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A China garantiu nesta terça-feira (28) que "não há razões para se preocupar" com o crescente surto de infecções respiratórias que assola o país asiático e que, segundo Pequim, se deve a "patógenos conhecidos"

Porta-voz do Ministério das Relações Exteriores, Wang Wenbin disse em coletiva de imprensa que as autoridades chinesas "mantiveram contato com a Organização Mundial de Saúde (OMS)" sobre a situação na China.

"Posso garantir que viajar e fazer negócios na China é seguro e não há razões para se preocupar", disse Wenbin, que anteriormente havia se recusado a comentar essa questão e chegou a mandar os jornalistas procurarem as agências de saúde competentes.

Na semana passada, representantes da Comissão de Saúde da China realizaram uma reunião por videoconferência com responsáveis ​​da OMS, na qual os responsáveis ​​chineses apresentaram dados sobre vigilância e detecção de agentes patogênicos causadores de doenças respiratórias, bem como protocolos de diagnóstico e tratamento.

A notificação ocorreu depois de a OMS ter solicitado à China informações detalhadas sobre o recente aumento de casos de doenças respiratórias e surtos de pneumonia infantil. Segundo a comissão, o surto deve-se a "patógenos conhecidos", como a gripe sazonal, bem como o rinovírus, o Mycoplasma pneumoniae, o vírus sincicial respiratório e o adenovírus, e atingirá seu pico em uma a duas semanas, segundo especialistas locais.

As autoridades chinesas já pediram na semana passada o reforço dos cuidados primários e da coordenação entre hospitais para fazer frente ao aumento de casos de infecções respiratórias. A comissão emitiu essas recomendações após as autoridades de saúde chinesas terem relatado um aumento na incidência de doenças respiratórias no país, algo que atribuíram em parte à suspensão das medidas preventivas contra a Covid-19 no início deste ano.

Agência EFE

O Brasil deve registrar 704 mil novos casos de câncer ao ano entre 2023 e 2025, com destaque para as regiões Sul e Sudeste, que concentram cerca de 70% da incidência da doença. A previsão é do Instituto Nacional de Câncer (Inca). Na segunda-feira (27), foi lembrado o Dia Nacional de Combate ao Câncer.

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"A estimativa é a principal ferramenta de planejamento e gestão na área oncológica no Brasil, fornecendo informações fundamentais para a definição de políticas públicas", destacou o Inca, ao se referir à publicação "Estimativa 2023 – Incidência de Câncer no Brasil". O material traz estimativas para a ocorrência dos 21 tipos de câncer mais incidentes no país.

O levantamento mostra que o tumor maligno mais incidente no Brasil é o de pele não melanoma (31,3% do total de casos), seguido pelos de mama feminina (10,5%), próstata (10,2%), cólon e reto (6,5%), pulmão (4,6%) e estômago (3,1%).

Em homens, o câncer de próstata é predominante em todas as regiões, totalizando 72 mil casos novos estimados a cada ano no triênio fixado, ficando atrás apenas do câncer de pele não melanoma.

Nas regiões de maior Índice de Desenvolvimento Humano (IDH), os tumores malignos de cólon e reto ocupam a segunda ou a terceira posição, sendo que, nas de menor IDH, o câncer de estômago é o segundo ou o terceiro mais frequente entre a população masculina.

Já entre as mulheres, o câncer de mama é o segundo mais incidente (atrás apenas do câncer de pele não melanoma), com 74 mil casos novos previstos por ano até 2025. Nas regiões mais desenvolvidas, em seguida, vem o câncer colorretal. Mas, nas de menor IDH, o câncer do colo do útero ocupa a terceira posição.

Entenda o câncer Segundo o Ministério da Saúde, câncer é o nome dado a um conjunto de mais de 100 doenças que têm em comum o crescimento desordenado de células que invadem tecidos e órgãos. Dividindo-se rapidamente, essas células tendem a ser muito agressivas e incontroláveis, determinando a formação de tumores, que podem espalhar-se para outras regiões do corpo.

A doença surge a partir de uma mutação genética, ou seja, de uma alteração no DNA da célula, que passa a receber instruções erradas para suas atividades. Quando os casos começam em tecidos epiteliais, como pele ou mucosas, são denominados carcinomas. Se o ponto de partida são os tecidos conjuntivos, como osso, músculo ou cartilagem, são chamados sarcomas.

