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sarampoA Organização Mundial da Saúde (OMS) anunciou que o número de casos de sarampo no mundo aumentou cerca de 300% no primeiro trimestre deste ano em comparação ao mesmo período de 2018.

Dados preliminares divulgados pela OMS indicam que foram registrados mais de 112 mil casos de sarampo em 170 países nos três primeiros meses de 2019. A entidade informou que os recentes surtos da doença causaram muitas mortes, principalmente de crianças.

Os casos de sarampo na África aumentaram em aproximadamente 700%, em comparação ao mesmo período do ano passado. Na Europa, o crescimento foi de 300%, apesar do uso de vacinas na região ser mais difundido.

Segundo a OMS, o sarampo é quase totalmente evitável por meio de duas doses de uma vacina segura e eficaz. Mas a organização afirmou que somente 67% da população mundial tomaram a segunda dose.

A OMS aconselha que as pessoas tomem as duas doses da vacina. A organização também pede que os países garantam que todas as crianças sejam vacinadas, uma vez que o sarampo pode afetá-las mais duramente.

 

Agência Brasil

Foto: OMS/Opas

ativifisicaUm estudo publicado na revista científica Jama revelou que pessoas que começam a se exercitar na meia idade têm o risco de mortalidade reduzido nos mesmos níveis do que pessoas que se exercitam desde a adolescência.

O profissional de educação física e consultor do Bem Estar Marcio Atala lembra que nunca é tarde para começar. Mesmo após os 60 anos, quem começa a praticar exercício tem benefícios, principalmente no que se refere a ganho de massa muscular, equilíbrio, diminuição da perda de cognição e manutenção de laços sociais.

Contudo, não é porque os benefícios são iguais que a pessoa deve pensar em atividade física só após os 40 anos. A atividade física melhora a qualidade de vida e pode evitar doenças relacionadas ao sedentarismo.


O estudo foi feito com 315.059 pessoas. Quem fez exercício desde a adolescência teve redução de mortalidade de 29% a 36%. Já quem fez exercício após os 40 anos teve redução de mortalidade de 32% a 35%.

A Organização Mundial da Saúde (OMS) recomenda 150 minutos semanais de atividade física leve ou moderada (cerca de 20 minutos por dia) ou, pelo menos, 75 minutos de atividade física de maior intensidade por semana (cerca de 10 minutos por dia).

Veja a recomendação da OMS sobre níveis de atividade física para todas as faixas etárias:

ATIVIDADE FÍSICA

IDADE RECOMENDAÇÃO/SEMANA NÍVEL DA ATIVIDADE
5 a 17 anos Mais de 60 minutos de exercícios aeróbicos Moderada a vigorosa
18 a 64 anos No mínimo 150 minutos exercícios aeróbicos Moderada
  75 minutos de exercícios aeróbicos Vigorosa
Maiores de 64 anos 150 minutos exercícios aeróbicos Moderada
  75 minutos exercícios aeróbicos Vigorosa

Fonte: OMS (Organização Mundial da Saúde)


4 dicas para começar a prática de atividade física


Encontre um local adequado para praticar as atividades físicas, como parques, praças e similares.


Comece com uma atividade que não exige alto preparo físico.


Praticar atividade física perto de casa não exigindo grandes deslocamentos, o que ajuda na manutenção desse hábito.


Procure atividades realizadas por várias pessoas, inclusive do seu círculo de amizade, o que poderá ser um estímulo a mais.

 

G1

Foto: Google

 

sarampoAssim como o Brasil, os Estados Unidos estão sendo obrigados a lidar com um aumento muito grande dos casos de sarampo. Um levantamento feito pelo Unicef aponta o Brasil como o terceiro país no ranking dos que tiveram o maior aumento de casos de sarampo entre 2017 e 2018.

O sarampo é uma doença muito contagiosa, mais do que ebola, tuberculose e influenza. O vírus pode ser contraído por alguém até duas horas depois de a pessoa infectada ter saído do local. O Bem Estar conversou com a infectologista e diretora técnica da secretaria de saúde (SP) Helena Sato sobre a vacina do sarampo, cuidados e prevenção.

O sarampo é transmitido pelo ar e infecta o trato respiratório, podendo matar crianças malnutridas e bebês que ainda são muito novos para serem vacinados. Uma vez infectado, não há um tratamento específico, por isso a importância da vacinação.

