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coronavirusEspecialistas acreditam que é “absolutamente possível” que o coronavírus seja transmitido pelos olhos. O contágio ocorreria quando o paciente encosta as mãos infectadas junto ao globo ocular.

O médico chinês Wang Guangfa, inclusive teme ter contraído a enfermidade por não estar utilizando óculos protetores durante o trabalho. As informações são do jornal britânico Daily Mail.

Especialistas em contágio da infecção ouvidos pelo tabloide ainda ressaltam que o vírus pode se propagar por meio de tosses e espirros. Desse modo, o vírus percorreria o corpo até chegar aos olhos.

“Não é incomum que gripes e outras viroses sejam transmitidas assim. É possível, inclusive, contrair infecções respiratórias pelos olhos”, diz Paul Kellam, professor de genômica dos vírus no Imperial College London.

Kellam ainda ressalta que as máscaras que protegem a boca e o nariz não seriam suficientes, por deixarem os olhos descobertos.

Michael Head, pesquisador em saúde global na universidade britânica de Southampton, concorda com a análise de Kellam . “A transmissão pode potencialmente ocorrer pelo contato da mão com os olhos, o que facilita a transmissão de uma pessoa para a outra”, afirmou. “Pense como se fosse uma gripe ou resfriado comum, tocar o nariz, a boca, ou os olhos é uma forma simples de contágio.

Em toda a China já foram confirmados pelo menos 2 744 casos de infeção pelo coronavírus. Metade dos registros ocorreu na província de Hubei, cuja a capital é Wuhan — onde a enfermidade teria começado a se propagar. Na China, 81 pessoas já morreram em decorrência da infecção. Nas Filipinas, há uma família brasileira internada com suspeita de ter contraído o vírus.

 

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Foto: Tyrone Siu/Reuters

cancerpulmaoTodo ano, cerca de dois milhões de pessoas são diagnosticadas com câncer de pulmão no mundo. Segundo a União Internacional para o Controle do Câncer, é o que mais mata. Quem fuma tem de 20 a 30 vezes mais chances de desenvolver o tumor.

Segundo o oncologista Vladmir Cordeiro de Lima, 80% dos casos de câncer de pulmão são provocados pelo tabaco. Ou seja, além do cigarro, cachimbo, charuto e narguilé também podem provocar a doença.

“O tabaco nas suas diversas formas aumenta o risco de câncer de pulmão e de outros tumores. Esse risco depende da forma como ele é consumido. Algumas formas como o narguilé, por exemplo, expõem a uma quantidade de substâncias que provocam câncer até maior que o cigarro." - Vladmir Cordeiro de Lima, oncologista do Hospital A.C. Camargo.

O tabaco é o maior fator de risco para o câncer de pulmão, mas o oncologista explica que não fumantes também podem ter a doença. O histórico familiar pode ser um dos fatores.

“A incidência de câncer de pulmão em não fumantes é significativamente menor, mas a gente sabe que outros fatores como poluição ambiental e histórico familiar também podem aumentar o risco de câncer de pulmão” - Vladmir Cordeiro de Lima, oncologista

Por causa da poluição, na Índia e na China mulheres que nunca fumaram estão sendo diagnosticadas com o câncer. Assim como o cigarro, a poluição pode levar à alteração no DNA e multiplicar o número de células cancerígenas.

Vladmir explicou também os riscos para o fumante passivo, aquele que não fuma, mas convive com alguém que fuma. “Acredita-se que o fumante passivo tem o risco de cerca de três vezes maior de desenvolver o câncer de pulmão, quando comparado com a população não exposta. Às vezes, algumas das substâncias que provocam câncer ficam na superfície. Também existe o risco para as crianças”.

Sinais de alerta
Só no Brasil são cerca de 30 mil casos novos todo ano – 60% entre homens e 40% entre mulheres.

O diagnóstico precoce diminui muito a taxa de mortalidade. Contudo, para o câncer de pulmão apresentar sintomas, o tumor precisa estar grande. Por isso, é recomendado que pacientes que fazem parte do grupo de risco façam tomografia de baixa dose anualmente.

“Não existe um sinal, sintoma específico. O câncer pode se manifestar de várias maneiras. Mas existem alguns, principalmente dentro da população que é ou foi fumante, como tosse persistente”, alertou o oncologista.

Veja os sinais:

Tosse persistente por mais de 30 dias
Tosse com sangue
Falta de ar com piora progressiva
Dor torácica persistente
Perda de peso sem explicação
Rouquidão
Sentir-se cansado ou fraco


Câncer de pulmão: tem como prevenir?


A principal medida de prevenção é não fumar. Se você fuma, precisa parar o mais rápido possível. Muita gente acha que, por fumar há muito tempo, não adianta parar aos 50 anos, por exemplo. “A gente sabe que, se você para abaixo dos 50 anos, os riscos diminuem muito. Se você parou há mais de 10 anos, o risco cai pela metade. Se você parou há mais de 15 anos, o risco de ter um câncer de pulmão reduz cerca de 90%”.

