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A ansiedade é caracterizada pela sensação de nervosismo. Um sentimento comum a todos os humanos, principalmente em algumas situações especiais para a pessoa, como uma entrevista de emprego, uma prova importante ou uma viagem.

No entanto, se essa sensação for exacerbada, causando desconfortos, medos e preocupações exageradas e/ou se for constante, ela pode representar algo mais sério.

A ansiedade pode estar presente como sintoma de condições psiquiátricas, como o transtorno de ansiedade generalizada.

Mas além do tratamento medicamentoso e da psicoterapia com psicólogo(a) ou com médico(a) psiquiatra, terapias alternativas também podem ser indicadas para alívio dos sintomas.

A acupuntura é uma das opções de terapia complementar que podem ser utilizadas para tratar a ansiedade.

Quer saber mais sobre esse tratamento e como ele pode ajudar a melhorar a ansiedade? Então continue a leitura do artigo!

Índice — Neste artigo, você encontrará:

O que é a acupuntura? Como é feita a acupuntura para ansiedade? Quais pontos são usados para tratar essa condição? Em quanto tempo a acupuntura faz efeito? A acupuntura possui alguma contraindicação? O que é a acupuntura? A acupuntura é uma prática terapêutica milenar que se originou na medicina tradicional chinesa. Consiste na inserção de agulhas extremamente finas em pontos específicos do corpo, chamados de “pontos de acupuntura".

Acredita-se que esses pontos estejam localizados ao longo de canais energéticos conhecidos como meridianos, pelos quais flui a energia vital chamada “qi” ou “chi".

O objetivo da acupuntura é restabelecer o equilíbrio do qi no corpo, promovendo a saúde e aliviando diversos problemas de saúde.

Através do estímulo dos pontos de acupuntura é possível regular o fluxo de energia, melhorar a circulação sanguínea e ativar o sistema nervoso. Isso pode contribuir para aliviar dores, reduzir o estresse e melhorar o bem-estar geral.

A acupuntura é frequentemente utilizada para tratar dores musculares e articulares, enxaquecas, problemas digestivos, distúrbios do sono, ansiedade, depressão e outras muitas condições. Como é feita a acupuntura para ansiedade? A acupuntura é uma opção não medicamentosa e integrativa, sendo definida como um tratamento complementar para aliviar os sintomas de ansiedade.

É importante ressaltar que a acupuntura não é a única solução para a ansiedade. Geralmente, ela é utilizada em conjunto com outras abordagens terapêuticas, como terapia cognitivo-comportamental, medicação, exercícios e técnicas de gerenciamento do estresse.

Inicialmente, o profissional acupunturista realiza uma entrevista detalhada para traçar o melhor plano de tratamento. O mesmo é personalizado e direcionado para amenizar as queixas e sintomas.

Existem muitas possibilidades de associações de pontos e técnicas dentro da Medicina Tradicional Chinesa. Veja alguns exemplos a seguir:

Regulação do sistema nervoso A estimulação dos pontos de acupuntura pode influenciar o sistema nervoso autônomo, ajudando a equilibrar a atividade entre o sistema nervoso simpático (responsável pela resposta de "lutar ou fugir") e o sistema nervoso parassimpático (responsável pela resposta de "descansar e digerir").

Isso pode ajudar a reduzir a hiperatividade do sistema nervoso simpático, comum em pessoas com ansiedade.

Liberação de endorfinas A acupuntura pode estimular a liberação de endorfinas, substâncias químicas naturais do corpo que têm efeitos analgésicos e promovem uma sensação de bem-estar. Isso pode ajudar a aliviar a tensão e o desconforto associados à ansiedade.

Redução do estresse Essa terapia é conhecida por auxiliar na redução dos níveis de cortisol, o hormônio do estresse, no corpo. Isso pode ajudar a diminuir a resposta ao estresse e, consequentemente, reduzir a ansiedade.

Melhora do sono Muitas pessoas com ansiedade sofrem de distúrbios do sono. A acupuntura pode ajudar a melhorar a qualidade do sono, o que, por sua vez, pode reduzir os sintomas de ansiedade.

Foco na mente e corpo Ela promove a conscientização do corpo e da mente, o que pode ajudar as pessoas a se conectarem com seus sentimentos e preocupações, promovendo um maior entendimento e controle das emoções.