O câncer não tem uma causa única. Há, segundo a pasta, diversas causas externas (presentes no meio ambiente) e internas (como hormônios, condições imunológicas e mutações genéticas), sendo que entre 80% e 90% dos casos estão associados a causas externas. Mudanças provocadas no meio ambiente pelo próprio homem, hábitos e estilo de vida podem aumentar o risco.

Agência Brasil

Tânia Rêgo/ Agência Brasil

Gatos são geralmente animais dóceis, mas podem apresentar comportamentos agressivos e inesperados quando se sentem provocados ou incomodados. Podem reagir com mordidas ou arranhões em quem consideram uma ameaça, seja uma pessoa, seja outro animal. Enquanto, no caso de mordidas de cachorro, automaticamente pensamos na vacinação antirrábica, o que devemos fazer quando a mordida ou arranhão é de um gato? Segundo a infectologista Emy Akiyama Gouveia, do Hospital Israelita Albert Einstein, em casos de ataques de gatos, seja por mordedura, seja por arranhão, a primeira medida a ser tomada é a completa higienização do local, lavando o ferimento com água e sabonete neutro. Em seguida, é crucial tentar identificar se o animal está vacinado e se existe alguma suspeita de raiva — nem sempre isso é possível, porque esse ataque pode ter acontecido com um animal que vive na rua. Depois, a recomendação é buscar atendimento de emergência, quando a administração de profilaxia com antibióticos pode ser considerada.

“A boca de cães e de gatos possui muitas bactérias, mas uma delas em especial é mais preocupante: a Pasteurella multocida. Uma infecção causada por essa bactéria, se não for adequadamente tratada, pode evoluir com lesões infectadas graves, acometimento ósseo e, eventualmente, ser faGouveia ressalta, entretanto, que a vacinação de gatos e cachorros previnem algumas doenças específicas próprias desses animais, que são transmitidas entre eles, ou deles para os humanos, como o vírus da raiva. “As infecções bacterianas transmitidas pelas bactérias da boca do animal não são prevenidas por vacinas. Por isso, é preciso procurar um serviço de saúde”, orientou.tal. Por isso, é essencial que haja uma avaliação médica para orientar os cuidados com a ferida e avaliar a necessidade de prescrição ou não de antibióticos”, alertou a infectologista. Segundo a Fiocruz (Fundação Oswaldo Cruz), apesar de a maioria das ocorrências de mordeduras ser causada por cães, acidentes com gatos, ratos e coelhos também aparecem na lista. Na maioria das vezes, a mordida de cachorro não costuma causar maiores complicações, mas, segundo a entidade, pelo menos 50% das feridas causadas pelos gatos (por mordidas ou arranhões) vão infectar e, por isso, precisam de tratamento adequado.

Há pouco mais de quatro anos, a dona de casa Vanessa Godoi Romero, de 54 anos, foi mordida na mão por um gato que ela havia resgatado da rua após um atropelamento. Ela cuidava do animal em casa, mas ele se assustou com os cachorros no quintal e quando ela tentou separá-los foi mordida. Ela procurou o hospital imediatamente, iniciou um tratamento com antibióticos, mesmo assim teve uma infecção grave e perdeu a mobilidade do dedo.

“Eu deveria ter recebido antibiótico endovenoso e não oral. Não sei qual foi a bactéria responsável, mas a infecção foi muito grave. O meu dedo ficou muito inchado e rompeu o tendão. Demorei muito para conseguir atendimento com um especialista em mão por causa da pandemia. Fiz uma cirurgia, mas não recuperei totalmente o movimento do dedo”, contou. Ela faz fisioterapia duas vezes na semana para tentar recuperar a mobilidade do dedo.

‘Doença da arranhadura do gato’ Uma das principais doenças causadas pelo arranhão do gato é a bartonelose, uma infecção causada por bactérias do gênero Bartonella, conhecida como “doença da arranhadura do gato”. Ela pode provocar desde uma pequena inflamação no local da ferida, inchaço nos gânglios e febre, até quadros graves que afetam os nervos e o coração. Em geral, os gatos jovens têm mais probabilidade de transmitir a infecção, e a doença se manifesta de forma mais intensa em pessoas com imunidade reduzida, como idosos ou crianças.