 

G1

Foto: Arte/TV Globo

 

melanomaPesquisadores da Universidade Estadual de Campinas (Unicamp) aprimoram um software capaz de agilizar diagnósticos de câncer de pele do tipo melanoma. Até o momento, o programa computacional já alcançou 86% de precisão na identificação da doença.

Embora o melanoma represente entre a população brasileira apenas 3% do total de neoplasias malignas que se manifestam na pele, a variedade requer atenção porque pode se propagar por outras células do corpo instalando um processo chamado de metástase, o mais agressivo de todas.

Para chegar ao diagnóstico, o software da equipe da Unicamp compara a lesão com outras 23.906 armazenadas em um banco público de imagens. Agora, os pesquisadores se preocupam em expandir o arquivo de fotografias, para que o nível de acerto aumente ainda mais. O programa trabalha em cima de algoritmos, que são aproveitados por um mecanismo de deep learning, técnica de inteligência artificial por meio da qual se "ensina" uma máquina a interpretar dados a partir do uso de redes neurais.

O projeto começou a ser elaborado em 2014, em uma parceria dos professores da Unicamp Sandra Avila, do Instituto de Computação, e Eduardo do Valle, da Faculdade de Engenharia Elétrica. A pesquisa foi uma das 25 contempladas pelo Google Latin America Research Awards, programa de bolsas de pesquisa para a América Latina.

Segundo Sandra Avila, o propósito dos acadêmicos é facilitar a detecção do tumor enquanto ainda no estágio inicial, de forma que seja logo tratado. Ela ressalta que não há a pretensão de se indicar o software como um substituto dos médicos, mas sim como uma ferramenta de apoio.

Diagnóstico e tratamento

O protocolo médico para se diagnosticar o melanoma respeita uma série de critérios. O Instituto Nacional de Câncer (Inca) esclarece que o método segue uma regra adotada internacionalmente, a do “ABCDE”. As letras correspondem a cada um dos aspectos que podem acender o alerta para o caso de uma lesão.

O A diz respeito à assimetria que caracteriza os tumores malignos, já que eles apresentam uma metade diferente da outra. O B lembra que têm bordas irregulares. O C, por sua vez, remete à presença de cores distintas em uma mesma lesão, quando células cancerosas podem ser confirmadas. O D serve de lembrete aos médicos quanto ao tamanho da lesão de melanoma, maior do que 6 milímetros. Por fim, o E trata da evolução das lesões, uma vez que, no decorrer do tempo, vão passando por alterações de tamanho, forma ou cor.

A maior incidência da doença é observada entre pessoas brancas, podendo aparecer em qualquer parte do corpo, na pele ou mucosas, na forma de manchas, pintas ou sinais. Pessoas negras, porém, também podem ser acometidas, devendo manter cuidados, principalmente, para as áreas mais claras do corpo, como palmas da mão e plantas dos pés.

Hoje, a cirurgia é o tratamento mais indicado para o melanoma. Dependendo do estágio do tumor, os médicos podem prescrever sessões de radioterapia e a quimioterapia ao paciente.

 

Agência Brasil

Agência Brasil/Fernando Frazão

sopamorcegoUm estudo publicado no Journal of Medical Virology indicou que a nova cepa do coronavírus que surgiu em Wuhan, na China, e infectou mais de 600 pessoas, pode ter sido transmitida para o homem pela carne de cobra e de morcego. A cobra é um predador do morcego e a carne de ambos é consumida na China.

A equipe de cientistas comparou o genoma de cinco amostras do novo vírus com 217 vírus parecidos coletados em várias espécies. A conclusão é que uma proteína do vírus teria sido alterada de forma a se ligar aos receptores das células hospedeiras de uma espécie de cobra e de morcego. As espécies de cobra e morcego que seriam possíveis hospedeiras não foram especificadas pelo estudo.

A cobra e morcego são iguarias na China. O morcego silvestre é consumido em sopas.

O vírus
O coronavírus identificado na China foi chamado de 2019-nCoV. Esse vírus é da mesma família que o coronavírus causador da epidemia de Sars, que afetou milhares de pessoas em todo o mundo e matou quase 800 durante um surto em 2003, e a MERS, que causou a morte de 858 dos 2.494 pacientes identificados com a infecção desde 2012.


Existem outros coronavírus já identificados, presentes inclusive no Brasil, que causam apenas resfriado comum. O diferença da cepa que surgiu em Wuhan é que é um vírus completamente novo, que nunca havia sido identificado e, por isso, não sabemos como o organismo humano reage a ele.

Casos mais leves podem se parecer com gripe ou resfriado comum, dificultando a detecção. Já casos mais graves podem evoluir para pneumonia e síndrome respiratória aguda grave ou causar insuficiência renal. Os sintomas incluem febre alta, tosse, dificuldade para respirar e lesões pulmonares.

 

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Foto: Reprodução/Twitter