Quais pontos são usados para tratar essa condição? Os pontos comumente utilizados para melhorar os sintomas de ansiedade são:

C7: pulso; P9: pulso; CS6: pulso; E36: próximo ao joelho; R3: tornozelo; VB44: pé; F3: pé; IG4: mão; VG20: cabeça; Yitang: testa. Em quanto tempo a acupuntura faz efeito? O tempo que leva para a acupuntura fazer efeito pode variar de pessoa para pessoa e depende de vários fatores, como:

Condição que está sendo tratada; Gravidade dos sintomas; Frequência das sessões de acupuntura; Resposta individual do paciente. Aqui estão algumas considerações gerais quanto ao efeito da acupuntura a curto, médio e longo prazo:

Alívio imediato Algumas pessoas relatam alívio imediato dos sintomas após uma sessão de acupuntura. Isso pode ser particularmente comum em casos de dor aguda, como dores musculares e articulares.

Efeitos cumulativos Para muitas condições, como ansiedade, depressão, insônia e problemas crônicos, pode ser necessária uma série de sessões de acupuntura para se obter resultados significativos. Os efeitos tendem a ser cumulativos, melhorando gradualmente ao longo do tempo.

Variação individual A resposta à acupuntura varia de pessoa para pessoa. Algumas pessoas podem ver resultados notáveis após apenas algumas sessões, enquanto outras podem precisar de um tratamento a longo prazo para alcançar os benefícios desejados.

Plano de tratamento O acupunturista geralmente desenvolve um plano de tratamento personalizado com base no diagnóstico e nas necessidades do paciente. Isso pode incluir a determinação da frequência das sessões, que pode variar de algumas vezes por semana a menos frequentemente, dependendo da situação.

Persistência A consistência e a aderência ao plano de tratamento são importantes. Seguir as recomendações do acupunturista e comparecer às sessões agendadas é fundamental para obter os melhores resultados.

A acupuntura possui alguma contraindicação? As contraindicações da acupuntura podem variar de acordo com a situação individual de cada paciente, mas aqui estão algumas considerações gerais:

Distúrbios hemorrágicos: pessoas com distúrbios de sangramento, como hemofilia, devem evitar a acupuntura, uma vez que a inserção de agulhas pode aumentar o risco de hemorragias;

Risco de infecção: se houver uma infecção ativa na área em que as agulhas seriam inseridas, a acupuntura deve ser adiada até que a infecção esteja resolvida.

Gravidez de alto risco: mulheres grávidas devem estar sob acompanhamento de seu obstetra antes de consultar um acupunturista;

Medo extremo de agulhas: pessoas que sofrem de fobia severa de agulhas podem não ser bons candidatos para a acupuntura, a menos que possam superar esse medo;

Marcadores anatômicos específicos: alguns pontos de acupuntura estão localizados em áreas sensíveis, como próximo a nervos, vasos sanguíneos ou órgãos vitais. Nestes casos, o acupunturista deve ter extrema precaução;

Infecção ou alergia a agulhas: pessoas com infecções crônicas de pele ou alergias a materiais usados em agulhas devem informar seu acupunturista;

Pacientes com transtornos mentais e agitação;

Condições médicas graves não controladas: em alguns casos, pacientes com condições médicas graves, como insuficiência cardíaca grave, insuficiência renal terminal ou câncer avançado, podem não ser candidatos ideais para a acupuntura, a menos que sob a supervisão e aprovação de seus médicos.

Além disso, certas situações individuais e condições médicas podem requerer avaliação e supervisão cuidadosa antes de prosseguir com a acupuntura.

A acupuntura é uma terapia complementar que pode ser muito útil no tratamento de diversas condições, inclusive da ansiedade.

Caso tenha interesse nesse procedimento não deixe de conversar com seu médico(a) a respeito. Também é importante procurar por um profissional acupunturista habilitado.

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O organismo de mulheres vítimas de estupro e acometidas por transtorno de estresse pós-traumático (Tept), mesmo diante de melhora nos sintomas de depressão e ansiedade após tratamento, continuou apresentando uma resposta ao estresse.

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A conclusão é de uma pesquisa realizada no ambulatório do Programa de Pesquisa e Atenção à Violência e ao Estresse Pós-traumático (Prove), da Universidade Federal de São Paulo (Unifesp).

