção clássica é não ter hipertensão nem diabetes. Se já tem, deve ir ao nefrologista quanto antes para minimizar esses efeitos, para não progredir para uma DCR", finaliza Milena.
Nesta terça-feira (7), a Anvisa (Agência Nacional de Vigilância Sanitária) suspendeu temporariamente a utilização do medicamento Evusheld (Tixagevimabe + Cilgavimabe), utilizado na profilaxia pré-exposição e no tratamento de casos leves e moderados da Covid-19 entre pacientes com risco de gravidade para a doença. O medicamento encontrava-se com autorização para uso emergencial.
A suspensão pela pasta ocorre pela análise da queda da proteção do Evusheld contra as variantes de preocupação do Sars-CoV-2 em circulação no país. De acordo com a Anvisa, o embargo temporário ocorrerá até que sejam enviados dados que comprovem a eficácia do medicamento contra a variante Ômicron e suas subvariantes BQ.1, com prevalência de 77%, e BA.5, com prevalência de 15%.
O órgão afirma que, caso existam lotes circulantes no país, cabe à empresa detentora da autorização do uso emergencial do Evusheld comunicar profissionais de saúde quanto à ineficácia do medicamentos contra as variantes em circulação e orientar a utilização apenas em casos de infecções suscetíveis à sua eficácia.