Quatro linhagens do novo coronavírus que ainda não tinham sido identificadas no Brasil foram descobertas em um estudo da Fiocruz (Fundação Oswaldo Cruz) Amazônia a partir da análise de amostras coletadas no Amazonas. Com isso, sobe para 30 o número de linhagens encontradas no país.
A investigação, realizada por pesquisadores do Instituto Leônidas & Maria Deane (ILMD) e divulgada nesta segunda-feira (16), encontrou, até agora, oito linhagens do coronavírus circulando no Amazonas, o que sugere que o vírus entrou ao menos oito vezes no Estado.
"As quatro novas linhagens identificadas são a B.1.107; B.1.111; B.1.1.2; e B.1.35 que circularam na Dinamarca, Colômbia, Reino Unido e País de Gales, respectivamente", afirma o Instituto.
Desde o registro do primeiro caso de covid-19 no Amazonas, em março, os cientistas já sequenciaram 79 genomas do vírus que causa a covid-19 a partir de amostras colhidas em 18 municípios do estado: Manaus, Anori, Autazes, Careiro, Iranduba, Itacoatiara, Jutaí, Lábrea, Manacapuru, Manaquiri, Manicoré, Maués, Nova Olinda do Norte, Parintins, Presidente Figueiredo, Santa Isabel do Rio Negro, Santo Antônio do Içá, e Tabatinga.
De acordo com o pesquisador Felipe Nevaca, vice-diretor de Pesquisa e Inovação do ILMD e coordanador do estudo, a variabilidade de linhagens identificadas mostra que "foram diversas as entradas do vírus no estado, mesmo em um período onde, teoricamente, havia menor circulação de pessoas”.
Ele destaca a importância do sequenciamento genético do coronavírus para atualizar os protocolos de diagnóstico da infecção, o que garante resultados mais precisos e menos erros.
“Os dados do sequenciamento nos ajudam também a verificar se há a necessidade de ajustes nos protocolos de diagnóstico, por exemplo, se aqui o vírus acumulou alguma mutação que leve a um resultado falso-negativo", explica.
"Os protocolos em uso hoje foram desenvolvidos em outros países, como China, Estados Unidos e Alemanha, levando em consideração o que se sabia da variabilidade viral naquele momento”, acrescenta.
R7
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Os resultados preliminares de um estudo feito pela Universidade de Cardiff, no Reino Unido, indicam que enxaguantes bucais destroem o coronavírus em 30 segundos. Os testes foram feitos em laboratório e imitavam as condições das cavidades nasais e orais de uma pessoa.
O diretor-geral da Organização Mundial da Saúde (OMS), Tedros Adhanom Ghebreyesus, disse nesta segunda-feira (16) que não é hora de relaxar no combate ao coronavírus, apesar das boas notícias sobre o avanço das vacinas.
O sarampo matou mais de 207 mil pessoas no mundo em 2019 – um aumento de 50% em quatro anos – segundo relatório divulgado pela Organização Mundial da Saúde (OMS) em conjunto com os Centros para Controle e Prevenção de Doenças (CDC), dos EUA.