A única forma de se proteger do sarampo é através da vacina. Ela é disponibilizada gratuitamente pelo SUS em duas doses – tríplice viral (sarampo, caxumba e rubéola), aplicada nos bebês aos 12 meses de idade, e tetra viral (as três doenças, acrescida da catapora), aos 15 meses.

“A vacina é extremamente bem tolerada. Ela é injetável e faz parte do calendário de vacinação. A primeira dose é dada com um ano e a segunda dose é dada com um ano e três meses”, explica Sato.

Quem já teve sarampo deve tomar a vacina. “O sarampo pode se confundir com outras doenças. Não necessariamente a pessoa teve sarampo”. Entre os sintomas estão febre, tosse, conjuntivite, manchas avermelhadas. Contudo, a infectologista lembra que outras infecções virais têm os mesmos sintomas.

É fundamental que as pessoas que não tomaram a vacina ou que não sabem se tomaram a vacina procurarem os postos de saúde.


Veja quem pode tomar a vacina


Crianças de 12 meses a menores de 5 anos de idade: uma dose aos 12 meses (tríplice viral) e outra aos 15 meses de idade (tetra viral).


Crianças de 5 anos a 9 anos de idade que perderam a oportunidade de serem vacinadas anteriormente: duas doses da vacina tríplice


Pessoas de 10 a 29 anos: duas doses da vacina tríplice


Pessoas de 30 a 49 anos: uma dose da vacina tríplice viral


Quem não pode tomar a vacina? Casos suspeitos de sarampo, menores de seis meses, grávidas, pessoas imunodeprimidas e pessoas acima de 49 anos.

Sintomas
Febre alta com manchas vermelhas no corpo (normalmente as manchas começam atrás do pescoço e atrás da orelha. Depois aparecem no rosto e vão descendo para braços, tronco e pernas)


Tosse
Coriza
Conjuntivite
Complicações do sarampo
Infecções respiratórias
Otites
Doenças diarreicas
Doenças neurológicas
As complicações podem deixar sequelas como diminuição da capacidade mental, cegueira, surdez e retardo do crescimento.
Como evitar a transmissão
Lave as mãos com frequência
Quando espirrar, coloque o braço para tampar o nariz. Jamais use as mãos

 

G1

Foto: Cristine Rochol/PMPA

 

cancerpeleOs pacientes com câncer de pele não melanoma poderão contar, em breve, com uma nova tecnologia para o tratamento não invasivo desse tipo de tumor cutâneo – o mais frequente no Brasil e no mundo.

Um grupo de pesquisadores do Instituto de Física de São Carlos da Universidade de São Paulo (IFSC-USP) desenvolveu, nos últimos anos, um dispositivo para o diagnóstico e tratamento óptico do câncer de pele não melanoma com resultados promissores, principalmente na eliminação de tumores iniciais. O procedimento está em processo de avaliação para ser implementado no Sistema Único de Saúde (SUS).


A técnica, criada no Centro de Pesquisa em Óptica e Fotônica (CEPOF) – um dos Centros de Pesquisa, Inovação e Difusão (CEPIDs) apoiados pela FAPESP –, foi apresentada durante a Escola São Paulo de Ciência Avançada em Tópicos Modernos em Biofotônica.

Apoiado pela FAPESP, na modalidade Escola São Paulo de Ciência Avançada, o evento foi realizado entre os dias 20 e 29 de março no IFSC-USP. O encontro reuniu estudantes de pós-graduação e jovens pesquisadores do Brasil e do exterior com o objetivo de discutir tópicos avançados na área de biofotônica, que usa tecnologias baseadas na manipulação de fótons, ou seja, a luz, para aplicações biológicas.


“O dispositivo foi desenvolvido no Brasil, com tecnologia totalmente nacional”, disse Cristina Kurachi, professora do IFSC-USP e uma das autoras da técnica, à Agência FAPESP.

O equipamento, fabricado pela empresa MM Optics, em São Carlos, é composto por um dispositivo capaz de reconhecer e verificar a extensão de lesões tumorais por fluorescência óptica em minutos. Após a identificação da lesão, é aplicada no local uma pomada à base de metilaminolevulinato (MAL) – um derivado do ácido 5-aminolevulínico (ALA) –, desenvolvida pela empresa PDF-Pharma, em Cravinhos. Após duas horas de contato com a pele, o composto é absorvido e dá origem, no interior das mitocôndrias das células tumorais, à protoporfirina – pigmento fotossensibilizante “primo” da clorofila.


