A Secretaria de Estado da Saúde (Sesapi), por meio da Coordenação de Doenças Transmissíveis vai realizar Campanha de Prevenção as Infecções Sexualmente Transmissíveis no período do carnaval 2024, de 10 a 13 de fevereiro.
A campanha já conta com nota técnica no site da Secretaria de Estado da Saúde contendo as orientações aos municípios sobre quais ações devem tomar para desenvolver as atividades.
Serão realizadas ações de educação em saúde, blitz, palestras, oferta de teste rápido e distribuição de gel lubrificante, insumos de prevenção, folders e cartazes. Para a coordenadora de IST´s da sesapi, Karina Amorim, a temática deste ano continua sendo “prevenção ainda é a melhor escolha”.
“Por conta disso, a Sesapi vai facilitar e estimular o acesso de preservativos para todos, sem burocracia, principalmente a população em situação de maior vulnerabilidade”, afirma a coordenadora.
De acordo com a superintendente de atenção à saúde e municípios, Leila Santos, é importante dar acesso à população para meios de prevenção de IST´s.
“É preciso focar na prevenção porque as doenças sexualmente transmissíveis continuam matando. Só em 2023, foram 857 novos casos de HIV/Aids em adultos no Piauí”, diz a superintendente.
A Diretoria de Combate à Hanseníase e Tuberculose de Floriano realizou nesta quarta-feira, 30, em parceria com a delegacia da PRF em Floriano, ação de conscientização e prevenção à hanseníase. A ação teve como objetivo a disseminação de informações e o combate ao preconceito em torno da hanseníase, promovendo a compreensão da população e incentivando a busca por cuidados em saúde.
Em uma análise detalhada dos casos de hanseníase em nossa cidade nos últimos três anos, foi observado um cenário preocupante: o número de casos permaneceu estável e, houve uma diminuição significativa no número de contatos diretos examinados, sendo que, dos 113 contatos registrados para avaliação, apenas 63 destes compareceram para o exame.
"Essa queda pode representar um desafio na detecção precoce da doença, essencial para garantir tratamento eficaz e interromper a transmissão", explica Milena Portela, diretora de Hans/TB. Essa análise revelou que, embora o número de contatos registrados tenha variado nos anos examinados, a diminuição nos contatos examinados foi consistente, representando cerca de 40%.
O que é a hanseníase?
Se trata de uma doença infecciosa crônica, causada pela bactéria Mycobacterium leprae e é transmitida principalmente através de gotículas pela respiração, tosse ou espirro durante contato prolongado com indivíduos infectados, que não estejam em tratamento.
A hanseníase requer uma abordagem proativa para evitar complicações e reduzir a disseminação.
Segundo o Ministério da Saúde, dentre os principais sinais e sintomas da fase inicial estão: sensação de formigamento, fisgadas ou dormência nas extremidades do corpo; manchas brancas ou avermelhadas, geralmente com perda da sensibilidade ao calor, frio, dor e tato; aparecimento de caroços e placas em qualquer parte do corpo; áreas aparentemente normais perdem a sensibilidade e deixam de secretar suor e; diminuição da força muscular, como dificuldade para segurar objetos.
E como se trata a hanseníase?
O primeiro ponto é que essa doença tem cura e o tratamento é gratuitamente realizado nas Unidades Básicas de Saúde. A cura se torna mais rápida e fácil quanto mais precoce for o diagnóstico. O tratamento medicamentoso é realizado com o esquema terapêutico multidroga (MTD), preconizado pela Organização Mundial da Saúde e, pode durar de 6 a 12 meses, dependendo do diagnóstico.
Um familiar está com hanseníase, o que fazer?
Os contatos de pacientes com hanseníase também devem ser avaliados por um profissional de saúde. Portanto, se dirija à sua UBS de referência e comunique o caso. É de extrema importância que esses contatos sejam reavaliados periodicamente, para evitar a disseminação da doença.
Ao unir esforços, buscar por informações, espalhar conscientização e promover ações concretas, a comunidade florianense pode dar passos significativos na luta contra essa doença.
O registro de 17 pessoas que deram entrada em um hospital de Teresina com queimaduras oculares até o último domingo (28), após o uso de pomadas capilares modeladoras para tranças, chamou atenção da Diretoria de Vigilância Sanitária do Estado (DIVISA) para, mais uma vez, enfatizar aos profissionais da saúde, sobre a importância das notificações desse tipo de evento adverso no Sistema de Notificação para Vigilância Sanitária (NOTIVISA).
Em fevereiro do ano passado, a Anvisa proibiu a comercialização de todas as pomadas para modelar e trançar cabelos. A decisão foi resultado de uma avaliação de risco feita pela Agência, após a identificação do aumento do número de casos de efeitos indesejáveis graves associados ao uso desse tipo de produto.
“Nossa equipe irá acompanhar esses casos ocorridos em Teresina, junto ao serviço de saúde que fez o atendimento a essas pessoas e orientar os profissionais, no que diz respeito as notificações no NOTIVISA”, destacou a superintendente de Atenção Primária à Saúde e Municípios (SUPAT), Leila Santos.
O NOTIVISA é o sistema informatizado da Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) que permite, por meio do link ..:: NOTIVISA ::.. (anvisa.gov.br), o registro de problemas relacionados ao uso de tecnologias e de processos assistenciais, por meio do monitoramento da ocorrência de queixas técnicas de medicamentos e produtos para a saúde, cosméticos, saneantes, alimentos, incidentes e eventos adversos.