A esporotricose é outra doença que pode acometer gatos e, eventualmente, contaminar os humanos. Também é conhecida popularmente como “doença do jardineiro”, pois ao cuidar de plantas e remexer a terra, a pessoa pode se contaminar. Isso porque trata-se de um fungo que está presente no solo e no ambiente, que pode acometer a pele dos gatos. A transmissão se dá pelo contato de algum tipo de lesão de pele ou mucosa com o fungo, causando lesões que evoluem de forma progressiva. No caso dos humanos, é possível adquirir esporotricose pela mordedura, arranhadura ou contato da nossa pele lesada com o fungo que está presente na pele do gato.

“Esta é uma doença de difícil diagnóstico e é um problema de saúde pública. A boa notícia é que pode ser tratada com antifúngicos. No município de São Paulo, essa é uma doença de notificação compulsória, tanto quando ocorre nos gatos ou quando ocorre em humanos”, explica a infectologista, que ressalta que essa é uma enfermidade que não se apresenta logo no dia da mordedura ou do contato com o gato doente — pelo contrário, tem uma evolução lenta.

Ao procurar atendimento, também haverá a checagem do status da vacinação antitetânica, já que os ferimentos causados por mordidas de animais também podem causar tétano (uma infecção aguda e grave). Se o esquema vacinal da pessoa estiver em dia, ela deve receber uma dose de reforço. Se a pessoa não souber a sua história vacinal, deverá receber as três doses da vacina.

Outra medida possível é a aplicação da vacina ou da imunoglobulina antirrábica, caso haja suspeita de o animal estar contaminado pelo vírus da raiva. A raiva, uma zoonose, apresenta um período de incubação do vírus que pode variar de dias a anos, sendo que, em média, leva cerca de 45 dias para que os sintomas se manifestem no corpo humano. Entretanto, em crianças, os sintomas podem surgir mais rapidamente. A evolução da doença depende do tipo de exposição, seja por mordedura, lambedura, seja por arranhão. Fatores como a profundidade e o local da lesão, juntamente com a carga viral transmitida, também influenciam. Por essa razão, é fundamental monitorar o animal por um período de dez dias.

“Independentemente de conhecer ou não o animal, devemos procurar um pronto atendimento, já que somente o médico conseguirá avaliar as condições da lesão, verificar a necessidade de antibiótico e de profilaxia de raiva. Há risco de infecções e pode haver extensão para o osso, e tanto a doença da arranhadura do gato quanto a infecção após a mordida podem ter consequências fatais se não tratadas adequadamente”, completou a infectologista.

Fique atento e evite acidentes Segundo dados da Vigilância de Zoonoses da Prefeitura de São Paulo, os animais podem interpretar algumas atitudes simples como provocativas e seguir os seus instintos de defesa — e a reação natural é morder ou arranhar. Por isso, a orientação é nunca mexer em gatos não conhecidos, soltos na rua ou mesmo presos atrás de portões, pois faz parte do instinto do animal proteger o território onde está, seja dentro de casa, em um terreno, seja solto na rua.

Tocar de forma inesperada também pode ser perigoso. Em geral, se o animal estiver dormindo ou se alimentando e se sentir ameaçado, é provável que ele reaja com movimentos rápidos e agressivos.

De acordo com a Vigilância de Zoonoses, o animal apresenta sinais de irritação, sendo importante saber identificá-los. Quando um gato está irritado, por exemplo, ele tende a dobrar as orelhas para trás, balançar a cauda, arrepiar os pelos, rosnar e abrir a boca. Além disso, pode começar a emitir sons, encolher-se e, eventualmente, pular e atacar.

Se um gato se aproximar e não for possível evitá-lo, a recomendação é permanecer imóvel e proteger a cabeça, o rosto e o pescoço com mãos e braços. Não olhe diretamente e, se possível, não grite nem corra. Tente identificar o animal mordedor para que o acidente não volte a acontecer. Entre as principais orientações, estão:

  • preste atenção nas características do animal, como tamanho, tipo de pelo, idade aproximada; • procure identificar e localizar o dono do animal para saber onde ele vive e quais suas condições de saúde; • se for um gato que tenha dono, solicite ao tutor que observe o animal por dez dias e acompanhe a sua evolução — se nesse período o animal adoecer ou mudar de comportamento, o serviço de saúde deve ser acionado; • caso seja um animal desconhecido e sua observação for impossível, relate o ocorrido ao procurar o serviço de saúde para que sejam tomadas as medidas preventivas.

Agência Einstein

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