Um ano depois do início do tratamento, quando os pesquisadores avaliaram o cortisol – hormônio que ajuda a controlar o estresse – e as citocinas inflamatórias – que conduzem a resposta inflamatória –, eles tinham uma alteração considerada importante.

"Essa questão de continuar, depois de um ano, com o cortisol alto, mostrando que tem uma reação ao estresse ainda ali acontecendo, e essas citocinas inflamatórias ainda altas e alteradas, corrobora com essa nossa hipótese de que, sim, existe uma neuro-progressão", explicou Andrea Feijó de Mello, professora do Departamento de Psiquiatria da Unifesp.

"O trauma sexual é algo tão grave que mesmo melhorando a sintomatologia clínica, o organismo continua tendo uma resposta ao estresse alterado", completou a especialista.

As alterações constatadas no estudo estão ligadas, em geral, a doenças do sistema imunológico e do estresse. "A alteração crônica do cortisol é ligada a várias doenças, então [há] risco maior para diabete, para doenças cardíacas, para doenças autoimunes, como psoríase, lúpus, artrite reumatoide". "Se isso perdura, provavelmente vai causar consequências, tanto psíquicas, como a pessoa não ter uma melhora dos sintomas de estresse pós-traumático, quanto clínicas, como talvez desenvolvimento de doenças ligadas a alterações do cortisol cronicamente ou das citocinas inflamatórias", disse.

As mulheres que integraram o estudo foram atendidas inicialmente no Hospital Pérola Byington, centro de referência em saúde da mulher na cidade de São Paulo, e depois foram encaminhadas ao Prove, onde receberam tratamento para o estresse pós-traumático. Segundo Andrea Mello, em torno de 45% das vítimas de estupro vão desenvolver Tept.

Foram 74 mulheres iniciadas no estudo, mas 49 terminaram o protocolo. Uma parte recebeu tratamento medicamentoso, enquanto outra passou por terapia interpessoal. Ambas tiveram melhora nos sintomas clínicos após as intervenções, relacionados a depressão e ansiedade, por exemplo.

"O nosso tratamento foi suficiente para os sintomas psíquicos relacionados a isso [Tept], mas não [foi eficaz] com a alteração biológica que está acontecendo por trás desse processo", disse Andrea Mello.

"Pesquisas futuras seriam necessárias para seguir essas pessoas por mais tempo do que um ano para entender o que acontece nesse sistema. O que a gente entendeu nesse momento é que esse sistema está hiperativado e que isso pode causar consequências danosas ao longo do tempo", pontuou a pesquisadora.

Estatística A cada 8 minutos, uma menina ou mulher foi estuprada no primeiro semestre de 2023 no Brasil, maior número da série iniciada em 2019 pelo Fórum Brasileiro de Segurança Pública (FBSP). Foram registrados 34 mil estupros e estupros de vulneráveis de meninas e mulheres de janeiro a junho, o que representa aumento de 14,9% em relação ao mesmo período de 2022.

Os dados de violência compilados correspondem aos registros de boletins de ocorrência em delegacias de Polícia Civil de todo o país. Como há subnotificação de casos de violência sexual, os números de estupro podem ser ainda maiores.

Agência Brasil

Foto: AGÊNCIA BRASIL/ARQUIVO

A Secretaria de Estado da Saúde (Sesapi) segue monitorando os casos de Covid-19 registrados no Piauí. Segundo dados do Sistema de Informações de Agravos de Notificações (Sinan) e números do Laboratório Central de Saúde Pública (Lacen), os casos da doença continuam dentro da normalidade no Piauí.

De acordo com o levantamento da Gerência de Vigilância em Saúde, da Sesapi, o último aumento registrado foi na Semana Epidemiológica 42, correspondente ao período de 15 a 21 de outubro de 2023, onde 70 casos foram registrados. As semanas seguintes registraram quedas como a semana 43 (48 casos), 44 (31 casos), 45 (19 casos) e 9 casos na semana 46. O ano de 2023 registrou até o momento 11.709 casos de covid-19.