“Com a notificação é possível que a equipe de vigilância sanitária realize a investigação do caso e tenha subsídios para tomar decisões e estabelecer medidas preventivas que irão reduzir o risco a população”, completou a diretora da Vigilância Sanitária do Estado, Tatiana Chaves.
No Piauí, a DIVISA também está orientando as vigilâncias sanitárias municipais para que façam a busca ativa da comercialização dos produtos em salões de beleza e distribuidoras. “É mais uma medida que precisamos efetivar para minimizar os sérios efeitos adversos que esses produtos podem ocasionar”, finalizou a diretora.
Você viu na nova série do Fantástico "Alergia - O Corpo em Alerta" que a estimativa é de que 61 milhões de brasileiros sofram com algum tipo de alergia. Respiratória, de pele, alimentar, medicamentosa... são muitas as opções. Neste domingo (28), o Doutor Drauzio Varella vai falar sobre alergia alimentar, seus perigos e cuidados.
"Como o sistema imune está em formação na criança é mais comum que a alergia alimentar surja na infância. E alergia alimentar está aumentando muito. Nas últimas duas décadas, a alergia alimentar está sofrendo uma transformação, que ela está ficando mais frequente, mais grave e as alergias que antes sararam, saravam rapidamente, a gente esperava que alergia ao leite, por exemplo, sarasse até os cinco anos. Hoje em dia, alergia alimentar está persistindo, entrando pra adolescência e idade adulta", afirma Ariana Campos Yang, médica alergista do HC-USP.
Declaração obrigatória no rótulo Em 2015, a Anvisa criou uma resolução que estabeleceu os requisitos para declaração obrigatória dos principais alimentos que causam alergia alimentar. (SAIBA MAIS)
A norma determina que os rótulos dos alimentos industrializados devem informar a presença dos seguintes ingredientes: trigo, centeio, cevada, aveia e estirpes hibridizadas; crustáceos, ovos, peixes, amendoim, soja, leite de todos os mamíferos, amêndoa, avelã, castanha de caju, castanha do Pará, macadâmia, noz pecã, pistache, pinoli e castanhas.
Os rótulos de alimentos que tenham em sua composição os ingredientes alérgenos devem trazer a informação: “Alérgicos: Contém (nomes comuns dos alimentos que causam alergias alimentares)”, “Alérgicos: Contém derivados de (nomes comuns dos alimentos que causam alergias alimentares)” ou “Alérgicos: Contém (nomes comuns dos alimentos que causam alergias alimentares) e derivados”.
Nos casos em que não for possível garantir a ausência de contaminação cruzada dos alimentos – que é a presença acidental de qualquer alérgeno alimentar não adicionado à receita, mas que tenha entrado em contado com o produtos no processo de produção ou de manipulação –, deve constar no rótulo a declaração “Alérgicos: Pode conter (nomes comuns dos alimentos que causam alergias alimentares)”.
A CEO do aplicativo NU Rótulo, Maira Figueiredo, explica por que decidiu criar uma plataforma para quem tem vários tipos de alergia:
"A nossa relação com a alergia alimentar começou com a minha filha Helena. Hoje, ela tem 7 anos, mas quando ela tinha 8 meses, nós descobrimos que ela tinha alergia a proteína do leite de vaca e foi da pior forma que a gente descobriu: durante a introdução alimentar, comendo um purêzinho de batata, ela teve uma reação anafilática E a gente não fazia a menor ideia que aquilo era uma alergia alimentar.
Nos primeiros momentos, a médica dela falou: 'Olha, nem você e nem ela podem consumir nada que tenha leite'. Na ocasião, eu amamentava. Ao procurar os produtos na minha casa, senti uma dificuldade muito grande de ler as letrinhas, os rótulos, às vezes muito pequenas, ou às vezes a embalagem era transparente. Já senti que a minha dificuldade nos mercados ia ser enorme.
Perdendo muitas horas procurando produto que eu poderia encontrar e quando encontrava, ficava às vezes na dúvida se pode conter ou não. Foi nesse momento que eu tive a ideia de desenvolver um aplicativo que ajudasse nessa leitura dinâmica dos códigos de barras dos produtos e trazendo as informações dos alergênicos de uma maneira mais clara, mais rápida e que fosse fácil desde uma criança identificar até um idoso".
A alergia é a reação exagerada e equivocada do nosso sistema imunológico contra alguma substância inofensiva.
"O sistema imune está em tudo, está na pele, está nos olhos, está na mucosa respiratória, está no aparelho digestivo. Uma vez que esse radar detectou algo estranho, ele pode amplificar e ligar toda essa rede de comunicação desde uma reação localizada até uma reação que acometa o corpo todo", destaca Ariana Campos Yang, médica alergista do HC-USP. Entenda como as alergias se desenvolvem e por que algumas pessoas são mais sensíveis A pessoa vai então espirrar, tossir, os olhos vão lacrimejar. Pode também ter inchaços, vômitos, diarreia, coceiras. Na maioria dos casos, essas reações são leves - o próprio organismo resolve.
A intensidade desses sintomas vai depender da quantidade de histamina liberada nesse processo. A histamina é um mediador químico - um mensageiro que controla as reações alérgicas.
"Quando uma reação alérgica acontece, é como se tivesse chovendo histamina no corpo, tivesse chovendo essa substância. Só que, às vezes, a gente tem uma chuva, uma garoinha E, às vezes, a gente tem uma tempestade, um vendaval que causa uma enchente, destruição", completa a médica alergista.