Um estudo do Boston Childrens Hospial, em Massachusetts, nos EUA, constatou que as crianças que vêm ao mundo de parto cesariano, têm mais chances de serem obesas no futuro.
O estudo acompanhou 1.255 mulheres ao longo de três anos. O que leva a conclusão do estudo é o fato de que a cirurgia da cesariana possa afetar a flora bacteriana do aparelho digestivo, causando alterações no modo como o alimento é digerido. A criança que vem ao mundo de parto normal tem no seu aparelho digestivo uma composição diferente da flora bacteriana.
Quando os bebês estudados atingiram os três anos de vida, os cientistas encontraram uma relação diferente entre massa corporal e espessura da pele entre os que nasceram de cesariana e os de parto normal. Os pesquisadores constataram também no grupo que as mulheres que fizeram cesária tinham uma tendência a pesar mais do que as que tiveram seus filhos de parto normal.
Poucos minutos de exercício podem ajudar crianças com transtorno de atenção e hiperatividade (TDAH) a melhorar o desempenho acadêmico, de acordo com estudo conduzido por pesquisadores da Michigan State University, nos EUA.
A pesquisa mostra, pela primeira vez, que as crianças com TDAH podem reduzir melhor as distrações e se concentrar em uma tarefa após uma única sessão de exercício.
"Isso fornece algumas evidências de que o exercício pode ser uma ferramenta no tratamento não medicamentoso de TDAH. Talvez a nossa primeira ação seja recomendar que psicólogos aumentem o número de atividade física das crianças", afirma o líder da pesquisa Matthew Pontifex.
Enquanto alguns medicamentos têm se mostrado bastante eficazes no tratamento de muitos das 2,5 milhões de crianças em idade escolar nos EUA com TDAH, um número crescente de pais e médicos se preocupam com os efeitos colaterais e os custos da medicação.
No atual estudo, Pontifex e seus colegas recrutaram 40 crianças de 8 a 10 anos de idade, metade delas com TDAH, que passaram 20 minutos caminhando rapidamente em uma esteira ou lendo sentados.
As crianças, então, realizaram testes de leitura e matemática semelhantes aos testes já padronizados. Eles também tiveram contato com um simples jogo de computador no qual tinham que ignorar estímulos visuais para determinar rapidamente a direção em que um peixe nadava.
Os pesquisadores utilizaram um capacete de eletroencefalograma (ECG) para monitorar as respostas das crianças.
Os resultados mostraram que todos os participantes tiveram melhor desempenho em ambos os testes após o exercício. No jogo de computador, as pessoas com TDAH também eram mais capazes de se acalmar depois de cometer um erro para evitar a repetição, um desafio particular para aqueles com o transtorno.
Segundo Pontifex, os resultados apoiam a prática de mais atividade física durante o dia na escola. "Até o momento não há realmente evidências de que as escolas podem utilizar essa prática de atividade física para melhorar o desempenho de crianças com a condição. Então o que estamos tentando fazer é direcionar nossa pesquisa para estabelecer que tipo de evidência", conclui o pesquisador.
Ao contrário da crença popular, a menopausa não causa um aumento de peso e sim da gordura em torno da cintura, segundo estudo da Sociedade Internacional da Menopausa (IMS).
O estudo estabeleceu que as mudanças hormonais que ocorrem durante a menopausa não estariam envolvidas com um aumento de peso. Susan Davis, professora da Universidade de Monash, de Melbourne, Austrália, e principal autora da pesquisa, explicou:
“É um mito que a menopausa faça com que a mulher aumente de peso. Na realidade, isso é apenas uma consequência dos fatores ambientais e do envelhecimento. Mas não há dúvida de que o aumento da massa abdominal do qual muitas mulheres se queixam na menopausa é real. Essa é a resposta do corpo à queda dos estrogênios na menopausa, uma mudança do armazenamento de gorduras nos quadris e na cintura”.
A pesquisa publicada na revista Climacteric revisa os estudos realizados sobre o tema entre 1966 e 2012. Segundo esses estudos, as mulheres ganham em média 0,5 kg por ano a partir dos 50 anos, mas apresentam um rápido aumento da gordura abdominal no terceiro ano depois da menopausa. As mesmas mudanças são observadas entre as mulheres de diferentes regiões do mundo.
Nos Estados Unidos, em 2008, a obesidade abdominal afetava 65,5% das mulheres de 40 a 59 anos e 73,8% das mulheres com mais de 60 anos.
Riscos
O acúmulo de gordura abdominal representa um aumento do risco de diabetes e principalmente de doenças cardiovasculares, principal causa de morte entre as mulheres na pós-menopausa. Tobie de Villiers, presidente da IMS, recomendou:
“As mulheres devem controlar seu peso antes que se converta num problema, e se não se preocuparem com isso antes da menopausa, devem fazê-lo quando esse período chegar, ou seja, cuidar de sua dieta e fazer mais atividade física”.
Uma Pesquisa do Núcleo de Pesquisa de Nutrição em Produção de Refeições da Universidade Federal de Santa Catarina (UFSC) revelou que dois em cada três itens alimentícios tinham mais que 600 miligramas de sódio por 100 gramas ou 100 mililitros do produto, índice considerado alto. Os pesquisadores analisaram a informação alimentar e nutricional de sódio em rótulos de cerca de 1,3 mil alimentos industrializados ultraprocessados prontos e semiprontos e constatou que a maioria dos produtos tinha mais sódio do que o recomendado.
Além do excesso, a pesquisa constatou uma grande variação na oferta do nutriente entre produtos similares, mas de marcas diferentes, como o molho de tomate. A pesquisadora relata que em alguns não havia adição de sódio, enquanto em outros a quantidade ofertada em 100 gramas de molho chegava a aproximadamente 80% da recomendação diária preconizada pela Organização Mundial da Saúde (OMS). As conclusões reforçam a importância do cuidado na hora de escolher os alimentos.
Segundo o médico cardiologista Victor Lira, na escolha de um alimento devemos observar além do preço, validade e quantidade de calorias e sódio, principalmente os industrializados. “Praticamente todos os alimentos já contém sódio na sua constituição, mas os alimentos industrializados apresentam uma maior concentração deste sal para aumentar o tempo de validade do produto e ter um sabor mais chamativo para o cliente. Porém, o consumo excessivo destes alimentos pode trazer sérias consequências para a saúde do paciente. O sódio leva a um aumento da pressão arterial, a hipertensão, gerando problemas renais, edemas e doenças cardiovasculares, como infarto e acidente vascular cerebral”, explica.
De acordo com a OMS, o ideal é que cada adulto consuma diariamente até cinco gramas de sal, o que equivale a uma colher rasa de chá do produto por dia. No Brasil, pesquisas apontam que a média ultrapassa o dobro e fica em 12 gramas, um perigo para o organismo.
De olho no aumento nos índices de brasileiros com doenças crônicas como hipertensão, obesidade e diabete, a Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) negocia com o setor alimentício uma redução da quantidade de sódio em uma série de alimentos industrializados, como pães, salgadinhos e embutidos, até 2016. Porém, algumas redes de supermercados já se anteciparam a medida.
A nova receita do pão francês com menor teor de sal está em linha com as diretrizes do Guia de Boas Práticas Nutricionais para o pão francês, elaborado pela Anvisa, material que tem por objetivo promover a redução da quantidade de sódio usado na alimentação brasileira como forma de combater doenças crônicas, como pressão alta e problemas cardiovasculares.