“A Sesapi continua monitorando a cada Semana Epidemiológica o número dos casos registrados de Covid-19, nos sistemas oficiais. E o que percebemos é uma oscilação semana após semana, contudo, em nenhum momento, até agora, nós observamos um aumento expressivo, que nos traga preocupação quanto a situação da doença em nosso estado”, pontua Ester Miranda, Gerência de Vigilância em Saúde.

As internações pela doença também não tiveram crescimento, porém, a Sesapi lembra que o vírus continua circulando e que medidas de prevenção à doença como manter a vacinação em dia, com as doses de reforço necessárias são essenciais.

“Lembramos nossa população, principalmente aquela de risco, que tomem sua dose de reforço, procurem um posto de saúde mais próximo, e tomem sua vacina, para contribuir com a diminuição da circulação do vírus, e consequentemente e internações por Covid-19”, lembra Ester Miranda.

A adequação de peso de forma saudável vem, cada vez mais, sendo colocada em pauta, buscando equilibrar os benefícios oferecidos pelos alimentos e promover a saúde, sem almejar padrões estéticos que, muitas vezes, podem ser prejudiciais — tanto para o organismo, como para o psicológico.

Porém, muitos profissionais ainda praticam o chamado "nutricionismo". Trata-se de "abordagens extremas ou simplificadas relacionadas à nutrição, muitas vezes distantes das práticas nutricionais baseadas em evidências", explica a nutricionista Bianca Gonçales.

A nutricionista Edvânia Soares complementa que, nessa abordagem, são enfatizados os componentes dos alimentos, como calorias, carboidratos e gorduras, de forma isolada, ou seja, ignorando o estilo de vida do paciente.

Assim, busca-se trazer uma visão mais simplificada do alimento, focando apenas nos aspectos alimentares, sem olhar as necessidades e quantidades que a pessoa precisa, podendo adotar estratégias excessivas ou extremas.

Entre as ações que podem ser adotadas, estão as dietas radicais e extremistas, com foco em contar calorias, meta real, e até mesmo o uso de medicamentos para emagrecer, busca de emagrecimento rápido e caráter restritivo, sem a conscientização da relação com os alimentos.

"Diferente do nutricionismo, a nutrição real tem uma consulta personalizada e olhar o paciente como um todo. Dessa maneira, tentamos equilibrar a alimentação e vamos considerar tudo o que o paciente consome ao longo do dia, a forma como ele consome, estilo de vida. Muitas vezes, devolvemos ou fortalecemos o prazer em comer e a cultura alimentar", esclarece Edvânia.

Ela pontua que o nutricionismo toma por base as medidas, considerando a circunferência, IMC (Índice de Massa Corporal) — que pode ser enganoso, já que não será considerado o nível de massa muscular, mas o peso, que engloba músculo, gordura e água. Isso pode comprometer alguns fatores de saúde.

Bianca afirma que a prática do nutricionismo pode afetar, também, a saúde mental do paciente, ao promover ideais inatingíveis e criar relações adversas com a comida, como uma obsessão por alimentos saudáveis e distúrbios alimentares.

É preciso lembrar que a obsessão pela perda de peso, excluindo inúmeros alimentos, não está nutrindo, e que existe a sinergia nutricional, em que vitaminas e minerais dependem um do outro para serem absorvidos. Assim, a eliminação de grupos alimentares pode afetar a nutrição.

As profissionais alegam que o nutricionismo é uma abordagem isolada e com métodos questionáveis, não sendo recomendada por profissionais de saúde.

Elas alertam que os pacientes devem se atentar às promessas de emagrecimento rápido, foco excessivo, proibições alimentares, recomendações que ignoram preferências pessoais, culturais e o estilo de vida.

As nutricionistas ressaltam que a relação ideal com a comida envolve o equilíbrio, com foco na qualidade alimentar, a moderação, adoção de hábitos saudáveis e considerar as necessidades individuais, sejam elas de gosto, como nutricionais, assim como os contextos sociais nos quais o paciente está inserido, sem restrições desnecessárias.

"A nutrição é uma ciência complexa e individualizada. Não existe dieta perfeita. As necessidades e respostas buscadas por cada paciente são únicas, e para cada pessoa. Todas as orientações gerais devem ser adaptadas para cada paciente, conforme as necessidades, circunstâncias, rotina e estilo de vida. Tudo pode, desde que seja feito com equilíbrio", finaliza Edvânia.

R7

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