A segunda fase da Campanha Nacional de Vacinação Contra a Gripe de 2020 começou no dia 16 de abril. A Secretaria de Saúde recebeu a última remessa de vacinas no fim da tarde da quarta-feira. Foram enviadas 4.300 doses.
A Coordenadora de Imunização, Pollyane Pires, explicou nesta segunda etapa a vacinação acontece de maneira diferente da primeira etapa. Para organizar o fluxo de atendimentos, as forças de segurança como Corpo de Bombeiros, PRF, Sutran, além da PM e pessoas privadas de liberdade na Penitenciária Vereda Grande foram imunizadas, em sua maioria, entre a quinta e sexta-feira.
A partir da segunda-feira, dia 20, as doses chegam às Unidades Básicas de Saúde seguindo o cronograma estabelecido. "Mesmo com o atraso na entrega das vacinas, a Secretaria de Saúde tem alcançado números expressivos. Pedimos paciência e compreensão. A vacina é enviada pelo Ministério da Saúde e distribuída pela Sesapi através das regionais de saúde, ficando a cargo da SMS de Floriano apenas a aplicação das doses de acordo com o estoque", disse Pollyane Pires.
Agora o público-alvo se estende para:
Caminhoneiros e profissionais de transporte coletivo e portuários, indígenas, doentes crônicos, profissionais das forças de segurança e salvamento, população privada de liberdade, inclusive adolescentes e funcionários do sistema prisional.
Em Floriano, só o comando do 3º Batalhão da Polícia Militar conta com mais de 120 policiais. Nesta sexta-feira, por exemplo, apenas na Penitenciária Gonçalo de Castro Lima "Vereda Grande", foram aplicadas 300 doses em presos e agentes penitenciários.
Nesta etapa, a principal mudança ficou por conta da inclusão dos caminhoneiros e profissionais de transporte coletivo e a dos povos indígenas. "Lembrar que a vacina da gripe não evita o coronavírus, até porque estamos falando de problemas bem distintos. Na verdade, ao impedir o ataque do influenza, a injeção evita uma eventual infecção dupla de gripe e Sars-CoV-2, o que sobrecarregaria o sistema respiratório da pessoa", disse James Rodrigues, secretário de saúde de Floriano.
Na tarde desta sexta-feira, 17 através de nota, a Prefeitura de São José do Piauí divulgou a confirmação do primeiro caso de coronavírus no município. A cidade fica localizada a cerca de 28 quilômetros de Picos.
De acordo com o documento, o paciente é um idoso de 93 anos, que no dia 14 de abril foi atendido em uma Unidade Básica de Saúde, com o quadro de febre, tosse seca, mialgia e anosmia.
O mesmo foi orientado pelos profissionais de saúde a manter-se em isolamento domiciliar e que foi acompanhado com equipes de saúde, a cada 24 horas. O teste foi realizado nesta sexta-feira, 17, e segundo a Secretaria de Saúde do município, o mesmo encontra-se com quadro de saúde leve.
O paciente continua isolado. Em nota, a saúde do município pede para que a população mantenha o isolamento e as demais medidas sanitárias, com o objetivo de evitar a contaminação pelo Covid-19.
Este foi o primeiro caso da doença registrado no município.
A ação aconteceu na tarde de hoje(16) na cidade de Floriano/PI e atendeu a condutores de veículos de carga. A PRF deu apoio à Secretaria Municipal de Saúde do município e à Universidade Federal do Piauí na aplicação das vacinas.
A Polícia Rodoviária Federal (PRF) no Piauí deu apoio à campanha de vacinação contra o H1N1 realizada em todo o país para os profissionais do volante em veículos de carga. Mais uma ação foi realizada na cidade de Floriano/PI às margens da rodovia BR 230 e começou às 16h00 e se estendeu até as 17h30. Enfermeiras e profissionais da imunologia realizaram a aplicação das vacinas.
Cerca de 20 caminhoneiros receberam as doses da vacina que previne contra o H1N1. A PRF realizou a segurança do local bem como controlou o tráfego que ficou lento no momento do estacionamento dos caminhões.
Essa nova missão da PRF objetiva apoiar a todas as secretarias de saúde do estado em promover a vacinação desses profissionais que, em tempos de pandemia de COVID-19, precisam continuar trabalhando para abastecer as cidades e municípios.