Após remover a pomada da lesão, a região é irradiada por 20 minutos com um dispositivo contendo uma fonte de luz LED vermelha a 630 nanômetros integrada ao equipamento.

A luz ativa a protoporfirina e desencadeia uma série de reações nas células tumorais, gerando espécies reativas de oxigênio capazes de eliminar as lesões. Já os tecidos sadios são preservados.

Após o procedimento, são geradas imagens de fluorescência – também por meio do equipamento – para assegurar a irradiação total das lesões.
O tratamento ocorre em duas sessões, com intervalo de uma semana entre elas. Após 30 dias, as lesões são reavaliadas e submetidas a uma biópsia para confirmar se os tumores foram eliminados.

Por meio de um projeto, apoiado pelo Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES) e pela Financiadora de Inovação e Pesquisa (Finep), foram feitos ensaios clínicos para a validação da técnica em 72 centros de saúde em todo o país. O estudo multicêntrico foi coordenado por Vanderlei Salvador Bagnato, professor do IFSC-USP e coordenador do CEPOF.


No Hospital Amaral Carvalho de Jaú, interior de São Paulo, por exemplo, foram tratadas com o novo método mais de 2 mil lesões de pacientes atendidos pela instituição e treinados 40 grupos de médicos para usar a técnica. Além dos hospitais, ambulatórios e clínicas no Brasil, foram realizados estudos clínicos em outros nove países da América Latina.

Os resultados dos ensaios clínicos mostraram que o tratamento foi capaz de eliminar 95% dos tumores, sem efeitos colaterais, causando apenas leve vermelhidão no local e sem a formação de cicatriz.


“A despeito de estarmos em um Instituto de Física, temos feito medicina translacional, ou seja, conseguido transferir os resultados de pesquisa básica para aplicações clínicas que beneficiam a população, especialmente a mais carente”, avaliou Kurachi, um dos membros da coordenação da ESPCA em Biofotônica.

Pesquisa translacional

O caráter translacional da pesquisa feita pelo grupo do IFSC-USP foi justamente um dos fatores que despertaram o interesse do pesquisador Fleury Augustin Nsole Biteghe em vir ao Brasil para participar do evento.

Pós-doutorando em biologia química na Universidade de Cape Town, na África do Sul, onde estuda a aplicação de terapia fotodinâmica para tratar câncer de pele, Biteghe soube do evento ao participar de uma conferência sobre terapia fotodinâmica no ano passado, na Alemanha, em que foram apresentados alguns resultados de trabalhos feitos pelos pesquisadores do IFSC-USP.


“Fiquei impressionado e muito interessado em fazer parte das pesquisas desse grupo no Brasil, que tem mostrado ser possível fazer pesquisa translacional que resulte em novos tratamentos para o câncer de pele. Pretendo me candidatar a um pós-doutorado nesse grupo de pesquisa para aprender e levar essa experiência para a África do Sul, onde temos enfrentado obstáculos para desenvolver tecnologias que possibilitem usar a terapia fotodinâmica na prática clínica”, disse Biteghe.

A Escola reuniu 138 estudantes de pós-graduação e pesquisadores em início de carreira, dos quais 48 eram do exterior – oriundos de países como Estados Unidos, Finlândia, Noruega, Rússia, Polônia, Canadá e Argentina, entre outros – e 90 brasileiros, de diferentes regiões do país.
A programação do evento foi composta por apresentação de pôsteres científicos, palestras e cursos ministrados por alguns dos maiores especialistas em áreas como óptica tecidual, neurofotônica e biossensores.

Um dos pesquisadores participantes foi Gang Zhen, professor da Universidade de Toronto e cientista sênior do Princess Margaret Cancer Centre, ambos no Canadá. Em 2011, o pesquisador e colegas de seu laboratório descobriram a primeira partícula nanométrica (da bilionésima parte do metro) totalmente orgânica com propriedades biofotônicas sem precedentes, obtida a partir da porfirina.

 

 

 

 

Agência Fapesp

Foto: Brás Muniz / IFSC-USP