No Piauí as ações estão sendo gradativas e planejadas com as secretarias municipais e pretendem se estender por todo o estado.
Um novo estudo, desenvolvido por cientistas espanhóis, encontrou uma relação entre altas temperaturas e a menor propagação do novo coronavírus. No entanto, à semelhança de outros estudos já existentes, os especialistas afirmam que, apesar dessa relação, a aproximação do verão não será suficiente para travar a pandemia.
No momento em que são desconhecidas muitas das características do novo coronavírus, uma das esperanças para conseguir abrandar a sua propagação era o calor. Especulava-se que a aproximação do verão e aumento da temperatura fosse capaz de diminuir a resistência do vírus e travar a sua propagação.
Fernando Belda, da Organização Meteorológica Mundial e porta-voz da Agência Estatal de Meteorologia de Espanha (Aemet), em conjunto com a sua equipe, diz ter encontrado os “primeiros indícios de correlação” entre o frio e a propagação da doença na Espanha.
“Estamos observando um padrão: quanto menor a temperatura, maior o dano”, afirmou Balda ao jornal espanhol El País.
No entanto, tendo em conta os antecedentes históricos e o que está ocorrendo no resto do mundo, os investigadores defendem que o verão não será suficiente para travar a pandemia.
Cientistas espanhóis da Agência Estatal de Meteorologia e do Instituto de Saúde Carlos III, analisaram a temperatura média de cada comunidade autônoma espanhola durante 14 dias e o número de novas infecções diárias por cada 100 mil habitante ao longo desse período. Belda disse que o padrão se repete ao longo do período estudado, desde o início do confinamento até agora.
Além disso, o estudo também indicou que a umidade do ar pode igualmente influenciar a transmissão da doença. “Altas temperaturas e a elevada umidade reduzem significativamente a transmissão da covid-19”, revela a pesquisa.
A epidemiologista Cristina Linares, uma das autoras do trabalho, alerta que “é preciso ter muito cuidado, porque as condições de umidade e temperatura variam muito de uma área geográfica para outra e, é claro, existem muitos outros fatores que influenciam a transmissão e disseminação do novo vírus”.
“Há uma correlação estatística”, admite a epidemiologista ao El País, acrescentando que poderá ser apenas uma ilusão.
“São resultados preliminares. Outros fatores que influenciam a possível sazonalidade da propagação devem ser levados em consideração, além das condições ambientais. A atividade humana, medidas de contenção, densidade populacional, entre outros, exercem influência decisiva”.
Outros estudos
Ao longo das últimas semanas têm sido publicados na Espanha outros estudos que chegaram à mesma conclusão: o verão não irá abrandar a pandemia.
No último dia 8, a Academia Nacional de Ciências dos Estados Unidos aconselhou a Casa Branca a não dar como garantida a capacidade de o calor travar a pandemia: “Existem evidências que sugerem que o vírus da covid-19 pode ser transmitido menos eficientemente em ambientes com temperatura e umidade mais altas. No entanto, dada a falta de imunidade ao vírus em todo o mundo, essa redução na eficiência da transmissão pode não levar a uma queda significativa na propagação da doença sem a adoção simultânea de intervenções na saúde pública”.
Para sustentar essa observação, o estudo menciona os casos da Austrália e do Irã, dois países que estão atualmente na época do verão e enfrentam uma rápida disseminação do vírus. “Além disso, os outros coronavírus que causam doenças humanas potencialmente graves, como Sars e Mers, não mostraram nenhum comportamento sazonal”, argumenta ainda o estudo.
“Não há provas até agora de que o novo coronavírus poderá mostrar uma sazonalidade de inverno”, anunciou o Centro Europeu para o Controle de Doenças no fim de março.
No início da pandemia, um estudo na China sugeriu que, por cada aumento de um grau na temperatura, o número diário de casos confirmados caía entre 36% e 57%, desde que a umidade relativa se mantivesse em cerca de 75%. Os próprios autores desse estudo reconheceram que essa correlação entre o vírus, a temperatura e a umidade não era consistente em diferentes províncias.
Diante das conclusões que reduzem a esperança de a aproximação do verão conter a pandemia, os estudos dão ênfase à importância das medidas de contenção e isolamento social.
Em todo o mundo, a covid-19 já fez mais de 133 mil mortos e infecou mais de 2 milhões de pessoas.